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Paralisação estava prevista para última segunda-feira, mas não aconteceu

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Nesta 4ª feira (3.novembro), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ministro Luiz Fux, derrubou uma decisão que permitia que caminhoneiros grevistas bloqueassem trechos de estradas em algumas partes do Brasil. Agora, continuam valendo as 29 liminares que proíbem protestos dessa natureza em 20 estados brasileiros.

Uma paralisação dos caminhoneiros estava prevista para a última 2ª feira (1.novembro), mas não houve bloqueios em nenhum lugar. Entre as reivindicações da categoria, estão a redução do preço do diesel, cumprimento do piso mínimo do frete e o retorno da aposentadoria especial para a categoria.

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De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), pontos nas BRs 242 e 020, ambos em Luís Eduardo Magalhães já estão livres // Foto de Reprodução/TV Bahia

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Os últimos trechos de rodovias federais baianas, bloqueados pelos caminhoneiros, foram liberados na manhã desta 6ª feira (10.setembro). De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), os pontos nas BRs 242 e 020, ambos em Luís Eduardo Magalhães, oeste do estado, já estão livres.

Este foi o terceiro dia de protestos, em apoio aos atos nacionais realizados na 3ª feira (7.setembro), a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

As manifestações defenderam pautas antidemocráticas e contra a Constituição, como a destituição de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Do G1.

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Roma acredita que é momento de retomar a economia e crescimento do país

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O pré-candidato a governador da Bahia e Ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), se posicionou contra uma possível paralisação dos caminhoneiros. Roma elogiou a postura de Tarcísio Freitas, Ministro da Infraestrutura, e falando sobre a importância de voltar os esforços à produção, ao avanço da nossa economia e à retomada do crescimento e do desenvolvimento do Brasil.

Segundo Roma: “Precisamos do apoio indispensável dos caminhoneiros que unem o país de ponta a ponta. Estamos trabalhando em Brasília em sinergia para minimizar os impactos da crise econômica, principalmente sobre os cidadãos que mais precisam e, portanto, precisamos que todos estejam engajados nessa luta”.

Na noite ontem, 4ª feira (8.setembro), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) divulgou um áudio nas redes sociais solicitando que a categoria dos caminhoneiros desbloqueasse os trechos das rodovias espalhadas pelo país porque, caso paralisassem as atividades, seria ainda mais prejudicial à economia brasileira e aos mais pobres.

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Felizmente, os caminhoneiros estão tendo uma incrível e histórica paciência com o presidente da República de plantão, com sua desastrosa política de governo em relação aos preços dos combustíveis.

Digo felizmente, porque uma greve da honrosa classe com o avanço da pandemia do novo coronavírus seria terrível, um caos total. Uma situação com consequências imprevisíveis, aterrorizantes.

Já disse aqui que tudo tem um limite do suportável. E essa calma dos caminhoneiros começa a dar sinais de esgotamento. Por muito menos pararam em 2018, no então governo Michel Temer (MDB-SP).

“Chegou a hora de mostrar nossa força de novo”, disse Wallace Landim, apelidado de “Chorão”, um dos principais líderes da categoria, inconformado com o quinto aumento seguido do preço da gasolina e do diesel. Usando uma expressão de Bolsonaro, Landim, que é o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos (Abrava), finalizou sua revolta com ironia: “Acabou pô. Chegou a hora de todos os trabalhadores, os autônomos, dos caminhoneiros se unirem novamente”.

O engraçado nessa sequência dos aumentos é que toda vez que os preços dos combustíveis aumentavam, o presidente Bolsonaro dizia que iria tomar providências. E nada aconteceu. A sabedoria popular costuma dizer que a conversa foi “pra boi dormir”. Será que os dignos e respeitáveis caminhoneiros vão novamente pegar no sono?

Depois desses abusivos aumentos, já há um início de movimentação para que haja uma paralisação. Caminhoneiros bolsonaristas já não defendem o “mito” com tanta empolgação. Estão revoltados, e com toda razão.

Seguindo o que pensa Ciro Gomes (PDT), que tem uma invejável visão sobre a economia no sentido amplo, sendo o único presidenciável que tem um definido projeto para o país, apontando as soluções para cada problema, o presidente Bolsonaro está de parabéns em cobrar mais impostos sobre os bancos, que tem lucros escandalosos, e, a partir dessa medida, diminuir a carga tributária sobre os combustíveis.

Não tem cabimento instituições financeiras abarrotadas de dinheiro, fazendo o que quer com sua clientela, cobrando inúmeras taxas, e o cidadão-eleitor-contribuinte sofrendo, pagando gás de cozinha a R$ 100. E olhe que estou me referindo aos que ainda podem comprar o botijão.

Portanto, meus parabéns ao presidente Bolsonaro. Encerro o comentário aconselhando a maior autoridade do Poder Executivo a ouvir mais as sugestões de Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda do saudoso Itamar Franco e um dos responsáveis pela implantação do Plano Real. 

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Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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