A luz amarela está acesa entre o presidente da Câmara de Ilhéus Jerbson Moraes e o prefeito Mário Alexandre, ambos do PSD

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Sim, a luz amarela está acesa. Mas não é entre o presidente da Câmara e o prefeito de Ilhéus. Não é institucional, é pessoal. É entre o vereador Jerbson Moraes (PSD) e o correligionário Mário Alexandre (PSD). O esclarecimento foi feito hoje 4ª feira (9.junho) pelo vereador, durante entrevista no Programa Tropa de Elite, na Gabriela FM.

Segundo Jerbson, há cerca de 40 dias não consegue estabelecer contato nem telefônico com o prefeito. “Minha relação com ele é de irmão, de amizade, carinho e respeito. Mas não preciso provar mais a minha lealdade, gratidão. Política não se faz sozinho. Quando há interesse pessoal envolvido dá erro. A luz amarela diz que é preciso que ele e o grupo definam se Jerbson Moraes deve ser visto como importante ou não para o projeto político”, afirmou.

FOTO EMBLEMÁTICA
Jerbson mostrou-se surpreso com o fato de ontem à tarde, minutos antes da sessão na Câmara, o prefeito ter se reunido com um grupo de vereadores sem que ele, como presidente da Casa, sequer tenha sido convidado. Havia, segundo ele, “até vereador crítico à gestão na foto registrada durante o encontro”.

O presidente da Câmara afirmou que para ter continuidade em qualquer grupo político é fundamental que seus integrantes estejam se sentindo bem, sendo importantes. “Sou do PSD, pedi voto para ele nas duas eleições, achei estranho”, reconheceu.

Questionado pelos comunicadores Robertinho Scarpitta e Marinho Santos o porquê de tentar separar a crise pessoal da institucional, Jerbson explicou que não tem problema com nenhum vereador. “Respeito o mandato de que lado esteja e que pensamento político tenha. Não posso usar a presidência da Câmara para ir de encontro aos interesses do Executivo que sejam de interesse da cidade”.

AVANÇOS ADMINISTRATIVOS NO LEGISLATIVO
Durante a entrevista o presidente da Câmara falou da necessidade que encontrou para rearrumar administrativamente a Câmara de Vereadores. “Com a economia que fizemos, a Casa vai voltar a uma realidade mais confortável”, garantiu, anunciando para o segundo semestre o retorno do ticket alimentação dos servidores, o pagamento de 1/3 de férias e a primeira parcela do 13º salário.

E explicou a medida adotada semana passada, quando terminou expondo publicamente a crise com o prefeito Mário Alexandre. Segundo Jerbson, com a Reforma Administrativa aprovada, o Poder Executivo teria que ter enviado uma Lei Complementar Orçamentária para que a administração pudesse distribuir o novo organograma administrativo da Prefeitura. “Mandaram a reforma sem lei. Um mês depois é que as leis foram enviadas, querendo que fossem distribuídas pela competência. Levou um mês para mandarem. Exatamente no dia que chegou precisava ser distribuído? Tinha que ser na terça? Não podia ser na quarta?”, questiona.

ERROS TÉCNICOS
Jerbson Moraes garante que os projetos estavam equivocados tecnicamente, com Emendas Orçamentárias impositivas dos vereadores sendo anuladas e readequando essas verbas na reforma. “A lei proíbe isso”, assegura. “Chamei os vereadores e expliquei. Todos concordaram. Mas, durante o retorno à sessão, o líder disse que estava errado e causou toda essa loucura”.

O presidente da Câmara atribuiu à um “Comitê de ódio”, a autoria de Fake News e até de uma Nota Pública contra a sua decisão. “Era um documento assinado até pelo PSD, o meu partido. Ora, se eu sou do PSD, como não foi pedida a minha opinião?”, questiona. “Foram pra cima de mim como se fosse afetar minha decisão. Não afetou”, disse aos comunicadores. Os dois polêmicos projetos tramitaram novamente ontem e seguem para a Comissão Permanente de Justiça da Câmara para serem analisados. “De tudo isso podem ter uma certeza”, afirmou. “Não há nada contra o governo desde que seja correto e positivo para a cidade. Não serei presidente bom ou ruim. Serei um presidente justo”, concluiu.

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O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB), soltou o verbo contra o jogo político da oposição e disse: “Não vou ceder a nenhum tipo de intimidação, ameaça ou pressão para satisfazer a interesses pessoais de quem quer que seja”.

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Prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD)

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O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), só vai ter uma participação mais ativa em relação ao pleito de 2022, que já começou nos bastidores, quando 2021 findar.

Acerta o alcaide ao evitar comentar sobre o ano eleitoral de 2022, se reservando a conversar com seus próprios botões ou com pessoas de sua inteira confiança. Não seria bom para o governo criar arestas políticas neste momento. A preocupação agora deve ser com a pandemia do novo coronavírus. Não existe outra mais importante e urgente.

É óbvio que Augusto sabe o que vem acontecendo no escondidinho do cinema, como diz a música de Rita Lee. Não é nenhum marinheiro de primeira viagem. No quesito administrar, ainda não se pode fazer uma avaliação mais consistente. No campo do movediço e traiçoeiro mundo da política, o alcaide já demonstrou que entende do riscado.

Augusto é bem informado. Não é nenhum bobinho. Não vai dar corda a quem quer virar seu adversário na sucessão municipal de 2024, quando pretende quebrar o tabu do segundo mandato consecutivo, já que nenhum gestor de Itabuna conseguiu se reeleger.

Os indícios de que já tem gente de dentro do governo pensando no pleito sucessório de 2024 começam a surgir. E de maneira bastante explícita, sem que se precise fazer muito esforço para percebê-los. Estão ficando cada vez mais escancarados e transparentes, sem nenhuma camada de nevoeiro.

Augusto, volto a repetir, sabe de tudo. As movimentações de uma eleição costumam apontar o que se quer no pleito subsequente. Só os ingênuos e incautos não percebem o que está visível. 

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Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

O prefeito Marcos Galvão (PSD) poderá recorrer

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Na sessão desta quarta-feira (3.mar), realizada por meio eletrônico, os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) rejeitaram as contas do exercício de 2019 da Prefeitura de Ibicuí, de responsabilidade do prefeito Marcos Galvão Assis (PSD). Foram reprovadas em função da extrapolação do limite máximo para despesa total com pessoal, em descumprimento ao previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Os gastos com pessoal alcançaram em 2019 o valor de R$19.951.161,15, o que equivale a 54,73% da receita corrente líquida do município, superando, assim, o percentual de 54% previsto na LRF. Por não ter reconduzido essas despesas aos limites legais, o prefeito Marcos Galvão Assis sofreu uma multa no valor de R$57.600,00, que corresponde a 30% dos seus subsídios anuais. Ele ainda foi multado em R$5 mil pelas demais irregularidades contidas nas contas.

Segundo o relator do parecer, conselheiro substituto Ronaldo Sant’Anna, todas as obrigações constitucionais foram cumpridas. O prefeito aplicou 26,05% da receita resultante de impostos (compreendida a proveniente de transferências) na manutenção e desenvolvimento do ensino no município, superando o mínimo exigido de 25%, e investiu nas ações e serviços públicos de saúde 15,16% da arrecadação dos impostos, sendo o mínimo previsto de 15%. Na remuneração dos profissionais do magistério foram investidos 75,10% dos recursos do Fundeb, também atendendo ao mínimo de 60%.

O município apresentou uma receita arrecadada no montante de R$36.971.816,06, enquanto as despesas empenhadas corresponderam a R$36.878.189,50, revelando um superávit orçamentário da ordem de R$93.626,56. Os recursos deixados em caixa, ao final do exercício, não foram suficientes para cobrir as despesas inscritas como restos a pagar, resultando em um saldo negativo de R$813.575,62.

O relatório técnico apontou diversas irregularidades, como a baixa cobrança da Dívida Ativa do município; publicações extemporâneas de decretos de abertura de créditos suplementares e de alterações do Quadro de Detalhamento de Despesa; ausência de licitação para contratação de bens e/ou serviços, no valor total de R$276.300,00; e a não comprovação de pagamento das folhas de pagamento dos servidores. Cabe recurso da decisão.

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