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Vou fazer de tudo para não me alongar no comentário de hoje, mesmo correndo o risco de deixar de fora algumas informações necessárias para que o caro e atento leitor possa compreender melhor a minha posição em relação à instância máxima do Poder Judiciário.

De pronto, quero dizer que sempre uso o título acima toda vez que escrevo sobre o Supremo Tribunal Federal. Com efeito, era o assunto que mais me chamava atenção quando estudante de direito na então Fespi, hoje Universidade Estadual de Santa Cruz, a nossa UESC.

Como presidente do Diretório Acadêmico do curso de Direito, eleito pelos estudantes, em uma disputa acirrada com o candidato do PCdoB, fizemos um seminário jurídico em parceria com a OAB de Itabuna, na época presidida por Gabriel Nunes.

Foi nesse evento, que lotou o auditório do então CNPC, com vários ilustres palestrantes do mundo jurídico, entre eles Carlos Velloso, então ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o também ministro Bulgarin, do Tribunal de Contas da União (TCU), e os tributaristas Edvaldo Brito e Carlos Válder, que questionei Carlos Velloso sobre o artigo 101 da Constituição, mais especificamente no tocante ao parágrafo único.

Diz o parágrafo único : “Os ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal”. Perguntei ao eminente ministro, que um tempo depois virou presidente da Alta Corte, se ele não tinha alguma crítica ao critério de nomeação para o STF. Senti que ficou surpreso com minha indagação. Mas defendeu o parágrafo único do artigo 101.

Para o ministro, o fato da aprovação para o STF ter o aval da maioria absoluta dos senadores já era suficiente para garantir a imparcialidade do indicado diante de eventuais interesses do governo federal e do presidente da República de plantão.

Ora, qualquer chefe do Palácio do Planalto, politicamente bem articulado, consegue facilmente o apoio da maioria dos senadores, mesmo que o indicado não tenha os requisitos constitucionais do notável saber jurídico e reputação ilibada.

Esse critério de nomeação para o STF precisa ser modificado, sob pena do Tribunal perder definitivamente a credibilidade. A honrosa instituição, se nada for feito, vai ter que conviver com a acusação de que a Corte tem um forte viés político.

Ora, toda vez que um processo cai nas mãos de um determinado ministro, a primeira pergunta é qual foi o presidente da República que o nomeou, como se o julgador não tivesse nenhuma condição de imparcialidade porque deve “favor” a quem o indicou.

O STF é uma honrada e imprescindível instituição. E para se tornar insuspeita precisa ser independente, colocar um ponto final nessa descabida ingerência do Executivo sobre o Tribunal.

Portanto, para o bem do Estado democrático de direito, que se mude, urgentemente, esse critério para a indicação e aprovação dos ministros da Alta Corte.

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Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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“Os inúmeros idiotas que circulam sem máscara na Beira-Rio e no centro de Itabuna agora vão dar de cara com a Blitz das Máscaras, da Prefeitura de Itabuna. Ela vai fiscalizar quem anda ou corre sem máscara. Correm assim “para ficar saudável” – até o vírus pegar”. (Jornal A Região, 20 de fevereiro de 2021).

O Bloco dos Sem Máscara também pode ser chamado de Bloco dos Imbecis. É lamentável que ainda tenha muita gente acreditando que a covid-19 é uma “gripezinha”. Itabuna acaba de bater o recorde de óbitos por covid-19 em 24 horas. Foram oito vidas levadas pelo cruel e devastador novo coronavírus. E os idiotas, os que teimam em não usar máscara, continuam circulando nas ruas.

Os incautos estão sendo os responsáveis pela cada vez mais preocupante crise sanitária e humana provocada pela “gripezinha”. Já estamos vivendo um colapso no sistema de saúde. E, infelizmente, sem nenhuma perspectiva de curto prazo para uma melhora.

A site do Uol Notícias traz uma matéria com a seguinte manchete: “Covid-19: Bahia tem recorde de internações e vê esgotamento da rede privada”.

A tristeza é dupla. Uma causada pelo impiedoso e democrático vírus. Antes que alguém interprete o “democrático” levando no deboche, é porque a doença atinge a todos, independente da posição que ocupa na pirâmide social. A outra tristeza diz respeito aos que não usam máscara e desdenham do distanciamento social. E tem até – pasmem! – os que acham a imprescindível higienização das mãos uma “babaquice”.

E aqui, em nome da responsabilidade e do respeito ao próximo, faço um apelo: usem a máscara e mantenha o distanciamento social.

Os religiosos, diante de um governo federal sem um plano consistente de vacinação, alimenta a esperança com um “só Deus na causa”.

Presidente Bolsonaro

Ficam dizendo que estou “pegando no pé” do presidente Bolsonaro.

Como ficar sem dizer nada diante da abertura de um edital para comprar hidroxicloroquina enquanto faltam vacinas em quase todos os Estados? Seis unidades federativas já estão sem doses para concluir a primeira etapa da vacinação. Em outros Estados o estoque terminou, domingo (21).

Pois é. Agora fica o Ministério da Saúde querendo agradar o chefe do Palácio do Planalto com edital para adquirir um medicamento que não tem comprovação científica.

Tenha santa paciência!

Deputado bolsonarista continua preso

O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) continua preso. O parlamentar passou dos limites ao divulgar um vídeo com duros ataques aos ministros da instância máxima do Poder Judiciário, o STF.

Não fiquei surpreso com as 96 punições que o bolsonarista sofreu da Polícia Militar quando atuou na instituição: 26 dias preso, 54 dias em detenção, 14 repreensões e duas advertências. O que me chamou mais atenção foi o tratamento diferenciado dado por alguns setores da imprensa.

Quando uma pessoa comum, que a sabedoria popular costuma usar a expressão “pessoa do povo”, comete um delito, é logo chamado de ladrão.

Quando um simples funcionário público pratica o mesmo ato ilícito dos senhores parlamentares, é logo taxado de corrupto.

A palavra usada nos meios de comunicação é corrupção. Mas quando são eles, detentores de mandato público, a investigação não é para apurar a corrupção. Se investiga o acusado por um suposto “uso indevido do dinheiro público”. Fica menos escandaloso.

O “dura lex, sede lex”, que é assentado no preceito constitucional de que “todos são iguais perante a Lei”, só é direcionado para as “pessoas do povo”.

O andar da carruagem

A babaquice continua a todo vapor. Pelo andar da carruagem, com tantos incautos e incultos, de um lado (governismo) como do outro (oposicionismo), vai permanecer por muito tempo.

É impressionante. E o pior é que a ignorância e as asneiras vão ficando cada vez mais intensas, provocando assim o afastamento de pessoas inteligentes do debate político. Me refiro a quem critica e elogia o governo Bolsonaro. Críticas e elogios que merecem atenção porque são assentados em fatos.

A idiotice é rotular de “comunista” quem aponta os erros da gestão bolsonariana e de “direitona fascista” quem fala dos acertos.

Já disse aqui que o extremismo, independente do campo ideológico, é horrível, que os radicais são como farinhas do mesmo saco ou bananas do mesmo cacho.

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Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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Diariamente tenho feito um esforço tremendo para tentar achar alguma coisa boa nesse governo. Tenho buscado por todos os lados e nada vejo de positivo que possa enxergar algo de bom para o Brasil. Percebo que a cada ‘ação desastrosa’ dessa gestão o presidente ou algum ministro soltam uma ‘pérola’ na mídia para tirar o foco.

Em caráter emergencial foi liberado recurso para o Ministério da Saúde combater a Pandemia, mas até agora esse governo gastou menos de 10% e tem comprado vacinas em pequenos lotes, mas comprou milhões de comprimidos de Cloroquina, o que lhe rendeu o apelido de ‘Capitão Cloroquina’. Por outro lado, ele assinou novos decretos aumentando o limite de armas por pessoa. Existem casos em que a pessoa vai poder comprar de 30 a 60 armas. O cara literalmente surtou! O brasileiro não tá conseguindo comprar carne pra botar na mesa e ele facilita a compra de armas! As milícias e o crime organizado agradecem. O povo quer vacina, senhor presidente!

Mas vamos continuar tentando achar algo positivo nesse governo. Sou um cara que gosta do meio ambiente, e defendo a preservação da fauna e flora, daí esse governo vem e libera 967 pesticidas (agrotóxicos) entre 2019 e 2020. Só no ano passado foram 493. O mundo inteiro condena o uso e ele simplesmente libera. Dá pra entender?

Ainda na questão ambiental, o ‘Capitão Cloroquina’ desaparelhou o Ibama com a desculpa que o órgão era uma fábrica de multas. O resultado foi um aumento significativo de queimadas e desmatamento por todo o Brasil. Criou e aprovou ano passado o Marco Legal do Saneamento Básico. Para não me aprofundar muito (pois já fiz um artigo sobre esse assunto há alguns meses) a ideia central do Marco é privatizar a coleta de lixo e os aterros sanitários, varrição de ruas, limpeza de bueiros, rede de esgoto, e o pior, vender a nossa água! Isso mesmo, esse Marco autoriza estados e municípios a venderem suas empresas ou autarquias de fornecimento de água. Querem privatizar a nossa água, nosso bem comum, com a desculpa de aumento de empregos. “Pode isso, Arnaldo?”

Com relação às nossas estatais, o ministro da Economia Paulo Guedes não esconde de ninguém que pretende vender o Banco do Brasil – já começou o processo de fechamento de mais de 360 agência e demissões voluntárias –, além Caixa Econômica Federal; a Petrobras já começou o processo de venda, com algumas plataformas, e de acordo com o site Correio24horas.com o governo federal vendeu a refinaria Landulpho Alves (na Bahia) pela bagatela de US$ 1,65 bilhão (R$ 8,86 bilhões na cotação atual), segundo especialistas, metade do seu valor de mercado. Essa foi a primeira, outras serão vendidas. Não podemos esquecer ainda dos Correios e da Eletrobras. Nenhum país sério e de primeiro mundo privatiza ou vende suas riquezas. Nem vou falar da Ford, que acabou de sair do Brasil depois de 100 anos.

Vamos falar um pouco do trabalhador brasileiro. O ‘Capitão Cloroquina’ acabou com o Ministério do Trabalho e fez uma reforma trabalhista que faz com que o indivíduo tenha que trabalhar 40 anos para descansar, passe a negociar os seus direitos diretamente com o patrão, trabalhe em regime de experiência por 180 dias (antes era 45 dias) e morra sem se aposentar, além de desvalorizar nosso salário, que um dia já bateu a casa dos 400 dólares e hoje está custando 192 dólares. Poderia fazer um artigo sobre o aumento da cesta básica nos últimos 14 meses, mas acho desnecessário. O povo tá vendo e sentindo no bolso!

Na política eu lembro de uma frase dele que dizia o seguinte: “Foro Privilegiado é para político vagabundo”. O filho hoje usa o Foro para fugir da justiça (lembra das rachadinhas?). Esse mesmo presidente ‘detonava’ com o Centrão e se elegeu prometendo uma nova política, sem conchavos e benefícios para a classe. Em pouco mais de um ano, para eleger o novo presidente da Câmara dos Deputados, o ‘Capitão Cloroquina’ negou o seu discurso e gastou mais de 3 bilhões e alguns Ministérios, barganhando a presidência da Casa para um aliado dele. Dá pra acreditar em algo dito por esse ‘Capitão’?

Falar desse desgoverno requer tempo (muito tempo!) e estômago de avestruz para engolir tanta coisa errada. Vou continuar torcendo para que aconteça algo legal até o fim dessa gestão, afinal esse ‘despirocado’ pode a qualquer momento encarnar a ‘Ruth Boa’ (Mulheres de Areia) e começar a fazer a coisa certa. É difícil, mas a esperança é a última que morre. Pra começar, que tal trocar o foco das armas por mais vacina?
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Arnold Coelho
Mantendo a esperança

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A imprescindível liberdade de expressão, sem a qual nenhum país do mundo pode se dizer democrático, não pode servir como argumento para justificar ataques a outros direitos que merecem proteção.

Não à toa, com o intuito de inibir esses abusos, que a Lei Maior, no artigo 5, enumera os limites à liberdade de expressão, como, por exemplo, a inviolabilidade da honra das pessoas. E ainda assegura “o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.

A Carta Magna é para todos, seja um cidadão comum ou um detentor de mandato eletivo. Em nome dessa liberdade de expressão não se pode fazer o que quer, se achando acima do ordenamento jurídico. Dura lex, sed lex, independente de ser um engraxate ou um grande empresário do ramo de calçados.

Portanto, liberdade de expressão, sim. Mas sem ultrapassar os limites impostos pela Constituição, que devem ser respeitados por todos os segmentos ideológicos: esquerda, direita, centro e suas variantes.

Sobre o imbróglio envolvendo o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima do Poder Judiciário, o jornalista Josias de Souza, colunista da Uol Notícias, tem toda razão quando diz que o parlamentar “deve estar próximo de se dar conta que inventou uma nova modalidade de autoeliminação : o burricídio”..

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Marco Wense
Analista Político

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GESTÃO DO PREFEITO AUGUSTO CASTRO (PSD)
Seria bom se o governo Augusto Castro (PSD) começasse a pensar de como irá se posicionar diante de uma iminente piora da pandemia do novo coronavírus.

Quais as providências que o prefeito de Itabuna irá tomar em caso de um cada vez mais perto colapso no sistema de saúde, com as pessoas sendo “internadas” em sua própria casa.
Pelo andar da carruagem, com muita gente ainda na imbecilidade, sem usar máscara e sendo arredio ao distanciamento social, sem dúvida duas imprescindíveis precauções para não ser infectado pelo cruel vírus, a situação caminha para o caos.

Tenho certeza que o chefe do Executivo não vai passear de jet ski enquanto as pessoas morrem.

GASOLINA EM “ALTA”
Quarto aumento do preço da gasolina e a terceira alta do diesel em 2021.

O que chama mais atenção não é a falta de medidas eficazes para conter esses aumentos, já que o governo Bolsonaro anda perdido, sem saber o que fazer para controlar os preços dos combustíveis.

Portanto, não é nenhuma novidade se o litro da gasolina chegar a R$ 8 ainda no primeiro semestre. O que me deixa curioso, e até certo ponto sobressaltado, é o silêncio dos caminhoneiros diante desses aumentos.

A conversa do presidente Bolsonaro, que a sabedoria popular costuma dizer que é “conversa pra boi dormir”, está surtindo efeito.

BICHO PEGA OU BICHO COME?
O presidente Jair Messias Bolsonaro vive o dilema do “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.

Refiro a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Corte Máxima do Poder Judiciário. O chefe do Executivo tem recebido uma enxurrada de pressão e emocionados apelos dos bolsominions extremistas para que defenda publicamente o parlamentar.

Os bolsonaristas mais lúcidos são da opinião de que o “mito” não deve entrar nesse imbróglio. A maioria esmagadora do Centrão defende o silêncio de Bolsonaro, que ele lave às mãos e deixe o correligionário se virar sozinho.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), uma espécie de porta-voz do toma-lá-dá-cá, dar sinais de que vai deixar o deputado a ver navios. O motivo do comandante-mor da Casa Legislativa virar as costas para o colega e ficar do lado do STF, até as freiras do convento das Carmelitas sabem.

O senhor Arthur Lira tem vários processos que vão, mais cedo ou mais tarde, ser julgados pelo Tribunal.

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Marco Wense
Analista Político

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Cães apresentam, com maior frequência, o processo de degeneração ou envelhecimento das válvulas cardíacas, chamado de endocardiose ou doença valvular crônica. Geralmente, as raças de pequeno porte (poodle, pinscher, yorkshire, etc), com idade acima de 6 anos, são as mais acometidas por esta lesão. Outra doença cardíaca que pode afetar os cães é a cardiomiopatia dilatada, sendo mais frequente em cães de grande porte (dobermann, boxer, labrador, dogue alemão etc).

Os gatos podem desenvolver doenças de evolução silenciosa, como a cardiomiopatia hipertrófica, manifestando-se somente quando já se encontra na sua forma mais grave.

Animais que costumam frequentar regiões de praia podem contrair a dirofilariose, que é causada por um verme, transmitido pela picada de mosquito que vive em regiões litorâneas, que se instala na artéria pulmonar e geralmente atinge o lado direito do coração.

Doenças respiratórias crônicas (bronquite, estenose ou colapso de traquéia, por exemplo) também podem ocasionar doenças cardíacas, pois sobrecarregam o coração, principalmente o lado direito.

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Dra. Hannah Thame
Médica Veterinária e Mestre em Ciência Animal com ênfase em Sanidade Animal pela Universidade Estadual de Santa Cruz e diretora do Centro de Especialidades Veterinárias em Vitória da Conquista

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A conversa entre o PDT e ACM Neto deve continuar? A resposta tem que ser dada pelo deputado federal Félix Mendonça Júnior, presidente estadual do partido, depois de ouvir a Executiva nacional, sob a batuta de Carlos Lupi.

A legenda se aproximou do ex-alcaide de Salvador na sucessão soteropolitana. Leo Prates e Ana Paula Matos, respectivamente secretário de Saúde e a vice do prefeito Bruno Reis (DEM), são filiados ao PDT. Os dois participaram do então governo de ACM Neto.

O namoro entre o PDT e o DEM de ACM Neto, que preside nacionalmente a legenda, foi marcado por duas claras intenções. Pela parte de Neto, tirar a sigla da base aliada do governador Rui Costa (PT). Pelo PDT, a importância de um palanque na Bahia para Ciro Gomes.

Discordo dos que acham que o imbróglio envolvendo o processo sucessório da Câmara dos Deputados, com a atuação de Neto a favor de Arthur Lira (PP-AL), candidato do presidente Bolsonaro, significou um ponto final na conversa entre o PDT e o ex-chefe do Palácio Thomé de Sousa.

Por mais estranho que possa parecer, toda confusão pode provocar um novo diálogo sobre o pleito de 2022. O silêncio da cúpula nacional do PDT diante da posição de Neto na eleição do Parlamento Federal é um sinal de que pode haver um recomeço.

Esse colóquio entre o PDT e Neto divide a militância da legenda. Para os que discordam, a opinião é de que o ex-alcaide não é confiável. Para a outra metade, o partido não pode abrir mão de um ponto de apoio para o presidenciável Ciro Gomes na Boa Terra.

A recente declaração de ACM Neto de que “se manter distante do governo federal é o caminho certo”, oxigenou a ala da legenda defensora de um acordo com o ex-prefeito: o PDT apoiando a candidatura de Neto ao Palácio de Ondina e o DEM fazendo o mesmo com Ciro Gomes na disputa presidencial.

Não sei o que passa pela cabeça de Carlos Lupi e, muito menos, pela de Félix Júnior. É um assunto que merece muita reflexão. O PDT não pode mais errar.

Uma coisa é certa: mais cedo ou mais tarde, o PDT vai ter que tomar uma posição em relação à sucessão do governador Rui Costa. A dubiedade, a incerteza e o vai-não-vai são ingredientes que podem provocar desânimo na militância, que merece todo respeito do mundo. Sem ela, adeus PDT.

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Marco Wense
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Confesso que não achei um título que encaixasse perfeitamente no comentário de hoje envolvendo o presidente Jair Messias Bolsonaro e ACM Neto, ex-prefeito de Salvador.

Mesmo não ficando satisfeito, o intitulei de “Coisas da Política”. São dois assuntos. O primeiro diz respeito ao comportamento do chefe do Palácio do Planalto na pandemia do novo coronavírus. O segundo trata da indecisão do ex-gestor soteropolitano, que é o comandante-mor do DEM nacional, em relação a seu futuro político.

Começando pelo pré-candidato a governador da Bahia, volto a repetir que o democrata precisa de uma bússola para orientar seu rumo político: o que quer, o que pretende fazer, com que forças e grupos políticos pretende se juntar, enfim, buscar um caminho. Disse ontem que esse vai e vem de Neto, essa sua indefinição diante do cenário político, pode prejudicar sua pretensão de ser o morador mais ilustre do Palácio de Ondina, que seu “hibridismo político” vai terminar fazendo com que perca o favoritismo na sucessão estadual decorrente de uma natural fadiga do eleitorado com o petismo, que com o fim do mandato de Rui Costa completará 16 anos de poder na Boa Terra.

ACM Neto tem que tomar uma decisão sobre sua posição diante do governo Bolsonaro. Ficar nessa de cativar os dois lados – bolsonarismo e oposição – é desaconselhável. Vai terminar desagradando a gregos e troianos. Vale lembrar que muitos bolsominions, principalmente os radicais, já chamam Neto de “comunista”.

No outro dia, que é hoje, sexta (12), me deparo com a seguinte declaração do ex-alcaide: “Não teria nenhuma dificuldade de estar ao lado do PSB, PCdoB e PT”. Fica parecendo que Neto está ameaçando debandar para o outro lado para ser melhor tratado pelo presidente Bolsonaro. Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que o tiro termina saindo pela culatra quando se agrada, simultaneamente, dois diferentes campos ideológicos.

A conclusão sobre ACM Neto é que precisa conversar com seus próprios botões sobre essa insegurança, esse vai-não-vai, sob pena de ficar desacreditado pelos dois lados e, como consequência, o sonho de ser governador virar um pesadelo. Essa sua dubiedade já provoca uma queda nas intenções de voto.

E o presidente Jair Messias Bolsonaro? Continua o mesmo. Quem apostou que mudaria com o aumento do número de óbitos em decorrência da pandemia do cruel e devastador novo coronavírus se deu mal, perdeu dindin. É incrível como o chefe de uma Nação teima em dar declarações desastrosas diante de tantas perdas de vidas humanas.

Tivemos ontem o maior índice de mortes registrado em 24 horas neste ano de 2021. Cerca de 1452 pessoas deram adeus ao planeta terra, totalizando quase 237 mil óbitos pela covid 19.

O presidente Jair Messias Bolsonaro em vez de emitir uma nota ou dar uma declaração para confortar as famílias que tiveram seus entes queridos levados pelo perverso vírus, lança mão de mais uma frieza: “Não adianta ficar em casa chorando, não vai chegar a lugar nenhum”. Para Bolsonaro, morreu, morreu, esqueça os mortos, eles não levantam mais.

Portanto, na Coluna Wense de hoje, um erro político que pode custar muito caro e uma imperdoável insensibilidade com a vida do ser humano.

PS – O dilema de ACM Neto tende a crescer quando as pesquisas apontarem que a rejeição do presidente Bolsonaro segue crescendo no eleitorado baiano.

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Marco Wense
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O ex-alcaide de Salvador, ACM Neto, presidente nacional do Partido do Democratas (DEM), vai ter que tomar uma decisão sobre seu futuro político: o que quer, o que pretende fazer, com que forças e grupos políticos pretende se juntar, enfim, buscar um caminho.
Esse vai-não-vai em torno do bolsonarismo pode prejudicar sua legítima pretensão de comandar o cobiçado Palácio de Ondina.

O ex-gestor soteropolitano não vai conseguir levar seu, digamos, hibridismo político por muito tempo.

O dilema de se aproximar mais ainda do presidente Bolsonaro ou não, mantendo só o diálogo institucional, é cada vez mais angustiante.

E o motivo principal dessa dúvida é o forte antibolsonarismo apontado nas pesquisas, cada vez mais intenso no eleitorado baiano.

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Marco Wense
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O ex-alcaide de Salvador, ACM Neto, presidente nacional do DEM, resolveu só pensar nele. Com um piscar de olhos, sem se preocupar com os que estão ao seu redor, virou adepto fervoroso do primeiro eu, depois também eu. É o ACM Neto, digamos, “murici”, defensor de que cada um cuide de si e os outros que se danem.

ACM Neto deixou, pelo menos de fato, nas suas atitudes, de ser o representante dos democratas para defender seus próprios interesses políticos, sempre de olho no que é melhor para ele em detrimento de outras lideranças da sigla que já procuram outro abrigo partidário.

Está ficando politicamente isolado não só em termos de companhia física como em relação aos partidos. Cito o MDB e PSDB como exemplos de que ACM Neto vai caminhando para ficar sozinho.

A Executiva nacional do emedebismo, presidida por Baleia Rossi, que foi derrotado na eleição da Câmara dos Deputados, não anda nada satisfeita com o ex-gestor soteropolitano, que trabalhou intensamente pela vitória de Arthur Lira (PP), o candidato do presidente Jair Messias Bolsonaro. Esse apoio não explícito, mas bem escancarado nos bastidores, levou Rodrigo Maia, amigo de mais de 20 anos, chamar Neto de “traidor”, que faltou “caráter” ao agora ex-correligionário. “Mesmo a gente tendo feito o movimento que interessava ao candidato dele no Senado, ele entregou a nossa cabeça numa bandeja ao Palácio do Planalto”, desabafou Maia.

Como não bastasse o MDB, com toda razão tiririca da vida com ACM Neto, tem o PSDB do ex-presidente FHC e de João Doria, governador de São Paulo. O tucanato já mandou avisar que não quer conversa com Bolsonaro, dando assim um recado bem direto para o netismo.

Como não tem mais diálogo com o comando nacional do MDB, legenda importante em qualquer sucessão estadual, ACM Neto tenta amenizar na planície, na Boa Terra, longe de Brasília, o imbróglio que ele mesmo criou. Seu último encontro foi com o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, que mesmo com tantos problemas na Justiça, continua tendo forte influência no emedebismo baiano.

A sabedoria popular costuma dizer que a esperteza, quando é demais, costuma engolir o esperto. ACM Neto quer ser bolsonarista nos bastidores e, de público, ficar dizendo que não tem nenhum compromisso com o presidente Bolsonaro. Ora, até as freiras do convento das Carmelitas sabem que o plano B de ACM Neto é ser vice de Bolsonaro no pleito de 2022. Para que isso ocorra, só precisa que as pesquisas de intenções de voto apontem que o segundo mandato consecutivo do chefe do Executivo, via instituto da reeleição, tem boas chances.

Venho dizendo que ACM Neto só vai disputar o governo da Bahia se houver uma cisão na base aliada do governador Rui Costa (PT), um racha que venha provocar uma mudança significativa no cenário eleitoral. Se PT, PSD e PP se entenderem em torno da composição da chapa majoritária, ACM Neto desiste da candidatura. Vale lembrar que essa união na base aliada, com um por todos, todos por um, depende do senador Jaques Wagner, que terá que abrir mão da sua pretensão de governar a Bahia pela terceira vez. Uma chapa encabeçada por Otto Alencar (PSD), Rui Costa senador (PT) e o vice-governador sendo indicado por João Leão, que passaria a ser o governador da Bahia, é tida como imbatível.

O problema da desistência de Wagner não é ele, que pode muito bem continuar por mais um bom tempo como senador. A exigência, seguida por uma contínua pressão, vem do ex-presidente Lula, que parece não perdoar e nem esquecer a então declaração de Rui Costa. Assim que o líder-mor do lulopetismo deixou a cadeia, o chefe do Palácio de Ondina disse que as conversas com outros partidos não poderiam ficar condicionadas à defesa do “Lula Livre”, o que deixou Lula irritado.

Concluo dizendo que ACM Neto, que tinha tudo para ter um futuro político sem nevoeiro pela frente, assentado nos dois bons governos na prefeitura de Salvador, considerado como um dos melhores gestores do país, pegou o caminho errado.

Resta a ACM Neto torcer para que PT, PSD e PP não se entendam na formação da majoritária e, quem sabe, pegar a “sobra” do desentendimento. Do contrário, vai correr para ser o vice de Bolsonaro, obviamente com a ajuda dos dois presidentes do Congresso Nacional, Arthur Lira (PP) na Câmara dos Deputados e Rodrigo Pacheco (DEM) no Senado da República.

PS (1) – A desistência de ACM Neto em concorrer ao governo da Bahia, como aconteceu na sucessão de 2018, vai provocar uma revolta incontrolável no netismo, principalmente em quem pretende disputar uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado e na Câmara dos Deputados, mais especificamente nos candidatos à reeleição. Vale lembrar que no pleito passado vários deputados não conseguiram se reeleger em decorrência do recuo de ACM Neto, que acionou José Ronaldo (DEM), ex-prefeito de Feira de Santana, como seu substituto no processo sucessório. Cito como exemplo, bem simbólico, a não-reeleição do ex-tucano Augusto Castro para o Parlamento estadual. Castro, hoje prefeito de Itabuna, assim que terminou o pleito se filiou ao PSD do senador Otto Alencar, presidente estadual da sigla. Pré-candidatos a deputado estadual e federal pretendem ter uma conversa definitiva com o ex-alcaide de Salvador sobre à sucessão de Rui Costa. Caso percebam que o Neto está na dúvida em relação à disputa pelo comando do Palácio de Ondina, alguns deles podem ir para a base aliada do governador Rui Costa. Volto a repetir que se ACM Neto não fizer uma reflexão sobre seu futuro político, corre o risco de ficar a ver navios.

PS (2) – Se ACM Neto for o vice de Bolsonaro, que é o mais ilustre representante do MSP (Movimento dos Sem Partidos), deixa de ser “comunista”. Quem sabe até passe a ser chamado pelo bolsonarismo de raiz de “suplente de mito”.

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Marco Wense
Analista Político

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