O soldado da Polícia Militar, Reinaldo Elias Santos Aragão, foi condenado a 15 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Canavieiras, que acatou a acusação do Ministério Público da Bahia de crime de homicídio qualificado por meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. O MPBA pediu a prisão imediata do PM, mas a Justiça vai decidir após avaliar o recurso da defesa.
Conforme a denúncia, o condenado executou Carlos Henrique José dos Santos com dois tiros durante uma abordagem em Camacã. O primeiro disparo foi realizado, em local ermo, nas proximidades da 2ª Travessa São Francisco, para onde o condenado conduziu a vítima a pé. Carlos Henrique estava rendido e desarmado. Já o segundo tiro foi realizado nas proximidades do hospital, quando o PM tirou Carlos ferido da viatura e atirou contra ele novamente, para depois forjar prestação de socorro.
O fato foi registrado, inicialmente, como uma morte decorrente de confronto armado. Após denúncias de vizinhos e familiares, a investigação coletou provas que apontaram para execução sumária. Pelos mesmos fatos, o réu também responde à ação penal na Vara de Auditoria Militar, pela prática de crime de fraude processual, sob a acusação de forjar provas do falso confronto.












