Em menos de uma semana, a Avenida Beira Rio, na região central de Itabuna, foi palco, mais uma vez, da ingerência da obra que está sendo realizada pela prefeitura.
Vamos por etapas! Primeiramente, foi aberta uma nova via para interligar o shopping e a Câmara de Vereadores. Essa via foi pavimentada com asfalto, mas, após ser liberada para o tráfego, o asfalto trincou e várias ondulações ou deformações se formaram.
Prefeitura de Itabuna vem tentando solucionar o curioso caso da pavimentação asfáltica que não resiste às chuvas.
Os defeitos no asfalto, conhecidos como “borrachudos”, são resultado da pressão causada pelos veículos mais pesados, como carretas, ônibus e caminhões. No momento de fazer o retorno, esses veículos causam maior pressão nos pneus e acabam o empurrando o asfalto para os lados.
No dia 20 de agosto, foi iniciada uma operação tapa-buraco para tentar sanar o problema, mas, no dia seguinte, o pavimento já estava todo trincado mais uma vez.
Quatro dias após a via ser fechada novamente para tentar sanar o problema, a prefeitura decidiu inovar e usar concreto na pavimentação asfáltica. Que tal?
Este Pauta Blog consultou o engenheiro civil Anderson Magalhães, responsável pela montagem, instalação e operação da usina de asfalto de Ilhéus. Magalhães salientou que o concreto utilizado pela prefeitura de Itabuna não vai demorar a quebrar, pois a pavimentação em concreto não foi executada como recomendam as normas técnicas.
Engenheiro civil avalia que concreto utilizado pela prefeitura não vai suportar.
“Tratam-se de pavimentos que possuem características distintas. O pavimento em concreto é um pavimento rígido em que se regulamenta a necessidade de considerar, na execução do pavimento rígido em concreto, a presença de barras de transferência, bem como contemplar juntas de dilatação. Pela foto exposta e pela geometria irregular apresentada, fatalmente, a execução está em desconformidade com o que preconiza a norma. O asfalto, por sua vez, trata-se de pavimento flexível que distribui a carga transmitida pelos pneus ao pavimento de forma completamente diferente”, declarou o engenheiro civil Anderson Magalhães.
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