João Victor tem 22 anos e realiza sessões de hemodiálise desde 2014, mas nunca desistiu de estudar

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A vida de João Victor Souza Almeida, de 22 anos, é marcada por entradas e saídas nos hospitais por causa da síndrome Prune Belly. A doença congênita rara foi descoberta quando o itabunense tinha apenas 5 anos de idade e, desde 2014, quando os rins pararam de funcionar, ele começou a fazer sessões de hemodiálise.

Ele faz tratamento na Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, mas, mesmo assim, as constantes internações não foram capazes de interromper o sonho de João Victor, que cursou o Ensino Médio no Paraná e, ao retornar para Itabuna, começou a se preparar para as provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

O ano de 2022 foi bastante complicado para o jovem, que precisou ser submetido a uma cirurgia e ficou internado, pelo menos, seis vezes. Quando ainda estava se recuperando, nos dias 13 e 20 de novembro de 2022, logo depois de receber uma das altas médicas, reuniu forças para fazer as provas do Enem. O dia 28 de fevereiro é considerado por ele como uma data histórica em sua vida porque foi nesse dia que o nome dele apareceu na lista dos 40 aprovados pelo Sistema de Seleção Unificada (SISU) no curso de Engenharia Mecânica na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

Na última terça-feira (14.março), o estudante assistiu à primeira aula da graduação e pretende concluir os estudos nos próximos cinco anos: “Será desafiador cursar Engenharia e seguir com o tratamento. Espero ficar livre das internações nesse período”.

O estudante de 22 anos é um verdadeiro exemplo de perseverança e dedicação. Além disso, tornou-se o primeiro membro da família a fazer curso superior. Parabéns, João Victor!

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Pacientes idosos não podem levar acompanhantes porque veículo é pequeno

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Um leitor do Pauta Blog nos procurou para denunciar as condições precárias da ambulância que transporta os pacientes de Ubatã que precisam fazer sessões de hemodiálise na Santa Casa de Misericórdia de Itabuna. De acordo com o denunciante, a prefeitura se comprometeu a contratar uma van mais espaçosa para realizar o transporte, mas, até então, nada foi feito.

Ainda segundo o morador da cidade, a maior parte desses pacientes é idoso, ou seja, precisa de acompanhantes na viagem, mas, como o veículo é pequeno, não é possível que mais pessoas sejam levadas dentro dele. Além disso, os idosos não viajam de forma confortável porque o espaço não permite que eles recostem ou cochilem durante o trajeto.

O Pauta Blog entrou em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura de Ubatã para obter um posicionamento sobre o caso, mas, até o fechamento dessa edição, não recebemos nenhum retorno. O espaço permanece aberto para mais esclarecimentos.

Dayane Pimentel foi recebida pelo provedor da SCMI, Francisco Valdece, e o diretor administrativo da instituição, Wagner Alves

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A professora e deputada federal Dayane Pimentel (PSL) esteve, hoje 3ª feira (27.julho), no Hospital Calixto Midlej Filho para conhecer melhor as instalações da unidade hospitalar, que se tornou referência no interior da Bahia no tratamento de pacientes com sintomas da Covid-19. Ela também verificou como estão funcionando diversos serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Santa Casa de Misericórdia de Itabuna.

Além dos pavilhões do Hospital, a deputada participou de uma visita guiada pelas unidades de Hemodiálise e Quimioterapia, que atendem mais de 120 municípios baianos, com mais de 80% dos pacientes atendidos pelo SUS.

A parlamentar também participou de uma reunião com lideranças da Santa Casa de Itabuna, que é responsável pela gestão do hospital materno-infantil Manoel Novaes. Durante o encontro, o diretor administrativo e o provedor apresentaram um balanço de atendimentos prestados nas unidades hospitalares no ano passado, quando quase 60% das internações foram pelo SUS.

ATENDIMENTOS SUS
Na oportunidade, o provedor Francisco Valdece informou para a deputada federal que um percentual ainda maior de usuários do sistema público de saúde foi atendido nas unidades de Hemodiálise (82%), Radioterapia (92%) e Quimioterapia (93%). O provedor destacou ainda que, dos 12.349 partos feitos no Manoel Novaes em 2020, 73% foram pelo SUS. “Esse percentual deve ser ainda maior neste ano”, prevê Francisco Valdece.

A professora e deputada federal elogiou a estrutura do hospital e se disse surpresa com a importância, volume e variedade de serviços ofertados pela Santa Casa de Itabuna para população regional, principalmente aos usuários do SUS. Dayane Pimentel, que destinou uma emenda de R$ 100 mil para despesas de custeio da instituição, prometeu que trabalhará para conseguir mais recursos para a manutenção de serviços nos hospitais Calixto Midlej e Manoel Novaes.

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O provedor Francisco Valdece, afirma que aquisição dos equipamentos era um sonho antigo e que agora se concretizou. “Resultado de muito empenho e negociação, sobretudo porque enfrentamos um momento de poucos recursos financeiros”, conta

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A Santa Casa de Misericórdia de Itabuna acaba de colocar em funcionamento 52 máquinas modernas para assegurar mais conforto para os pacientes do Centro de Diálise, que atende moradores do sul da Bahia. Os equipamentos são de última geração e oferecem, dentre outras vantagens, um sistema que possibilita a sua configuração conforme o perfil e a necessidade de cada usuário.

O coordenador do Serviço de Nefrologia, Rodolfo Silva Nascimento, destaca que, com a troca das máquinas, os pacientes vão esperar menos tempo para entrar no programa de terapia substituição de renal, evitando-se assim internação prolongada ou piora dos sintomas. O médico explica que a redução no tempo de espera ocorrerá também porque haverá um número maior de máquinas em funcionamento.

ESTRUTURA FÍSICA
As substituições das máquinas, informa o provedor, não impactarão somente na qualidade de atendimento para o paciente, mas também possibilitam um aumento na oferta de serviços. “Porque teremos mais máquinas disponíveis e funcionando por mais tempo”, explica.

De acordo com o diretor administrativo da Santa Casa, Wagner Alves, além da aquisição das máquinas novas, foram feitos investimentos na estrutura física do Centro de Diálise, que funciona no anexo do Hospital Calixto Midlej Filho. “Estamos trabalhando para proporcionar ainda mais conforto não somente para os pacientes, mas melhores condições de trabalho para os funcionários”, relata.

A cerimônia de entrega das novas máquinas e revitalização do espaço contou com a participação de funcionários, diretores da SCMI e hospitais Calixto e Manoel Novaes; membros da irmandade; diretora do Núcleo Regional de Saúde, Domilene Borges Costa, que representou o secretário de Saúde, Fábio Vilas-Boas; e a subsecretária de Saúde de Itabuna, Lânia Peixoto.  

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O pedreiro Rosenildo Moura dos Santos

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O pedreiro Rosenildo Moura dos Santos tinha 18 anos de idade quando uma médica informou que ele precisava iniciar, com urgência, sessões de hemodiálise porque os seus rins deixaram de funcionar. No início, Moura imaginou que não sobreviveria mais por tanto tempo, sobretudo porque o processo, na época, era arcaico e muito desgastante. Por isso, a maioria dos pacientes da diálise tinha pouco tempo de vida.

Na flor da juventude, com muito sonhos pela frente, Rosenildo Moura decidiu que tentaria levar uma vida normal. Na maior parte desses 30 anos em que é atendido no Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Itabuna, ele trabalhou duro para garantir o sustento da família. “Tinha uma vida normal. Nunca tive medo de trabalho. Eu mesmo que construir a casa onde moro em Itajuípe. Fiz tudo. Da base a pintura”, conta orgulhoso do feito. O pedreiro ainda pilota moto e faz atividades mais leves.

Rosenildo Moura, hoje com 49 anos de idade, casou-se, mas preferiu não ter filhos. Há dois anos, depois de ser submetido a uma cirurgia em uma das penas e contrair uma bactéria no local do procedimento, o pedreiro não mais conseguiu executar as atividades mais pesadas. Depois disso, ele passou a se locomover com ajuda de moletas. “Antes trabalhava como pedreiro e pintor. Fazia tudo que as pessoas sem complicação de saúde fazem”, relata.

INTERNAMENTO
O pedreiro recorda-se do dia em que a médica nefrologista Célia Kalil decidiu pelo seu internamento porque estava sofrendo uma crise renal. “Ela disse que o risco era grande de me liberar e eu sofrer um infarto no retorno para casa porque minha pressão era muito alta. Ela passou uma bateria de exames e descobriu que eu sofria com complicações renais. Tive de passar por um procedimento que ficava 24 horas de barriga para cima. Era muito desconfortável”, lembra-se.

Rosenildo Moura conta que os 13 primeiros anos de tratamento foi de muito sofrimento para ele porque, na época, não havia tecnologia disponível que tem hoje. “Conheci muita gente que não resistiu ao tratamento que era feito em uma máquina tanque. Salvava muitas vidas, mas matava muito também. Até hoje tenho sequelas causadas pela máquina, que não conseguia o processamento que as novas fazem hoje”.

Rosenildo não é o único da família Moura a ser submetido a sessões de diálise. A irmã dele, Rosimeire Moura dos Santos fez o procedimento durante 12 anos. Até ser submetida ao transplante de rins na Santa Casa de Itabuna, em março de 2013, e segue com a vida normal. “Graças a Deus, ela está bem”.

DOENÇA CRÔNICA
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a doença renal crônica (DRC) se caracteriza por lesão nos rins que se mantém por três meses ou mais, com diversas consequências, porque os rins têm muitas funções, dentre quais regular a pressão arterial, filtrar o sangue, eliminar as toxinas do corpo, controlar a quantidade de sal e água do organismo e produzir hormônios que evitam a anemia e as doenças ósseas.

Esta matéria faz parte de uma série produzida pela Santa Casa de Itabuna para mostrar a importância dos cuidados para evitar-se as doenças renais e lembrar o Dia Mundial do Rim, que é celebrado na quinta-feira (11). Neste ano a campanha nacional tem como tema principal “Vivendo bem a doença”. 

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