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Começo esse texto fazendo uma pergunta em forma de trocadilho com um dos muitos ensinamentos deixados por Cristo, do Grego Χριστός (Khristós) que significa “Ungido”. Eu, particularmente, o tenho como o meu Mestre.

Entre tudo que vi ou li durante os meus 52 anos de vida, os ensinamentos de Cristo são os que mais me identifico, e por isso me coloco como um Cristão, um seguidor dos Teus ensinamentos. Vale ressaltar que seguir não é fazer, e eu, como a total maioria dos seguidores d’Ele, sou um pobre mortal e pecador, que o sigo, mas não consigo fazer o que Ele pede.

O título acima é um exemplo claro que explanamos da boca para fora as passagens bíblicas e não seguimos o que Cristo pregou e deixou como exemplo. Cristo não disse Armai-vos, Ele disse Amai-vos uns aos outros. Ele pede que divida o pão, que dê a outra face e que lave os pés do teu semelhante.

Seguindo os preceitos cristãos – afinal vivemos em um país de maioria cristã – o povo elegeu um ‘evangélico, extremista e fervoroso’, que defende o fortalecimento da família (mesmo tendo casado três vezes) e vende a ideia para parte da população que precisamos nos armar para combater o inimigo.

Com esse discurso enérgico e extremista, o evangélico fervoroso que preside esse país quer que façamos o papel do Estado, fazendo a nossa própria segurança, o que na verdade é dever das polícias Civil e Militar. Partindo dessa premissa, foi decretado por esse presidente que um cidadão tendo curso de tiro e com uma licença de caçador poderá comprar até 60 armas para se defender de supostos bandidos que queiram invadir o seu lar.

Deixo aqui uma pergunta para a grande maioria dos brasileiros que mal conseguem o dinheiro pra fazer a feira da semana: quantas vezes na sua vida você teve a sua humilde casa invadida por bandidos? O que eles levaram? Sua bicicleta Monark 1980 (de segunda mão) ou o seu Motorádio AM-FM?

Existem coisas mais importantes que precisam ser discutidas em nosso país que tentar armar a população. Esse decreto só vai facilitar o crime organizado e as milícias por todo o Brasil. Mesmo que você tenha condição de comprar uma arma e deixar em casa, o bandido vai saber, e enquanto você estiver trabalhando, aí sim ele vai querer invadir a sua casa – pois terá algo que lhe interessa – e vai roubar a sua arma. Não se combate o alcoolismo com mais álcool.

Quem tem que usar arma, manter a ordem e fazer valer a justiça é a Polícia! Nós, como cidadãos de bem e pagadores de impostos, precisamos cobrar e não fazer segurança.

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Arnold Coelho
Tentando amar e não matar o próximo

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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A entrevista de ontem, sábado, 27, de Ciro Gomes na Folha de São Paulo, deixou o PT, mais especificamente o chamado lulopetismo, irritado com o pré-candidato do PDT à sucessão presidencial de 2022.

O ponto principal do resmungo, da revolta dos petistas, foi Ciro afirmar que sua maior tarefa é derrotar o PT no primeiro turno. Para Ciro, quem for para a segunda etapa do processo sucessório contra Bolsonaro tende a derrotá-lo, “mas o menos capaz disso é o PT”.

Ora, Ciro tem toda razão. O maior cabo eleitoral do então candidato Jair Messias Bolsonaro, em 2018, foi o gigantesco e enraizado antipetismo. E vai continuar sendo no pleito de 2022. De 10 bolsominions, 10 querem enfrentar um petista no segundo turno.

Para o bolsonarismo, principalmente o de raiz, o lulopetismo é quem pode levar o “mito” a conquistar o segundo mandato consecutivo, permanecendo por mais quatro anos no maior e mais cobiçado cargo do Poder Executivo, sem dúvida o de presidente da República.

O que achei engraçado foi o PT questionar a busca do entendimento de Ciro com legendas do centro com viés à direita, como o DEM de ACM Neto, presidente nacional do demismo, e o PSD do senador Otto Alencar, liderança-mor estadual da sigla.

O petismo é mesmo hilariante. Acha que o telhado do partido não é de vidro, que aguenta qualquer tamanho de pedra. O PT continua se achando, a soberba é a mesma. Nada mudou. Só o PT pode fazer alianças para chegar ao poder. As outras agremiações partidárias quando procuram o diálogo com outros campos ideológicos são logo criticadas.

Não vou nem falar da base aliada do governador Rui Costa, formada por legendas que dão sustentação política ao governo Bolsonaro e fazem parte do Centrão, que tem o PP do vice-governador João Leão como o partido da linha de frente do toma lá, dá cá. Uma espécie de porta-voz.

Ora, na eleição presidencial de 2002, o PT fez aliança com todos que a legenda sempre dizia que jamais faria. Para se aproximar dos políticos que o petismo declarava que eram da “banda podre”, inventaram até um “Lulinha Paz e Amor”.

Com o “Lulinha Paz e Amor”, as portas ficaram escancaradas para receber os novos e inusitados apoiadores. De repente, a fila começou a ser formada para uma conversinha de pé de orelha com o petista-mor. Um atrás do outro e todos risonhos: José Sarney, Orestes Quércia, Delfim Neto… Um tempo depois, Paulo Maluf e companhia Ltda.

Na sucessão de 2018, Fernando Haddad, que foi o pior prefeito da história de São Paulo, que sequer chegou a ir para o segundo turno na tentativa de se reeleger, perdendo em todas as urnas para o então adversário João Doria (PSDB), se aliançou com os principais protagonistas do impeachment de Dilma Rousseff, desfilando em carro aberto com o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Concluo dizendo que o PT não tem moral para falar das articulações de Ciro buscando o fortalecimento de sua candidatura. O lulopetismo, quando o assunto é chegar ao poder, faz de tudo e, depois, no maior cinismo, ainda diz que o momento exigia a procura das composições. Ora, só existe esse momento para o PT? Para as outras legendas é oportunismo e incoerência? Esse PT, hein!

O que o lulopetismo deveria estar fazendo, e que até agora sequer rascunhou o primeiro parágrafo, é uma carta ao povo brasileiro pedindo desculpas pelos escândalos nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Vana Rousseff.

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Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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Lembro de uma enxurrada de críticas quando a Coluna Wense dizia que o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), estava sendo fritado pelo presidente Bolsonaro. O mesmo ocorreu com Nelson Teich. Os bolsonaristas falavam que eu estava desinformado, que a intenção era só tumultuar.

Digo agora a mesma coisa em relação a Eduardo Pazuello, atual titular do ministério. E ainda declaro que a fritura não está mais intensa, a olho nu, escancarada, extrapolando as fronteiras dos bastidores, porque Pazuello é um general, mais especificamente de divisão da ativa.

O presidente Bolsonaro, ouvindo conselheiros mais próximos, já ensaia uma saída honrosa de Pazuello da cobiçada pasta, uma espécie de retribuição, um prêmio de consolação pelos serviços do general, como, por exemplo, promovê-lo a um grau hierárquico no Exército.

O entrave, no entanto, é no próprio Exército, principalmente no seu Alto-Comando, que não aceita que as acomodações e os arranjos políticos palacianos possam arranhar a imagem da instituição.

Ora, o nosso brioso Exército tem seu regimento interno. A promoção de um general para uma posição hierarquicamente superior tem que seguir seus próprios trâmites. Seria uma afronta o Poder Executivo se ousar em mudar as regras, pensando que o Exército é o Congresso Nacional, onde o toma lá, dá cá, é corriqueiro.

Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que o Centrão está por trás das manobras para defenestrar Pazuello. Com efeito, já tem até o nome para o lugar do general: Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados. O Centrão, hoje de mãos dadas com o mandatário-mor do país, também quer o controle do Banco do Brasil.

A nossa honrosa e imprescindível instituição não pode ficar no meio dessas articulações voltadas para a sucessão presidencial de 2022.

Que deixem o nosso Exército fora desse jogo político.

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Marco Wense é Analista Político

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Quem me conhece sabe, sou movido por emoção. Por mais que a razão insista em prevalecer, o sentimento encontra uma maneira de cutucar. Então, movido por emoção/comoção quis fazer esse texto, para minha reflexão. Espero outros serem afetados e refletirem também.

Nós praticantes do futebol, escalamos times com a maior facilidade. Se o time não ganha, sabemos perfeitamente onde estava o defeito, menos o técnico. Assim, como árbitros/juízes, julgamos e condenamos a torto e a direito, nas mais diversas situações.

As últimas semanas, um programa de TV, o conhecido BBB, vem unido o país – isso mesmo, unindo o país- para julgar e condenar pessoas, com maior requinte de crueldade possível. Quanto mais quebrar a cara fora da casa, melhor. Parece que a Liga da Justiça despertou no coração de anônimos e famosos. Será o estado de pandemia, finalmente, alcançando os “bons sentimentos” desse povo?

O que fica claro, é o possível estado de adoecimento mental/emocional de tanta gente. Estamos com altos picos de propagação do vírus, e paredões e outras formas de aglomerações acontecem em cada canto do país. Quantos fizeram correntes para evitar a propagação do vírus? Ao contrário, existem, e não são poucos, aqueles que duvidem das recomendações dos cientistas para solucionar o problema, ou evitar o pior. Estamos com escassez de vacinas, por falta de competência, interesse, seja o que for, para atender até os grupos prioritários. Quantos fizeram correntes, mobilizaram redes sociais para que os políticos acelerem negociações, e possamos adquirir mais vacinas, mais vagas em hospitais com aparelhos suficientes para amenizar sofrimentos e salvar vidas?

Me parece, que unir pelo ódio é mais prazeroso. Julgar aquele com comportamento aparentemente doentio, é mais fácil. Entendo, é um programa de entretenimento. Ou será um programa para despertar o que há de pior em nós? Lá é a vida como ela é? Se for, mais um minuto de reflexão é necessário.

Aqui fora perdem seguidores, perdem patrocinadores, e terão a vida dificultada.

Eliminação no jogo e na vida, é mais gostoso. Lá está o mal a ser combatido, pelo bem da humanidade?

Acredito que os participantes terão justificativas para os atos, como “coisas do jogo”. Jogo da vida, como aparenta no posicionamento dos aficionados pelo programa? Nada contra, como disse, estou escrevendo para minha reflexão. Vejo fragmentos, mas sempre procurando leitura na internet, me deparo com noticias sobre o tema, e o que me chamou a atenção, foi a capacidade de mobilização popular para eliminar com recordes de votos (quase 300 milhões) esse ou aquele participante. E para espanto maior, pessoas apresentadas como profissionais, levantando traços de comportamento doentio que assemelha ao participante, o que naturalmente, alimenta analises dos seguidores/leigos. E o que eles fazem com isso? “Vamos bater pra doer, para aprender.”

Estamos todos passiveis de erros, na vida e no jogo de entretenimento. Mas importante, é quanto nos dispomos a pensar sobre o acontecido.

E para cancelar/eliminar/desacelerar o coronavírus, quando começa a mobilização popular?

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Antônio Maciel

Pedagogo, professor, poeta e produtor cultural

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Na noite de ontem, quarta (24), em um passe de mágica, no vapt-vupt, a Câmara dos Deputados, sob o comando de Arthur Lira, parlamentar do PP, legenda mais importante do chamado Centrão, aprovou a admissibilidade da proposta de ampliar a imunidade dos parlamentares.

Como se não bastasse o escancarado corporativismo, muito presente na Comissão de Ética da Casa Legislativa, querem agora proibir a prisão em flagrante em crime de corrupção. Que coisa, hein! Sem nenhuma dúvida, um escandaloso desrespeito ao “dura lex, sede lex”, que é assentado no preceito constitucional de que “todos são iguais perante a Lei”.

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC), de autoria do deputado Celso Sabino, do tucanato do Pará, obviamente do PSDB, além de contar com o apoio de mais de 180 colegas como coautores, teve sua admissibilidade aprovada por 304 parlamentares.

Outro ponto visado pela PEC é fortalecer o dispositivo de que o Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima do Poder Judiciário, só pode julgar processos contra parlamentares envolvendo crimes cometidos durante o exercício do cargo. Basta ser deputado para que os delitos do passado fiquem impunes, o que não deixa de ser uma afronta à Lei da Ficha Limpa, cada vez mais em desuso, esquecida, jogada na sarjeta.

Enquanto o país vive a agonia do dia a dia provocada pelo cruel e devastador novo coronavírus, que caminha a passos largos para ceifar 300 mil vidas humanas, ficam os senhores parlamentares preocupados em robustecer a imunidade parlamentar. Enquanto faltam vacinas em decorrência de uma imbecil disputa ideológica, os senhores “homens públicos” se reúnem para discutir a melhor maneira de ficar acima da Lei.

O título do comentário, “PRIMEIRO NÓS, DEPOIS ELES”, é o óbvio ululante: o nós são os senhores parlamentares. Os eles, os demais brasileiros, mais especificamente os que integram a parte de baixo da pirâmide social, com a quantidade de pobres e de gente passando fome aumentando assustadoramente.

Pelo andar da carruagem, do jeito que as coisas estão caminhando, com cada qual pensando em si, uma revolta social pode acontecer e ficar incontrolável.

Concluo dizendo que os senhores “homens públicos” precisam tomar juízo, pensar mais no coletivo do que em seus interesses e suas conveniências políticas e eleitorais, sob pena da paciência do povo se esgotar. 

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Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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"Não fique BATENDO PERNA na rua. É importante saber que quanto mais você circular, mais terá chance de adquirir o VÍRUS", enfatiza Arnold Coelho

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Precisamos deixar um pouco a política-ideológica de lado e começar a assumir que não estamos fazendo a nossa parte. É fato que os governos – nas três esferas – precisam acelerar o processo de vacinação, mas não adianta cobrar tanto dos políticos os nossos DIREITOS se não estamos fazendo os nossos DEVERES. Precisamos começar a AJUDAR no combate ao VÍRUS.

Os JOVENS perceberam que são – em sua ampla maioria – imunes aos efeitos da contaminação do VÍRUS e, de forma IRRESPONSÁVEL, estão levando o VÍRUS para dentro de CASA, infectando os mais VELHOS. Depois são os primeiros a correrem para a INTERNET para culpar os POLÍTICOS, a POLÍTICA e o SISTEMA DE SAÚDE. Ou os JOVENS mudam a rotina nos próximos meses ou iremos enterrar muita gente até o fim da vacinação.

Precisamos adotar medidas simples para SALVAR VIDAS! Mais quais medidas? USANDO MÁSCARA ao sair, mantendo uma distância mínima de 1,5 metro do seu semelhante, usando ÁLCOOL GEL e sempre que voltar para casa higienizando o que trouxe da rua e LAVANDO AS MÃOS.

Outra ação simples que você precisa fazer é lavar a roupa que usou ao sair. Lave sua máscara (se for de tecido) e coloque no sol o sapato que usou. Deixe sempre um pano limpo e úmido na entrada de casa, com desinfetante e alguma substância à base de cloro.

Receba poucas pessoas e em caso de visita cobre a máscara e o uso do álcool gel. Visite pouco os parentes e amigos (para isso, use telefone, o Whatsapp, vídeo chamada, etc), só visite em caso de extrema necessidade. Vá ao comércio se for para TRABALHAR, pagar conta ou comprar alimentos ou remédios.

Não fique BATENDO PERNA na rua. É importante saber que quanto mais você circular, mais terá chance de adquirir o VÍRUS. No caso dos JOVENS que gostam de sair, o ideal seria ficar em casa ou só sair seguindo essas recomendações. Se um parente seu (PAI, MÃE ou AVÓS) pegar esse vírus, a CULPA poderá ser SUA.

Por último é importante que você saiba como está o seu sistema imunológico. Como você anda de Vitaminas C, D, E e Zinco? Procure um médico no seu posto (é de graça), solicite dele exames e se preciso for, peça que ele indique um polivitamínico. E o mais importante: faça alguma atividade física, tome SOL pela manhã, se alimente e durma bem e FIQUE EM CASA.

Tenho seguido esse cronograma desde o início da pandemia e até o momento eu e minha família (graças a Deus) não pegamos COVID.

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Arnold Coelho
Em casa

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A situação em relação à pandemia do novo coronavírus caminha a passos largos para ficar incontrolável se nada for feito para conter o avanço devastador da covid-19.

O amanhã é hoje, é agora pela manhã. Não há mais tempo para indefinições, de deixar para o outro dia, sob pena do caos, das pessoas infectadas, por falta de vagas nos hospitais, ficarem “internadas” em casa e, como consequência, só Deus na causa, como dizem os religiosos.

O prefeito Augusto Castro sabe – e como sabe, já que quase foi para outra vida em decorrência do cruel vírus – da gravidade da doença, do sofrimento que ela provoca. Castro, salvo engano, passou mais de 45 dias de agonia, muitos deles na UTI.

O alcaide não pode é se deixar levar por pressões de quem quer que seja ou de qualquer segmento da sociedade. Esses que hoje pressionam para que o chefe do Executivo não tomem medidas duras para combater a proliferação da covid-19, serão os primeiros a criticá-los lá na frente. Vão dizer que o prefeito foi irresponsável, que cruzou os braços diante do avanço da maldita enfermidade.

Vale lembrar que o Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima do Poder Judiciário, deu aos estados e municípios autonomia para tomar decisões de acordo com suas peculiaridades no tocante ao avanço do vírus, até mesmo uma medida extrema como a decretação de lockdown.

“O lockdown é mais ou menos como desligar a chave geral. Quando você afasta as pessoas por, pelo menos, duas semanas, que é o período médio de incubação da doença, você tem uma calma na doença. Com isso, consegue se planejar e ganhar um fôlego”, diz Evaldo Stanislau, infectologista do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

Concluo dizendo que são nos momentos difíceis, cuja tomada de posição tem que ser urgente, que se conhece o verdadeiro “homem público”, que não fica na indecisão em decorrência de pressões, mais especificamente de setores organizados da sociedade.

Sei que não vai ser fácil. Mas alguma coisa precisa ser feita. Não dar para fechar os olhos como se nada estivesse acontecendo, com vidas humanas sendo ceifadas pelo maldito vírus.

O prefeito Augusto Castro já começa a viver seu pior momento no comando do centro administrativo Firmino Alves. 

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Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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É realmente impressionante o “fogo amigo” do senhor Ernesto Araújo. Os bolsonaristas, pelo menos os mais lúcidos, ficaram tiriricas da vida com o chanceler.

O presidente Bolsonaro, por conta do seu desdém no combate à pandemia do novo coronavírus, está sendo alvo de várias denúncias na OMS (Organização Mundial da Saúde) e em entidades ligadas à ONU (Organização das Nações Unidas).

Como não bastasse, tem três acusações contra o chefe do Palácio do Planalto, por negligência no enfrentamento da covid-19, que foi apelidada de “gripezinha”, no Tribunal Penal Internacional (TPI).

Vem agora o senhor Ernesto Araújo, chanceler brasileiro, em discurso para o Conselho de Direitos Humanos da ONU, nesta segunda (22), e faz críticas às restrições adotadas para conter o avanço do cruel vírus. Diz, em alto e bom som, sem nenhum tipo de constrangimento, que não se pode “sacrificar a liberdade em nome da saúde”, dando assim um chega pra lá no necessário e indispensável distanciamento social.

Para complicar ainda mais o presidente da República, só faltou dizer que usar máscara é frescura e higienizar às mãos também.

Se Ernesto é um bom rapaz, confesso que não sei. Mas que é um inconsequente não tenho a menor dúvida.

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Marco Wense é Analista Político

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Vou fazer de tudo para não me alongar no comentário de hoje, mesmo correndo o risco de deixar de fora algumas informações necessárias para que o caro e atento leitor possa compreender melhor a minha posição em relação à instância máxima do Poder Judiciário.

De pronto, quero dizer que sempre uso o título acima toda vez que escrevo sobre o Supremo Tribunal Federal. Com efeito, era o assunto que mais me chamava atenção quando estudante de direito na então Fespi, hoje Universidade Estadual de Santa Cruz, a nossa UESC.

Como presidente do Diretório Acadêmico do curso de Direito, eleito pelos estudantes, em uma disputa acirrada com o candidato do PCdoB, fizemos um seminário jurídico em parceria com a OAB de Itabuna, na época presidida por Gabriel Nunes.

Foi nesse evento, que lotou o auditório do então CNPC, com vários ilustres palestrantes do mundo jurídico, entre eles Carlos Velloso, então ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o também ministro Bulgarin, do Tribunal de Contas da União (TCU), e os tributaristas Edvaldo Brito e Carlos Válder, que questionei Carlos Velloso sobre o artigo 101 da Constituição, mais especificamente no tocante ao parágrafo único.

Diz o parágrafo único : “Os ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal”. Perguntei ao eminente ministro, que um tempo depois virou presidente da Alta Corte, se ele não tinha alguma crítica ao critério de nomeação para o STF. Senti que ficou surpreso com minha indagação. Mas defendeu o parágrafo único do artigo 101.

Para o ministro, o fato da aprovação para o STF ter o aval da maioria absoluta dos senadores já era suficiente para garantir a imparcialidade do indicado diante de eventuais interesses do governo federal e do presidente da República de plantão.

Ora, qualquer chefe do Palácio do Planalto, politicamente bem articulado, consegue facilmente o apoio da maioria dos senadores, mesmo que o indicado não tenha os requisitos constitucionais do notável saber jurídico e reputação ilibada.

Esse critério de nomeação para o STF precisa ser modificado, sob pena do Tribunal perder definitivamente a credibilidade. A honrosa instituição, se nada for feito, vai ter que conviver com a acusação de que a Corte tem um forte viés político.

Ora, toda vez que um processo cai nas mãos de um determinado ministro, a primeira pergunta é qual foi o presidente da República que o nomeou, como se o julgador não tivesse nenhuma condição de imparcialidade porque deve “favor” a quem o indicou.

O STF é uma honrada e imprescindível instituição. E para se tornar insuspeita precisa ser independente, colocar um ponto final nessa descabida ingerência do Executivo sobre o Tribunal.

Portanto, para o bem do Estado democrático de direito, que se mude, urgentemente, esse critério para a indicação e aprovação dos ministros da Alta Corte.

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Marco Wense é Analista Político

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“Os inúmeros idiotas que circulam sem máscara na Beira-Rio e no centro de Itabuna agora vão dar de cara com a Blitz das Máscaras, da Prefeitura de Itabuna. Ela vai fiscalizar quem anda ou corre sem máscara. Correm assim “para ficar saudável” – até o vírus pegar”. (Jornal A Região, 20 de fevereiro de 2021).

O Bloco dos Sem Máscara também pode ser chamado de Bloco dos Imbecis. É lamentável que ainda tenha muita gente acreditando que a covid-19 é uma “gripezinha”. Itabuna acaba de bater o recorde de óbitos por covid-19 em 24 horas. Foram oito vidas levadas pelo cruel e devastador novo coronavírus. E os idiotas, os que teimam em não usar máscara, continuam circulando nas ruas.

Os incautos estão sendo os responsáveis pela cada vez mais preocupante crise sanitária e humana provocada pela “gripezinha”. Já estamos vivendo um colapso no sistema de saúde. E, infelizmente, sem nenhuma perspectiva de curto prazo para uma melhora.

A site do Uol Notícias traz uma matéria com a seguinte manchete: “Covid-19: Bahia tem recorde de internações e vê esgotamento da rede privada”.

A tristeza é dupla. Uma causada pelo impiedoso e democrático vírus. Antes que alguém interprete o “democrático” levando no deboche, é porque a doença atinge a todos, independente da posição que ocupa na pirâmide social. A outra tristeza diz respeito aos que não usam máscara e desdenham do distanciamento social. E tem até – pasmem! – os que acham a imprescindível higienização das mãos uma “babaquice”.

E aqui, em nome da responsabilidade e do respeito ao próximo, faço um apelo: usem a máscara e mantenha o distanciamento social.

Os religiosos, diante de um governo federal sem um plano consistente de vacinação, alimenta a esperança com um “só Deus na causa”.

Presidente Bolsonaro

Ficam dizendo que estou “pegando no pé” do presidente Bolsonaro.

Como ficar sem dizer nada diante da abertura de um edital para comprar hidroxicloroquina enquanto faltam vacinas em quase todos os Estados? Seis unidades federativas já estão sem doses para concluir a primeira etapa da vacinação. Em outros Estados o estoque terminou, domingo (21).

Pois é. Agora fica o Ministério da Saúde querendo agradar o chefe do Palácio do Planalto com edital para adquirir um medicamento que não tem comprovação científica.

Tenha santa paciência!

Deputado bolsonarista continua preso

O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) continua preso. O parlamentar passou dos limites ao divulgar um vídeo com duros ataques aos ministros da instância máxima do Poder Judiciário, o STF.

Não fiquei surpreso com as 96 punições que o bolsonarista sofreu da Polícia Militar quando atuou na instituição: 26 dias preso, 54 dias em detenção, 14 repreensões e duas advertências. O que me chamou mais atenção foi o tratamento diferenciado dado por alguns setores da imprensa.

Quando uma pessoa comum, que a sabedoria popular costuma usar a expressão “pessoa do povo”, comete um delito, é logo chamado de ladrão.

Quando um simples funcionário público pratica o mesmo ato ilícito dos senhores parlamentares, é logo taxado de corrupto.

A palavra usada nos meios de comunicação é corrupção. Mas quando são eles, detentores de mandato público, a investigação não é para apurar a corrupção. Se investiga o acusado por um suposto “uso indevido do dinheiro público”. Fica menos escandaloso.

O “dura lex, sede lex”, que é assentado no preceito constitucional de que “todos são iguais perante a Lei”, só é direcionado para as “pessoas do povo”.

O andar da carruagem

A babaquice continua a todo vapor. Pelo andar da carruagem, com tantos incautos e incultos, de um lado (governismo) como do outro (oposicionismo), vai permanecer por muito tempo.

É impressionante. E o pior é que a ignorância e as asneiras vão ficando cada vez mais intensas, provocando assim o afastamento de pessoas inteligentes do debate político. Me refiro a quem critica e elogia o governo Bolsonaro. Críticas e elogios que merecem atenção porque são assentados em fatos.

A idiotice é rotular de “comunista” quem aponta os erros da gestão bolsonariana e de “direitona fascista” quem fala dos acertos.

Já disse aqui que o extremismo, independente do campo ideológico, é horrível, que os radicais são como farinhas do mesmo saco ou bananas do mesmo cacho.

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Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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