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Na noite de ontem, quarta (24), em um passe de mágica, no vapt-vupt, a Câmara dos Deputados, sob o comando de Arthur Lira, parlamentar do PP, legenda mais importante do chamado Centrão, aprovou a admissibilidade da proposta de ampliar a imunidade dos parlamentares.

Como se não bastasse o escancarado corporativismo, muito presente na Comissão de Ética da Casa Legislativa, querem agora proibir a prisão em flagrante em crime de corrupção. Que coisa, hein! Sem nenhuma dúvida, um escandaloso desrespeito ao “dura lex, sede lex”, que é assentado no preceito constitucional de que “todos são iguais perante a Lei”.

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC), de autoria do deputado Celso Sabino, do tucanato do Pará, obviamente do PSDB, além de contar com o apoio de mais de 180 colegas como coautores, teve sua admissibilidade aprovada por 304 parlamentares.

Outro ponto visado pela PEC é fortalecer o dispositivo de que o Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima do Poder Judiciário, só pode julgar processos contra parlamentares envolvendo crimes cometidos durante o exercício do cargo. Basta ser deputado para que os delitos do passado fiquem impunes, o que não deixa de ser uma afronta à Lei da Ficha Limpa, cada vez mais em desuso, esquecida, jogada na sarjeta.

Enquanto o país vive a agonia do dia a dia provocada pelo cruel e devastador novo coronavírus, que caminha a passos largos para ceifar 300 mil vidas humanas, ficam os senhores parlamentares preocupados em robustecer a imunidade parlamentar. Enquanto faltam vacinas em decorrência de uma imbecil disputa ideológica, os senhores “homens públicos” se reúnem para discutir a melhor maneira de ficar acima da Lei.

O título do comentário, “PRIMEIRO NÓS, DEPOIS ELES”, é o óbvio ululante: o nós são os senhores parlamentares. Os eles, os demais brasileiros, mais especificamente os que integram a parte de baixo da pirâmide social, com a quantidade de pobres e de gente passando fome aumentando assustadoramente.

Pelo andar da carruagem, do jeito que as coisas estão caminhando, com cada qual pensando em si, uma revolta social pode acontecer e ficar incontrolável.

Concluo dizendo que os senhores “homens públicos” precisam tomar juízo, pensar mais no coletivo do que em seus interesses e suas conveniências políticas e eleitorais, sob pena da paciência do povo se esgotar. 

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Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

Vereador Francisco Gomes (PSD); o 1º secretário, Israel Cardoso (PTC); ministro João Roma Neto o presidente da Câmara de Itabuna, Erasmo Ávila (PSD)

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Logo na véspera de tomar posse, em Brasília, o novo ministro da Cidadania, João Roma Neto, participou de jantar com três vereadores de Itabuna, entre outros representantes políticos dos municípios. Já nesse primeiro contato, o presidente da Câmara, Erasmo Ávila (PSD); o segundo vice-presidente, Francisco Gomes (PSD), e o primeiro secretário, Israel Cardoso (PTC), aproveitaram para entregar reivindicações.

O ministro, que toma posse nesta quarta-feira (24), recebeu uma pauta sobretudo em favor de mais investimentos na área social – ainda mais crucial neste momento de pandemia. De antemão, mostrou-se disponível para atender aos pedidos e/ou sugestões que forem encaminhadas à pasta.

“Ele foi muito solícito e se colocou à disposição para ajudar o município. Conversamos sobre a possibilidade de o Ministério enviar recursos para Itabuna. A conversa foi bastante produtiva”, avaliou o presidente da Casa.

MAIS ASSISTÊNCIA
Assistente social por formação, o vereador Israel Cardoso pontuou sobre demandas da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza. Entre elas, a necessidade de serem abertas mais unidades do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) na cidade. Hoje, são três; mas Itabuna tem extensão para sete.

“A implementação de mais CRAS é para assistir e levar os programas sociais ainda mais perto da população”, disse o edil, que reconhece no titular da pasta “uma importante liderança da política baiana, atuando na esfera federal para o desenvolvimento do país”.

Francisco Gomes, com trajetória como comerciário e também no movimento sindical, considerou positivo o resultado da conversa com o próximo representante da Cidadania. “Fomos bem recebidos, o ministro foi muito solícito aos nossos pedidos. Estamos esperançosos de que ele olhe de fato para nossa cidade e possa ajudá-la”, declarou, no mesmo tom otimista dos colegas.

A Republicana Tia Eron assume a vaga do deputado João Roma

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Com o licenciamento do deputado João Roma para assumir o Ministério da Cidadania, a suplente imediata é a ex-deputada Republicana Tia Eron.

Tia Eron foi também secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza na prefeitura de Salvador, durante a gestão do ex-prefeito ACM Neto.

 

Por indicação do Republicanos, o novo ministro toma posse em cerimônia no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, às 18h

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O republicano João Roma toma posse, nesta quarta-feira (24), como novo ministro da Cidadania. A cerimônia está marcada para às 18h, no segundo andar do Palácio do Planalto, em Brasília.

João Roma foi indicado pela bancada do Republicanos na Câmara dos Deputados. A nomeação já foi publicada na edição extra do Diário Oficial da União no último dia 12.

“A missão maior é não deixar ninguém para trás e garantir direitos e benefícios para aqueles que mais precisam. Agradeço ao presidente Jair Messias Bolsonaro pela confiança e ao meu partido, Republicanos, na pessoa do presidente Marcos Pereira, pelo total apoio e incentivo”, frisou Roma.

Na pasta, Roma será responsável pela gestão do Bolsa Família, programa de transferência direta de renda, direcionado às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o país, de modo que consigam superar a situação de vulnerabilidade e pobreza.

Deputado federal em seu primeiro mandato pelo estado da Bahia, João Inácio Roma Neto é Bacharel em Direito, possui vasta experiência na administração pública, é conhecido como um gestor do consenso e que prioriza sempre as boas relações no ambiente político.

Quem assume a vaga deixada pelo deputado é a republicana Tia Eron (BA), que reforça a bancada feminina do Republicanos na Câmara. Com isso, o partido contará com quatro deputadas federais – Aline Gurgel (AP), Rosangela Gomes (RJ) e Maria Rosas (SP).

Iniciativa dará maior controle e transparência, afirma o presidente da Câmara de Ilhéus, Jerbson Moraes (PSD)

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A Câmara de Ilhéus passou a dar eficiência e mais transparência ao processo de controle à solicitação, concessão e prestação de contas de passagens e diárias dos vereadores e servidores da Casa para prestação de serviços fora do município. O presidente Jerbson Moraes (PSD), assinou ontem, segunda-feira (22), uma Instrução Normativa que regulamenta o procedimento, uma ação inédita na Câmara. Um estudo feito pela Unidade de Controle Interno da Casa verificou que não existia esta regulamentação.

De acordo com a medida, estão sendo implantados mecanismos de controle mais eficazes acerca das comprovações, para além da implementação das boas práticas de governança na utilização de recursos públicos. A partir de agora as solicitações de diárias e passagens serão realizadas através de formulário próprio, com antecedência mínima de 10 (dez) dias para a data de início do deslocamento, resguardadas as situações excepcionais, devidamente justificadas. O número de diárias atribuído aos agentes públicos não poderá exceder a 30 (trinta) dias por ano.

Os atos de autorização do deslocamento deverão ser publicados no Diário Oficial Eletrônico durante a viagem ou até dois dias úteis após a data de retorno do agente. Quando o período de afastamento se estender até o exercício seguinte, a despesa recairá no exercício em que se iniciou, no caso de pagamento antecipado de diárias. A concessão de diárias, por mês e por agente público, está condicionada ao limite máximo de 50% (cinquenta por cento) de sua remuneração mensal.

“O que defendemos e estamos fazendo na prática é que a população saiba o que foi gasto e para que foi gasto o recurso da diária. Além de acabar com possíveis excessos, estamos dando transparência sobre o uso destes recursos”, afirmou Moraes.

Ainda de acordo com a medida, o agente público deverá prestar contas dos valores recebidos a título de diárias perante o Setor de Controle Interno, mediante a apresentação dos documentos exigidos, em até 10 (dez) dias após a data de retorno. A Controladoria deverá emitir manifestação quanto à regularidade ou não da prestação de contas quanto aos aspectos de legalidade, legitimidade e economicidade da despesa. Caso não ocorra a prestação de contas das diárias recebidas ou esta seja considerada irregular pelo Setor de Controle Interno, ficam os agentes públicos impedidos de realizar outras viagens, até que reste sanada a pendência.

Os agentes públicos que receberem diárias e não se afastarem por qualquer motivo, retornarem antes do prazo previsto ou ainda não apresentarem comprovação da viagem no prazo estabelecido, ficam obrigados a restituí-las integralmente ou o seu excesso. A Controladoria comunicará o fato à Presidência para que determine o desconto do valor percebido irregularmente em folha de pagamento do mês subsequente, observados os limites legais.

O parlamentar defende que a proposta pode ajudar a combater a desigualdade e promover o desenvolvimento econômico e social nas regiões periféricas

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O deputado federal Igor Kannário (DEM) apresentou uma indicação ao Ministério da Economia sugerindo a criação de um programa de créditos a residentes e empreendedores atuantes em favelas e periferias com baixa renda. O parlamentar defende que a proposta pode ajudar a combater a desigualdade e promover o desenvolvimento econômico e social nas regiões periféricas.

“Existem muitos empreendedores nas favelas, com ideias e capacidade de gerar renda familiar suficiente para romper a necessidade de programas de complementação de renda pelo Estado. Mais injusta do que a desigualdade social em si é a desigualdade de oportunidades. Acreditamos que o microcrédito é a arma mais poderosa para a transformação social da periferia, com uma inegável vantagem: baixíssimo custo”, defendeu o deputado.

Kannário argumentou que o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado fornece “volume financeiro muito baixo” em comparação com outras opções de empréstimo, ou fazem demasiadas exigências burocráticas, ou desconhecem o nível de risco dos potenciais clientes.

“Acreditamos que as condições singulares da periferia demandem soluções próprias para a efetivação do microcrédito, tais como a existência de um operador de crédito que conheça a realidade local para fazer a mediação entre a comunidade e o sistema financeiro, a constituição de um fundo garantidor e a interveniência da própria comunidade para a avaliação do risco de cada solicitante de recursos”, afirmou.

Presidente da Câmara de Ilhéus, Jerbson Moraes (PSD)

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O presidente da Câmara Municipal de Ilhéus, advogado Jerbson Moraes (PSD), assinou portaria, hoje (22), determinando a imediata suspensão de todas as atividades do Poder Legislativo, pelo período de 22 a 26 de fevereiro, com possibilidade de prorrogação, caso necessário. Com a medida, além do atendimento ao público, estão suspensas as sessões das próximas terça e quarta-feiras no plenário Gilberto Fialho.

A Câmara decidiu unir-se às recentes medidas de segurança e proteção ao cidadão, anunciadas pelo município e pelo estado, que ampliaram o período de Toque de Recolher em Ilhéus. Outra justificativa dada pelo presidente é a falta de leitos de UTI para atendimento à população, no momento em que cresce o número de pessoas atingidas pela pandemia.

De acordo com a portaria, em caso de urgência ou relevante interesse público, o presidente convocará Sessão Extraordinária para apreciação e deliberação de matérias de relevância social.

Átila do Congo (Patriotas) assumiu a cadeira hoje (22)

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Foi empossado hoje (22), na cadeira Legislativa de Salvador, o 1º suplente a vereador do Patriota, Átila do Congo (Patriotas).

Ele foi convocado pelo presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Jr. (MDB), para assumir a vaga deixada por Daniel Rios (Patriotas), que morreu na última segunda-feira (15), vítima de câncer no pâncreas.

Vereador Daniel Rios morre aos 46 anos em Salvador

Átila é presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativos do Estado da Bahia (Simactter-BA) e foi empossado em evento da CMS. A informação consta na edição do Diário Oficial da Casa.

Votação ficou em 364 a 130 pela manutenção da decisão do STF // Michel Jesus/Câmara dos Deputados

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A Câmara dos Deputados manteve, por 364 votos a favor, 130 contra e 3 abstenções, a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). O parlamentar está preso desde terça-feira (16) após divulgar um vídeo com discurso de ódio e ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a Constituição Federal, deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por opiniões, palavras e votos e não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nestas situações, os autos são remetidos à Câmara ou ao Senado para que a maioria absoluta da Casa (no caso 257 deputados) decida, em voto aberto, sobre a prisão.

Daniel Silveira foi preso no inquérito aberto em 2019 para apurar ameaças contra os ministros do STF após ter divulgado um vídeo em que, segundo decisão do ministro Alexandre de Moraes, “ataca frontalmente” os ministros da Corte.

“As manifestações do parlamentar Daniel Silveira, por meio das redes sociais, revelam-se gravíssimas, pois, não só atingem a honorabilidade e constituem ameaça ilegal à segurança dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como se revestem de claro intuito visando a impedir o exercício da judicatura, notadamente a independência do Poder Judiciário e a manutenção do Estado Democrático de Direito”, escreveu Moraes em sua decisão.

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A imprescindível liberdade de expressão, sem a qual nenhum país do mundo pode se dizer democrático, não pode servir como argumento para justificar ataques a outros direitos que merecem proteção.

Não à toa, com o intuito de inibir esses abusos, que a Lei Maior, no artigo 5, enumera os limites à liberdade de expressão, como, por exemplo, a inviolabilidade da honra das pessoas. E ainda assegura “o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.

A Carta Magna é para todos, seja um cidadão comum ou um detentor de mandato eletivo. Em nome dessa liberdade de expressão não se pode fazer o que quer, se achando acima do ordenamento jurídico. Dura lex, sed lex, independente de ser um engraxate ou um grande empresário do ramo de calçados.

Portanto, liberdade de expressão, sim. Mas sem ultrapassar os limites impostos pela Constituição, que devem ser respeitados por todos os segmentos ideológicos: esquerda, direita, centro e suas variantes.

Sobre o imbróglio envolvendo o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima do Poder Judiciário, o jornalista Josias de Souza, colunista da Uol Notícias, tem toda razão quando diz que o parlamentar “deve estar próximo de se dar conta que inventou uma nova modalidade de autoeliminação : o burricídio”..

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Marco Wense
Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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