//

Leia em: 2 minutos

A situação de João Roma, ministro da Cidadania, é politicamente complicada. Sabe que sua candidatura ao governo da Bahia não tem força suficiente para despolarizar a disputa entre ACM Neto (DEM) e o senador Jaques Wagner (PT).

Roma será forçado a postular o comando do Palácio de Ondina por determinação (ou imposição) do presidente Bolsonaro. Com efeito, o que se comenta nos bastidores é que sua indicação ao ministério foi condicionada a sua candidatura ao cargo mais cobiçado do Poder Executivo estadual.

Bolsonaro precisa de palanques no nordeste, mais especificamente na Bahia, reduto eleitoral mais expressivo da Região, que tem o PT governando por muito tempo. Com o fim do mandato de Rui Costa, que ainda não se decidiu sobre seu futuro político, são 16 anos de lulopetismo no comando da Boa Terra.

Como não bastasse a certeza de que dificilmente criará dificuldades para Neto e Wagner, Roma terá que buscar outro abrigo partidário, já que o Republicanos não abre mão de apoiar o ex-gestor soteropolitano. O PL, agora a legenda do chefe, é o destino natural do ex-netista, que junto com Bruno Reis, atual prefeito de Salvador, são considerados como as duas crias políticas mais importantes de ACM Neto.

Postular um cargo sem nenhuma esperança de que pode ter alguma chance deve ser algo horrível. Para que o desastre político não seja total, a saída é eleger a esposa para o Parlamento federal.

A ausência física da autoridade-mor da República durante as enchentes, que preferiu continuar curtindo suas férias no litoral de Santa Catarina, pra lá e pra cá com seu potente jet ski, oxigenou mais ainda a polarização e o desestímulo de Roma, que em conversas reservadas se mostrou irritado com Bolsonaro.

A caminhada do ex-aliado de carteirinha de ACM Neto é cada vez mais difícil. E do lado de um presidente que amarga uma rejeição beirando a 65% no eleitorado baiano, se torna um tormento.

Os evangélicos da Igreja Universal do Reino de Deus, representados partidariamente pelo Republicanos, sob a batuta do bispo-deputado federal Márcio Marinho, diriam que “só Deus na causa” para tirar alguns obstáculos do caminho de João Roma.

No mais, esperar os 30 dias que antecedem as convenções partidárias para que o cenário fique mais transparente, menos embaçado. O nevoeiro, que hoje encoberta o jogo político, as intenções dos pré-candidatos e suas estratégias, vai dissipar. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br
Leia em: 8 minutos

💭 O dilema de Augusto Castro é ser um prefeito totalflex?

O prefeito de Itabuna, Augusto Castro, do PSD, parece (BEM) satisfeito em ajudar a embaralhar o jogo de 2022: Isso porque o prefeito recepcionou em sua residência o secretário de saúde da capital baiana, Léo Prates. Prates, além de ser deputado estadual licenciado, é pré-candidato a deputado federal pelo PDT.

No combo e na foto estão também a secretária de Saúde, Lívia Mendes e a primeira-dama Andrea Castro, pré-candidata a deputada estadual (na linguagem de Bolsonaro: ‘tudo 99% certo’ nos bastidores).

Lívia disse: “aprendendo um pouco com o Léo Prates para melhorar a saúde de nossa cidade [Itabuna]”. Ou seja, a gestão de Augusto Castro reconhece o trabalho do Democratas Bruno Reis, prefeito da capital baiana.

O que se pode prever ao certo é o curso de uma campanha de 2022 em que Augusto Castro terá que marchar e beijar a camisa do petista Jaques Wagner. Inclusive, até tirou foto com o senador em Ilhéus nesta terça (16.novembro).

Castro esteve com o ministro João Roma (Cidadania) em Ilhéus, com a primeira-dama e que trará o ministro a Itabuna. É muita informação para um político só.

Enquanto isso, o Augusto vai comendo pelas beiradas e com calma: ora está se movimentando na base de Rui Costa, ora na base de ACM Neto, ora na base de João Roma.

A estratégia totalflex do prefeito somente será eficaz se conquistar recurso$ tamanho G para Itabuna. Enquanto isso, tudo só vem gerando um caldo de pressão em Salvador sob as costas de Augusto Castro, ou AC como é conhecido em Salvador.

Pouco importa: ele mantém o seu público raiz ‘fidelizado’ no Petismo, Carlisto, Bolsonarismo, Ottismo, Pedetismo… Na prática, Itabuna vem sendo tratada a pão e água pela estratégia de AC.

A conferir em 2022!

💰 Farras das diárias

Fontes afirmam que a Câmara de Itabuna já tem os campeões nas farras das diárias. São dois medalhões. A semana promete. Vixeeeee!

O Pauta Blog e a Rádio Interativa ecoaram com exclusividade. Veja!

💰 Brasília e Salvador

Na semana em que o vereador Ronaldão (PL) soltou o verbo sobre as farras das diárias, um grupo de vereadores estava em Brasília e outro grupinho em Salvador. Após a repercussão da bomba, foi um tal de postar vídeo daqui, fotos dali. Só faltaram postar fotos deles atravessando as ruas. Que coi$a!

Escute a entrevista do vereador na Rádio Interativa, na última sexta, onde ele disse que os vereadores viajam e levam até os “assessores como mala-de-mão”.

DÊ PLAY NA PARTE 1 ⤵️

DÊ PLAY NA PARTE 2 ⤵️

💰 Farras das preocupações

Um dos vereadores chegou de um curso de Salvador todo preocupado com o que já tinha sido assinado. Quando o outro vereador percebeu que ele estava falando demais, puxou para o cantinho e foi acalmá-lo.

💰 Farras das boas

O mesmo vereador que chegou preocupadinho resolveu atroar na roda: “rapaz…procurei o secretário [do Governo do Estado] naqueles restaurantes todos, mas não o encontrei com aquelas taçonas bonitas de vinho”. Será que tem farras ou as farras são boas?

💰 Farra do próprio bolso

O vereador que alertou sobre as farras das diárias disse: “Vereador tem que passar a viajar com o próprio dinheiro”. Será que os vereadores iriam se movimentar tanto para cima e para baixo?

💰 Farra do cibernético

Será que os vereadores só podem ter reuniões presenciais? Eles gostam tanto de celular, porque não podem ligar via vídeo-chamadas com determinado secretário/aliado/líder/2º escalão e 3º escalão? Porque por celular dá trabalho.

🚧 Rede Buriti terá nova loja no Jequitibá

Ainda neste mês de novembro, a Rede Buriti vai inaugurar a segunda loja em Itabuna e a primeira do setor de materiais de construção do Nordeste do país em um shopping center. Segundo informações de bastidores, o investimento foi na casa de 1 milhão.

✅ Reinaldo Braga vai assumir vaga do deputado João Isidório

A morte precoce do deputado estadual João Isidório (Avante), aos 29 anos, após um afogamento em uma praia de Madre de Deus, vai trazer um veterano de volta à Alba (Assembleia Legislativa da Bahia). Reinaldo Braga (PR) será o suplente que vai ocupar a cadeira do parlamentar falecido ontem (11.novembro).

Reinaldo é médico e vai assumir o cargo de deputado estadual pela décima vez. Nas eleições de 2018, depois de emendar 9 mandatos consecutivos, Braga foi derrotado e estava ocupando o cargo de chefe de gabinete do também deputado estadual Nelson Leal (PP).

👀 Glebão no PMN

A Coluna Balão, em contato com João Preto, presidente do PMN em Itabuna, confirmou a ida do ex-vereador Glebão (ex-PDT e aliado do Dr. Mangabeira) para o PMN. Chegou com moral, mas terá que trocar a sola do sapato e correr por 34 municípios.

📌 Quem tem prestígio é ela

Kátia, Ariana Fehlberg (presidenta da Câmara de Porto Seguro) e João Roma

O ministro João Roma (Cidadania), em sua passagem por Porto Seguro esta semana, teceu elogios a pré-candidata a deputada estadual Kátia Barcelar (PL). Demonstrou prestígio e força.

Com a ida do presidente Bolsonaro para o PL, nos bastidores, já dizem: “Agora quem pode comprar o vestido é Kátia Barcelar”. Claro, a mulher é pra cima e pra baixa nas articulações. Peregrinar é o sobrenome dela.

Assista ⤵️

👂 Ainda sobre o PL

José Carlos Araújo e Fernandinho Netto, presidente do PL na Bahia e o presidente do PL em Itabuna, respectativamente, estarão em Brasília nesta quarta-feira para uma reunião com o dono da Partido Liberal, Valdemar Costa Neto.

Apenas uma apoteose à espera do próximo capítulo na Bahia: o PL da possível filiação de Bolsonaro seguirá na base de ACM Neto ou não? É esta a resposta que Araújo e Fernandinho irão garimpar.

Fernandinho será escalado como coordenador da campanha de Araújo para deputado federal.

🤝 Dobradinha Andrea-Guinho

Um drone confirmou que a negociação de Augusto Castro e Enderson Guinho na campanha de 2020 era de o prefeito apoiar o vice na candidatura a deputado estadual. Mas como o prefeito irá lançar a primeira-dama para à Assembleia Legislativa da Bahia, Guinho teve que alterar a rota.

Guinho disse em entrevista ao Pauta Blog que poderá nascer uma dobradinha entre Andrea Castro e ele.

👋 Está dando tchau ao Petismo

O segundo suplente de vereador de Itabuna, Rubenceu, que obteve em sua primeira campanha 931 votos, está de saída do Partido dos Trabalhadores após 20 anos de casa.

E ele aumentou o tom: “sem reconhecimento da direção estadual e municipal”.

Sondamos para qual sigla ele irá, mas não obtivemos êxito, nem nos deu um retorno. Enfim, Rubenceu deu tchau ao PT.

🚫 Azevedo segue parado 1

Duas fontes afirmaram que o ex-prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo (PL), sairá candidato a deputado federal para marcar o vice-prefeito Enderson Guinho (DEM). Já outras duas fontes atestaram que o destino dele AINDA não é este. Acreditamos que nem o Capitão sabe pra onde seguir. Enquanto isso, segue parado.

🚫 PDT de Itabuna segue parado 2

O Partido Democrático Trabalhista itabunense se esfarelou. Fontes de Salvador dão autenticidade de que não há definição. Em Itabuna, validam que o Dr. Mangabeira é quem irá ditar o capitão do Partido e já vem recebendo curriculos. Outra bola que segue parada, mas após a passagem de Léo Prates por Itabuna, o partido marchará com ele para deputado federal.

🏠 Dr. Mangabeira saiu da toca

Somente Léo Prates para decifrar o paradeiro do ex-candidato a prefeito de Itabuna, Dr. Mangabeira, e tirá-lo da toca. Conseguiu almoçar e definir o rumo do partido em Itabuna. Até o início de dezembro o partido deixará o status de “parado”. O analista político Marco Wense acompanhou a conversa.

⚠️ A diplomacia (amorosa) entre a oposição

O governador Rui Costa (PT) visitou Teixeira de Freitas no início do mês. Quem foi representar o munícipio por parte do executivo foi o vice-prefeito Yuri Fernandes (DEM), a mando do prefeito Marcelo Belitardo, também do Democratas.

Tanto Yuri como Rui trocaram elogios ao discursar. A diplomacia amorosa entre a oposição teve a interlocução do ex-secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, que é pré-candidato a deputado federal.

🦁 O Leão e a pressão

O vice-governador da Bahia, João Leão (PP), sofreu uma queda na pressão arterial, foi levado para o hospital, mas recebeu alta no mesmo dia.

👍 Bêda está bem

O prefeito de Ubaitaba, Bêda (MDB), se envolveu em um acidente automobilistico na BR-101 quando estava indo para Salvador, no início do mês de novembro. Sofreu escoriações leves na mão, passou por avaliação médica e logo foi liberado.

Bêda já foi prefeito em 2004, em 2012 e em 2020 derrotou a ex-prefeita e ex-vereadora Suka do PSB com o dobro de votos.

POLÍTICA EM FRASE

✅ Lauro de Freitas: Prefeita Moema Gramacho é multada por irregularidade em licitação pelo TCM. Confira!

Envie a sua sugestão de pauta: matheus@pauta.blog.br

//

Leia em: 2 minutos

O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), sabe que precisa fazer uma urgente mudança na sua equipe de governo, mais especificamente no primeiro escalão.

Tem secretários que parecem hibernados no cargo. Andam sonolentos. Só acordam quando recebem o “faz me rir”. Não há sequer um esboço de um projeto, uma iniciativa elogiável.

Castro sabe quem são os que nada produzem. Tem informações sobre o que passa nas secretarias e em outros cargos do segundo escalão.

O problema é que a urgente reforma administrativa se esbarra no aspecto político. Ou seja, promover as inadiáveis alterações sem prejudicar à pré-candidatura de Andrea Castro, esposa do alcaide, ao Parlamento estadual.

O que se comenta nos bastidores é que não haverá exonerações. A imprescindível reforma será assentada no remanejamento das “peças” para outras funções. Uma espécie de freio de arrumação.

Como não bastasse essa dormência de alguns secretários, esse marasmo que salta aos olhos, Augusto tem pela frente os partidos que apoiaram sua então candidatura ao cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves.

Algumas lideranças dessas siglas acham que suas nomeações para o governo são intocáveis, que o chefe do Executivo não terá coragem de tomar qualquer decisão que possa contrariar a legenda.

Tem até dirigente partidário que ousa insinuar que a autoridade do prefeito, diante da contrapartida pelo apoio recebido na sua caminhada rumo ao cargo mais poderoso do Poder Executivo municipal, perde força, como se a eleição do atual gestor se devesse exclusivamente aos partidos coligados.

A reforma administrativa, que tem como viga principal o elemento coragem, é de uma urgência urgentíssima, sob pena de Augusto Castro, que sente na pele a diferença de ser prefeito e deputado estadual, perder o controle da situação.

Quem acompanha tudo de perto, além dos conhecidos adversários na sucessão de 2024, com destaque para o médico Isaac Nery (Republicanos), o vice-prefeito Enderson Guinho (DEM) e Capitão Azevedo (PL), é o fantasma da reeleição, já que nenhum prefeito na história política do município conseguiu o segundo mandato consecutivo.

Que o prefeito Augusto Castro faça uma reflexão sobre a importância de promover mudanças no governo. E já. Sem pestanejar.

No mais, torcer para que a gestão AC tenha sucesso. Os adeptos da famigerada política do quanto pior, melhor, são figuras “non gratas” a Itabuna.


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

//

Enderson Guinho (DEM) e Binho Shalon (PSL)

Leia em: 3 minutos

Nos bastidores da política de Itabuna, o assunto mais comentado é a composição da comissão provisória do União Brasil, legenda que nasce da fusão do DEM com o PSL.

Maria Alice, que presidiu o diretório municipal do Democratas por muito tempo, histórica aliada do ex-prefeito Fernando Gomes, não vai participar dessa disputa pelo comando da nova sigla. “Posso até me filiar ao União Brasil e ajudar o partido. Não tenho outro interesse”, diz a fiel escudeira do ex-alcaide.

O controle do União Brasil é disputado pelo vice-prefeito Enderson Guinho, que foi eleito pelo Cidadania, e por Binho Shalon, respectivamente atuais presidentes do DEM e do PSL de Itabuna.

Politicamente falando, observando os pontos fortes de cada um, o vice-prefeito e já prefeiturável Enderson Guinho, leva vantagem sobre Shalon.

O dirigente-mor do PSL de Itabuna tem ao seu lado a deputada federal Dayane Pimentel, muito próxima do também parlamentar Luciano Bivar, que será o presidente nacional do União Brasil.

Enderson Guinho é do partido de ACM Neto, presidente nacional do DEM e futuro secretário-geral da nova agremiação partidária, que passa a dispor de um bom tempo no palanque eletrônico do rádio e da televisão e muito dinheiro para gastar no pleito de 2022 via milionário fundo eleitoral.

O favoritismo do vice-prefeito decorre de um acerto entre Bivar e ACM Neto. Na Bahia, cabe a Neto arrumar o União Brasil de acordo com seus interesses políticos, mais especificamente no que diz respeito à sua pré-candidatura ao Palácio de Ondina. Em Pernambuco, Bivar é quem dar as cartas. Nos outros Estados, se senta na mesa para conversar e chegar a um acordo.

Portanto, é dado como favas contadas que Enderson Guinho presidirá o União Brasil em Itabuna. A possibilidade de Shalon ou outro nome desbancar o vice-prefeito é remotíssima, longínqua. Não digo nenhuma porque na política surpresas e sobressaltos sempre acontecem, são inerentes ao jogo pela conquista do poder.

Não ficaria bem para ACM Neto, como pré-candidato à sucessão de Rui Costa (PT), não ter força sobre a composição do União Brasil nos municípios da Boa Terra. É evidente que existem exceções. Feira de Santana é uma delas. Dayane deve indicar os integrantes da nova sigla.

O que se espera em Itabuna é que Binho Shalon seja o secretário da nova legenda. Sem dúvida, uma inteligente, justa e correta solução. Agradaria a fulanos, sicranos e beltranos. O União Brasil ficaria unido em Itabuna.

Não creio que o vice-prefeito criará dificuldades para que Shalon não faça parte da Executiva do União Brasil. Afinal, o objetivo político de ambos é ajudar ACM Neto a ser governador da Bahia.

Não é aconselhável que os primeiros passos do União Brasil sejam movidos por vaidades ou por qualquer comportamento que possa provocar um começo de atrito que poderia ser evitado. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

//

Leia em: 3 minutos

A declaração do governador Rui Costa de que ficaria “complicada” a aliança com o PP caso o presidente Bolsonaro se filie a legenda, obviamente para disputar o segundo mandato (reeleição), é merecedora de elogios.

O morador mais ilustre do Palácio de Ondina está sendo sincero com o vice-governador João Leão, jogando limpo. O implícito conselho do petista-mor da Bahia é que Leão procure outro caminho político, que não há nenhuma possibilidade do PP integrar a majoritária da base aliada.

Com efeito, o chefe do Palácio do Planalto condicionou sua ida para o Progressistas a nenhum tipo de acordo com o lulopetismo. Salta aos olhos que o comando nacional do PP não vai ficar ao lado de Leão em detrimento do presidente da República.

A conversa entre o governador e o vice passa a ser o assunto mais importante da sucessão estadual. Como Bolsonaro no PP já é dado como certo, favas contadas, 2 + 2 = 4, a situação do vice é realmente complicada.

Já o MDB dos irmãos Vieira Lima, Geddel e Lúcio, vive o oposto, tendo autonomia para decidir o rumo que a legenda vai tomar no pleito de 2022, se fica com o PT, apoiando o senador Jaques Wagner, ou com o União Brasil com a candidatura de ACM Neto. O ex-governador e o ex-prefeito de Salvador são pré-candidatos ao governo do Estado.

É evidente que o MDB, assentado no bom tempo que dispõe no horário eleitoral e no enraizado pragmatismo, vai reivindicar uma vaga na chapa, seja ela encabeçada por Wagner ou Neto.

Voltando a Leão, o que se comenta nos bastidores é que o governador Rui Costa vai propor ao vice que procure outro abrigo partidário da base aliada. Como contrapartida, além de indicar o vice de Wagner, Leão assumiria o governo por nove meses com a desincompatibilização de Rui, que passaria a ser um dos coordenadores da campanha presidencial de Lula.

Se não houver um entendimento entre Rui e Leão, o vice fica com duas opções:

1) se aproximar de ACM Neto e sair candidato a senador pela majoritária sem precisar deixar o PP.

2) disputar a sucessão estadual pela sigla. Ambas teriam o aval da cúpula nacional do Progressistas. São dois caminhos que enfraquecem Jaques Wagner e, por tabela, a candidatura do ex-presidente Lula.

Vale lembrar que as duas maiores lideranças do PP, Ciro Nogueira e Arthur Lira, respectivamente ministro-chefe da Casa Civil e presidente da Câmara dos Deputados, são aliados de carteirinha de Bolsonaro. Nogueira é o dono do Progressistas.

No mais, concluindo o comentário de hoje, dizer que o governador Rui Costa está sendo transparente com Leão, colocando as cartas na mesa, sendo claro, sem tapeação.

A filiação de Jair Messias Bolsonaro no PP, até agora o mais esnobe e pomposo integrante do Movimento dos Sem Partidos (MSP), enterra a aliança com o lulopetismo da Boa Terra. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

//

O prefeito Augusto Castro pode mexer no seu time de secretários, ou seja: "Chegou a hora da onça beber água", como diz o ditado popular do ano de 2022.

Leia em: 3 minutos

Matéria de ontem, 13, do conceituado e sempre bem informado blog Pimenta, comenta sobre a reforma administrativa que está em curso no governo Augusto Castro (PSD).

Reforma é sinônimo de insatisfação, de que alguma coisa não anda a contento, que é preciso mudar. No mundo da política tem duas vertentes: administrativa e política.

Quando se elege em uma coligação de partidos, como foi o caso do prefeito de Itabuna, se tem um compromisso pós-eleição, que é a nomeação, mais especificamente para o primeiro escalão, dos indicados pelas legendas que apoiaram o então candidato.

A contrapartida pelo apoio é a participação no governo do prefeito eleito, que termina aceitando quem não é do seu agrado, evitando assim um atrito logo no começo da gestão.

Segundo o Pimenta, “salvo algum grande deslize, as mudanças não ocorrerão de imediato. Virão com uma reforma administrativa a ser apreciada pela Câmara de Vereadores até o início de janeiro. Na reforma, pelo menos três dos atuais secretários devem cair”.

O que chamou mais atenção, foi a informação de que “para as mudanças, o prefeito levará em conta, além do desempenho dos secretários em suas respectivas pastas, o comprometimento de cada um com o projeto político do governo”.

O blog diz também que o prefeito Augusto Castro quer eliminar os que “ciscam para fora ou fazem corpo mole”, obviamente se referindo ao campo da política, principalmente em relação às pré-candidaturas da primeira-dama Andrea Castro e Paulo Magalhães, respectivamente para os Parlamentos estadual e federal.

E quem seriam os “ciscadores” ? É a pergunta que já começa a tomar conta das conversas políticas. Correligionários mais próximos do alcaide são da opinião de que é melhor agir logo, que não é aconselhável ter gente no governo ocupando funções importantes sem ter compromisso com o projeto político do alcaide.

Toda vez que essa discussão vem à tona, sobre o projeto político do governo AC, o nome do vice-prefeito Enderson Guinho, secretário de Esportes e presidente municipal do DEM, é o primeiro a ser citado como o que mais “cisca para fora”.

Quando sou questionado sobre os “ciscadores”, digo que nada vai acontecer, que não interessa a nenhuma das partes desavenças políticas neste momento. Mas não deixo de alertar que o rompimento do prefeito com o vice é inevitável.

O relacionamento político do chefe do Executivo com seu substituto imediato vai ficar insustentável. A exoneração de Enderson Guinho da secretaria de Esportes é só uma questão de tempo. E ela pode até acontecer por pressão da base aliada do governador Rui Costa com o aval do senador Otto Alencar, comandante-mor estadual do PSD.

O caro, atento e curioso leitor pergunta: Quando é que o pega-pega do prefeito com o vice vai se agravar, se tornando irreversível? A resposta, sem pestanejar, e de uma obviedade ululante, é que vai ocorrer quando o vice começar a pedir votos para prefeito de Itabuna na sucessão de Augusto Castro, cuja missão é quebrar o tabu da reeleição, já que nenhum gestor conseguiu o segundo mandato consecutivo.

É evidente que faço aqui um exercício do futuro assentado não só na minha intuição política como nos fatos que já acontecem. Mas tudo dentro de uma certa lógica e sem nenhuma invencionice.

Especular com responsabilidade faz parte do jornalismo político. Do contrário, teria que esperar acontecer o fato para depois comentar. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

//

Leia em: 2 minutos

Não há nenhuma dúvida que o vice-prefeito Enderson Guinho será o presidente do União Brasil em Itabuna. A nova legenda, já de olho na sucessão municipal de 2024, vai nascer da fusão do DEM com o PSL.

Enderson Guinho, que foi eleito vereador pelo PDT e vice-prefeito pelo Cidadania, é o atual dirigente-mor do Partido do Democratas (DEM) e pré-candidato a deputado federal.

Quem seria o segundo nome mais forte da nova agremiação partidária? Nada mais justo do que Binho Shalon, que é o presidente do diretório municipal do PSL, seja o secretário da nova sigla. Vale lembrar que Shalon é o vice-presidente estadual do PSL.

Acredito que o vice-prefeito não criará nenhum problema para que Binho assuma a secretaria do União Brasil, que ainda depende da aprovação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para sua legitimação e, como consequência, disputar as eleições de 2022.

Já há uma discordância, por enquanto ainda restrita aos bastidores, entre o vice-prefeito e Binho Shalon. O vice começa a ensaiar um discurso pelo voto regional, em que pese ter apoiado à candidatura de Joseval Rodrigues ao parlamento federal no pleito de 2018 em detrimento de Mangabeira, que era o candidato do PDT, na época o partido do vice.

Joceval é vereador em Salvador pelo Cidadania e presidente estadual da sigla. Disse, na sua última declaração sobre a desfiliação do vice, que não foi avisado, sequer recebeu um telefonema, que soube pela imprensa.

Binho é um entusiasmado defensor da reeleição da deputada federal Dayane Pimentel, do PSL lá de Feira de Santana. A parlamentar, que foi a referência do então candidato Jair Messias Bolsonaro na Boa Terra, rompeu com o bolsonarismo.

Em outros pontos, está tudo certo entre Guinho e Binho, caminhando com bolinhas azuis, como dizia o saudoso médico Dr. Seixas. Religiosamente falando, também nenhum tipo de atrito. O respeito é mútuo. O vice é católico e Binho um fervoroso evangélico.

Agora é esperar como vai se posicionar o comando estadual do União Brasil em relação a Itabuna. A cidade é governada por Augusto Castro, que é do PSD, partido da base aliada do lulopetismo baiano.

PS – Maria Alice, aliada histórica do ex-prefeito Fernando Gomes, pode ser convidada por ACM Neto para integrar a equipe que vai coordenar sua campanha ao governo da Bahia no sul do Estado. Maria Alice, ex-presidente do DEM de Itabuna, vai fazer parte da Executiva municipal do União Brasil ? A pergunta começa a tomar corpo nas conversas políticas. As opiniões estão divididas. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

//

Leia em: 3 minutos

O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, presidente nacional do DEM e pré-candidato à sucessão estadual de 2022, visita Itabuna na próxima quinta (16).

Em plena campanha para o Palácio de Ondina, Neto quer sentir o clima em relação a sua candidatura, não só na população como nas agremiações partidárias e respectivas lideranças políticas.

No tocante aos partidos, obviamente os que integram a base aliada do governador Rui Costa não estarão presentes na recepção ao ex-gestor soteropolitano, como PT, PSB, PCdoB, PSD e PP, só citando os principais.

DEM, Republicanos, PL, Cidadania, PSDB e PSL devem marcar presença. Não sei qual a posição do PTB e do MDB.

E o PDT? O partido, depois que o médico Antônio Mangabeira deu um chega pra lá na política, não querendo continuar no comando da legenda em Itabuna, se encontra perdido. Até agora a executiva estadual, sob a batuta do deputado federal Félix Júnior, não resolveu o problema. O partido continua como cego em tiroteio, como diz a sabedoria popular.

O responsável-mor pela recepção a Neto será o vice-prefeito Enderson Guinho, hoje no DEM depois de passar pelo PDT e Cidadania. Em ambas as legendas saiu deixando atritos e decepções. Vale lembrar que o deputado Joceval Rodrigues, presidente estadual do Cidadania, soube da saída do vice pela imprensa. Sequer foi consultado.

A grande dúvida, se vai estar ou não presente na visita do ex-gestor soteropolitano, fica por conta do Republicanos, já que qualquer sucesso na recepção a ACM Neto será atribuída ao vice-prefeito de Itabuna, o organizador do evento.

Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que o médico Isaac Nery, do Republicanos, terá Enderson Guinho como adversário na sucessão de Augusto Castro, que, por sua vez, pretende quebrar o tabu da reeleição, já que nenhum prefeito conseguiu o segundo mandato consecutivo na história política do município.

No mais, esperar o desenrolar da visita de ACM Neto, como ele vai se comportar diante dos partidos e das lideranças que vão marcar presença.

PS (1) – Nos bastidores, uma disputa entre Valderico Júnior, comandante-mor do DEM de Ilhéus, com o vice-prefeito Enderson Guinho para ver quem mostra mais prestígio político com ACM Neto. Uma briguinha que tende a ficar cada vez mais intensa.

PS (2) – Os históricos do PDT de Itabuna defendem uma conversa firme da Executiva Nacional da legenda com ACM Neto sobre o processo sucessório presidencial. Pelo sim, pelo não, em relação à pré-candidatura de Ciro Gomes, na dúvida sobre o apoio de Neto ao pedetista, o melhor conselho é começar a trabalhar uma candidatura própria, sob pena de ser pego de surpresa e ficar a ver navios.

Bom dia! Bom dia!
[10:11, 15/09/2021] Marco Wense: O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está promovendo um encontro para discutir a pandemia do novo coronavírus e a importância da vacinação. O Brasil está na lista dos países que podem ser convidados. O problema é que Jair Messias Bolsonaro, maior autoridade do Poder Executivo, da República brasileira, até hoje não se vacinou. Seu negacionismo, desdenhando o mundo científico, continua firme. E aí não tem como deixar de fazer a seguinte pergunta: Como convidar um presidente, que ainda não se vacinou, para um evento sobre a importância da vacinação? Pois é. O nosso Brasil, com sua imagem cada vez mais negativa, passando vexame lá fora, sendo motivo de chacota. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

//

Leia em: 2 minutos

Depois de jogar a toalha, se dizendo arrependido pelas críticas que fez ao STF, mais especificamente aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Barroso, o presidente Jair Messias Bolsonaro dar sinais de que só espera a poeira assentar para voltar a ser o Bolsonaro original.

Ao ser questionado sobre o recuo aos ataques à instância máxima do Poder Judiciário, respondeu com um “deixa acalmar”, deixando nas entrelinhas que a qualquer momento vai reiniciar o confronto com as instituições, que é só uma questão de tempo.

Possa ser que esse “deixar acalmar” seja apenas uma estratégia para não afugentar a ala bolsonarista mais radical, que hoje se sente traída pelo “mito”. O problema é que o leite já foi derramado e não tem mais como retornar ao vasilhame.

Os bolsominions de raiz, os mais, digamos, ideologicamente bolsonaristas, caracterizados como de extrema direita, estão revoltados com a jogada de toalha do chefe do Palácio do Planalto, que além de pedir arrego ao ministro Moraes, através de uma carta elaborada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), ainda fez elogios ao integrante da Alta Corte.

Só faltou um outro ex-presidente da República para ajudá-lo em outra missiva para Luís Barroso, hoje no comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com efeito, fez um duríssimo pronunciamento contra Bolsonaro.

A expectativa agora fica por conta das próximas pesquisas, que devem apontar não só uma queda nas intenções de voto como um aumento na já preocupante rejeição a Bolsonaro, o que pode trazer à tona a discussão de que sua ida para o segundo turno não é mais uma invencionice da oposição.

O que se observou ontem foi uma grande revolta dos bolsominions, muitos já declarando que não vão mais votar no “mito”, incluindo aí uma parte significativa dos caminhoneiros. Muitos deles achando que foi apulhalado pelas costas, que o diga Zé Trovão.

A pergunta que não pode deixar de finalizar o comentário de hoje : O bolsonarismo terá coragem de convocar um novo ato em defesa do presidente de plantão?

O representante-mor da “nova” política deixou o bolsonarismo órfão, a ver navios, decepcionado com seu líder. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

//

Leia em: 2 minutos

Depois da visita do presidenciável Lula na Boa Terra, mais especificamente na capital, a pergunta que tomou conta do meio político é sobre João Leão. Como fica o vice-governador diante da sucessão estadual?

O petista-mor, postulante a um terceiro mandato no cargo mais cobiçado do Poder Executivo, deixou bem claro que só resta a Leão a indicação do vice de Jaques Wagner na composição da majoritária, já que a vaga para o Senado caberá ao senador Otto Alencar (PSD), com sua natural candidatura à reeleição.

Lula colocou os pontos nos is. Dificilmente haverá qualquer alteração. O governador Rui Costa cumprirá seu mandato até o último dia. O sonho de Leão de governar a Bahia por seis meses virou um grande pesadelo. O de disputar o Senado também.

A Rui Costa, como já comentei aqui por diversas vezes, como contrapartida pela compreensão de que a causa maior é a eleição de Lula, a promessa de assumir um importante ministério em um eventual retorno do PT à presidência da República. A desistência de Rui em relação à disputa pelo Senado foi imprescindível para evitar uma preocupante fissura na base aliada.

Será que houve alguma promessa a João Leão? Vale lembrar que o vice-governador, além de ser o secretário do Planejamento do Estado, é o presidente estadual do PP, legenda mais importante do Centrão e da base de sustentação política do governo Bolsonaro.

Para Leão, nada está decidido. “A partir de dezembro a montagem da chapa majoritária deve avançar”, disse o vice-governador. Ledo engano. E Leão sabe disso. Mudar como? Wagner vai desistir de disputar o Palácio de Ondina? Otto Alencar abrirá mão da sua reeleição? Ora, ora, tenha santa paciência! O óbvio ululante é que só sobrou a indicação do vice para Leão.

Se Leão quer mesmo disputar o Senado da República, um democrático e legítimo direito, só há dois caminhos: ou do lado de ACM Neto (DEM) ou de João Roma (Republicanos), ambos pré-candidatos ao governo do Estado no pleito de 2022.

No mais, esperar o dezembro de Leão chegar. Com certeza, o vice não terá, politicamente falando, um bom natal. E não adianta colocar os sapatos na janela. Papai Noel não vai poder atender seus pedidos.

PS – Astuto foi o senador Otto Alencar, dirigente-mor estadual do PSD, que para consolidar sua vaga na majoritária, prometeu a Lula o apoio nacional da sigla para sua candidatura ao Palácio do Planalto, o que terminou deixando o lulopetismo soteropolitano eufórico. Promessa essa que Leão não pode fazer com o PP. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

Notícias mais lidas

Outros assuntos