Nesta quinta-feira (7.dezembro), os desembargadores da 21a Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiram retirar o baiano Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz, vai assumir a presidência durante 30 dias para que conduza uma nova eleição.
Também foram afastados os vice-presidentes da entidade. A decisão passa a valer assim que for publicada, o que deve acontecer na próxima segunda-feira (11.dezembro) já que amanhã (8.dezembro) é feriado no Judiciário.
O afastamento dos dirigentes aconteceu porque a Justiça entendeu que o Termo de Acordo de Conduta (TAC) assinado entre o Ministério Público e a CBF em 2018 é ilegal pelo fato do órgão não ter legitimidade para interferir nos assuntos internos da Confederação e por se tratar de uma entidade privada. Na época, o Ministério Público do Rio de Janeiro moveu uma ação contra a CBF por entender que o estatuto da entidade estava em desacordo com a Lei Pelé, mas, no meio do processo, o então presidente da CBF, Rogério Caboclo, foi afastado do cargo por causa de denúncias de assédio sexual.
Ednaldo Rodrigues, que era vice-presidente, assumiu como interino e negociou o TAC com o MPRJ. A eleição de Caboclo foi anulada, outra foi marcada e o próprio Ednaldo foi eleito.
O questionamento dos demais vices que faziam parte da administração de Caboclo é que eles não foram consultados sobre o acordo e foram prejudicados pelo desdobramento da situação já que também precisaram deixar os cargos. A CBF, por sua vez, alega que foi vítima de uma armação.