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A peça conta com os talentosíssimos atores Alex Francis, Rafael de Souza e a grande atriz Larissa Profeta, que também é interprete da canção para a peça, escrita por Nô, com arranjo de Adilson Nascimento. A produção é do Teatro de Experiência Grapiúna

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Quando você é convidado para assistir a uma peça teatral online, num primeiro momento imagina que não será algo tão interessante, pois estamos acostumados ao teatro existindo diante da plateia, com o coração do ator pulsando na sua frente. O ator  trocando energia com a público, e você  sendo tocado pela emoção, de forma direta. Aquela luz, aquele som, aquele olhar cruzando com o seu, nada pode substituir. Ledo engano. A última apresentação me fez refém, me hipnotizou. Já tinha assistido a outros espetáculos, inclusive um diretamente de Salvador, no mês de fevereiro, que me impressionou, sobretudo, como a tecnologia foi usada para trocar cenários, aproximar atores, atuando a distância. Gritei: Viva a tecnologia! Atores bons, direção belíssima! Gostei do espetáculo. Entretanto, na última semana, o diretor Marquinhos Nô, de Itabuna, com quem tive o privilegio de trabalhar na montagem da peça  “Paixão de Cristo”, em 2017, naquela cidade, e já fez apresentação em Itapetinga, me enviou um convite para o espetáculo “Canção Para Uma Flor de Barro”, de sua autoria e que também assinava a direção.

O trabalho começa com uma câmara focando alguém que olha pelo buraco, buscando algo, outras vezes, esse buraco parece  ser aquele lugar de onde olhamos como plateia, a miséria da vida, do mundo dos outros, como se nada tivéssemos com aquilo. Depois vem o texto, a história… Tudo é um soco no estômago.  A peça dura cerca de quarenta minutos. O impacto que nos causa, parece um piscar de olhos. É tudo tão direto, tão duro, tão seco, que nos provoca asco à existência de um daqueles personagens, e vontade de cuidar e proteger aquelas vítimas. A plateia se manifesta através do chat (bate-papo), com aplausos, gritos e descrição de lágrimas. Mas é ficção! Bom seria, se fosse! É a vida vestida de arte ou a arte vestida de vida? Ficamos confusos, durante aquela apresentação. Vibramos pelo deleite artístico, mas sofremos ao pensar na realidade.

O espetáculo conta uma história de exploração, machismo, dor, miséria. Fala de Ana, jovem de 23 anos, adotada por uma trasvesti doente (deficiente física, cega), que sofre preconceitos e não tem condições de trabalhar.  Ana, se entrega a um homem,  machista, que lhe maltrata, com a finalidade de ter um sustento para si e para a mãe adotiva. E, ao tentar sair daquele relacionamento abusivo, sofre ainda mais. E o final dessa história é bem conhecida. Ele lhe mata!  “O espectro de Ana vaga, questiona, esperando todas as respostas para compreender por que morreu. Nessa busca, ela descobre que todos são manipulados e manipuladores”, disse o autor e diretor Marquinhos Nô.

No final, nos apresenta a triste estatística do Brasil, como quinto país em mortes violentas de mulheres no mundo, e que mais de 250 mulheres foram vítimas de violência domestica por dia, durante o isolamento social até o momento.  Nos choca saber que uma mulher é morta a cada nove horas, e que o Brasil registra uma morte por homofobia a cada 16 horas. E para concluir, a palavra, escrita, como um grito: Chega! E nos juntamos a esses que gritam: Chega!!

A peça conta com os talentosíssimos atores Alex Francis, Rafael de Souza e a grande atriz Larissa Profeta, que também é interprete da canção para a peça, escrita por Nô, com arranjo de Adilson Nascimento. A produção é do Teatro de Experiência Grapiúna. 


Antônio Maciel é pedagogo, professor, poeta e produtor cultural

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

A Procuradoria Especial da Mulher na ALBA fortalece a rede de proteção à mulher na Bahia

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As deputadas Fabíola Mansur (PSB) e Ivana Bastos (PSD) acompanharam a deputada federal Lídice da Mata (PSB) na audiência que teve com o presidente Adolfo Menezes quando discutiram a instalação de uma Procuradoria Especial da Mulher na Assembleia Legislativa. Procuradora adjunta na Câmara dos Deputados, a socialista trabalha para a implantação de órgãos semelhantes em todas as assembleias legislativas do Brasil para salvaguardar os direitos nas mulheres que são garantidos pela Carta Federal e por todas as Constituições Estaduais.

Para a deputada federal Lídice da Mata, a Procuradoria Especial da Mulher é um “espaço que dá visibilidade e atuação às mulheres deputadas, além de ser um local de acolhimento da luta das mulheres na sociedade. Temos na procuradoria uma interlocução grande com o sistema de justiça do país e recebemos as denúncias de violências contra a mulher, de discriminação de todos os tipos e de violência política”.

A deputada Fabíola Mansur acrescentou que a procuradoria tem o intuito de promover e zelar pela participação mais efetiva das deputadas nos órgãos oficiais, receber, examinar e deliberar denúncias de violência e atos discriminatórios, elaborar pesquisas, estudos, campanhas educativas e ações para representatividade política e empreendedorismo feminino.

Por seu turno, a deputada Ivana Bastos disse ainda que essa iniciativa é mais um passo para estimular a participação feminina, além de ser um ato de respeito à sociedade e às parlamentares.  

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As mães também estão sendo contempladas com ações realizadas pela SCMI em parceria com O Boticário

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Familiares e pacientes da Unidade de Oncologia Pediátrica do Hospital Manoel Novaes (HMN) e do Centro de Radioterapia da Santa Casa de Itabuna (SCMI) tiveram uma manhã de quinta-feira (6.maio) diferente. Eles foram brindados com uma linda apresentação da Charanga da Alegria, que tocou clássicos da MPB, frevo e samba, dentre outros, na abertura da programação especial do Dia das Mães, que será celebrado no domingo (9.maio). As mães também estão sendo contempladas com ações realizadas pela SCMI em parceria com O Boticário.

Apresentação da banda musical emocionou crianças, mães e pais que acompanhavam seus filhos na consulta ou tratamento na unidade de oncologia pediátrica do HMN. Os grandes clássicos da música popular, frevo e machas carnavalescas foram apresentados também para os pacientes e acompanhantes da unidade de radioterapia da SCMI. Entre os pacientes mais animados estava o agricultor Silvestre dos Santos, morador da Fazenda Boa Vista, no distrito de Taboquinhas, em Itacaré.

Morador da zona rural de Itacaré, ele iniciou há uma semana o tratamento de um tumor de próstata. O paciente diz que fez uma viagem no tempo ao ouvir a apresentação musical. “Vou lembrar-me desse dia todas as vezes que me deslocar de Taboquinhas para fazer o tratamento em Itabuna. Foi muito especial por ter tocado muitas músicas que marcam a minha vida. Estamos precisando de ações desse tipo. Até esquecemos que estamos em tratamento”, conta. Silvestre dos Santos acrescentou ainda que, inicialmente, fará esse trajeto por um período de 35 dias.

A supervisora administrativa da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) da SCMI, Deize Souza, explica que apresentação musical foi com o objetivo de proporcionar um momento de alegria para os pacientes e para mães que passam parte de seu tempo na unidade pediátrica lutando para que a saúde de seus filhos seja restabelecida. “Sempre tentamos oferecer esses momentos de descontração e interatividade com os nossos pacientes. É uma ação voluntária feita com muito amor e carinho. E temos um retorno maravilhoso quando olhamos para o rosto de cada um”, conta.

Os músicos Douglas Araújo de Souza e Aldenir Ramos afirmam que a apresentação é uma forma de retribuição ao carinho que recebem do público. “Esses encontros com pacientes em tratamento não têm preço. Ficamos muito contentes com a receptividade e carinho deles. Esse tipo de reconhecimento é o maior patrimônio para o artista”, comemora Aldenir Ramos.

“É gratificante ajudar a proporcionar um momento de alegria para essas crianças aqui, do ambulatório, e os adultos em tratamento no Centro da Radioterapia. Percebemos o sorriso na expressão facial deles. Para nós, que estamos sem poder fazer o que mais gostamos por causa da pandemia, é confortante essa oportunidade de levar a nossa arte para pessoas que estão precisando tanto de ter a saúde restabelecida”, afirma Douglas Araújo. A Charanga da Alegria existe há 9 anos.  

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A ala pragmática e mais fisiológica do DEM começa a dizer que a posição de ACM Neto, presidente nacional da legenda, diante da sucessão do Palácio do Planalto, vem provocando a debandada de lideranças para outras agremiações partidárias.

O ex-alcaide de Salvador já disse que o DEM não vai tomar o caminho do extremismo, seja com Bolsonaro, que busca sua reeleição, ou com o petista-mor Lula, que quer retornar ao cargo mais cobiçado do Poder Executivo.

Essa decisão de não pegar a estrada dos extremos, do radicalismo e do confronto do ódio, está afastando da sigla os que fazem política de olho nas pesquisas de intenções de voto, os que ficam esperando quem está melhor colocado nas enquetes para encostar.

Todos que estão deixando o demismo, com algumas poucas exceções que envolvem as arrumações regionais, o fazem por oportunismo político. São defensores de que o DEM tem que deixar duas portas abertas, uma para Jair Messias Bolsonaro e a outra para Luiz Inácio Lula da Silva.

Não existe “crise de identidade” no DEM, como alegam os parlamentares que apoiam a possibilidade de apoiar Bolsonaro ou Lula. Ora, ACM Neto já decidiu que não quer nem um e, muito menos, o outro. “Óbvio que não vou cogitar apoiar de um extremo a outro”, disse o ex-gestor soteropolitano. Portanto, essa alegação de “crise de identidade” não passa, como já disse no parágrafo anterior, de oportunismo.

Olhe, caro e atento leitor, ainda vou mais longe. Se no segundo turno a disputa for entre Bolsonaro e Lula, e se tiverem empatados, com qualquer um podendo ganhar, os oportunistas de plantão vão ficar em cima do muro, esperando o resultado. Depois é só dizer que apoiaram o vitorioso, que só não fizeram abertamente por causa da decisão do partido.

Neto diz que o DEM “está sofrendo ataque especulativo dos que têm inveja”. Lembra que a sigla cresceu na comparação entre as eleições de 2020 e 2016, elegendo 464 prefeitos contra 268 do pleito anterior e 49% a mais de vereadores.

É evidente que ACM Neto não pode só ficar na simpatia com o movimento “NEM LULA, NEM BOLSONARO”. Antes das águas de março fechando o verão de 2022, vai ter que decidir o seu candidato à presidência da República. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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