Harrisson Nobre é bastante querido em Itabuna

Leia em: 2 minutos

Na última 2ª feira (6.março), o vice-prefeito de Itabuna, Enderson Guinho (União Brasil), e o empresário Harrisson Nobre (PL) marcaram presença na sessão ordinária realizada na Câmara municipal. Na ocasião, foi votado o projeto de manutenção do Auxílio Aluguel para as famílias atingidas pela enchente do Rio Cachoeira em dezembro de 2021.

Harrisson Nobre é engenheiro eletricista e empreendedor. Já foi candidato a vice-prefeito de Itabuna e, nas eleições de 2022, concorreu ao cargo de deputado federal. No próximo ano, vai tentar ocupar uma cadeira na Câmara itabunense.

As eleições municipais acontecem em outubro de 2024, mas as articulações políticas já estão “a todo vapor” nos bastidores. Alianças já começaram a ser firmadas e o tabuleiro pode contar com novas peças na região Sul da Bahia.

O vice-prefeito de Itabuna, Enderson Guinho (União Brasil), o vereador de Itabuna, Pastor Francisco (Republicanos), o pré-candidato a vereador, Harrisson Nobre (PL) e o vereador Danilo da Nova Itabuna (União Brasil).

LEIA TAMBÉM NO PAUTA BLOG ⤵️

BURBURINHO❗ Vereador Pastor Francisco descarta possibilidade de concorrer ao cargo de prefeito de Itabuna

Os bastidores da política na sessão que abriu o ano legislativo na Câmara de Vereadores de Itabuna

Leia em: 6 minutos

🤝 UNIÃO

Como o Pauta Blog anunciou, com exclusividade, o prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), foi o responsável por abrir o ano legislativo na Câmara de Vereadores. O presidente da Casa, Erasmo Ávila (PSD), disse que a união entre Executivo e Legislativo vai continuar.

🔎 ANO DE 2023 NA CÂMARA

O presidente Erasmo Ávila está otimista com o desempenho dos vereadores para o ano de 2023. Segundo ele, a Casa vai continuar fiscalizando o Executivo e a grande novidade ainda para o primeiro semestre é a realização de sessões do projeto “Câmara itinerante” nos bairros da cidade. Assista o vídeo 👇

🌏 20 DOS 21

Dos 21 vereadores de Itabuna, 20 estiveram presentes no retorno do recesso parlamentar e apenas Piçarra (Solidariedade) não compareceu à sessão realizada nesta quarta.

Um colega tentou justificar a ausência do vereador, mas ouviu de outro edil que era melhor o próprio dar explicações. Resumindo: Piçarra tem o hábito de faltar às sessões e, quando comparece, entra mudo e sai calado. Complicado!

✅ EMPRESÁRIO ANTENADO

O empresário e presidente da ACI (Associação Comercial de Itabuna), Mauro Ribeiro, marcou presença na sessão e, como está atento às demandas da sociedade, deve ter alguma proposta ligada ao comércio para apresentar ao prefeito Augusto Castro. Ribeiro, inclusive, vem desempenhando um excelente trabalho à frente da ACI. 

🔥 SIM, SOU OPOSIÇÃO!

O vereador Danilo da Nova Itabuna (União Brasil) disse que é oposição sem data de validade à gestão municipal, ou seja, quem quiser que se segure. Até os vereadores da situação estão “temendo” e a Ucrânia itabunense deve se instalar nas próximas sessões. A conferir!

🔥 É OPOSIÇÃO? (1)

Dos 20 vereadores, os únicos que não aplaudiram o discurso do prefeito Augusto Castro foram Júnior do Trator (PMN) e Danilo da Nova Itabuna. Será que Trator também vai virar oposição ou está “estudando o jogo” já que acabou de retornar? Ele assumiu a vaga deixada por Fabrício Pancadinha (Solidariedade).

🔥 É OPOSIÇÃO? (2)

A este Pauta Blog, Danilo declarou que pretende contar com o auxílio do ex-vereador e atual vice-prefeito, Enderson Guinho (União Brasil), para montar a estratégia da oposição: “Nosso time tá escalado e nosso técnico é Jesus e o povo. Quem vai escalar a gente é o povo e Guinho vai contribuir”. Assista o vídeo 👇

⚠️ INCONSTANTE (1)

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Itabuna anda inconstante na política. Uns dizem que a legenda passou a fazer parte da base municipal, mas o presidente na cidade, Edmilson Silva, disse à Coluna Balão que a legenda segue independente porque ainda tem muita conversa pela frente. Vai entender!

⚠️ INCONSTANTE (2)

Nos bastidores, ecoa a informação de que o vereador Dando Leone (PDT) deve retornar à base do prefeito Augusto Castro em breve. Fontes afirmam que a dupla já voltou a trocar telefonemas e dialogar em paz. A “birra” durou pouco, hein?

📝 BATEU SAUDADE (1)

Quem marcou presença na badalada sessão da Câmara foi a ex-vereadora e ex-candidata a prefeita, Charliane Sousa (PCdoB). Uma fonte confidenciou à Coluna que ela segue sendo oposição e que vai tentar retornar à Casa nas eleições de 2024.

📝 BATEU SAUDADE (2)

Charliane fez questão de dar uma passadinha no gabinete do presidente Erasmo já que os dois têm uma relação de amizade, independentemente da política. Quando questionada pela Coluna se estava com saudades da Casa, a ex-vereadora desconversou e foi taxativa: “Zero saudade!”. Assista o vídeo 👇

📝 BATEU SAUDADE (3)

O ex-vereador Glebão (PDT) também esteve presente na sessão. Indagado pela Coluna sobre o desejo de retornar à Casa do Povo, ele declarou sorridente: “Estou me preparando”. 2024 promete!

⚽ FAIR PLAY

Os ex-vereadores Chico Reis, Babá Cearense e Enderson Guinho foram flagrados pela Coluna confabulando em alto astral. Babá e Chico são aliados do prefeito, mas Guinho é um dos técnicos da oposição. Isso é o que chamo de fair play!

✍️ SECRETÁRIOS EM PESO (1)

A secretária interina de Infraestrutura e Obras de Itabuna, Sônia Fontes, também compareceu à sessão. Não faz mal “fazer a média” com os vereadores de vez em quando, né? Vamos ver se os pedidos de providência vão ser atendidos.

Sônia estava com o coordenador de Projetos da secretaria de Planejamento, Rosivaldo Pinheiro (PP). Pinheiro tem gabarito para assumir a titularidade da pasta de Planejamento, mas, pelo andar da carruagem, isso não deve acontecer. Por falta de torcida, não é!

✍️ SECRETÁRIOS EM PESO (2)

Os secretários Zé Alberto (Governo), Alcântara Pelegrini (Esportes) e Thiago Barros (Comunicação) acompanharam o prefeito Augusto Castro até a Câmara e se reuniram antes do gestor discursar.

A titular da pasta da Saúde, Dra Lívia Mendes Aguiar, uma das melhores da gestão, também prestigiou a abertura dos trabalhos.

📻 INFORMAÇÃO

Para levar a informação até a população, vale todo esforço! O radialista e jornalista Osvaldo Bispo não largava o celular para captar o áudio nas caixas de som da Câmara. Excelente trabalho, Bispo!

💛 É O AMOR

Eles discutem, mas se amam. É o caso do radialista Alex de Souza e o vereador Cosme Resolve (PMN). Antes da 1ª sessão começar, os dois debateram pra lá e pra cá, mas, no final, saíram se amando. Dizem que Souza é um defensor ferrenho de Cosme na Rádio Difusora.

👟 SEBO NAS CANELAS

Algumas pessoas questionaram as críticas à atuação do superintendente de Serviços Públicos de Itabuna, Sousa Lino. As críticas não têm sido bem recebidas pelos correligionários do funcionário que tem status de secretário. O recado é um só: passe “sebo nas canelas” e vá trabalhar!

Matheus Vital é editor de Política do Pauta Blog. Envie a sua sugestão de pauta: matheus@pauta.blog.br

Guinho está tentando unir os aliados de ACM Neto; À direita, Dr. Isaac Nery

Leia em: 2 minutos

As bolsas de apostas para a sucessão municipal de Itabuna em 2024 estão a todo vapor. Nesse sentido, o atual vice-prefeito de Itabuna, Enderson Guinho (União Brasil), está correndo em busca da união dos “Netitas” (aliados de ACM Neto, do UB).

No jogo do Itabuna Esporte Clube disputado no Estádio Mário Pessoa, em Ilhéus, Guinho posou ao lado do ex-candidato a prefeito e a deputado federal, Dr. Isaac Nery (Republicanos). Pode ser que, desse encontro, saia uma tentativa de parceria pensando no próximo pleito para derrotar o então gestor Augusto Castro (PSD), que vai disputar a reeleição.

Em uma junção “destrambelhada” com um grupo composto por quatro políticos em 2020, inclusive com o Guinho, Nery “deu linha” e partiu para concorrer, em chapa solo, como prefeiturável. Só resta saber quem vai deixar o ego de lado e abrir mão de compor a chapa majoritária em uma possível união com o deputado estadual Pancadinha (Solidariedade).

Será que Capitão Azevedo (PDT), Nery, Guinho e Pancadinha vão subir no mesmo palanque em 2024? 

LEIA TAMBÉM NO PAUTA BLOG ⤵️

TUDO OU NADA❗ Vereador Danilo da Nova Itabuna se reúne com Marcone Amaral para discutir os trilhos políticos de 2023

Guinho teve 12.410 mil votos dentro de Itabuna

Leia em: < 1 minuto

O vice-prefeito de Itabuna, Enderson Guinho (União Brasil), conseguiu 12.410 mil votos dentro da cidade na tentativa de se tornar deputado federal. Guinho foi o candidato mais bem votado para o cargo no município e, em relação a 2018, quando se candidatou a deputado estadual, o desempenho foi melhor já que, na ocasião, ele teve 8.444 mil votos.

O resultado de Guinho tem a ver com o eleitorado que já lhe é cativo, ou seja, jovens, comunidade católica e meio esportivo. Além disso, Guinho estava sendo apoiado por ACM Neto (União Brasil), com quem se encontrou algumas vezes para tratar estratégias de campanha cruciais para o desempenho alcançado.

Se Guinho foi o candidato a deputado federal melhor votado em Itabuna, Dr Isaac Nery (Republicanos) ficou em segundo lugar com 11.460 mil votos, seguido de Capitão Azevedo (PDT) com 10.428 mil votos. Em quarto lugar, ficou Dr Mangabeira com apenas 6.174 mil votos, que despencou de uma votação anterior com 19.994 mil votos para o mesmo cargo.

O deputado federal Paulo Magalhães (PSD), que não é da região, mas sempre está pela cidade por causa da proximidade com o prefeito Augusto Castro (PSD), conseguiu se reeleger e, em Itabuna, conseguiu conquistar 5.375 mil votos.

Cacá e Valderico foram candidatos a prefeito de Ilhéus em 2020 enquanto Guinho (centro) foi eleito vice-prefeito de Itabuna na ocasião

Leia em: < 1 minuto

Os candidatos a deputado federal no pleito de outubro deste ano, Cacá Colchões (PP), Enderson Guinho (União Brasil) e Valderico Júnior (União Brasil) estão “com moral” nas legendas já que receberam doações generosas para bancar as campanhas eleitorais. Cacá e Valderico foram candidatos a prefeito de Ilhéus nas eleições de 2020 e Guinho é vice-prefeito de Itabuna.

No caso de Cacá, foram destinados R$ 700.000,00 do fundo partidário da Direção Nacional para ajudar a alavancar a campanha. Já Valderico recebeu R$ 838.000,00 da Direção Nacional e outros R$ 161.764,70 da Direção Estadual/Distrital para turbinar a tentativa de ocupar uma cadeira na Câmara Federal. O também postulante Enderson Guinho foi agraciado com o valor de R$ 700.000,00 da Direção Nacional, além de R$ 116.764,70 da Direção Estadual/Distrital.

Os três candidatos estão apoiando a candidatura de ACM Neto (União Brasil) ao governo da Bahia e têm sido vistos frequentemente nas caminhadas e carreatas realizadas pela cidades da região.

Diretor de gabinete e gerente de gabinete de Guinho foram demitidos por Augusto Castro sem que o vice-prefeito soubesse

Leia em: < 1 minuto

O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), continua fazendo jus ao elo quebrado com o ex-aliado político e vice-prefeito da cidade, Enderson Guinho (União Brasil). O gestor municipal está demitindo funcionários do gabinete de Guinho sem que o próprio tenha conhecimento da situação.

Uma fonte ligada ao Centro Administrativo Firmino Alves confirmou ao Pauta Blog que Augusto demitiu o diretor de gabinete de Guinho e nomeou o suplente de vereador, Marcelo Souza (Cidadania), para a função. Além disso, o gerente de gabinete foi dispensado para dar lugar ao assessor do vereador Alex da Oficina (Agir).

Parece que a proximidade do pleito de outubro está mexendo com os nervos de todo mundo. Será que a candidatura de Guinho a deputado federal está incomodando tanto assim a ponto do prefeito decidir “mexer os pauzinhos” com tanta força agora? 

LEIA TAMBÉM NO PAUTA BLOG ⤵️

Geraldo Simões, Manoel Porfírio e Israel Cardoso, ACM Neto, Kátia Bacelar, Erasmo Ávila, Marcone Amaral, Almir Melo Júnior, Danilo da Nova Itabuna, Pancadinha, Capitão Azevedo, Guinho e Ricardo Xavier, Dr. Mangabeira

Entrosamento entre prefeito e vereador já reflete na candidatura ao pleito de outubro

Leia em: 2 minutos

Em uma demonstração de força política, o prefeito Augusto Castro (PSD) selou o apoio e a parceria com o ex-secretário municipal de Indústria e Comércio e vereador Ricardo Xavier (Cidadania). Além disso, Augusto tem demonstrado que vê com bons olhos a atuação da família Xavier em Itabuna, principalmente no segmento esportivo.

Recentemente, Ricardo apresentou ao prefeito um grupo formado por mais de 70 lideranças políticas. Essa situação, é claro, fortaleceu o candidato a deputado apoiado por Augusto para o pleito de outubro, que é Paulo Magalhães (PSD) para federal.

Até então, existia a viabilidade que Xavier iria apoiar a candidatura do vice-prefeito, Enderson Guinho (União Brasil), para deputado federal, mas o trem saiu dos trilhos e o vereador vai fazer campanha para Magalhães. A mudança na rota, claro, é fruto do entrosamento com o prefeito e há quem diga que Guinho sequer foi chamado para escutar alguma justificativa ao pé do ouvido.

O gestor itabunense já tem ao seu lado 11 dos 21 vereadores da cidade e tem conseguido colocar em prática a estratégia de neutralizar os adversários. Nos bastidores, comenta-se que o número pode subir para 12 em breve e, facilmente, os edis devem aceitar marchar ao lado da dupla escolhida pelo líder do Executivo.

Hoje, no União Brasil, Enderson Guinho (ex-Cidadania) e Mariana Alcântara (presidente do Cidadania em Itabuna)

Leia em: 2 minutos

O vice-prefeito de Itabuna, Enderson Guinho (União Brasil), e a ex-secretária municipal de Segurança e Ordem Pública, Mariana Alcântara (Cidadania), posaram lado a lado nas redes sociais. A dupla era considerada do primeiro escalão da gestão do prefeito Augusto Castro (PSD), mas, por motivos distintos, rompeu relações com o gestor municipal.

De um lado, Mariana foi titular da pasta de Segurança e Ordem Pública e deixou o governo afirmando que as mudanças prometidas durante a campanha não estavam acontecendo e, por esse motivo, ela escolhia abandonar o barco. Do outro, Guinho afirma que foi deixado de lado pelo prefeito pois não tinha voz ativa nas decisões administrativas e, assim, vai atuar como fiscalizar do Executivo ao romper relações com ele.

Vale ressaltar que tanto Guinho como Mariana são apoiadores do pré-candidato a governador ACM Neto (União Brasil) enquanto Augusto está do lado de Jerônimo Rodrigues (PT). Claro que as divergências no cenário de sucessão estadual pesam bastante na hora de tomar a decisão de deixar o governo, mas o fator preponderante continua sendo o comportamento de Castro em não ouvir secretários.

Guinho já foi filiado ao partido Cidadania, onde Mariana é, atualmente, presidente em Itabuna e vice-presidente na Bahia. Já houve um momento em que os interesses dos dois se desencontraram, mas, agora, parece que o afastamento do prefeito de Itabuna voltou a uni-los.

LEIA TAMBÉM NO PAUTA BLOG ⬇️

ANÁLISE❗ Separados, Enderson Guinho sai do “balão de oxigênio” e Augusto Castro abre espaço para trincheira oposicionista

Enfatizou Enderson Guinho sobre o prefeito Augusto Castro: "A falta de comprometimento foi com o povo. Comigo, eu não esperava e não espero porque eu não quero que seja sobre mim".

Leia em: 9 minutos

Hoje (18.julho), após divulgar a carta em que anuncia o rompimento com o prefeito Augusto Castro (PSD), o vice-prefeito Enderson Guinho (União Brasil) conversou com o Pauta Blog sobre a decisão e sobre os motivos que o levaram a romper com a gestão. A partir de agora, segundo Guinho, ele pretende atuar como fiscalizar do Poder Executivo para que “Itabuna volte a crescer”.

CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA ⬇️

Pauta.Blog // O que levou o senhor a romper relações com o prefeito Augusto Castro?
Enderson Guinho // Em 1 ano e 7 meses de governo, eu venho tentando ter participações nas decisões de governo. Eu e Augusto fizemos uma campanha muito próxima do povo e com o discurso de que nós estaríamos juntos para ajudar a cidade. No marketing da campanha, a única chapa que trabalhou o nome do prefeito e do vice na mesma proporção foi a nossa. Eu tenho total consciência de que não existem duas cadeiras de prefeito, existe apenas a de Augusto Castro. Eu não quero ser prefeito no lugar dele, mas eu não posso ficar apenas com as críticas e os ataques da população por não ter as expectativas alcançadas sendo que eu não tenho participação nas decisões. Desde a enchente, inúmeros protestos que nós tivemos, inclusive, protestos em minha porta por causa do cartão do Auxílio Recomeço, das ações de enfrentamento à enchente e eu não tive participação nas decisões. No momento em que eu atuei fortemente exercendo a minha função de vice e estando à frente do QG dos desabrigados porque o prefeito estava ilhado, eu ainda fui atacado naquele momento. Eu fui suportando, disse isso ao prefeito e ele tem consciência de que, várias vezes, eu tentei nos aproximar para a gente governar Itabuna. Eu fui vereador durante quatro anos em Itabuna, cobrei diversas situações, me coloquei de forma contrária a várias situações e, hoje, nosso governo está mantendo ou está até pior em relação a várias situações que eu mesmo criticava. Não posso desconstruir o meu discurso, jogar na lata do lixo tudo aquilo que eu reivindicava e, simplesmente, não tenho uma posição do prefeito de tentar enfrentar os problemas e melhorar a situação do povo. Hoje, após 1 ano e 7 meses, se esgotam as tentativas de tentar me aproximar dele. Acredito que o rompimento não é meu, o rompimento é do prefeito comigo, com o nosso plano de governo e com a população de Itabuna. É por isso que me afasto, mas continuarei como vice-prefeito e, agora, cobrando ainda mais já que, internamente, eu não tinha esse espaço para resolver os problemas, a gente precisa falar abertamente à população onde estão os problemas e buscar solucioná-los.

Pauta.Blog // Em dezembro, o senhor viveu o melhor momento para romper, algo que só está acontecendo agora em julho. Por que o senhor adiou essa ruptura com o prefeito?
Enderson Guinho // Na verdade, eu fiz a carta de rompimento em dezembro. Conversei com o prefeito, inclusive, colocando à disposição os espaços e pedi para que ele me demitisse como secretário em dezembro e iria para o rompimento político, mas eu refleti porque vi as pessoas que me acompanham, inclusive empresários e religiosos da cidade, me dizendo que esse seria um grande problema para Itabuna que, no meio de uma crise, a gente acrescentasse uma crise política. Isso não seria bom para a cidade, então eu pensei e refleti e, com a cabeça fria, eu me mantive aliado para tentar resolver os problemas de cidade em relação à enchente. O prefeito se comprometeu comigo, ele olhou nos meus olhos e se comprometeu que me colocaria a par das situações, tanto dos problemas como das ações que seriam executadas, pedindo minha opinião também. Agora, depois de 7 meses, ele, mais uma vez, falta com a palavra e continua com o egocentrismo gigantesco onde continua pensando apenas nos próprios interesses e esquece daquilo que prometemos em campanha. Não tem mais como manter a relação política e a gente vai seguir o caminho tentando ajudar nossa população a voltar a crescer.

Pauta.Blog // O senhor citou que Augusto Castro é egocêntrico. Nos bastidores, dizem que os secretários não são ouvidos por ele. O prefeito, realmente, conduz a gestão de forma centralizadora?
Enderson Guinho // No início, eu achei que era uma questão apenas comigo porque não conseguia despachar nem conversar com o prefeito. Depois, eu fui percebendo, em todas as reuniões com os secretários, que era algo geral. Ele, realmente, tem dificuldades em despachar com secretários, tem dificuldade em ouvir e fazer a gestão. Ficou nítido isso, mas não sei dizer se é centralizador porque, quando você tem alguém centralizador, ele centraliza e resolve. Quando você tem alguém que centraliza e não resolve, o que falta mesmo é gestão. Na minha opinião, Augusto precisa ser gestor e entender que ele governa um município que é o sexto maior município da Bahia e não tem como governar lá de Salvador, é preciso estar aqui perto dos problemas da cidade e enfrentar. Eu disse isso a ele! Se não é possível fazer, fala para o povo e enfrenta as dificuldades, mas não tenta maquiar de que estamos no “país das maravilhas” enquanto o povo continua sofrendo.

Pauta.Blog // O senhor acredita que a má gestão está relacionada ao fato dele estar distante de Itabuna e não conseguir enxergar a população?
Enderson Guinho // Ele sempre se fez distante. A argumentação dele é de que sempre está buscando recursos para o município, mas, após 1 ano e 7 meses, a gente precisa, efetivamente, das ações acontecendo. O povo precisa ver a política pública chegando nos bairros, na periferia, na saúde e na educação. Até hoje, nós temos escolas fechadas e, talvez, Itabuna seja o único município do Brasil com escolas fechadas. A gente viu, escancaradamente, as nossas reais deficiências durante a enchente, durante a Covid, e a gente precisa avançar nas situações. Eu disse ao prefeito para que não me veja como inimigo dele, não saio brigado com ele nem com raiva dele, eu saio com a total consciência de que preciso honrar todas as pessoas que votaram em Augusto Castro acreditando no meu nome e, para isso, eu não posso ficar omisso nem calado mediante as problemáticas.

Pauta.Blog // O senhor tentou, de todas as formas, um diálogo com o prefeito para evitar o rompimento?
Enderson Guinho // Várias vezes! Só a Salvador, eu fui duas vezes porque ele estava lá. Em uma das vezes, houve uma reunião na casa dele com a presença do presidente da Ficc [Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania], com o procurador do município, com o secretário de Indústria e Comércio na época e com a primeira-dama. A segunda reunião foi com o secretário de Indústria e Comércio e com o prefeito, também em Salvador. Eu pontuei todos os problemas, disse a ele e ele tem consciência disso. Tudo o que está acontecendo, hoje, a culpa é do prefeito! A culpa é dele! Eu chamei a atenção dele várias vezes, dialogamos, mas, infelizmente, ele tem a dificuldade de cumprir com aquilo que promete. Eu não quis mais espaço no governo, eu nunca exigi cargo, nunca exigi nada que fosse imoral da minha parte. O que eu sempre exigi foi que as coisas acontecessem como nós prometemos e nos comprometemos. Eu queria ter participação nas decisões, eu não queria ser o super vice-prefeito, eu não queria ser maior que o prefeito, eu queria contribuir com a gestão. Se você entrar no site do Tribunal Regional Eleitoral e abrir o plano de governo, você vai ver o plano do prefeito Augusto e do vice Enderson Guinho. O meu nome está no plano de governo! Eu não posso me calar e permitir que o plano de governo não seja executado e eu ficar de braços cruzados como se estivesse tudo perfeito na cidade sendo que não está.

Pauta.Blog // Na sua opinião, qual é o âmbito da gestão que está um caos e não há como deslanchar?
Enderson Guinho // Na verdade, eu acho que a esperança é a última que morre. Eu vou desejar que tudo possa melhorar, mas a gente está com o transporte em que a população tem sido humilhada diariamente, que a gente espera que, com a licitação que vai acontecer, que as coisas melhorem. Augusto prometeu wifi, ar condicionado, transporte de qualidade e a gente visualiza, todos os dias, ônibus quebrado e a população tendo que descer do ônibus porque o ônibus quebrou. Isso é uma humilhação para a população! Volto a dizer, estamos com escolas fechadas ainda, postos de saúde ainda em condições precárias com pessoas reclamando, uma saúde que foi o carro-chefe da campanha e precisa melhorar muito. Nós ainda não temos a atenção básica nos bairros, não temos a infraestrutura desejada, temos um secretário de Infraestrutura com diversas críticas e eu disse isso ao prefeito. Eu não sei o que foi acordado com o secretário, mas ficou claro que o secretário não entregou resultados. Eu pedi a ele, ou muda de lugar ou tira da gestão porque, se não está dando certo, precisa mudar para que as coisas aconteçam como você espera, a não ser que você tenha um alinhamento com o secretário e isso impede que você tome uma atitude para resolver o problema de Itabuna. O esgoto ainda está a céu aberto e na porta do cidadão, temos bairros esburacados, temos muitos problemas que nós prometemos que enfrentaríamos e a gente não tem visto isso. A gente viu agora o governo anunciando as casas que serão destinadas aos moradores atingidos pela enchente, porém o governo do estado se comprometeu com o prefeito que, neste ano, entregariam 1.100 casas e, até o momento, nós não temos nem terreno. Todas essas cobranças vêm para mim! Se eu tivesse participação, eu assumiria os problemas, mas eu não sei nem se existem as tentativas. Como defender um governo em que você não faz parte dele? Sempre ficou claro de que me distanciavam porque não queriam que eu fizesse parte nem estivesse inserido. Agora, não dá mais! Vamos seguir cumprindo a missão como vice-prefeito e sendo um dos maiores fiscalizadores para que as coisas aconteçam como deve ser.

Pauta.Blog // A partir de agora, a população de Itabuna pode esperar um Guinho fiscalizador em prol do povo?
Enderson Guinho // Esse é o meu compromisso. Itabuna elegeu 21 vereadores para fiscalizar o Poder Executivo e cobrar melhorias para a população. Elegeu, também, um prefeito e um vice para executar. Hoje, mediante o distanciamento do prefeito e o isolamento que ele fez comigo me impedindo de ter participação nessas poucas execuções que foram feitas, eu me coloco como cidadão, como um ex-vereador e como vice-prefeito. Sou uma pessoa que tem a credibilidade do povo de Itabuna para cobrar e fiscalizar. Tudo aquilo que, por ventura, vier a acontecer e não esteja em conformidade com a legalidade, eu me posicionarei, cobrarei e buscarei os meios legais para que tudo ocorra como deve ser feito.

Pauta.Blog // Houve ingratidão ou falta de comprometimento do prefeito Augusto Castro com Enderson Guinho?
Enderson Guinho // Na verdade, a falta de comprometimento foi com o povo. Comigo, eu não esperava e não espero porque eu não quero que seja sobre mim. As pessoas votaram em Augusto e Guinho para fazer pelo povo, então, se eu ficar esperando que as coisas sejam ao meu respeito, é individualidade ou vaidade da minha parte. As coisas precisam ser sobre a população. Tudo o que o prefeito fez, eu aponto, mas não foi para o vice-prefeito e, sim, para o povo de Itabuna.

Pauta.Blog // Existe alguma possibilidade do senhor recuar e fazer as pazes com o prefeito?
Enderson Guinho // Quando eu mandei a carta para o prefeito, eu disse que a minha posição é irrevogável pelo fato de que não foram 5 nem 6 nem 7 vezes que tentei ter unidade. Em todas as vezes que houve descumprimento, não foi da minha parte e, sim, da parte do prefeito. E aí vão citar que eu rompi com Mangabeira, com o Cidadania e estou rompendo com Augusto, mas eu quero que todas as coisas sejam pontuadas e as pessoas vão ver quem é quem. Agora, estão ele e Mangabeira de braços dados e você percebe qual é o lado certo. Eu não quero ter a razão das coisas, mas eu quero que as coisas aconteçam como devem pelo bem da população. Eu fui expulso de um partido, dentro do Cidadania, nós fizemos uma conjuntura que, realmente, não aconteceu por conta do prefeito e, hoje, a minha posição com relação a Augusto é pela cidade. Se você andar pelos quatro cantos de Itabuna, você vai ouvir o que o povo tem comentado, então não posso ir na contramão do povo, eu posso estar na contramão dos políticos, mas, do povo, eu sempre estarei ao lado deles.

Pauta.Blog // Deixe uma mensagem para os leitores do Pauta Blog, mas, principalmente, para os eleitores de Itabuna.
Enderson Guinho // Quero me colocar à disposição da população. Para todas aquelas pessoas que se decepcionaram ou, até mesmo, sentiram tristeza, porque disseram que viram o brilho de Guinho desaparecendo aos poucos, podem ter certeza de que, tudo o que eu passei até aqui, foi querendo o bem da população da cidade. Se me posiciono agora, não estou sendo oposição, eu estou tendo posição. Se me posiciono, é pelo bem da cidade para que Itabuna volte a crescer. Eu desejo que Augusto, daqui pra frente, se a vacina que ele vai ter é fazer obras, que sejam diversas obras porque Itabuna ganha! Que ele possa mudar daqui pra frente e as coisas melhorem para o nosso povo. Esse é o meu desejo! Se Itabuna avança, todos nós avançamos.

O amor acabou entre o vice Enderson Guinho (União Brasil) e o prefeito Augusto Castro (PSD)

Leia em: 6 minutos

O tão comentado rompimento entre o vice-prefeito e ex-secretário de Esportes e Lazer de Itabuna, Enderson Guinho (União Brasil), e o prefeito da cidade, Augusto Castro (PSD), finalmente, aconteceu. Guinho redigiu uma carta endereçada ao gestor e à população da cidade onde pontua os motivos que o fizeram tomar a decisão.

No documento, Guinho afirma que aceitou compor a chapa como vice-prefeito em 2020 porque acreditou na mudança que a dupla poderia realizar, no entanto, percebeu que, logo após a eleição, não era esse o propósito já que começou a ser deixado de lado.

Não é de hoje que se comentava que houve um desgaste natural entre o prefeito e o vice. Nos bastidores, fontes ligadas ao Centro Administrativo Firmino Alves afirmam que Augusto foi convencido de que Guinho pretende se candidatar em 2024 e, assim, sentar na cadeira que, até então, pertence a ele. Ora, não é o povo que decide quem vai estar lá? Mesmo assim, o gestor assumiu a postura de tirar Guinho de campo para impedir uma popularidade além da conta.

O que fica claro na carta de Guinho é o que todos já sabiam. A atuação do vice-prefeito durante a enchente do Rio Cachoeira, por exemplo, incomodou demais a gestão. Isso porque, enquanto Guinho socorria os moradores dos bairros alagados e tirava água de dentro da própria casa, o prefeito estava ilhado no condomínio Cidadelle.

CONFIRMA A CARTA NA ÍNTEGRA ⬇️

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO ITABUNENSE

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” Eclesiastes 3:1.

 

Caros Amigos e Amigas de Itabuna, hoje, após 19 meses fazendo parte do Poder Executivo, posso sentir a grande diferença existente entre os dois poderes que conheci.

Venho da Casa Legislativa Municipal, onde tive a oportunidade de defender, com muita garra e coragem, os direitos do nosso povo, assim como o desenvolvimento e avanço da nossa cidade. Com um mandato combativo e aprovado pelo povo itabunense, estive sempre à disposição dos mesmos. Como Vereador, estive presente, mantive posições centradas, apoiei boas ideias e fui de encontro ao que visualizava como inadequado. O meu trabalho e minha luta na Câmara de Vereadores me fazia sentir vivo.

Seguindo minha missão, vocação a vida pública e minha intenção de fazer Itabuna crescer, candidatei-me a concorrer ao cargo de Prefeito, porém, após conjuntura partidária, acabei por compor chapa ao lado de Augusto Castro, na condição de Vice-Prefeito. Onde o meu objetivo sempre foi mudar o cenário político de Itabuna, tendo um gestor que nunca havia passado pela cadeira de prefeito.

Lembro do slogan de campanha que nos definia como “a mudança que o povo quer” – frase que trazia a expectativa e o sentimento real de mudança para a maioria das pessoas que nos confiaram mais de 40 mil votos. Minha felicidade era extrema pela vitória alcançada e, claro, pela possibilidade de poder realizar tudo aquilo que prometemos. Afinal, fazer o bem para Itabuna sempre foi um sonho para mim.

Porém, logo após a eleição as coisas ficaram diferentes. Rapidamente percebi uma profunda mudança de Augusto Castro (então Prefeito eleito) com relação à minha pessoa. A distância e a redução de espaço me mostravam que o “Augusto e Guinho” da campanha ia ficando de lado.

Desde o início da gestão, não era mais convidado para reuniões, não era mais chamado para pontuações, opiniões e tudo isso passou a me deixar frustrado, pois sempre tive boas ideias (bastante úteis na Campanha) e elas sequer, eram mais consultadas. Pior ainda, como Augusto normalmente está ausente ou indisponível, passei, desde o início, a ser o “ouvido” para críticas e reclamações de decisões que sequer passaram por mim.

Mesmo com pouco tempo de vida pública, a população já conhecia a minha maneira de trabalhar, sendo contra a tudo o que era errado e lutando pelo bem do nosso povo. Sempre fui totalmente contra o desmembramento da Prefeitura, com elevados aluguéis, onde questionei diversas vezes quando era vereador, e infelizmente as coisas não mudaram, tivemos um aumento, gerando o incrível gasto por volta de R$ 1milhão anual. O argumento seria a reforma da estrutura da Prefeitura, o que jamais foi iniciada.

Outra situação descabida foi o inchaço da Folha com diversos contratos de profissionais de fora da cidade. Absurdo promovido com a intenção de fortalecer laços políticos que pudessem viabilizar a candidatura da esposa para Deputada Estadual.

Eu queria me mexer. Agir pela minha cidade e pelo meu povo, mas me sentia podado das minhas condições de participação, calado da minha voz dentro da Prefeitura. Cobrei diversas vezes o prefeito sobre ações que melhorariam a vida do nosso povo nas diversas áreas, como saúde, educação, infraestrutura, saneamento básico e transporte. Também lutei pela minha real participação nas decisões do governo, mas não fui atendido nem mesmo por alguns secretários que, estranhamente, parecem ter “super poderes” e eterna proteção do chefe do Executivo.

Mesmo não sendo a minha verdadeira intenção, já que queria ser útil em diversas esferas, deixei-me convencer, pelo Prefeito, a assumir a Secretaria de Esportes. Rebati no primeiro momento, por temer gerir uma pasta sem orçamento e acabar sendo avaliado negativamente (por não conseguir grandes feitos), mas minha vontade de contribuir para a minha cidade era tamanha que aceitei – até para provar que atitudes podem ajudar quando não há grande disponibilidade de recursos. E, mesmo com extremas dificuldades, realizei muitas coisas graças ao comprometimento e competência de uma equipe maravilhosa e ao apoio vindo de empresários regionais. A eles, toda a minha gratidão e respeito.

A ausência do prefeito no município, viajando em busca de apoios pra a candidatura da primeira-dama, aumentaram as fortes cobranças da população, e estas cobranças chegavam (e chegam) diretamente a mim, óbvio, pelo resultado da campanha eleitoral que deixava claro ao povo que governaríamos juntos esta cidade, o que nunca aconteceu.

E foram nos piores momentos da minha vida que pude perceber que nunca fui considerado como membro do governo. A chegada da enchente deixou centenas de itabunenses com suas casas inundadas, inclusive a minha. Mesmo assim, dediquei-me inteiramente, em tempo integral, para que o governo municipal estivesse presente ao lado do nosso povo em meio àquela tragédia, já que nos primeiros dias, o Prefeito se encontrava ilhado.

Porém, a minha atitude de representá-lo, no momento de sua ausência, como a própria constituição determina, mexeu com alguém que se preocupava mais com o próprio ego do que com a situação causada pela citada catástrofe. De maneira ridícula, o Prefeito Augusto Castro preferiu dirigir suas energias ao sentido de me destratar diante da comunidade e de parentes e amigos que se prontificaram junto comigo a levar auxílio aos desabrigados.

Escutar palavras que feriram a minha alma ao mesmo tempo que me fizeram perceber, de verdade, quem é o Sr. Augusto Castro. Pensei em romper totalmente naquele momento, mas, temendo que este fato político atrapalhasse ainda mais o andamento da ajuda aos atingidos pela enchente, decidi que o melhor a se fazer seria esfriar a cabeça e me manter firme no propósito de ajudar a população atingida.

Assim, após o período de maior caos, conversamos francamente e ele se comprometeu em mudar, colocando-me inclusive em condições de participar mais das discussões e sendo inserido nas decisões do governo. No entanto, isso não aconteceu. Passado sete meses da enchente, além de o Prefeito mais uma vez não cumprir com sua palavra, é visível que as prioridades dele continuam sendo distantes do que o povo espera. Com grande reprovação por parte da maioria daqueles que sentiram na pele, os efeitos da maior enchente já vista em nossa cidade.

Sendo aliado político do Governador, o prefeito prometeu junto ao estado, a construção de 1.100 casas que seriam construídas em 2022, mas até o momento nem terreno nós temos ainda. Onde questionamos, onde estão as reais ações por parte do estado, para diminuir a dor do povo?  Isso sem falar que comparado ao município de Ilhéus, Itabuna foi praticamente desassistida pelo Governador.

Recentemente pudemos observar um verdadeiro engajamento da Prefeitura em construir a festa do São Pedro, com a missão de ser o maior da Bahia, e talvez tenham conseguido, o que eu gostaria muito de assistir, daqui pra frente, é o mesmo comprometimento, celeridade e engajamento por parte do Prefeito, nas demais questões do município, sobretudo no suporte às famílias ainda sem suas casas, móveis e sem as adequadas condições de vida.

Também desejo uma atenção especial na Educação, onde ainda temos escolas fechadas; na Saúde, onde ainda temos Postos de Saúde em condições ruins; nos Transportes, já que os veículos entregues não possuem a qualidade prometida; dentre outras áreas esquecidas ou pouco priorizadas desde o início de 2021.

É por tudo isso que, neste momento, afirmo a todos que não posso mais ir na contramão de tudo que vejo como certo para Itabuna e para as pessoas que nelas vivem. Não posso permitir, que as pessoas sigam decepcionadas comigo, achando que faço parte ativamente deste governo municipal.

É por tudo isso que, neste momento também afirmo que há um rompimento sim, mas este rompimento não é meu. É um rompimento do Prefeito para com o nosso Plano de Governo, um rompimento comigo e com as promessas de campanha. Um rompimento com as reais necessidades do Povo de Itabuna.

O que me resta é ganhar forças pelo povo que me elegeu como Vice-Prefeito eleito. Seguir honrando cada pessoa que acredita em meu trabalho, porém, com um novo dever: o de denunciar, cada vez mais, cada sinal de irregularidade, irresponsabilidade, incoerência de prioridade ou falta de transparência que venha a acontecer nesta gestão.

Sou Vice-prefeito pelo povo e pelo povo serei o maior dos vigilantes.

Peço a Deus que abençoe a nossa cidade e o nosso povo. Peço também que me dê forças nessa nova caminhada e que oriente o Prefeito para que ele consiga fazer o melhor, cumprindo tudo o que prometeu em nosso exemplar Plano de Governo, sendo de verdade, junto comigo, A MUDANÇA QUE O POVO QUER!

ENDERSON BRUNO DOS SANTOS (GUINHO)

VICE-PREFEITO

Notícias mais lidas

Outros assuntos