Atual prefeito Augusto Castro precisa passar "sebo nas canelas" se quiser continuar sonhando em ser o primeiro gestor a ser reeleito em Itabuna

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Administrar o Centro Administrativo Firmino Alves, em Itabuna, não é para qualquer marinheiro ou, como dizem popularmente, não é para “amadores”. A primeira máxima é que ou o gestor tem pulso firme para comandar ou não tem.

Vamos conferir um breve histórico dos prefeitos que passaram pela cidade nos últimos 30 anos:

GERALDO SIMÕES

Petista de carteirinha, Geraldo Simões se afastou das lideranças esquerdistas em Itabuna e ficou isolado politicamente nos últimos anos.

Petista desde o ventre da mãe, teve duas chances como prefeito (1993-1996 e 2001-2004). Nas eleições municipais de 2020, não decolou e perdeu quase todos os espaços na ala esquerdista em solo grapiúna. A história diz que Simões não soube unir as lideranças e o reflexo é que, até hoje, só “patina’” e não sai do lugar.

Aparentemente, a única saída para uma nova alavancada é se o presidente Lula (PT) abraçá-lo e fazer como fez para eleger Jerônimo Rodrigues (PT) governador na Bahia. É bem improvável que aconteça, mas a política é uma caixinha de surpresas e a situação ainda pode ser revertida.

CAPITÃO AZEVEDO

Capitão Azevedo “não tinha pulso” para governar, porém não acumula inimigos políticos e é querido por muitos.

Teve a oportunidade de governar o município durante um mandato, porém, com cinco derrotas consecutivas em eleições, fica difícil retornar ao páreo. Além disso, o “pessoal” de Salvador sempre leva o ex-prefeito “pra história”. Basta ver que o deputado estadual, Pancadinha (Solidariedade), estava prestes a migrar para a base de Jerônimo, mas ACM Neto (União Brasil) puxou, acertou o trilho e deve ter prometido muitas realizações para o pleito de 2024. O vice-prefeito Enderson Guinho (União Brasil) e Azevedo, inclusive, vão ter que dar a bênção a Pancadinha.

O ponto forte do Capitão é que tem a fama de “gente boa”, não acumula inimigos políticos e pode herdar os eleitores do saudoso ex-prefeito Fernando Gomes, pois já foi vice-prefeito na era dele. A história diz, entretanto, que o Capitão não tinha pulso para governar. Ainda está filiado ao PDT, mas deve arrumar as malas para desembarcar em outra sigla em breve.

VANE DO RENASCER

Vane do Renascer deixou a prefeitura com a fama de apático por deixar que secretários municipais comandassem a gestão.

Prefeito de 2013 a 2016. Outro político que passou pelo Centro Administrativo e deixou a imagem de apatia porque, até hoje, colhe os frutos de não ter administrado com firmeza e ter dado poderes demais aos secretários da gestão. Politicamente, para retornar ao cargo, ouso dizer que é algo di-fi-cí-li-mo de acontecer, mas é capaz de conseguir se eleger como vereador. Basta dizer não ao ego e sim à vontade de querer fazer algo por Itabuna.

FERNANDO GOMES

Falecido em julho de 2022, Fernando Gomes governou Itabuna por cinco mandatos e realizou grandes obras em prol da cidade.

Cinco vezes prefeito e o que mais fez para garantir a palavra. Contra fatos, não há argumentos. Basta olhar para os quatro cantos da cidade que vai encontrar obras prometidas e realizadas por ele. A história diz que o pulso de “Fernando Cuma” era sim, sim e não, não. Não foi à toa que conquistou tantas vezes a oportunidade de governar para o povo.

Fernando sempre foi polêmico. Mesmo com o jeito meio bruto, estava sempre “na boca do povo” para o bem e para o mal. Faleceu em julho do ano passado, aos 83 anos de idade, e, mesmo dizendo que não tinha interesse em retornar à vida pública, há quem diga que o veterano tinha chances de voltar a ser “o dono da caneta”.

AUGUSTO CASTRO

Agora vamos ao xis da questão: o atual prefeito Augusto Castro (PSD). Assumiu com toda a pompa, mas as ações não estão condizendo com as promessas feitas durante a campanha eleitoral de 2020. O câncer terminal do governo são os secretários municipais que deitam, rolam e fazem somente o que querem, mas não o que o prefeito determina.

Os pedidos de Augusto chegam a levar 60 dias para saírem do papel, e quando saem! Há casos em que seriam necessários apenas dois ou três dias para concretizar a determinação, mas a falta de interesse de alguns integrantes do governo é grande demais. Tem até um “armengueiro” com status de superintendente sem a mínima condição de estar no cargo até hoje, mas Castro vai empurrando a situação com a barriga Deus sabe até quando.

Uma dica interessante para o prefeito começar a sonhar com a reeleição (até então inédita em Itabuna) em 2024 é fazer com que os subordinados tirem o salto alto e calcem as sandálias da humildade para pisar nos bairros, principalmente na periferia.

Estamos há 19 meses do próximo pleito e a tarefa de Castro é árdua: ou tira os sanguessugas do governo ou a reeleição vai para o brejo.

TCM manteve condenação, pagamento de multa e ressarcimento dos cofres públicos

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Os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) negaram um recurso apresentado pela defesa do ex-prefeito de Itabuna, Claudevane Moreira Leite, mais conhecido como Vane do Renascer, sobre uma denúncia que apontou irregularidades no contrato firmado pela prefeitura com a empresa Statuss Construtora e Serviços. Na época, a Statuss foi responsável pela construção do edifício que sediaria o Shopping Popular da cidade.

O prédio chegou a ser erguido, mas, por causa de várias falhas estruturais na execução da obra, precisou ser demolido e causou um prejuízo superior aos R$ 2 milhões. Em junho deste ano, a denúncia foi julgada procedente pelo TCM e foi determinado o ressarcimento aos cofres públicos no valor de R$ 2.348.300,37 tanto pelo ex-gestor como pela empresa. Além disso, Vane foi multado em R$ 15 mil.

A defesa solicitou o adiamento do julgamento para ‘’que seja oportunizado o amplo acesso aos autos processuais” alegando que Vane e o defensor dele não teriam tido o acesso devido aos documentos antes do julgamento. O TCM, entretanto, disse que as partes envolvidas tiveram tempo hábil para ter acesso aos autos do processo no gabinete do relator e que a sustentação oral mencionada pela defesa poderia ter sido realizada no momento do julgamento.

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Vane do Renascer e empresa Statuss Construtora e Serviços vão precisar devolver mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos

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Os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) acataram uma denúncia contra o ex-prefeito de Itabuna, Vane do Renascer (Republicanos), por irregularidades encontradas no contrato firmado entre a prefeitura e a empresa Statuss Construtora e Serviços. A construtora foi responsável pela construção do edifício que sediaria o Shopping Popular de Itabuna, mas erros no projeto e na execução resultaram no desabamento da estrutura e prejuízo financeiro superior a R$ 2 milhões.

O TCM determinou que o ex-gestor e a empresa devem devolver aos cofres públicos, com recursos próprios, a quantia de R$2.348.300,37. No caso de Vane, ele também foi multado no valor de R$ 15 mil, mas ainda cabe recurso das decisões.

Os conselheiros determinaram, também, o encaminhamento da cópia da decisão ao Ministério Público Estadual para que seja anexada à ação civil pública que já está em andamento. Além disso, o atual gestor da cidade, Augusto Castro (PSD), deve suspender o direito da empresa Statuss de participar de quaisquer procedimentos licitatórios no município.

A denúncia foi apresentada ao TCM pelo ex-prefeito Fernando Gomes (Agir), que apontou a existência de falha na execução do projeto, resultando no desabamento do segundo piso do edifício. Segundo o denunciante, a empresa teria utilizado material de baixa qualidade para diminuir os custos da obra e o ex-prefeito não teria se utilizado da previsão contratual relativa à rescisão da avença em caso de “imperícia, negligência ou imprudência”.

Segundo TCE, convênio contém irregularidades e realização de despesas não comprovadas e indevidas

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A Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado da Bahia desaprovou a prestação de contas do convênio 07/2016 e determinou que o ex-prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, conhecido como Vane do Renascer, devolva aos cofres públicos a quantia de R$ 985.561,74. Além disso, Vane recebeu duas multas; a primeira no valor de R$ 5 mil e, a segunda, no valor de R$ 985.561,74.

Em 2012, quando Vane era prefeito da cidade pelo antigo PRB, houve uma grave crise hídrica em Itabuna. Então, foi firmado um convênio entre a Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec) e a Prefeitura para apoiar, financeiramente, o abastecimento emergencial de água potável à população mediante a contratação de carros-pipa.

Acontece que, de acordo com as análises dos auditores do TCE, houve irregularidades no contrato firmado e realização de despesas não comprovadas, indevidas e fora da vigência do ajuste. Inclusive, o ex-coordenador de Defesa Civil do município, José Roberto Avelino Santos, também foi multado pelo TCE no valor de R$ 2 mil já que, na época, ele era o encarregado pela execução desse convênio.

A VERSÃO DE VANE
O Pauta Blog procurou o ex-prefeito para falar sobre o assunto. Vane declarou que foi comunicado sobre a decisão do TCE nessa quarta-feira (27 de outubro), mas está em viagem e, por esse motivo, ainda não teve tempo de ter mais detalhes sobre o caso. O ex-gestor alegou, também, que pretende se manifestar em breve e agradeceu o espaço. 

Esta reunião entre Porfírio e Vane pode gerar bons frutos

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O vereador Manoel Porfírio (PT) se reuniu com o ex-prefeito de Itabuna, Vane do Renascer, para discutir a política regional. Segundo o vereador que é líder do governo Augusto Castro na Câmara de Vereadores, foi um bom papo.

O ex-prefeito Vane do Renascer é assessor do deputado estadual Osni Cardoso (PT). Vale ressaltar que o vereador Porfírio é um tido como um grande articulador e vem se movimentando para reeleger a dupla Osni e Joseildo Ramos (PT) para deputado federal.

Dizem nos bastidores que “o Gordão não para”. 

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