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O lulopetismo e o bolsonarismo estão empatados nas acusações de forte impacto eleitoral. O placar, que é de 1×1, envolve a corrupção e o genocídio.

Os petistas acusam o governo Bolsonaro de não ter combatido a pandemia do novo coronavírus como deveria, atribuindo a falta de vacinas ao governo federal e, como consequência, boa parte do número de óbitos, cuja previsão é de mais de 500 mil vidas ceifadas pela cruel covid-19 ainda neste semestre.

Os bolsonaristas, por sua vez, acusam os governos do PT, principalmente os dois do ex-presidente Lula, de serem os mais corruptos da história da República brasileira.

Ambos os lados estão assentados em fatos. E contra eles, os argumentos são fracos e inconsistentes. Não tem como negar à irresponsabilidade diante da gravíssima crise sanitária e a roubalheira escancarada nos governos do PT.

É evidente que os dois extremos, um de direita outro de esquerda, negam o genocídio e a corrupção. Tem até lulominions dizendo que Lula, o petista-mor, não sabia de nada. O que não deixa de ser hilariante. Se for verdade, o ex-presidente foi um bobo da corte.

O jogo das acusações teve agora um novo ingrediente que pode alterar o resultado. Se o governo Bolsonaro não explicar o tal do orçamento secreto bilionário para favorecer parlamentares, o placar passa a ser de 2×1 a favor do petismo.

O toma lá, dá cá, em troca de apoio no Congresso, envolve a dinheirama de R$ 3 bilhões. Teve até compras de tratores e de equipamentos agrícolas com preços de quase 260% acima dos valores fixados pelo governo.

A comparação com o escândalo dos Anões do Orçamento passa a ser inevitável. Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que o “tratoraço” é uma modalidade de corrupção com recursos do orçamento.

Portanto, cabe ao governo Bolsonaro explicar tudo, sob pena do lulopetismo passa na frente do placar.

Pois é. Até que ponto chegamos. Disputa entre grupos políticos pelo “troféu” de quem menos se corrompeu. É fim de mundo, diria minha saudosa vovó Nair.

E assim caminha a politicagem, seguindo a estrada da corrupção, atropelando o que há de mais sagrado na política: o dinheiro público, dinheiro meu, seu, nosso, enfim, de todo povo brasileiro.

PS – O Brasil não pode ficar nessa disputa entre a volta do passado e a permanência da desesperança, de um futuro sombrio. Nessa polarização carregada de ódio. O Brasil precisa de paz, harmonia e justiça social. Não suporta mais o extremismo de esquerda e nem o de direita. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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A ala pragmática e mais fisiológica do DEM começa a dizer que a posição de ACM Neto, presidente nacional da legenda, diante da sucessão do Palácio do Planalto, vem provocando a debandada de lideranças para outras agremiações partidárias.

O ex-alcaide de Salvador já disse que o DEM não vai tomar o caminho do extremismo, seja com Bolsonaro, que busca sua reeleição, ou com o petista-mor Lula, que quer retornar ao cargo mais cobiçado do Poder Executivo.

Essa decisão de não pegar a estrada dos extremos, do radicalismo e do confronto do ódio, está afastando da sigla os que fazem política de olho nas pesquisas de intenções de voto, os que ficam esperando quem está melhor colocado nas enquetes para encostar.

Todos que estão deixando o demismo, com algumas poucas exceções que envolvem as arrumações regionais, o fazem por oportunismo político. São defensores de que o DEM tem que deixar duas portas abertas, uma para Jair Messias Bolsonaro e a outra para Luiz Inácio Lula da Silva.

Não existe “crise de identidade” no DEM, como alegam os parlamentares que apoiam a possibilidade de apoiar Bolsonaro ou Lula. Ora, ACM Neto já decidiu que não quer nem um e, muito menos, o outro. “Óbvio que não vou cogitar apoiar de um extremo a outro”, disse o ex-gestor soteropolitano. Portanto, essa alegação de “crise de identidade” não passa, como já disse no parágrafo anterior, de oportunismo.

Olhe, caro e atento leitor, ainda vou mais longe. Se no segundo turno a disputa for entre Bolsonaro e Lula, e se tiverem empatados, com qualquer um podendo ganhar, os oportunistas de plantão vão ficar em cima do muro, esperando o resultado. Depois é só dizer que apoiaram o vitorioso, que só não fizeram abertamente por causa da decisão do partido.

Neto diz que o DEM “está sofrendo ataque especulativo dos que têm inveja”. Lembra que a sigla cresceu na comparação entre as eleições de 2020 e 2016, elegendo 464 prefeitos contra 268 do pleito anterior e 49% a mais de vereadores.

É evidente que ACM Neto não pode só ficar na simpatia com o movimento “NEM LULA, NEM BOLSONARO”. Antes das águas de março fechando o verão de 2022, vai ter que decidir o seu candidato à presidência da República. 


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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabe que a grande maioria do seu eleitorado não liga para as contradições do PT na busca de acordos. Essa considerável fatia de votos está concentrada nos beneficiários do Bolsa Família.

O petismo tem também os seus “lulominions”, que costumam chamar o líder-mor de “Deus Lula”. Quando o assunto é a sucessão do Palácio do Planalto, eles dizem que a polarização é favas contadas, irreversível. De um lado o “Deus Lula”, do outro o “mito”.

Os petistas que não aceitam essa aproximação de Lula com certos políticos não têm força nenhuma. Nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus, são chamados de ingênuos, sonhadores e até mesmo de babacas.

A prova inconteste de que o agora elegível Lula é de um pragmatismo assustador, adepto do vale tudo para conquistar o poder, de que os fins justificam os meios, é que não há um registro de uma crítica sua a essa turma que hoje está na cadeia ou, em decorrência da impunidade, solta, tomando bons vinhos na beira da piscina de suas mansões, debochando da Justiça. O silêncio de Lula é de quem tem telhado de vidro.

Se Lula tivesse certeza que Cunha, Cabral e companhia Ltda não iriam provocar desgaste na sua tentativa de chegar à presidência da República pela terceira vez, assim que deixassem a cadeia, seriam chamados para o palanque. Um tapete, obviamente de cor vermelha, seria estendido para os honrosos políticos, exemplos de homens públicos. Com efeito, todos esses larápios do dinheiro público, dinheiro meu, seu, nosso, enfim, do povo brasileiro, do cidadão-eleitor-contribuinte já foram aliados de Lula. Pelo andar da carruagem, vão voltar a ter influência em um eventual retorno do líder maior do Partido dos Trabalhadores ao cargo mais importante e cobiçado do Poder Executivo.

O senador Renan Calheiros, emedebista lá de Alagoas, que responde a vários processos, alguns deles no STF, um dos articuladores do impeachment da então presidente Dilma Vana Rousseff, foi convidado para ser uma espécie de coordenador da campanha de Lula no nordeste. A pobre da Dilma não diz nada.

A diferença entre o ex-presidente Lula e o atual, no tocante ao eleitorado, é que Bolsonaro, para manter sua base unida, tem que radicalizar o discurso. Lula não tem essa preocupação, já que 60% dos seus eleitores são despolitizados, quer no aspecto ideológico como de informação.

Concluo dizendo que essa “irreversível” polarização vai sendo enfraquecida à medida que o movimento “Nem Lula, Nem Bolsonaro” vai tomando corpo. Vale lembrar que o antipetismo e o antibolsonarismo caminham a passos largos para atingir 60% do eleitorado. 


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O lulopetismo da Bahia está preocupado com um eventual apoio de ACM Neto a Ciro Gomes, pré-candidato do PDT na eleição presidencial de 2022 e o nome mais viável da chamada terceira via, do movimento “Nem Lula, Nem Bolsonaro”, que já corresponde a quase 60% do eleitorado nacional.

Os petistas começam a dizer que a sucessão estadual será polarizada entre o senador Jaques Wagner, que busca o terceiro mandato como chefe do cobiçado Palácio de Ondina, e João Roma, ministro da Cidadania do governo Bolsonaro, ex-aliado de Neto.

A intenção do petismo, além de tentar minimizar o resultado das últimas pesquisas, que coloca o ex-prefeito de Salvador em uma situação bastante confortável, tem como alvo principal o presidenciável pedetista.

O gabinete do ódio do lulopetismo baiano, obviamente com o aval do ex-presidente Lula, na base do manda quem pode, obedece quem tem juízo, vai mais longe. Já espalha que ACM Neto não será candidato a governador em decorrência dessa polarização.

O PT malvadeza quer o enfraquecimento de Neto com os prefeitos que fazem oposição ao governador Rui Costa, que eles passem para o lado de João Roma, dividindo assim o oposicionismo. Roma é o nome do presidente Bolsonaro para disputar o governo da Bahia. Vale lembrar que o ministério de Roma tem um invejável orçamento, que é o oxigênio do toma lá, dá cá. A sabedoria popular costuma dizer que na política não existe “almoço de graça”.

Não duvido nada se as próximas consultas de intenções de voto, patrocinadas pelo PT, coloquem João Roma com uma pontuação surpreendente e, como consequência, diminuindo a diferença entre Neto e Wagner, que hoje é mais do dobro a favor do presidente nacional do DEM.

Ora, ora, até as freiras do convento das Carmelitas sabem que a maior preocupação de Wagner é Neto. O ex-governador da Bahia teme que o forte sentimento de mudança seja o grande “cabo eleitoral” do ex-gestor soteropolitano. Afinal, o PT, com o término do mandato de Rui Costa, vai para 16 anos de poder na Boa Terra.

O lulopetismo teme que esse desejo de mudar, que é incontrolável, seja mais forte do que a presença de Lula pedindo votos para Wagner. Outro ponto é que o senador, pegando todos de surpresa, mais especificamente os bolsonaristas, votou contra a CPI da Covid-19, o que será questionado durante a campanha.

A candidatura de ACM Neto é irreversível. Um recuo pela segunda vez pode significar o fim prematuro da sua carreira política, o apagar das luzes do netismo, o enterro definitivo.

Concluo dizendo que ao espalhar que a disputa pelo governo da Bahia será entre Wagner e Roma, o lulopetismo visa duas coisas : 1) enfraquecer ACM Neto e, por tabela, tumultuar um eventual apoio a Ciro Gomes. 2) provocar dúvidas sobre a candidatura de Neto, o que pode provocar a ida dos pré-candidatos ao Parlamento estadual e à Câmara Federal em direção ao ministro João Roma.

PS – O próximo governador da Bahia será o que tiver o “cabo eleitoral” mais forte. ACM Neto termina levando vantagem. O sentimento de mudança é inquestionável e cada vez mais crescente. O eleitorado até que reconhece o trabalho do governador Rui Costa, mas diz “chega de PT”. Do lado de Wagner, tem a incerteza se Lula vai influenciar no processo sucessório. Nos bastidores do lulopetismo a pergunta é se o Lula de hoje é o mesmo de priscas eras. 


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Major Denice foi candidata a prefeita de Salvador, na última eleição de 2020

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A major Denice, que foi candidata pelo PT na sucessão de ACM Neto, que terminou elegendo Bruno Reis (DEM) logo no primeiro turno, caiu no “conto da promessa”.

A major ocuparia uma secretaria no governo Rui Costa como retribuição por ter disputado o cobiçado comando do Palácio Thomé de Souza. Somente agora, mesmo assim em decorrência de pressões do próprio petismo, é que arrumaram um cargo considerado de terceiro escalão.

A major é a nova superintendente de Prevenção à Violência da Secretaria de Segurança Pública. Nome pomposo, mas muito longe do que foi prometido. Para amenizar o constrangimento, o presidente estadual do PT, Éden Valadares, parabenizou o chefe do Palácio de Ondina e disse que a major “fará um grande trabalho na nova missão”.

A sabedoria popular, nesses casos, de prometer uma coisa e entregar outra, costuma citar dois animais: o gato e o lebre. 


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Por enquanto, por agora, nessa tarde de quinta-feira, 29 de abril de 2021, somente quatro nomes são comentados para o Parlamento federal aqui em Itabuna: capitão Azevedo, Isaac Nery, Enderson Guinho e Paulo Magalhães, respectivamente pelo PL, Republicanos, DEM e PSD.

Magalhães conta com o apoio declarado do prefeito Augusto Castro, também do PSD do senador Otto Alencar, presidente estadual da legenda.

O ex-alcaide Azevedo, pelo fato de já ter sido chefe do Executivo, e ter um viés populista, tem uma boa penetração no eleitorado, mais especificamente dos bairros.

O médico Isaac Nery espera contar com o entusiasmo e a “militância” religiosa da Igreja Universal do Reino de Deus, sob a influência do deputado Márcio Marinho.

E, por último, o ex-vereador Enderson Guinho, que vai disputar o centro administrativo Firmino Alves na sucessão de 2024.

Outras opções devem aparecer.

No momento é esse quarteto que está na imprensa e nas redes sociais. 

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Dr. Mangabeira foi candidato a prefeito de Itabuna duas vezes, não obteve êxito e agora anuncia a saída da política

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O ex-candidato a prefeito de Itabuna, o médico Antônio Mangabeira, suplente de deputado federal pelo PDT, recebeu ontem, terça (27), várias visitas de políticos, entre eles o prefeito de Itabuna Augusto Castro (PSD).

O ex-alcaide Capitão Azevedo também marcou presença, não por problema de saúde, mas de política, que não deixa de ser uma “doença”.

Um pré-candidato à Câmara dos Deputados, por Ilhéus, também esteve com Mangabeira.

O presidente do diretório municipal do PDT atendeu a todos com a educação que lhe é peculiar. Mangabeira é um grande homem, bom caráter e de personalidade firme, que não volta atrás da palavra dada, do compromisso assumido.

Não tenho nenhuma dúvida que, se eleito prefeito de Itabuna, ficaria na história como um dos melhores gestores e, como consequência, quebraria o tabu da reeleição, já que até hoje nenhum chefe do Executivo conseguiu o segundo mandato consecutivo.

Ficou difícil fazer campanha política falando a verdade e não tapeando o eleitorado com promessas de emprego e outras mentiras. Mas valeu, Dr. Mangabeira, pelo qual tenho um enorme respeito, carinho e admiração.

O povo de Itabuna teve duas oportunidades de tê-lo no comando do centro administrativo Firmino Alves. A decisão mais provável é que Mangabeira se afaste do traiçoeiro e perverso mundo da política, o que pode levar Itabuna a ficar na mesmice, circunscrita aos velhos conhecidos de sempre: fulano, beltrano e sicrano.

A saída de Mangabeira da política vai inibir o surgimento de novas lideranças, o que é uma boa notícia para as velhas raposas ou para quem eles pretendem indicar.

Valeu, Mangabeira! Foi bom estar ao seu lado, fazendo política com grandeza, com P maiúsculo, sem enganar, sem mentir, sendo sincero com o eleitor.

Vai ficando cada vez mais utópico fazer política sem demagogia, sem nariz de Pinóquio. 

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Já faz um bom tempo que a modesta Coluna Wense não comenta nada sobre o vice-prefeito Enderson Guinho, que daqui a pouco vai anunciar seu novo abrigo partidário, provavelmente o DEM de ACM Neto.

Mas o vice anda dizendo que estou pegando no seu pé. Fiz um comentário normal sobre a saída do ex-vereador do Cidadania. Não vi motivo para o vice ficar irritado. Ora, o ex-edil tem todo o direito de escolher um novo caminho político, assim como o prefeito Augusto Castro, do PSD do senador Otto Alencar, de ficar com um olho na missa e o outro no padre, como diz a sabedoria popular.

No DEM, o vice passa a ser eleitor e cabo eleitoral da chapa oposicionista, que será encabeçada pelo ex-alcaide soteropolitano, tomando um rumo diferente de Augusto. Se depender do voto do vice-prefeito, Otto não será reconduzido ao Senado, só para ficar em um só exemplo. O que eu não sabia era que o vice era preconceituoso com os idosos, me chamando de um “senhor de idade”.

No mais, esperar o desenrolar dos fatos e desejar ao vice-prefeito sucesso na nova legenda.

E por falar em idade, dia 7 de maio tomo a segunda dose da vacina coronavac. 

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Amanhã, terça, 27, o vice-prefeito Enderson Guinho (Cidadania) vai anunciar seu novo abrigo partidário.

Duas legendas, DEM e Republicanos, foram citadas como as mais prováveis para receber o ex-vereador. Com a filiação do médico Isaac Nery ao Republicanos, do deputado Márcio Marinho, o Partido do Democratas, que é presidido nacionalmente por ACM Neto, é dado como certo.

Guinho e Isaac são pré-candidatos ao Parlamento federal. O presidente estadual do Cidadania, Joceval Rodrigues, ficou sabendo da saída de Guinho pela imprensa.

O relacionamento pessoal do prefeito Augusto Castro (PSD) com seu substituto imediato não deve sofrer nenhum abalo. Mas o político caminha para um desentendimento.

A estrada de Guinho é outra. Mudando de sigla e de grupo político, sua permanência como secretário de Esportes já não é mais segura. Ficaria estranho um demista ocupando o primeiro escalão de um governo cujo prefeito é do PSD do senador Otto Alencar, que é aliado do governador Rui Costa (PT).

Outro ponto é que até as freiras do convento das Carmelitas sabem que Enderson Guinho pretende disputar o cobiçado centro administrativo Firmino Alves na sucessão de 2024.

Se ACM Neto for o próximo governador da Bahia, a candidatura de Guinho passa a ser favas contadas.

Vale lembrar que Isaac Nery é também prefeiturável. 

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João Leão é a bola da vez. O netismo e o lulismo sabem da importância do PP na sucessão estadual

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A evidência do momento, quem mais se destaca nas discussões sobre à sucessão estadual, tanto de um lado como do outro, governismo e oposição, é João Leão, vice-governador e dirigente-mor do PP baiano.

A preocupação com Leão tende a aumentar com a proximidade do pleito de 2022. O dilema fica cada vez mais intenso à medida que o vice não dá nenhuma pista ou indício de qual caminho pretende seguir. Se antes fazia alguma crítica a ACM Neto (DEM), hoje o silêncio passa a ser estratégico, já que uma composição com o ex-gestor soteropolitano, antes considerada difícil, não pode ser descartada.

Com efeito, o único ponto da disputa pelo Palácio de Ondina que não é questionado, dado como favas contadas, 2+2=4, são as candidaturas do senador Jaques Wagner (PT) e de ACM Neto (DEM) ao governo da Bahia. As outras duas vagas na composição da majoritária, a de vice e senador, giram em torno de especulações e disse-me-disse.

João Leão é a bola da vez porque é quem vem travando o andamento dos acordos. O grupo de Neto tem esperança de tê-lo como aliado. Reserva a vaga de senador para quem ele indicar. O de Wagner não confia em Leão no comando do governo do Estado em uma eventual desincompatibilização de Rui Costa para disputar o Senado da República.

João Leão vai passar seis meses como governador, com a caneta na mão. O lulismo, sob a batuta do ex-presidente Lula, teme que a tinta da esferográfica não seja vermelha. Outro detalhe, que não pode passar despercebido, é que o PP, sob o comando do vice-governador, tem 100 prefeitos e 766 vereadores.

Vale lembrar que o PP é a principal sigla do Centrão, hoje aliado do presidente Bolsonaro, que se encontra refém do toma lá, dá cá. O Centrão consegue o que quer porque intimida o chefe do Executivo com o impeachment. O presidente da Câmara dos Deputados, o progressista Arthur Lira, já sugeriu usar “remédio amargo” se o governo seguir errando. Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que “remédio amargo” é o afastamento de Bolsonaro. Já são totalizados 116 pedidos de impeachment, 66 na então gestão de Rodrigo Maia e 50 na atual presidência da Casa Legislativa.

Nos bastidores do pepismo, a opinião de que Rui Costa será candidato ao Senado da República é unânime. Na Convenção Nacional dos Progressistas, realizada de forma remota na última quinta-feira (22), para definir o novo Diretório e a Comissão Executiva, João Leão foi saudado pelos convencionais como “o futuro governador da Bahia”.

Leão foi o destaque da convenção. Ciro Nogueira, reeleito presidente nacional da sigla, o escolheu para saudar os convencionais. O Leão político lembrou o leão rei da selva.

Essa desconfiança do PT em João Leão, com a grande maioria dos petistas achando que o hoje aliado pode ser um poderoso adversário amanhã, é que faz o ex-presidente Lula pressionar Rui Costa para que fique no Palácio de Ondina até o último dia de governo.

João Leão é a bola da vez. O netismo e o lulismo sabem da importância do PP na sucessão estadual.

PS – Aqui do sul da Bahia, o nome mais cotado para assumir uma secretaria em um eventual governo João Leão, é o do ex-prefeito de Ilhéus Jabes Ribeiro, atual secretário estadual do PP. 

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