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Kleber Torres é jornalista e escritor

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Por Kleber Torres

Na esteira de um escândalo de fraudes envolvendo mais de R$ 6 bilhões em descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas, a Polícia Federal revelou um esquema criminoso que desviava valores dos segurados por meio de cobranças não autorizadas. Em resposta à crise, o atual presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, anunciou que, a partir de ontem (13), as vítimas começarão a receber notificações diretamente pelo aplicativo Meu INSS.

Segundo ele, os segurados poderão solicitar o ressarcimento integral dos valores desviados de forma simples, sem necessidade de apresentar documentos ou preencher formulários complexos.

Apesar de parecer ser um avanço importante em direção à reparação, o governo federal tem cometido um erro fundamental ao conduzir esse processo: exige que os idosos informem se autorizaram ou não os descontos, quando, na verdade, o ônus da prova deveria recair sobre as entidades fraudadoras, o que poderia ser comprovado através das investigações policiais ou de auditorias.

Em geral, os atingidos são pessoas idosas, com pouca familiaridade com tecnologia ou mesmo com limitações cognitivas, e que sequer sabiam que seus benefícios estavam sendo descontados. Ao transferir para eles a responsabilidade de confirmar a origem dos descontos, o governo impõe uma barreira burocrática que pode atrasar a restituição e aumentar o sofrimento dessas vítimas.

É essencial lembrar que, em qualquer relação legal ou contratual, quem alega ter uma autorização deve ser capaz de prová-la. No caso desta fraude, cabe às entidades envolvidas — muitas delas supostamente associações ou sindicatos — demonstrar que possuíam consentimento válido e documentado para realizar os descontos. Se não há provas claras dessas autorizações, os valores devem ser considerados indevidos e ressarcidos de forma imediata e automática às vítimas.

Transferir essa responsabilidade para os aposentados é inverter a lógica da justiça e, em última instância, punir mais uma vez as vítimas no lugar dos culpados.

Portanto, é urgente que o governo federal revise sua postura e adote medidas mais firmes contra os autores da fraude, ao mesmo tempo em que simplifica — de fato — o processo de devolução dos valores. A proteção dos direitos dos aposentados e pensionistas deve ser prioridade absoluta, especialmente diante de um esquema que explorou, com crueldade, a vulnerabilidade de quem mais precisa.

A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a opinião deste Pauta Blog.

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Alessandro Stefanutto foi um dos alvos da operação batizada de '''Sem Desconto''

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A Justiça Federal determinou o afastamento do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, um dos alvos da operação que a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram na manhã desta quarta-feira (23.abril). Batizada de Operação Sem Desconto, a ação mobilizou cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU nas investigações sobre um suposto esquema de descontos criminosos de aposentados e pensionistas.

De acordo com a PF, investigadores já reuniram indícios que sugerem a existência de “um esquema nacional de descontos de mensalidade associativa não autorizados em aposentadorias e pensões”. O cálculo é que as entidades investigadas tenham descontado de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

A Justiça Federal também determinou que outros cinco servidores públicos cujos nomes não foram divulgados sejam afastados de suas funções. Além disso, autorizou o cumprimento de 211 mandados judiciais de busca e apreensão, seis prisões temporárias, além do sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão.

Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

A mensalidade associativa é uma contribuição que aposentados, pensionistas ou pessoas de uma determinada categoria profissional pagam, periodicamente, para fazer parte de uma associação, sindicato ou entidade de classe sem fins lucrativos que represente os interesses de seus membros do Regime Geral da Previdência Social (RGPS). Entre janeiro de 2023 e maio de 2024, o INSS recebeu 1 milhão de reclamações acerca de descontos indevidos, motivando o cancelamento dos descontos autodeclarados como não autorizados.

O aposentado ou pensionista que não tenha autorizado os descontos também pode solicitar o estorno de valores cobrados indevidamente. Para isso, ele deve entrar em contato com a entidade responsável que recebeu as quantias descontadas. Se preferir, o interessado também pode enviar e-mail para acordo.mensalidade@inss.gov.br, informando o ocorrido.

ATUALIZAÇÃO ÀS 15H50 DE 23/04:

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ordenou a demissão do presidente do INSS após a operação deflagrada na manhã desta quarta-feira.

📷 Reprodução Instagram

Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos hoje em Barreiras e São Desidério

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Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos hoje (23.abril) em Barreiras e São Desidério, como parte da Operação Fraus Omnia, contra investigados por envolvimento em um esquema criminoso relacionado à adulteração de resultados de provas e à emissão fraudulenta de documentos ligados à habilitação de condutores e à circulação de veículos.

Até o momento, foram apreendidos R$ 282.950 em dinheiro, cheques no valor de R$ 14.220, um celular, um caderno com anotações diversas, um carimbo e dois extratos bancários. De acordo com a investigação do Ministério Público, o grupo investigado atua de forma estruturada no âmbito da 10ª Ciretran de Barreiras, com participação interligada em diferentes etapas das fraudes. As investigações revelaram a existência de indícios da prática de crimes como corrupção passiva majorada, falsidade ideológica, associação criminosa e continuidade delitiva.

As apurações apontam que a organização criminosa fraudava exames de habilitação de condutores e nas vistorias de veículos para obter vantagens patrimoniais ilícitas. O esquema teria a influência de um empresário local que, embora não ocupasse cargo público, exerceria forte controle sobre o funcionamento do órgão, estabelecendo, segundo a denúncia, um verdadeiro “balcão de negócios”.

A investigação do Gaeco aponta, ainda, que o esquema possivelmente incluía negociações para aprovação fraudulenta em provas práticas, como a de baliza, com participação de instrutores de autoescolas; adulteração de resultados em provas teóricas realizadas em computador; e manipulações em processos de vistoria veicular.

📷 Divulgação Ministério Público

Oorganização criminosa teria movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão por meio de contratos fraudulentos e obras superfaturadas

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Uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União desarticulou um esquema criminoso que teria feito desvios milionários a partir de fraudes em licitações feitas. Além do crime de fraude licitatória, o grupo é suspeito de desvio de recursos públicos, peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça.

A terceira fase da Operação Overclean cumpre 16 mandados de busca e apreensão e uma ordem de afastamento cautelar de um servidor público. Os mandados estão sendo cumpridos em Salvador, São Paulo, Belo Horizonte e Aracaju.

De acordo com a CGU, a organização criminosa teria movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão por meio de contratos fraudulentos e obras superfaturadas. As investigações apontam que há indícios de direcionamento de recursos públicos, obtidos a partir de emendas parlamentares e convênios, para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais, utilizando superfaturamento de obras e desvios financeiros.

A primeira fase da Operação Overclean foi desencadeada no dia 10 de dezembro e investigou o direcionamento de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a prefeituras baianas. O esquema contava com o apoio de policiais, que repassavam informações sensíveis à organização criminosa, como a identificação de agentes federais envolvidos em diligências sigilosas.

📷 Divulgação Polícia Federal

Investigados angariavam pacientes em hospitais para solicitar o seguro DPVAT, ainda que não tivessem sofrido acidente automobilístico

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A Polícia Federal e o Ministério Público do Estado da Bahia deflagraram hoje (20.fevereiro) a Operação Rábula, com o objetivo de combater fraudes cometidas contra o seguro DPVAT. A investigação contou com o apoio da Centralizadora Nacional de Indenização DPVAT da Caixa Econômica Federal, detectando que cerca de 70 solicitações de pagamento de DPVAT fraudadas com documentação falsa.

De acordo com a apuração, os investigados angariavam pacientes em hospitais para solicitar o seguro DPVAT, ainda que não tivessem sofrido acidente automobilístico, fraudando documentos como boletins de ocorrências e certidões de óbito para incluir o falso relato de que a enfermidade teria sido decorrente de acidente de trânsito.

Na operação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nas cidade de Muritiba e Salvador, e um mandado de prisão preventiva. Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa e estelionato.

 

Golpistas utilizavam documentos falsos para abrir contas bancárias e solicitar empréstimos fraudulentos

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A Polícia Federal deflagrou hoje (29.janeiro) a Operação Sharper com o objetivo de cumprir mandados judiciais decorrentes de uma investigação relativa a fraudes cometidas contra a Caixa Econômica Federal e outras instituições bancárias. Até agora, a polícia apurou que os fraudadores deram um prejuízo que ultrapassa os R$ 240 mil.

A investigação contou com o apoio da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção a Fraude (CEFRA) da Caixa Econômica Federal e detectou a abertura de oito contas bancárias em agências de Feira de Santana, Amélia Rodrigues, Riachão do Jacuípe e Aracaju, em Sergipe, com a utilização de documentos falsos para obter recursos por meio de empréstimos fraudulentos.

A Polícia Federal passou a seguir o destino dado ao dinheiro que entrava nas contas bancárias abertas com documentos falsos e identificou parte do grupo beneficiado com as fraudes. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva.

Os investigados irão responder pelos crimes de associação criminosa e estelionato.

📷 Divulgação Polícia Federal

Mandados estão sendo cumpridos em Salvador e Jequié, além dos estados de Sergipe e Alagoas

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A Polícia Federal deflagrou hoje (18.dezembro) a Operação Linha Verde com o objetivo de desarticular uma associação criminosa voltada à prática de fraudes contra a Caixa Econômica Federal. Segundo as investigações, os crimes aconteciam por meio da abertura de contas e aquisição de créditos, com a utilização de documentos falsos em nome de terceiros.

A Caixa Econômica Federal, até o atual estágio da investigação policial, suportou um prejuízo superior a R$ 567 mil. A operação abrange o estado da Bahia, nas cidades de Salvador e Jequié, além dos estados de Sergipe e Alagoas, envolvendo a ação de 21 policiais federais.

Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária, além do bloqueio e sequestro de bens e valores pertencentes aos investigados até o limite individual de R$ 300 mil. De acordo com o relatório, a associação criminosa, entre 2020 a 2024, foi responsável por movimentações bancárias suspeitas no valor de R$ 4.674.295,59.

Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato e associação criminosa.

Empresa responsável pela fabricação do produto alertou Anvisa sobre indícios de fraude em alguns lotes

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu um comunicado da empresa responsável pelo produto biológico Ozempic (semaglutida) sobre indícios de que canetas de insulina Fiasp FlexTouch foram readesivadas e reaproveitadas com rótulos de Ozempic do lote NP5K174, que, possivelmente, foram retirados indevidamente de canetas originais do medicamento. Isso significa que o lote NP5K174 é original, mas os rótulos teriam sido usados em embalagens de insulina vendidas como Ozempic em uma fraude que ainda segue em investigação. 

A Anvisa orienta que a população e os profissionais de saúde fiquem atentos às características da embalagem, do produto e que adquiram somente produtos completos em farmácias regularizadas junto à vigilância sanitária e sempre com a emissão de nota fiscal. É importante, também, desconfiar de sites e canais para comercialização de medicamentos que usam os nomes das marcas ou que adotam aplicativos de vendas e redes sociais para ofertar os produtos.

Em caso de dúvidas sobre os pontos de vendas ou caso sejam identificadas unidades dos medicamentos com suspeita de falsificação, a população ou os profissionais de saúde não devem utilizar o produto e devem entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Novo Nordisk, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, pelo telefone 0800 014 44 88, ou 24 horas pelo e-mail sac.br@novonordisk.com. 

📷 Divulgação Anvisa

Golpistas estão entrando em contato com segurados para dizer que existe lista com nomes de beneficiários que tiveram benefícios suspensos pelo INSS

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Entre as diversas modalidades de golpes a que os segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) correm risco de sofrer, eles devem prestar atenção a uma nova possibilidade de serem passados para trás: a da informação de terem sido incluídos em uma suposta lista de pedidos de concessão de benefícios negados pelo INSS. A tentativa de fraude foi descoberta quando um segurado do Rio de Janeiro foi notificado por um oficial de Justiça sobre uma ação judicial em seu nome.

A alegação na ação era de que o pedido de benefício do segurado foi negado pelo INSS e que haveria uma suposta lista que relacionava solicitações não liberadas pelo instituto. O INSS disse, no entanto, que desconhece a existência de relação de benefícios indeferidos disponibilizada de forma pública já que as informações sobre resultados de requerimentos são divulgadas apenas aos segurados e representantes legais devidamente cadastrados.

É importante que os segurados sempre tenham o cuidado de proteger seus dados para evitar cair em golpes porque o INSS não passa informações sigilosas para terceiros. Se for necessário, o instituto entra em contato com o segurado por meio de SMS, notificação push e mensagem por aplicativo ou pelo site Meu INSS, ligação telefônica, carta com aviso de recebimento e rede bancária.

Para coibir os casos de fraude, o INSS mantém ações de proatividade, como o bloqueio de créditos e a suspensão de benefícios suspeitos. O instituto adota soluções tecnológicas avançadas, incluindo Inteligência Artificial (IA), para análise de dados de benefícios e encaminha às autoridades competentes os casos para investigação, a fim de que os criminosos envolvidos sejam punidos.

Membro de associação criminosa que tentou aplicar golpe na agência de Itacaré foi preso

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Falsários na cidade de Belém, no Pará, como desdobramento de uma investigação criminal realizada pela delegacia da Polícia Federal de Ilhéus. Anteriormente, os policiais tinham prendido em flagrante delito um dos membros de uma associação criminosa responsável por tentar dar um golpe na agência da Caixa Econômica Federal de Itacaré.

No curso da investigação, ficou evidenciado que o grupo criminoso obteve vantagens indevidas a partir de diversas operações financeiras, mediante fraude, utilizando transferências bancárias sem autorização de clientes da Caixa e de outros bancos privados, no período de 2021 e 2022.

A operação cumpriu um mandado de busca e apreensão em Belém e, no imóvel do investigado, foram apreendidos diversos documentos e imagens relacionados aos valores obtidos de forma ilícita, como cartões em nome de terceiros, documentos de identificações falsos e elementos informativos de interesse.

Os crimes investigados são associação criminosa e estelionato majorado, que preveem penas que podem chegar a 8 de anos de reclusão e multa.

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