O pastor Elias Fernandes, presidente do partido Agir em Itabuna, desistiu de ocupar a superintendência da Arsepi (Agência de Regulação, Controle e Fiscalização dos Serviços Públicos de Itabuna) após um desentendimento com o prefeito Augusto Castro (PSD). O cargo estava vago após a exoneração de Humberto Mattos (PSD) para concorrer à prefeitura de Itapé.
Anteriormente, o pastor Elias havia anunciado a pré-candidatura a prefeito, no entanto, firmou uma parceria com o poder público municipal para apoiar a tentativa de reeleição de Augusto. A condição era que ambos se ajudassem nas eleições municipais, mas, segundo o pastor, essa caminhada durou muito pouco por causa de uma proposta feita pelo gestor no último final de semana.
Este Pauta Blog conversou com o pastor Elias na tarde de hoje (8.abril) e ele confessou que pediu para que a nomeação fosse suspensa: 📌 “Eu pedi o meu afastamento do cargo na ARSEPI sem nem assumir, na verdade. Era pra assumir hoje, mas, no sábado, eu pedi a revogação do decreto da nomeação. Eu retomei a minha pré-candidatura [a prefeito]. Não fui para outro lado porque eu entendo que a inteligência emocional me garante que eu não devo, em momento de chateação, tomar qualquer posição. Eu me calei e estou analisando para tomar outra decisão futuramente”.
Questionado por este Pauta Blog sobre o motivo de ter desistido de compor a base do prefeito, o pastor Elias desabafou: 📌 “O prefeito Augusto me propôs que eu passasse os candidatos do Agir para o Major Fábio [Podemos]. Isso quer dizer implodir o Agir! Eu disse que isso não seria possível porque eu venho fazendo dois candidatos e não iria fazer isso com o meu partido. Ele me propôs algumas vantagens para que isso acontecesse e eu disse a ele que isso não seria possível porque eu não sou uma mercadoria e tenho dignidade. Não faria isso por nenhuma vantagem!”.
Em tom de decepção, o pastor admitiu que pretende continuar trabalhando para obter sucesso nas eleições de outubro, independentemente de estar na base municipal: 📌 “Eles esvaziaram o meu partido. Eu confiei e eles fizeram isso! Agora, estamos com 12 candidatos homens e quatro mulheres. Vamos trabalhar nesses seis meses trabalhando o marketing político, pessoal e partidário para trabalhar a motivação deles para que a gente possa fazer, pelo menos, um vereador, mas a intenção deles foi acabar comigo”.
O pastor Elias criticou, também, o posicionamento do Podemos de Itabuna, que, segundo ele, foi o grande responsável por toda a situação: 📌 “Ele [Augusto] fez uma proposta que eu nunca fiz a ninguém de tentar prejudicar um partido para beneficiar outro. A questão do Podemos é que tem verba para campanha e horário político, mas eu não tenho culpa da incompetência do Podemos. O Agir não pode pagar um preço que está pagando porque o Podemos não teve a capacidade de formar um grupo”.
A OUTRA PARTE
Nós tentamos falar com o prefeito Augusto Castro para que ele se pronunciasse sobre as declarações do pastor Elias Fernandes, mas, até o fechamento dessa edição, não recebemos nenhum retorno.