O passeio acontece na próxima terça-feira, 31, com concentração no jardim do Ó, às 18h30

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Como parte da programação oficial do Agosto Lilás – Campanha de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra à Mulher, o grupo de mulheres do Brasil, a Comissão da Mulher da OAB subseção-Itabuna e a loja New Bike promovem um passeio ciclístico na próxima 3ª feira (31.agosto), às 18h30 em alusão à causa. A concentração acontece no Jardim do Ó e o percurso será nas principais avenidas da cidade, com a participação de pessoas de qualquer idade e gênero.

A atividade também tem o caráter beneficente visando arrecadar alimentos como forma de ingresso para serem distribuídos às entidades filantrópicas de apoio a mulheres que sofreram violência doméstica. Katiuscia Soares, diretora da New Bike, considera ser de grande relevância a parceria da empresa com as entidades e os grupos de pedais do município.

“Sempre procuramos abraçar alguma causa relevante através dos eventos que a gente organiza. Neste específico, temos o objetivo de chamar a atenção para um problema que é de todos nós e que não pode passar despercebido, além disso, estimula o fortalecimento de mulheres vítimas para o rompimento do ciclo de violência. Temos o entendimento também que quando você pedala, que você chama essas mulheres para pedalar, e elas fazem 50 km, 60 km, 10 km, elas se sentem tão empoderadas, tão guerreiras”, comenta.

As inscrições podem ser feitas através da plataforma Sympla, pelo link. Mais informações, pelo telefone: 3026-4612.

APOIO
O evento tem o apoio da CDL de Itabuna, Secretaria de Esportes e Lazer do município, Bigodon, Cabelon, Novo Toque, Comercial Mascarenhas e dos grupos de pedais (pedal dos peixes, pedal Bom, pedal da Luluzinha, K-Brutas, Tartaruga aposentada, pedal Livre e Selva do Pedal).

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No Dia Nacional do Voluntariado (28), trouxemos a história de Marlene, voluntária na Casa de Lió, projeto da ADRA em Itabuna

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Marlene tem 69 anos e é voluntária da Casa de Lió, núcleo da ADRA em Itabuna, sul da Bahia, ensinando a arte de fazer bonecas de pano // Fotos de Reprodução

Dona Marlene cresceu vendo sua avó costurar bonecas para os netos brincarem. Ela ficou adulta, mas essa memória ficou registrada no coração. Ao cuidar pela primeira vez de uma criança, resgatou a lembrança e decidiu fazer o mesmo: uma boneca de pano.

Hoje, Marlene Barbosa tem 69 anos e há 40 é artesã. Suas primeiras obras foram acessórios para cabelos, pouco tempo depois, ao ser incentivada por pessoas próximas, decidiu dedicar-se exclusivamente à confecção das bonecas. “Minha mãe me via fazendo as bonecas e me perguntava porque eu não fazia para vender, minhas colegas também viam os brinquedos em minha casa e começaram a encomendar”, contou Marlene.

VOLUNTARIADO
Em 2014 surgiu a oportunidade para Marlene compartilhar seu amor pelo artesanato com outras pessoas. Bem ao lado de seu ateliê Casa de Boneca, na cidade de Itabuna, sul da Bahia, foi aberto um núcleo da ADRA – Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais -, a Casa de Lió, que tinha o objetivo de capacitar pessoas da comunidade com cursos gratuitos de artes. Marlene se prontificou a ser a primeira professora voluntária do projeto. Nas duas primeiras aulas, apenas uma aluna estava matriculada, mas não demorou muito para outros interessados aparecerem e, desde então, ela já ensinou mais de 100 pessoas a costurar bonecas.


Quando perguntada sobre o que significa ser uma voluntária, não faltaram palavras para descrever. “Primeiro, eu me sinto muito bem fazendo artesanato. Segundo, eu vejo as pessoas que aprendem comigo muito felizes. Já tive alunas que eram depressivas, nas duas primeiras aulas queriam desistir porque estavam tristes, se sentiam incapazes, mas eu insistia e consegui ensinar. Depois disso, uma delas me agradeceu porque disse que o médico até diminuiu a medicação dela”, falou Marlene.

“Um outra aluna me disse que na infância não teve brinquedos e fazer bonecas hoje é uma realização pra ela. Ainda tem alunas que já estão vendendo as bonecas e me sinto muito bem com isso. (…) Todo ser humano deveria ser voluntário. Quando você está na sala de aula e não sabe ler nada, mas depois já sabe as letras, a professora se sente realizada, né? Mesma coisa no artesanato, no início o aluno não sabe cortar um tecido e depois já sabe fazer uma flor, uma boneca… É muito bom!”, completou.

Durante a pandemia, Marlene tem se dedicado ao seu ateliê “Casa de Boneca”, mas continua atendendo as alunas pelo telefone

Com o início da pandemia, as atividades da Casa de Lió foram suspensas e nos últimos meses a estrutura física do local está passando por uma reforma geral. Neste período de mais de um ano, Marlene diz que sente falta da antiga rotina. “Sinto muita falta de estar em sala de aula com elas (alunas). Nesse tempo continuei fazendo artesanato pra me ocupar e aprendi coisas diferentes. Eu mantenho contato com as alunas em grupos de whatsapp, a gente se fala sempre e, às vezes, elas me perguntam dicas. Eu ensino com o maior prazer! Eu quero passar tudo o que eu sei fazer pra elas”, disse.

Marlene já está vacinada contra a Covid-19 e, considerando a faixa etária, acredita que a maioria das alunas também esteja. Ela está contanto os dias para poder voltar à Casa de Lió. “Eu acho que vou voltar com muita coragem, se todo mundo já tiver vacinado. Eu vou voltar muito feliz pelo fato da pandemia ter ido embora e porque vamos nos encontrar”, concluiu.

CASA DE LIÓ


O projeto fica localizado no bairro de Fátima, em Itabuna, e um dos objetivos é capacitar os alunos para que aprendam novas habilidades que possibilitem o aumento da renda familiar. Durante este período, mais de 2.000 alunos passaram pelos cursos de artesanato, violão e outras habilidades, como cabeleireiro e manicure. As aulas são lecionadas por dezenas de professores voluntários. A expectativa é que o projeto retorne às atividades em breve, com a reinuaguração do espaço reformado.


Espaço interno da Casa de Lió antes da pandemia e durante a reforma.

Contato para entrevistas: Evellin Fagundes (73) 99112-2399
Coordenação da Casa de Lió: Carla Pitta (73) 98865-4574

A primeira-dama Andrea Castro e secretária participou da entrega nesta quinta

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O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), e a primeira-dama Andrea Castro, que também é secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza, fizeram a entrega da nova sede do CRAM (Centro de Referência em atendimento à Mulher Isabela Nascimento Seara).

Agora sediada na Avenida Garcia, nº 630, no Centro, o CRAM é um espaço acolhedor e amplo, que passará a oferecer para as vítimas de violência doméstica cursos profissionalizantes e de defesa pessoal.

Para Andrea Castro, a entrega da nova sede do CRAM é um marco para Itabuna. “Hoje estamos entregando não só uma nova sede, mas um espaço maior, acolhedor e mais humanizado para que as nossas assistidas tenham o direito de ter um serviço digno, com cursos de defesa pessoal e de capacitação profissional”, informou.

Visivelmente emocionada, Andrea Castro disse ainda que no novo espaço, as mulheres assistidas vão se sentir empoderadas e encorajadas e dispostas a retomar as suas vidas, com a dignidade recuperada. Estiveram presentes no ato de inauguração do CRAM, autoridades municipais, representantes da Rede de Atendimento à Mulher, do comércio e de instituições religiosas.

A titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), Ivete Silva Santana Oliveira, parabenizou a gestão do prefeito Augusto Castro. “Estou muito feliz em participar desse ato e perceber que, ao longo desses 15 anos, é a primeira vez que vejo um prefeito sensível às questões de enfrentamento à violência contra a mulher. Precisamos realmente celebrar esse momento e agradecer também a secretária Andrea Castro pelo trabalho de fortalecimento da rede”, declarou.

O CRAM


O CRAM Isabela Nascimento Seara integra a Rede de Atendimento à Mulher vítima de violência, reunindo ações e serviços das áreas de assistência social, psicológica, jurídica e segurança pública. Foi criado para contemplar o eixo de assistência previsto na Política Nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres.

O nome da nova sede é uma homenagem a Isabela Nascimento Seara, vítima de feminicídio em 2005, aos 23 anos de idade, no apartamento onde morava, no bairro Pontalzinho, área central de Itabuna. À época, o crime cometido pelo ex-namorado repercutiu nacionalmente.

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Aumento nas tarifas de energia elétrica exerceu o maior impacto individual na alta do IPCA-15 // Foto de Helena Pontes/IBGE

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Puxado pelo aumento da energia elétrica, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) ficou em 0,89% em agosto. Esse resultado é o maior para um mês de agosto desde 2002, quando atingiu 1,00%. No ano, o indicador acumula alta de 5,81% e nos últimos 12 meses, de 9,30%, apontam os dados divulgados na 4ª feira (25.agosto) pelo IBGE.

Com aumento de 5,00%, a energia elétrica exerceu o maior impacto individual no resultado, sendo responsável por 0,23 ponto percentual no índice do mês. No contexto da crise hídrica, a bandeira tarifária vermelha patamar 2 vigorou nos meses de julho e agosto. Além disso, a partir de 1º de julho, houve reajuste de 52% no valor adicional da bandeira, que passou a cobrar R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos (frente a R$ 6,243 em junho).

Reajustes tarifários em São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Belém também explicam o resultado em agosto. Com isso, o grupo habitação ficou com a maior alta no mês: 1,97%, equivalente a 0,31 ponto percentual do índice geral. Além da energia elétrica, o grupo habitação foi influenciado pelos aumentos nos preços do gás de botijão (3,79%) e do gás encanado (0,73%).

A segunda maior contribuição para o IPCA-15 de agosto veio dos transportes, com aumento de 1,11%, seguida por alimentação e bebidas (1,02%). A única queda foi em saúde e cuidados pessoais (-0,29%).

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Bahia foi responsável pelos maiores volumes de importação e exportação

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As exportações nordestinas foram beneficiadas pelo aumento dos preços de commodities como grãos, derivados de petróleo e minérios. É o que aponta o estudo elaborado pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE) do Banco do Nordeste. No acumulado até julho de 2021, as exportações totalizaram US$ 11,54 bilhões, o que representa crescimento de 26,5% relativo ao mesmo período de 2020.

A análise por setores de atividades econômicas na região mostra que todas as categorias registraram crescimento nas vendas, no acumulado do período, em comparação a 2020. As exportações do setor Agropecuário, 26,6% do total exportado, cresceram 45,8% (+US$ 963,3 milhões), devido, principalmente, ao crescimento nas vendas de soja em 46,5% (+US$ 683,4 milhões).

A Bahia foi o Estado com maior participação nas exportações da região (46,4% do total), puxada também pela soja. Com US$ 5,3 bilhões em valor exportado, a soja responde por 17,6% deste total, com cerca US$ 1 bilhão acumulado no período, com destaque para o município de Luís Eduardo Magalhães.

Já as importações nordestinas somaram US$ 12,34 bilhões, acréscimo de 41,5%. Segundo os pesquisadores, o aumento das importações nordestinas se deve ao crescimento das aquisições de bens intermediários e de combustíveis e lubrificantes, que representaram 62,7% e 25,7%, respectivamente, do total das compras externas da região no período analisado.

A Bahia somou US$ 4,2 bilhões até julho de 2021, seguido por Pernambuco, com US$ 3,3 bilhões, e Maranhão com US$ 1,8 bilhão. O aumento de 51,7% nas aquisições externas baianas também foi motivado pelos acréscimos nas compras de bens intermediários (+52,7%) e combustíveis e lubrificantes (+230,1%) que representaram 75,9% e 14,1%, respectivamente, da pauta importadora do Estado no período de janeiro a julho. Salvador e região metropolitana absorveram 72,9% do total das importações baianas.

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Foram escolhidas ontem (26.agosto), as instituições da sociedade civil que vão integrar o Compod (Conselho Municipal de Politicas Públicas sobre Drogas). A indicação aconteceu na Secretaria Municipal de Governo durante encontro coordenado pelo titular da pasta, Júnior Brandão.

Ao todo, o Conselho dispõe de 14 assentos destinados a instituições da sociedade civil. No entanto, apenas nove representantes compareceram ao processo eleitoral. Dentre elas, a a subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil, representantes de igrejas evangélicas e do Conselho Regional de Psicologia.

Desativado há quatro ano, o Conselho Municipal de Politicas Públicas sobre Drogas foi instituído com base na Lei nº 2216/2008, que sofreu mudanças diante da necessidade de aperfeiçoar e se adequar às necessidades da instituição.

“O momento é de atuar, apresentando sugestões ao governo na política sobre drogas, caminhos que podem ser trilhados diante da legislação e das necessidades locais”, disse Júnior Brandão. Citou, como exemplo, a situação do CAPs-AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) que não teve as obras concluídas e está fechado.

“Tenho certeza que em algum momento o Conselho vai solicitar ao prefeito, através da Procuradoria-Geral do Município, que destrave essa situação, conclua as obras e entregue esse equipamento a quem precisa se tratar do vício em drogas”, afirmou Junior Brandão.

O coordenador do Programa de Politicas Públicas sobre Drogas, Marcelo Moura, disse que a instituição que fizer parte do Conselho tem o dever de contribuir com ideias para combater o tráfico e ajudar a inserir as pessoas novamente na sociedade. Além de trabalhar na prevenção desse vício e coopera na elaboração da politica municipal sobre drogas.

No balanço que fez da atuação do Conselho ao longo dos anos, ele lembrou que, no ano de 2012, Itabuna era a cidade mais violenta para jovens entre 12 e 29 anos de idade. Já em 2013, o Conselho começou a agir em pareceria com a Secretaria de Esporte e com a FICC (Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania), para reduzir problema no município.

Já o diretor da Comunidade Terapêutica Aconchego, Gilvan Nunes, que mais uma vez integra o Conselho Municipal de Politicas Públicas sobre Drogas destacou o malefício que as drogas causam as pessoas e à sociedade.

“Temos que pensar na droga como um mal que destrói famílias. Com isso, o Conselho surge para ajudar o poder publico municipal, a quem vamos apoiar na condução das ações para combater o uso de drogas”, disse.

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Caso ocorreu ontem na na Avenida Soares Lopes // Foto de Reprodução/TV Bahia

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A tenda usada pelo grupo Teatro Popular de Ilhéus desabou ontem 5ª feira (26.agosto), durante uma ventania que ocorreu na cidade.

A estrutura, feita de lona e ferro, similar a um circo, fica na Avenida Soares Lopes. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.

Segundo informações meteorológicas fornecidas pelo Climatempo, Ilhéus teve ventos de cerca de 55 km/h na noite de quinta, velocidade cinco vezes maior que a normal.

As atividades estão suspensas no local desde 2020, por causa da pandemia, contudo a tenda era usada para armazenar materiais como equipamentos cênicos, aparelhos de som, palcos, figurinos e documentos. Informações do G1 Bahia

Em Itamaraju, Neto também falou sobre desafios da Bahia nas áreas essenciais, como educação, saúde e segurança

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O presidente nacional do Democratas, ACM Neto, afirmou na noite desta 5ª feira (27.agosto) que pretende, em quatro anos como governador, fazer mais do que os governos do PT fizeram em 16 anos pelo Extremo Sul do estado. A declaração foi dada durante encontro com lideranças em Itamaraju em mais uma edição do movimento Pela Bahia, que passa também pelas cidades de Caravelas, Alcobaça, Prado e Teixeira de Freitas.

Em seu discurso, Neto falou sobre desafios do estado nas áreas essenciais, como educação, saúde e segurança, e voltou a destacar a necessidade de investimento no desenvolvimento regional, aproveitando as potencialidades de cada região do estado. Participaram do encontro prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e deputados estaduais e federais, além de lideranças locais.

“Se Deus me permitir chegar ao governo da Bahia, o que não foi feito aqui em seis anos será feito em dois pela parceria e pelo trabalho que eu vou fazer com vocês. E vou dizer mais em um mandato como governador, eu pretendo fazer o que eles (os governos petistas) não fizeram em quatro mandatos em 16 anos pelo extremo sul da Bahia”, afirmou Neto.

Neto ressaltou que a educação da Bahia está nas últimas posições do país e comparou o estado a Ceará e Pernambuco, que têm realidades socioeconômicas parecidas. “No entanto, eles tão voando na educação. Por que o que vai acontecer no futuro com as crianças e jovens baianos que estão aí 16 anos com uma educação de baixa qualidade é que vão perder espaço na hora de disputar o mercado de trabalho com as mesmas crianças e jovens que serão os nossos futuros adultos lá do Ceará, de Pernambuco e de outros estados do Brasil”, disse.

Segundo ele, é preciso ter uma visão de aproveitar o máximo da vocação e do potencial de cada região. “A Bahia precisa ser um celeiro da atração de investimento”, pontuou, ao criticar também a ausência do governo do estado na região do Extremo Sul: “A distância territorial que separa Itamaraju de Salvador não pode ser justificativa para a ausência e o distanciamento do governo, e é isso o que a gente viu e é isso que o povo sente. Porque quando a gente conversa aqui no Extremo Sul as pessoas têm um ressentimento, com toda razão”.

Ao falar sua gestão em Salvador, Neto citou a criação das prefeituras-bairro. “Havia um sentimento da periferia, do subúrbio, de distanciamento em relação ao centro da cidade. Eu acabei com essa distância, levando a prefeitura para as áreas mais distantes. É isso o que o próximo governador da Bahia precisa fazer. Se tiver compromisso de verdade com o Extremo Sul, ele precisa trazer o governo aqui para dentro, e é o que eu sonho em fazer para ter presença, proximidade, parceria, trabalho e investimento do governo na região”, frisou.

Na saúde, ele citou a falta de leitos de UTI na região, o que leva muitas pessoas a serem transferidas para a capital ou até mesmo para outros estados. “Vocês sabem que muita gente (na pandemia) teve que ser transferida, gente teve que ir para Salvador para ter leito de UTI, para Vitória, para Belo Horizonte. A se Deus quiser (a pandemia) vai passar. Mas e aí? Vamos continuar sem leitos de UTI na região? Vamos continuar sem leitos hospitalares suficientes para atender as demandas que não passam, ao contrário, que podem ser ampliadas?”. O caminho, ele diz, é interiorizar os investimentos para qualificar os serviços públicos.

Já na segurança, Neto ressaltou que a Bahia segue na liderança do ranking de homicídios do país, sendo responsável por 14% das mortes violentas do país. “A gente enfrenta isso colocando no governo alguém que tem energia, coragem, que bata no peito, enfrente o problema e leve a solução. A Bahia precisa de um governador que se envolva pessoalmente no enfrentamento ao crime, que bote para fora os bandidos, que eles vão pra outro lugar, mas que na Bahia eles não possam se criar”, salientou.

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Depois da visita do presidenciável Lula na Boa Terra, mais especificamente na capital, a pergunta que tomou conta do meio político é sobre João Leão. Como fica o vice-governador diante da sucessão estadual?

O petista-mor, postulante a um terceiro mandato no cargo mais cobiçado do Poder Executivo, deixou bem claro que só resta a Leão a indicação do vice de Jaques Wagner na composição da majoritária, já que a vaga para o Senado caberá ao senador Otto Alencar (PSD), com sua natural candidatura à reeleição.

Lula colocou os pontos nos is. Dificilmente haverá qualquer alteração. O governador Rui Costa cumprirá seu mandato até o último dia. O sonho de Leão de governar a Bahia por seis meses virou um grande pesadelo. O de disputar o Senado também.

A Rui Costa, como já comentei aqui por diversas vezes, como contrapartida pela compreensão de que a causa maior é a eleição de Lula, a promessa de assumir um importante ministério em um eventual retorno do PT à presidência da República. A desistência de Rui em relação à disputa pelo Senado foi imprescindível para evitar uma preocupante fissura na base aliada.

Será que houve alguma promessa a João Leão? Vale lembrar que o vice-governador, além de ser o secretário do Planejamento do Estado, é o presidente estadual do PP, legenda mais importante do Centrão e da base de sustentação política do governo Bolsonaro.

Para Leão, nada está decidido. “A partir de dezembro a montagem da chapa majoritária deve avançar”, disse o vice-governador. Ledo engano. E Leão sabe disso. Mudar como? Wagner vai desistir de disputar o Palácio de Ondina? Otto Alencar abrirá mão da sua reeleição? Ora, ora, tenha santa paciência! O óbvio ululante é que só sobrou a indicação do vice para Leão.

Se Leão quer mesmo disputar o Senado da República, um democrático e legítimo direito, só há dois caminhos: ou do lado de ACM Neto (DEM) ou de João Roma (Republicanos), ambos pré-candidatos ao governo do Estado no pleito de 2022.

No mais, esperar o dezembro de Leão chegar. Com certeza, o vice não terá, politicamente falando, um bom natal. E não adianta colocar os sapatos na janela. Papai Noel não vai poder atender seus pedidos.

PS – Astuto foi o senador Otto Alencar, dirigente-mor estadual do PSD, que para consolidar sua vaga na majoritária, prometeu a Lula o apoio nacional da sigla para sua candidatura ao Palácio do Planalto, o que terminou deixando o lulopetismo soteropolitano eufórico. Promessa essa que Leão não pode fazer com o PP. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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