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Uma das perguntas mais recorrentes nos bastidores do Direito Eleitoral é: “Vereadores do Cidadania e do PTC realmente podem perder o mandato por fraude latente da cota de gênero?”

Sabe-se que, pelo sistema proporcional, é compulsório devolver a proporção mínima de 30% e o máximo de 70%, para candidatura de cada sexo, intitulado como “cota de gênero”.

Além do desrespeito ocorrido no tocante ao número parental, existem casos em que a contagem de votos foi igual a zero, ou seja, não houve se quer o próprio voto, o que vai contra a Lei contida no Art. 83° (lei 9.504/97). Vale salientar que alguns candidatos não realizaram atos de campanhas em suas respectivas candidaturas, tampouco pediram votos para si e prestaram contas.

Um fator curioso ocorrido e, sem qualquer descrição, foi a candidatura de mãe e filho no mesmo pleito, bem como de cunhadas com alta relação de proximidade, sendo o apoio ferrenho em prol da campanha para apenas um deles, inclusive com exposição nas redes sociais. É realmente estarrecedor os indícios de votação e movimentação financeira zerada, campanha para outrem e laços familiares com o concorrente.

Apesar do juiz de piso ter julgado o processo como improcedente, O Tribunal de segunda instância (TRE), em conformidade ao parecer ministerial, solicitou por um dos seus membros julgados, o pedido de vistas, anulando a sentença de primeira instância e determinando o retorno dos autos à origem (Itabuna), para que ocorra a devida deflagração da fase instrutória, onde candidatos e dirigentes municipais devem ser ouvidos como testemunhas.

Se houver recontagem dos votos e o TRE julgar procedente, quais seriam os novos vereadores, na sua opinião? A possível perda do mandato dos mesmos, passaria uma maior credibilidade e justiça ao sistema eleitoral vigente? Deixe aqui nos comentários! 


Dr. Wagner Ayres é economista e advogado com especialização em Direito Público e Administração Pública.

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), sabe que precisa fazer uma urgente mudança na sua equipe de governo, mais especificamente no primeiro escalão.

Tem secretários que parecem hibernados no cargo. Andam sonolentos. Só acordam quando recebem o “faz me rir”. Não há sequer um esboço de um projeto, uma iniciativa elogiável.

Castro sabe quem são os que nada produzem. Tem informações sobre o que passa nas secretarias e em outros cargos do segundo escalão.

O problema é que a urgente reforma administrativa se esbarra no aspecto político. Ou seja, promover as inadiáveis alterações sem prejudicar à pré-candidatura de Andrea Castro, esposa do alcaide, ao Parlamento estadual.

O que se comenta nos bastidores é que não haverá exonerações. A imprescindível reforma será assentada no remanejamento das “peças” para outras funções. Uma espécie de freio de arrumação.

Como não bastasse essa dormência de alguns secretários, esse marasmo que salta aos olhos, Augusto tem pela frente os partidos que apoiaram sua então candidatura ao cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves.

Algumas lideranças dessas siglas acham que suas nomeações para o governo são intocáveis, que o chefe do Executivo não terá coragem de tomar qualquer decisão que possa contrariar a legenda.

Tem até dirigente partidário que ousa insinuar que a autoridade do prefeito, diante da contrapartida pelo apoio recebido na sua caminhada rumo ao cargo mais poderoso do Poder Executivo municipal, perde força, como se a eleição do atual gestor se devesse exclusivamente aos partidos coligados.

A reforma administrativa, que tem como viga principal o elemento coragem, é de uma urgência urgentíssima, sob pena de Augusto Castro, que sente na pele a diferença de ser prefeito e deputado estadual, perder o controle da situação.

Quem acompanha tudo de perto, além dos conhecidos adversários na sucessão de 2024, com destaque para o médico Isaac Nery (Republicanos), o vice-prefeito Enderson Guinho (DEM) e Capitão Azevedo (PL), é o fantasma da reeleição, já que nenhum prefeito na história política do município conseguiu o segundo mandato consecutivo.

Que o prefeito Augusto Castro faça uma reflexão sobre a importância de promover mudanças no governo. E já. Sem pestanejar.

No mais, torcer para que a gestão AC tenha sucesso. Os adeptos da famigerada política do quanto pior, melhor, são figuras “non gratas” a Itabuna.


Marco Wense é Analista Político

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A vida por trás dos sorrisos nas redes sociais, especialmente quando trabalhamos nelas e com elas, tem perrengues que quase ninguém vê. Há exatamente um mês um acidente doméstico virou a minha vida pelo avesso, por exemplo. Uma queda, sensação de deslocamento do ombro, o braço e mão soltos, raio-x e o tão temido diagnóstico: fratura! Não muito pequena! A dias da inauguração da minha casa de eventos, o Casarão Cola Na Manu!

Um profissional sugeriu que não operasse no desespero, lembrando que estava em jogo a minha mão direita, força e principalmente escrita. “Como assim?! Eu sou escritora!”, foi a única coisa que passava na minha mente. Quando essa euforia de eventos passar, me vejo escrevendo mais livros, sonho escrever algo que vire filme ou novela, e só chorei pensando nisso. “Está sentindo muita dor?”, perguntavam. Mas o choro era da dor na alma, pensando no futuro. A dor física se fez minha amiga, quando entendi que dependia da minha mente ser forte ou não!

Passei por um turbilhão e hoje nem sei como. Sei que Simon Cavalcante, fisioterapeuta, foi uma luz com todas as suas orientações. Lembro da sensação de desmaio após o diagnóstico no hospital. Lembro da minha família ao meu redor dizendo que eu precisava reagir, e foi quando liguei para Dr. Eric Júnior e escutei “Deixe que eu resolvo tudo da cirurgia e do Plansul”, meu plano de saúde, e assim aconteceu! E eu só pedia a Deus que o médico sugerido por todos, mas que eu não conhecia até então, me desse a segurança que precisava para ficar bem, porque estudei comportamento humano e reconheço gente insegura a quilômetros de distância. (Tá aí um arrependimento na vida, inclusive!) Mas Dr. Alexandre Bulhões, especialista na área, me passou total segurança, a que eu precisava. “Isso é com ele!”, pensava. E segui! Sofri o que jamais conseguirei descrever, mas inaugurei o Casarão, com apoio de Marama, e três dias depois me internei.

Oi, Deus, sou eu de novo! Chegando na vida agora, mais uma vez. Não lembro de muita coisa, apenas que foram 30 dias dormindo sentada e acordando com câimbras; que fui muitíssimo bem tratada no hospital e que todos falavam do show de Harmonia; que não consegui deitar na maca do centro cirúrgico, tamanha dor; que fiz um pequeno escândalo lá dentro pedindo que chamassem logo o meu médico e todos riam afirmando que todos eles eram médicos também, até ele entrar e aí apaguei; Mas lembro da selfie na manhã seguinte, que tirei após banho e batom, o que me rendeu muitas risadas com amigos e familiares no WhatsApp. “A mulher acabou de sair de uma cirurgia e tá toda maquiada!”. São coisas assim que distraem a mente e não nos permite surtar com tudo o que está passando! Hoje, usando as duas mãos, escrevo este primeiro artigo emocionada. A reabilitação segue me causando inúmeros sentimentos, mas o principal deles é de profunda gratidão pelo renascimento. Senti a sua presença o tempo todo, mesmo ainda tendo um longo caminho de tratamento pela frente! Obrigada por tudo! Obrigada por TANTO!


Manu Berbert é publicitária e e empresária

Blog: www.manuelaberbert.com.br / Instagram: @manuelaberbert

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Enderson Guinho (DEM) e Binho Shalon (PSL)

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Nos bastidores da política de Itabuna, o assunto mais comentado é a composição da comissão provisória do União Brasil, legenda que nasce da fusão do DEM com o PSL.

Maria Alice, que presidiu o diretório municipal do Democratas por muito tempo, histórica aliada do ex-prefeito Fernando Gomes, não vai participar dessa disputa pelo comando da nova sigla. “Posso até me filiar ao União Brasil e ajudar o partido. Não tenho outro interesse”, diz a fiel escudeira do ex-alcaide.

O controle do União Brasil é disputado pelo vice-prefeito Enderson Guinho, que foi eleito pelo Cidadania, e por Binho Shalon, respectivamente atuais presidentes do DEM e do PSL de Itabuna.

Politicamente falando, observando os pontos fortes de cada um, o vice-prefeito e já prefeiturável Enderson Guinho, leva vantagem sobre Shalon.

O dirigente-mor do PSL de Itabuna tem ao seu lado a deputada federal Dayane Pimentel, muito próxima do também parlamentar Luciano Bivar, que será o presidente nacional do União Brasil.

Enderson Guinho é do partido de ACM Neto, presidente nacional do DEM e futuro secretário-geral da nova agremiação partidária, que passa a dispor de um bom tempo no palanque eletrônico do rádio e da televisão e muito dinheiro para gastar no pleito de 2022 via milionário fundo eleitoral.

O favoritismo do vice-prefeito decorre de um acerto entre Bivar e ACM Neto. Na Bahia, cabe a Neto arrumar o União Brasil de acordo com seus interesses políticos, mais especificamente no que diz respeito à sua pré-candidatura ao Palácio de Ondina. Em Pernambuco, Bivar é quem dar as cartas. Nos outros Estados, se senta na mesa para conversar e chegar a um acordo.

Portanto, é dado como favas contadas que Enderson Guinho presidirá o União Brasil em Itabuna. A possibilidade de Shalon ou outro nome desbancar o vice-prefeito é remotíssima, longínqua. Não digo nenhuma porque na política surpresas e sobressaltos sempre acontecem, são inerentes ao jogo pela conquista do poder.

Não ficaria bem para ACM Neto, como pré-candidato à sucessão de Rui Costa (PT), não ter força sobre a composição do União Brasil nos municípios da Boa Terra. É evidente que existem exceções. Feira de Santana é uma delas. Dayane deve indicar os integrantes da nova sigla.

O que se espera em Itabuna é que Binho Shalon seja o secretário da nova legenda. Sem dúvida, uma inteligente, justa e correta solução. Agradaria a fulanos, sicranos e beltranos. O União Brasil ficaria unido em Itabuna.

Não creio que o vice-prefeito criará dificuldades para que Shalon não faça parte da Executiva do União Brasil. Afinal, o objetivo político de ambos é ajudar ACM Neto a ser governador da Bahia.

Não é aconselhável que os primeiros passos do União Brasil sejam movidos por vaidades ou por qualquer comportamento que possa provocar um começo de atrito que poderia ser evitado. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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A declaração do governador Rui Costa de que ficaria “complicada” a aliança com o PP caso o presidente Bolsonaro se filie a legenda, obviamente para disputar o segundo mandato (reeleição), é merecedora de elogios.

O morador mais ilustre do Palácio de Ondina está sendo sincero com o vice-governador João Leão, jogando limpo. O implícito conselho do petista-mor da Bahia é que Leão procure outro caminho político, que não há nenhuma possibilidade do PP integrar a majoritária da base aliada.

Com efeito, o chefe do Palácio do Planalto condicionou sua ida para o Progressistas a nenhum tipo de acordo com o lulopetismo. Salta aos olhos que o comando nacional do PP não vai ficar ao lado de Leão em detrimento do presidente da República.

A conversa entre o governador e o vice passa a ser o assunto mais importante da sucessão estadual. Como Bolsonaro no PP já é dado como certo, favas contadas, 2 + 2 = 4, a situação do vice é realmente complicada.

Já o MDB dos irmãos Vieira Lima, Geddel e Lúcio, vive o oposto, tendo autonomia para decidir o rumo que a legenda vai tomar no pleito de 2022, se fica com o PT, apoiando o senador Jaques Wagner, ou com o União Brasil com a candidatura de ACM Neto. O ex-governador e o ex-prefeito de Salvador são pré-candidatos ao governo do Estado.

É evidente que o MDB, assentado no bom tempo que dispõe no horário eleitoral e no enraizado pragmatismo, vai reivindicar uma vaga na chapa, seja ela encabeçada por Wagner ou Neto.

Voltando a Leão, o que se comenta nos bastidores é que o governador Rui Costa vai propor ao vice que procure outro abrigo partidário da base aliada. Como contrapartida, além de indicar o vice de Wagner, Leão assumiria o governo por nove meses com a desincompatibilização de Rui, que passaria a ser um dos coordenadores da campanha presidencial de Lula.

Se não houver um entendimento entre Rui e Leão, o vice fica com duas opções:

1) se aproximar de ACM Neto e sair candidato a senador pela majoritária sem precisar deixar o PP.

2) disputar a sucessão estadual pela sigla. Ambas teriam o aval da cúpula nacional do Progressistas. São dois caminhos que enfraquecem Jaques Wagner e, por tabela, a candidatura do ex-presidente Lula.

Vale lembrar que as duas maiores lideranças do PP, Ciro Nogueira e Arthur Lira, respectivamente ministro-chefe da Casa Civil e presidente da Câmara dos Deputados, são aliados de carteirinha de Bolsonaro. Nogueira é o dono do Progressistas.

No mais, concluindo o comentário de hoje, dizer que o governador Rui Costa está sendo transparente com Leão, colocando as cartas na mesa, sendo claro, sem tapeação.

A filiação de Jair Messias Bolsonaro no PP, até agora o mais esnobe e pomposo integrante do Movimento dos Sem Partidos (MSP), enterra a aliança com o lulopetismo da Boa Terra. 


Marco Wense é Analista Político

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O prefeito Augusto Castro pode mexer no seu time de secretários, ou seja: "Chegou a hora da onça beber água", como diz o ditado popular do ano de 2022.

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Matéria de ontem, 13, do conceituado e sempre bem informado blog Pimenta, comenta sobre a reforma administrativa que está em curso no governo Augusto Castro (PSD).

Reforma é sinônimo de insatisfação, de que alguma coisa não anda a contento, que é preciso mudar. No mundo da política tem duas vertentes: administrativa e política.

Quando se elege em uma coligação de partidos, como foi o caso do prefeito de Itabuna, se tem um compromisso pós-eleição, que é a nomeação, mais especificamente para o primeiro escalão, dos indicados pelas legendas que apoiaram o então candidato.

A contrapartida pelo apoio é a participação no governo do prefeito eleito, que termina aceitando quem não é do seu agrado, evitando assim um atrito logo no começo da gestão.

Segundo o Pimenta, “salvo algum grande deslize, as mudanças não ocorrerão de imediato. Virão com uma reforma administrativa a ser apreciada pela Câmara de Vereadores até o início de janeiro. Na reforma, pelo menos três dos atuais secretários devem cair”.

O que chamou mais atenção, foi a informação de que “para as mudanças, o prefeito levará em conta, além do desempenho dos secretários em suas respectivas pastas, o comprometimento de cada um com o projeto político do governo”.

O blog diz também que o prefeito Augusto Castro quer eliminar os que “ciscam para fora ou fazem corpo mole”, obviamente se referindo ao campo da política, principalmente em relação às pré-candidaturas da primeira-dama Andrea Castro e Paulo Magalhães, respectivamente para os Parlamentos estadual e federal.

E quem seriam os “ciscadores” ? É a pergunta que já começa a tomar conta das conversas políticas. Correligionários mais próximos do alcaide são da opinião de que é melhor agir logo, que não é aconselhável ter gente no governo ocupando funções importantes sem ter compromisso com o projeto político do alcaide.

Toda vez que essa discussão vem à tona, sobre o projeto político do governo AC, o nome do vice-prefeito Enderson Guinho, secretário de Esportes e presidente municipal do DEM, é o primeiro a ser citado como o que mais “cisca para fora”.

Quando sou questionado sobre os “ciscadores”, digo que nada vai acontecer, que não interessa a nenhuma das partes desavenças políticas neste momento. Mas não deixo de alertar que o rompimento do prefeito com o vice é inevitável.

O relacionamento político do chefe do Executivo com seu substituto imediato vai ficar insustentável. A exoneração de Enderson Guinho da secretaria de Esportes é só uma questão de tempo. E ela pode até acontecer por pressão da base aliada do governador Rui Costa com o aval do senador Otto Alencar, comandante-mor estadual do PSD.

O caro, atento e curioso leitor pergunta: Quando é que o pega-pega do prefeito com o vice vai se agravar, se tornando irreversível? A resposta, sem pestanejar, e de uma obviedade ululante, é que vai ocorrer quando o vice começar a pedir votos para prefeito de Itabuna na sucessão de Augusto Castro, cuja missão é quebrar o tabu da reeleição, já que nenhum gestor conseguiu o segundo mandato consecutivo.

É evidente que faço aqui um exercício do futuro assentado não só na minha intuição política como nos fatos que já acontecem. Mas tudo dentro de uma certa lógica e sem nenhuma invencionice.

Especular com responsabilidade faz parte do jornalismo político. Do contrário, teria que esperar acontecer o fato para depois comentar. 


Marco Wense é Analista Político

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Não há nenhuma dúvida que o vice-prefeito Enderson Guinho será o presidente do União Brasil em Itabuna. A nova legenda, já de olho na sucessão municipal de 2024, vai nascer da fusão do DEM com o PSL.

Enderson Guinho, que foi eleito vereador pelo PDT e vice-prefeito pelo Cidadania, é o atual dirigente-mor do Partido do Democratas (DEM) e pré-candidato a deputado federal.

Quem seria o segundo nome mais forte da nova agremiação partidária? Nada mais justo do que Binho Shalon, que é o presidente do diretório municipal do PSL, seja o secretário da nova sigla. Vale lembrar que Shalon é o vice-presidente estadual do PSL.

Acredito que o vice-prefeito não criará nenhum problema para que Binho assuma a secretaria do União Brasil, que ainda depende da aprovação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para sua legitimação e, como consequência, disputar as eleições de 2022.

Já há uma discordância, por enquanto ainda restrita aos bastidores, entre o vice-prefeito e Binho Shalon. O vice começa a ensaiar um discurso pelo voto regional, em que pese ter apoiado à candidatura de Joseval Rodrigues ao parlamento federal no pleito de 2018 em detrimento de Mangabeira, que era o candidato do PDT, na época o partido do vice.

Joceval é vereador em Salvador pelo Cidadania e presidente estadual da sigla. Disse, na sua última declaração sobre a desfiliação do vice, que não foi avisado, sequer recebeu um telefonema, que soube pela imprensa.

Binho é um entusiasmado defensor da reeleição da deputada federal Dayane Pimentel, do PSL lá de Feira de Santana. A parlamentar, que foi a referência do então candidato Jair Messias Bolsonaro na Boa Terra, rompeu com o bolsonarismo.

Em outros pontos, está tudo certo entre Guinho e Binho, caminhando com bolinhas azuis, como dizia o saudoso médico Dr. Seixas. Religiosamente falando, também nenhum tipo de atrito. O respeito é mútuo. O vice é católico e Binho um fervoroso evangélico.

Agora é esperar como vai se posicionar o comando estadual do União Brasil em relação a Itabuna. A cidade é governada por Augusto Castro, que é do PSD, partido da base aliada do lulopetismo baiano.

PS – Maria Alice, aliada histórica do ex-prefeito Fernando Gomes, pode ser convidada por ACM Neto para integrar a equipe que vai coordenar sua campanha ao governo da Bahia no sul do Estado. Maria Alice, ex-presidente do DEM de Itabuna, vai fazer parte da Executiva municipal do União Brasil ? A pergunta começa a tomar corpo nas conversas políticas. As opiniões estão divididas. 


Marco Wense é Analista Político

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O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, presidente nacional do DEM e pré-candidato à sucessão estadual de 2022, visita Itabuna na próxima quinta (16).

Em plena campanha para o Palácio de Ondina, Neto quer sentir o clima em relação a sua candidatura, não só na população como nas agremiações partidárias e respectivas lideranças políticas.

No tocante aos partidos, obviamente os que integram a base aliada do governador Rui Costa não estarão presentes na recepção ao ex-gestor soteropolitano, como PT, PSB, PCdoB, PSD e PP, só citando os principais.

DEM, Republicanos, PL, Cidadania, PSDB e PSL devem marcar presença. Não sei qual a posição do PTB e do MDB.

E o PDT? O partido, depois que o médico Antônio Mangabeira deu um chega pra lá na política, não querendo continuar no comando da legenda em Itabuna, se encontra perdido. Até agora a executiva estadual, sob a batuta do deputado federal Félix Júnior, não resolveu o problema. O partido continua como cego em tiroteio, como diz a sabedoria popular.

O responsável-mor pela recepção a Neto será o vice-prefeito Enderson Guinho, hoje no DEM depois de passar pelo PDT e Cidadania. Em ambas as legendas saiu deixando atritos e decepções. Vale lembrar que o deputado Joceval Rodrigues, presidente estadual do Cidadania, soube da saída do vice pela imprensa. Sequer foi consultado.

A grande dúvida, se vai estar ou não presente na visita do ex-gestor soteropolitano, fica por conta do Republicanos, já que qualquer sucesso na recepção a ACM Neto será atribuída ao vice-prefeito de Itabuna, o organizador do evento.

Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que o médico Isaac Nery, do Republicanos, terá Enderson Guinho como adversário na sucessão de Augusto Castro, que, por sua vez, pretende quebrar o tabu da reeleição, já que nenhum prefeito conseguiu o segundo mandato consecutivo na história política do município.

No mais, esperar o desenrolar da visita de ACM Neto, como ele vai se comportar diante dos partidos e das lideranças que vão marcar presença.

PS (1) – Nos bastidores, uma disputa entre Valderico Júnior, comandante-mor do DEM de Ilhéus, com o vice-prefeito Enderson Guinho para ver quem mostra mais prestígio político com ACM Neto. Uma briguinha que tende a ficar cada vez mais intensa.

PS (2) – Os históricos do PDT de Itabuna defendem uma conversa firme da Executiva Nacional da legenda com ACM Neto sobre o processo sucessório presidencial. Pelo sim, pelo não, em relação à pré-candidatura de Ciro Gomes, na dúvida sobre o apoio de Neto ao pedetista, o melhor conselho é começar a trabalhar uma candidatura própria, sob pena de ser pego de surpresa e ficar a ver navios.

Bom dia! Bom dia!
[10:11, 15/09/2021] Marco Wense: O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está promovendo um encontro para discutir a pandemia do novo coronavírus e a importância da vacinação. O Brasil está na lista dos países que podem ser convidados. O problema é que Jair Messias Bolsonaro, maior autoridade do Poder Executivo, da República brasileira, até hoje não se vacinou. Seu negacionismo, desdenhando o mundo científico, continua firme. E aí não tem como deixar de fazer a seguinte pergunta: Como convidar um presidente, que ainda não se vacinou, para um evento sobre a importância da vacinação? Pois é. O nosso Brasil, com sua imagem cada vez mais negativa, passando vexame lá fora, sendo motivo de chacota. 


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Depois de jogar a toalha, se dizendo arrependido pelas críticas que fez ao STF, mais especificamente aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Barroso, o presidente Jair Messias Bolsonaro dar sinais de que só espera a poeira assentar para voltar a ser o Bolsonaro original.

Ao ser questionado sobre o recuo aos ataques à instância máxima do Poder Judiciário, respondeu com um “deixa acalmar”, deixando nas entrelinhas que a qualquer momento vai reiniciar o confronto com as instituições, que é só uma questão de tempo.

Possa ser que esse “deixar acalmar” seja apenas uma estratégia para não afugentar a ala bolsonarista mais radical, que hoje se sente traída pelo “mito”. O problema é que o leite já foi derramado e não tem mais como retornar ao vasilhame.

Os bolsominions de raiz, os mais, digamos, ideologicamente bolsonaristas, caracterizados como de extrema direita, estão revoltados com a jogada de toalha do chefe do Palácio do Planalto, que além de pedir arrego ao ministro Moraes, através de uma carta elaborada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), ainda fez elogios ao integrante da Alta Corte.

Só faltou um outro ex-presidente da República para ajudá-lo em outra missiva para Luís Barroso, hoje no comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com efeito, fez um duríssimo pronunciamento contra Bolsonaro.

A expectativa agora fica por conta das próximas pesquisas, que devem apontar não só uma queda nas intenções de voto como um aumento na já preocupante rejeição a Bolsonaro, o que pode trazer à tona a discussão de que sua ida para o segundo turno não é mais uma invencionice da oposição.

O que se observou ontem foi uma grande revolta dos bolsominions, muitos já declarando que não vão mais votar no “mito”, incluindo aí uma parte significativa dos caminhoneiros. Muitos deles achando que foi apulhalado pelas costas, que o diga Zé Trovão.

A pergunta que não pode deixar de finalizar o comentário de hoje : O bolsonarismo terá coragem de convocar um novo ato em defesa do presidente de plantão?

O representante-mor da “nova” política deixou o bolsonarismo órfão, a ver navios, decepcionado com seu líder. 


Marco Wense é Analista Político

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Em 1964 Itabuna era uma cidade de destaque estadual e até nacional, por conta da economia cacaueira e sua história, muitas delas contadas nos romances de escritor itabunense Jorge Amado, que ganharam o mundo. E nesse imaginário somavam-se as histórias e estórias dos coronéis do cacau e mil e um personagens, desde os trabalhadores rurais, os bichos da Mata Atlântica e as almas penadas que corriam a região.

As estórias contadas pelo povo corriam a cidade que nem rastilho de pólvora após acesso e incendiava de informação toda uma população, não ficando ninguém sem saber dos fatos contados, num boca a boca de fazer inveja às redes sociais da atualidade. Um desses ocorridos mudou o comportamento dos itabunenses, que passaram a dormir cedo, tudo por causa do medo de encontrar noite afora a Mulher de Sete Metros.

À época, pouquíssimos felizardos dispunham de um aparelho de TV na sala de estar, que ficavam praticamente desligados por falta de sinal para retransmitir os programas das redes Tupi, Record, Eldorado, TV Rio. O forte mesmo era o rádio, que nos fornecia diariamente música, esporte e notícia pelas potentes ondas curtas das emissoras de Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro.

Itabuna também não ficava atrás e já dispunha de três emissoras de rádio: a Rádio Clube de Itabuna (1956), Rádio Difusora Sul da Bahia (1960) e Rádio Jornal de Itabuna (1963). E as três rádios disputavam fortemente a audiência regional, realizando transmissões externas em praças, com a apresentação de artistas locais e do sudeste do país, programas de auditório, esportes, policiais com humor e os caipiras.

Um desses apresentadores era Pedro Lemos, imbatível na audiência do horário da 5 às 7 horas, com um programa recheado de recados para as fazendas, os bairros, música caipira (raiz) e estórias dos “tempos do ronca” que ele jurava serem verdadeiras. Seu prestígio na comunidade itabunense daquela época era tanto que foi eleito um dos vereadores mais votados da história política do município.

Homem de hábitos simples, lá pelas quatro e pouca da manhã Pedro Lemos saia de casa e a poucos metros se encontrava com o sonoplasta Carlos Lima e se dirigiam à Rádio Clube de Itabuna, localizada na avenida do Cinquentenário, no segundo andar do prédio nº 424. Com a rádio no ar, Pedro Lemos, baixinho e gordinho, se transformava em um gigante da comunicação radiofônica itabunense. Não tinha pra ninguém.

Entre uma música, um recado, uma pilhéria com um amigo, Pedro Lemos contava uma história, desde a simples trivialidade que tinha visto no dia de ontem às estórias de meter medo a qualquer cidadão temente a Deus e às assombrações. E a da Mulher de Sete Metros, que rondava Itabuna de norte a sul e leste a oeste aterrorizava a qualquer vivente. Parecia até aquelas novelas da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

Pois bem, a cada madrugada era um relato diferente, ora a assombração teria aparecido lá pras bandas dos Canecos, ora no bairro São Caetano, escorraçando quem se aventurava a andar pela madrugada adentro. Pelo que contava, a Mulher de Sete metros se apresentava vestida com um camisolão branco e se postava no meio da rua ou da estrada, apavorando quem resolvesse atravessar em sua frente.

Em Ferradas a situação foi constrangedora, pois um vaqueiro que prometia enfrentar e desmoralizar a mulher de sete metros teve que ser internado num hospício após encontrá-la no meio da rodovia. Dessa data em diante ele perdeu o juízo e a mula que montava saiu em disparada e somente foi encontrada depois de mais de 40 quilômetros, depois de Ibicaraí.
Pelo que contavam os que resolveram se arriscar, a Mulher de Sete Metros carregava uma mala de couro enorme, tinha uma cruz pendurada no pescoço e uma dentadura de meter medo a qualquer vivente. De longe, com uma voz gutural, perguntava qual o rumo a tomar para chegar ao cemitério. Daí em diante, ninguém ouvia mais nada, por ficar paralisado ou sair disparado na carreira.

A cada nova notícia da Mulher de Sete Metros Itabuna caia em polvorosa e a assombração se transformou no assunto da cidade. Ruim mesmo ficou a situação dos que precisavam sair de casa de madrugada para trabalhar, como os carroceiros, padeiros, feirantes, açougueiros e até os soldados do Tiro de Guerra. Enquanto uns incrédulos diziam que tudo não passava de crendices, o assunto chegou ao delegado e ao chefe de polícia, cobrados para que prendessem a assombração.

Uns seis meses depois de aterrorizar mais da metade da população de Itabuna, reunidos no Bar de Biribinha, na cabeceira da ponte do bairro da Conceição, Pedro Lemos foi questionado enquanto tomava umas cervejas com seu amigo inseparável Valdomiro Sapinho, acerca da veracidade das estórias. Sem pestanejar, Pedro disse conhecer todos os que viram a Mulher de Sete Metros e só não dava conhecimento dos nomes para não desmoralizar os coitados.

No meio do disse me disse, Pedro Lemos passou a acalmar as pessoas, dizendo que não mais precisariam se preocupar com a Mulher de Sete Metros, pois ele soube por uma pessoa de sua confiança que ela teria sido escorraçada de Itabuna. Pelo que contaram a ele e ao amigo Valdomiro Sapinho, o autor de tal façanha teria sido um tropeiro que saiu de casa numa sexta-feira noite de lua cheia e teria se transformado num lobisomem.

Com todos mais tranquilos, Pedro Lemos e Valdomiro Sapinho pediram mais uma cerveja. 


Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado

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