O deputado estadual Fabrício Pancadinha (Solidariedade) resolveu ser definido, politicamente, como “lá e cá”. O ex-vereador de Itabuna, que hoje mantém uma cadeira na Alba (Assembleia Legislativa da Bahia), está como deputado porque abraçou, beijou e declarou amor ao ex-candidato a governador da Bahia, ACM Neto, seu mentor político e mandachuva do União Brasil no estado.
Atualmente, cinco meses após assumir o cargo de deputado, Pancadinha ainda não levantou críticas ao atual governador, Jerônimo Rodrigues (PT). Como se não bastasse, está dando cambalhotas por causa de uma parceria firmada com o governo do estado para patrocinar o “Arraiá da Comunidade”, que vai ser realizado em Itabuna nos dias 17 e 18 de junho. Veja aqui ⬇️
Após conseguir patrocínio do governo estadual para realizar “Arraiá na Comunidade”, Pancadinha comemora investimento de Jerônimo na festa.
Creia, Pancadinha terá que bater o bumbo para Jerônimo durante os festejos no Bairro São Pedro, reduto eleitoral do parlamentar. Em outubro de 2022, gritou o nome de Neto a plenos pulmões, mas, sete meses depois, vai levantar a bandeira vermelha. Calma! É de um abraço que nasce um empurrão para beijar a estrela petista.
Fato é que Pancadinha está tão ambicioso que não importa se o partido é o PT ou o União Brasil, pois ele quer mesmo é atropelar as rivalidades e matar a sede de poder visando o pleito de 2024. Como bom músico, está sabendo cantar e tocar a música sobre como “enrolar” o povo no quesito lado partidário. Em Salvador, é Bruno Reis (União Brasil) e ACM Neto, mas, em Itabuna, é 50% Neto e 50% Jerônimo. Será que é crise de identidade?
Nos bastidores, teve vereador e ex-companheiro de Pancadinha na Câmara de Itabuna que, lá atrás, cantou a pedra de que ele não iria fazer oposição ao governador Jerônimo. Pelo visto, apostou e ganhou.
Enquanto isso, no jogo do politiquês, a regra de Pancadinha é ficar “lá e cá” ou “lá e lo” no linguajar do dominó. Pavimentar o futuro e atropelar qualquer lado partidário tem nome e sobrenome: Fabrício Pancadinha.