Os deputados Robinson Almeida e Paulo Rangel, ambos do PT

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Os deputados Robinson Almeida e Paulo Rangel, ambos do PT, criticaram veementemente o senador Ângelo Coronel (PSD) por votar a favor da privatização da Eletrobrás, no Senado Federal, ontem 5ª feira (17.junho). Coronel não seguiu a posição dos senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD), que votaram contra a Medida Provisória 1031, defendida pelo governo Bolsonaro, que deve encarecer, segundo especialistas, em até 20% a conta de energia e oferecer riscos de apagão no Brasil. Os deputados também alertam para a insegurança hídrica que a privatização provocará no Vale do São Francisco e em todo Nordeste.

“Ao votar a favor da privatização da Eletrobras e da Chesf, Coronel traiu a confiança dos eleitores que o elegeram pra defender os interesses do povo trabalhador, dos ribeirinhos e dos baianos mais simples, que não podem pagar mais caro pela energia. Privatizar a Eletrobrás é um crime contra o Brasil e contra nossa soberania energética”, afirmou Robinson Almeida, que é engenheiro eletricista. “O voto dos senadores Wagner e Otto contra a privatização da Eletrobras e da Chesf honra a Bahia. Já o voto de Coronel a favor da privatização envergonha a Bahia no senado”, endossou Paulo Rangel, que é funcionário da Chesf.

“Coloca em perigo o uso múltiplo das águas, em especial a utilização do Rio São Francisco, que é o provedor da Chesf. Coloca em risco o abastecimento de água pra consumo humano, consumo animal e a irrigação dos pequenos produtores rurais”, observa Rangel.

O senador da Bahia, Ângelo Coronel, do PSD

Os parlamentares também alertam que a medida apoiada por Coronel, associada a política econômica de Bolsonaro, ultraliberal, vai fazer com que a conta de luz fique mais cara como está o preço da gasolina, do gás de cozinha e mesmo da cesta básica.

“Tudo disparou por causa dessa política econômica nociva de Bolsonaro para o Brasil e, sobretudo, para os mais pobres, que ganham em real e tem seu custo de vida pago em dólar. Nosso projeto político é contra essa plataforma, esse projeto que produz desigualdade, que traz de volta o fantasma da fome e que dilápida o patrimônio nacional. Por isso, Coronel ao votar pela privatização da Eletrobrás, com esse projeto de Bolsonaro, envergonha a Bahia e trai os baianos”, enfatizam os deputados em nota.

A MP que prevê a privatização da Eletrobras recebeu 42 votos a favor e 37 contra. O texto agora volta à Câmara dos Deputados. Ele precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional até 22 de junho, ou perde a validade.

ELETROBRAS
Maior empresa de energia elétrica da América Latina e sexta empresa mais lucrativa do Brasil, a Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 6,4 bilhões em 2020. A expectativa de lucro da empresa em 3 anos é de R$ 30 bilhões. A estatal está avaliada, sem as linhas de transmissão, em R$ 370 bilhões, mas o governo Bolsonaro projeta vende-lá por R$ 25 bilhões.

A estatal começou a ser projetada no governo do presidente Getúlio Vargas, em 1954, com a criação das Centrais Elétricas Brasileiras. A proposta, contudo, enfrentou grande resistência da classe política da época e só foi efetivada 7 anos mais tarde, quando o presidente Jânio Quadros assinou a Lei 3.890, autorizando a constituição da Eletrobras. A instalação da estatal aconteceu no ano seguinte, já no governo do presidente João Goulart.

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🔨 O carpinteiro Jaques Wagner

O senador Jaques Wagner, no programa Frequência Política, disse aos radialistas Binho Shalon e João Matheus que a união em prol da corrida ao Palácio de Ondina com PT-PSD-PP já é “prego batido e ponta virada”.

É impressionante a lábia de Wagner, caso esta união seja selada (novamente), já que o senador Ângelo Coronel (PSD) vem levantando a bandeira do senador Otto Alencar (PSD) para concorrer ao Governo da Bahia.

Não vem sendo diferente com o vice-governador do estado, João Leão (PP), que já mandou o recado: “quero ser governador”.

Parece que o carpinteiro Wagner 🔨 bateu o prego, mas esqueceu de “virar a ponta” na lábia.

Wagner tenta um novo “front” contra o grupo de ACM, porém, desta vez, enfrentará o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.

Responsável pela derrota do carlismo na Bahia em 2006, Wagner terá a missão de conter a “exaustão” do PT, que já governa o estado há 15 anos.

🔍 Serpa “miou” como candidato a deputado

O ex-secretário de Trânsito de Itabuna, o tenente-coronel Serpa, estará assumindo a Superintendência de Trânsito de Ilhéus, a convite do prefeito Marão (PSD).

Com isso, deixará de concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa. E apoiará a primeira-dama de Ilhéus, Soane Galvão. E para federal, Serpa já firmou com a atual deputada e professora Dayane Pimentel.

O tenente-coronel chegou a ser convidado pelo Dr. Isaac Nery (pré-candidato a deputado federal) para fazer uma dobradinha pelo Partido Republicanos, mas Serpa “miou”🔍.

Bebeto está contando os dias 📆

Jaques Wagner, senador, vai concorrer ao Governo da Bahia. Com isso, abrem-se as portas do Senado para o vice-prefeito de Ilhéus, Bebeto Galvão (PSB).

Já imaginou o sul da Bahia com um senador da República, hein?

Bebeto está assim: dorme com a calculadora, contando os dias, e acorda sonhando.

👀 Cosme Resolve (ainda?) irado com o secretário Almir Melo

O prefeito Augusto Castro (PSD) ‘resolveu’ apagar o incêndio entre o vereador Cosme Resolve (PMN) e o secretário Almir Melo. O prefeito atendeu a alguns pedidos do vereador, mas o mesmo só agradeceu mesmo ao prefeito e à primeira-dama Andrea Castro.

Cosme chegou a se irar com o secretário Almir Melo em uma sessão na Câmara, no mês passado.

Relembre aqui ⤵️

Vereador Cosme Resolve dispara a “metralhadora” contra o secretário Almir Melo Jr.

👀 Sem firulas, ele corre para não perder a patente do “Resolve”.

💣 Fio desencapado na Câmara de Ilhéus

O vereador Luca Lima, do PSDB, está em vias de desencapar o fio de acusação. Três ex-servidoras do seu gabinete o acusam de praticar “rachadinha”.

Tá com cara de que vai dar curto-circuito.

Efeito ‘Barrichello’ ⏰

Após 6 dias de atraso, a Prefeitura de Arataca divulgou o resultado parcial dos candidatos aprovados no Processo Seletivo. Fez jus àquele ditado: demorou, mas saiu.

Deve voltar em 2022 📖

Quase dois anos sem aulas presenciais: tanto nas escolas particulares, quanto nas públicas. É triste, pois TUDO pode estar aberto, MENOS as escolas. Quem arcará com este ‘delay’ educacional? Como sempre…quem carrega o país nas costas: o povo e os jovens!

Bolsonaro no Patriota❓

Segundo o presidente do partido, Adilson Barroso: “Bolsonaro ficou de dar a resposta entre 10 e 15 dias”.

O nome “Patriota” foi dado pelo presidente Bolsonaro. Será que ele também dará as coordenadas no partido, caso se filie? Não duvide.

A conferir!

Ou leva, ou vai embora! 👂

Sobre o voto impresso, o Ministro Luís Roberto Barroso disse: “Já passou o tempo de golpes, quarteladas, quebras da legalidade constitucional. Ganhou, leva. Perdeu, vai embora”.

Charliane ‘beija a camisa’

A ex-vereadora pelo PTB de Itabuna, Charliane Sousa, e ex-candidata a prefeita pelo MDB, chegou chegando à nova sigla: o PCdoB.

Daí, um amigo que conhece a alma e as profundeza da legenda disse: “Tá no time, tem que beijar a camisa”. Diga aí, se não filosofou?!

O arranjo está montado: Charliane quer uma vaga na Assembleia Legislativa. Porém, esta música tá com cara de 2024.

Problemão para o prefeito de Buerarema

Vinícius Ibrann (DEM), prefeito de Buerarema, tem um problemão a resolver.

Isto porque o TCM determinou a formulação de representação ao Ministério Público Estadual contra o prefeito. O “pepino” é para que seja apurada uma possível prática de ilícito na contratação da “Pousada Sulamérica” e do “Hotel Royal”, ambos localizados em Itabuna.

O Tribunal de Contas dos Municípios disse que as contratações ocorreram “sem apresentação de qualquer justificativa plausível para tanto”.

Foi gasto em 2017 uma ‘bagatela’ de R$ 73 mil em serviços de hospedagem. Ao prefeito Vinícius Ibrann, foi imputada uma multa de R$ 7 mil.

Procurado, o prefeito disse: “vou verificar aqui com a equipe de contabilidade e jurídico”.

💥 Colbert “sisudo” com o governador Rui Costa

Disse Colbert Martins (MDB): “Enquanto isso, lideranças políticas do Governo do Estado em Feira são cegas, surdas e mudas. Fazem de conta que tá tudo normal”. O prefeito de Feira de Santana tá “sisudo” com Rui.

  // Luiza Trajano e Dilma Rousseff são amigas e o PT tenta garimpar a empresária para formar a chapa com Lula. Ex-presidente, quer, porque quer, um/a empresário/a como vice. Porém, Trajano já descartou. Agora, estão correndo atrás do empresário Josué Gomes, dono do grupo têxtil Coteminas e candidato ao comando da Fiesp.

  // Um jornalista perguntou ao senador Otto Alencar: Bolsonaro tem feito duros ataques à CPI da Covid. É sinal de desespero? Otto respondeu: “Se ele ficar calado, está doente”. Que estocada!

  // Há quem diga que a faixa de capitão na Secretaria de Esportes de Itabuna poderá ter um novo dono. O certo até agora é: onde há fumaça, há fogo.

  // Exclusivo: nós, do Pauta.Blog, entrevistamos o ex-prefeito de Itabuna, Geraldo Simões (PT). Não perca, pois GS ‘jogou ácido’! Amanhã, aqui no blog.

Envie a sua sugestão de pauta: matheus@pauta.blog.br

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Os senadores: Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD)

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Dos três senadores que representam a Bahia no Congresso Nacional, só Otto Alencar não deixou nenhuma dúvida sobre sua posição em relação à CPI da Covid-19. O presidente estadual do PSD vem tendo uma atuação combativa na Comissão Parlamentar de Inquérito.

Os outros dois senadores, Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD), caminham em direção oposta a de Otto, deixando o eleitor na incerteza sobre o posicionamento de ambos em relação à CPI, que tem como precípua função apurar as responsabilidades das autoridades diante da terrível crise sanitária e humana.

O ex-governador Jaques Wagner, pré-candidato a um terceiro mandato como chefe do Palácio de Ondina no pleito de 2022, foi contra a instalação da CPI. O detalhe que chama mais atenção é que Wagner ainda não deu uma explicação pública sobre sua decisão, fugindo do assunto como o diabo da cruz.

É evidente que Wagner vai ser questionado durante a campanha eleitoral. Seus adversários na disputa pelo comando do governo do Estado vão querer saber por que o petista ficou contra a CPI, recusou a ser signatário da petição para sua instalação no Senado da República.

Obviamente que Wagner, com toda sua experiência, tido como um articulador político ágil e perspicaz, não iria tomar uma decisão dessa envergadura sem primeiro conversar com o ex-presidente Lula, que até as freiras do convento das Carmelitas sabem que trabalha nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus, contra o impeachment de Bolsonaro.

Ora, não é interessante para o lulopetismo ter outro adversário no segundo turno que não seja Bolsonaro. O raciocínio é o mesmo pelo outro lado. Ou seja, o bolsonarismo quer também Lula no segundo round eleitoral. Tanto Lula como Bolsonaro perdem para Ciro Gomes, presidenciável do PDT, que é o nome mais viável da terceira via, do movimento “Nem Lula, Nem Bolsonaro”, que já corresponde a 60% do eleitorado que não querem os extremos, nem o “mito” da esquerda e, muito menos, o “mito” da direita, nem a volta de um passado marcado por escândalos de corrupção e nem um governo que despreza, desdenha o mundo da ciência, muitas vezes debochadamente.

O senador Angelo Coronel não assinou a nota da CPI da Covid-19 sobre o pronunciamento de ontem, quarta-feira, 2, em cadeia de rádio e TV, do presidente Jair Messias Bolsonaro, que o fez em decorrência não só do bom trabalho da CPI, que vai de vento em popa, com depoimentos firmes e explosivos, como dos protestos nas ruas contra o negacionismo, que é o maior parceiro da pandemia.

Não tem como fugir das obviedades e dos inquestionáveis argumentos da nota da CPI sobre a “inflexão” de Bolsonaro. “Veio com um atraso de 432 dias, desde 24 de março do ano passado, quando o presidente classificou a Covid como uma “gripezinha”, também em um pronunciamento em rede nacional de TV”, diz um trecho da nota.

Para os parlamentares que assinaram o documento, o atraso de 432 dias é “desumano” e “indefensável”. A nota lembra que “o governo não se empenhou na compra de 130 milhões de doses da CoronaVac e da Pfizer, o que seria suficiente para imunizar cerca de metade da população vacinável do Brasil”. O governo deixou de comprar as vacinas em 2020. A coronaVac por birra política com o governador de São Paulo João Doria (PSDB) e ideológica com a China.

Os senhores senadores signatários da nota são da opinião de que “embora o pronunciamento do presidente sinalize com recuo no negacionismo, esse reposicionamento vem tarde demais”. Lamenta a perda de tantas vidas e dores que “poderiam ter sido evitadas”.

Além de Jaques Wagner, tem agora Angelo Coronel precisando tornar público os motivos que fizeram com que não assinasse a nota da CPI da Covid-19.

Vale lembrar que a pandemia do cruel, devastador e impiedoso novo coronavírus, reforçado na sua crueldade pelas novas variantes, caminha a passos largos para triste marca de 600 mil óbitos, vidas humanas sendo ceifadas pela terrível covid-19, que tem como maior aliado o negacionismo, o desdém com o mundo científico. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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