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A imprescindível liberdade de expressão, sem a qual nenhum país do mundo pode se dizer democrático, não pode servir como argumento para justificar ataques a outros direitos que merecem proteção.

Não à toa, com o intuito de inibir esses abusos, que a Lei Maior, no artigo 5, enumera os limites à liberdade de expressão, como, por exemplo, a inviolabilidade da honra das pessoas. E ainda assegura “o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.

A Carta Magna é para todos, seja um cidadão comum ou um detentor de mandato eletivo. Em nome dessa liberdade de expressão não se pode fazer o que quer, se achando acima do ordenamento jurídico. Dura lex, sed lex, independente de ser um engraxate ou um grande empresário do ramo de calçados.

Portanto, liberdade de expressão, sim. Mas sem ultrapassar os limites impostos pela Constituição, que devem ser respeitados por todos os segmentos ideológicos: esquerda, direita, centro e suas variantes.

Sobre o imbróglio envolvendo o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima do Poder Judiciário, o jornalista Josias de Souza, colunista da Uol Notícias, tem toda razão quando diz que o parlamentar “deve estar próximo de se dar conta que inventou uma nova modalidade de autoeliminação : o burricídio”..

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Marco Wense
Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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GESTÃO DO PREFEITO AUGUSTO CASTRO (PSD)
Seria bom se o governo Augusto Castro (PSD) começasse a pensar de como irá se posicionar diante de uma iminente piora da pandemia do novo coronavírus.

Quais as providências que o prefeito de Itabuna irá tomar em caso de um cada vez mais perto colapso no sistema de saúde, com as pessoas sendo “internadas” em sua própria casa.
Pelo andar da carruagem, com muita gente ainda na imbecilidade, sem usar máscara e sendo arredio ao distanciamento social, sem dúvida duas imprescindíveis precauções para não ser infectado pelo cruel vírus, a situação caminha para o caos.

Tenho certeza que o chefe do Executivo não vai passear de jet ski enquanto as pessoas morrem.

GASOLINA EM “ALTA”
Quarto aumento do preço da gasolina e a terceira alta do diesel em 2021.

O que chama mais atenção não é a falta de medidas eficazes para conter esses aumentos, já que o governo Bolsonaro anda perdido, sem saber o que fazer para controlar os preços dos combustíveis.

Portanto, não é nenhuma novidade se o litro da gasolina chegar a R$ 8 ainda no primeiro semestre. O que me deixa curioso, e até certo ponto sobressaltado, é o silêncio dos caminhoneiros diante desses aumentos.

A conversa do presidente Bolsonaro, que a sabedoria popular costuma dizer que é “conversa pra boi dormir”, está surtindo efeito.

BICHO PEGA OU BICHO COME?
O presidente Jair Messias Bolsonaro vive o dilema do “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.

Refiro a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Corte Máxima do Poder Judiciário. O chefe do Executivo tem recebido uma enxurrada de pressão e emocionados apelos dos bolsominions extremistas para que defenda publicamente o parlamentar.

Os bolsonaristas mais lúcidos são da opinião de que o “mito” não deve entrar nesse imbróglio. A maioria esmagadora do Centrão defende o silêncio de Bolsonaro, que ele lave às mãos e deixe o correligionário se virar sozinho.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), uma espécie de porta-voz do toma-lá-dá-cá, dar sinais de que vai deixar o deputado a ver navios. O motivo do comandante-mor da Casa Legislativa virar as costas para o colega e ficar do lado do STF, até as freiras do convento das Carmelitas sabem.

O senhor Arthur Lira tem vários processos que vão, mais cedo ou mais tarde, ser julgados pelo Tribunal.

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Marco Wense
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A conversa entre o PDT e ACM Neto deve continuar? A resposta tem que ser dada pelo deputado federal Félix Mendonça Júnior, presidente estadual do partido, depois de ouvir a Executiva nacional, sob a batuta de Carlos Lupi.

A legenda se aproximou do ex-alcaide de Salvador na sucessão soteropolitana. Leo Prates e Ana Paula Matos, respectivamente secretário de Saúde e a vice do prefeito Bruno Reis (DEM), são filiados ao PDT. Os dois participaram do então governo de ACM Neto.

O namoro entre o PDT e o DEM de ACM Neto, que preside nacionalmente a legenda, foi marcado por duas claras intenções. Pela parte de Neto, tirar a sigla da base aliada do governador Rui Costa (PT). Pelo PDT, a importância de um palanque na Bahia para Ciro Gomes.

Discordo dos que acham que o imbróglio envolvendo o processo sucessório da Câmara dos Deputados, com a atuação de Neto a favor de Arthur Lira (PP-AL), candidato do presidente Bolsonaro, significou um ponto final na conversa entre o PDT e o ex-chefe do Palácio Thomé de Sousa.

Por mais estranho que possa parecer, toda confusão pode provocar um novo diálogo sobre o pleito de 2022. O silêncio da cúpula nacional do PDT diante da posição de Neto na eleição do Parlamento Federal é um sinal de que pode haver um recomeço.

Esse colóquio entre o PDT e Neto divide a militância da legenda. Para os que discordam, a opinião é de que o ex-alcaide não é confiável. Para a outra metade, o partido não pode abrir mão de um ponto de apoio para o presidenciável Ciro Gomes na Boa Terra.

A recente declaração de ACM Neto de que “se manter distante do governo federal é o caminho certo”, oxigenou a ala da legenda defensora de um acordo com o ex-prefeito: o PDT apoiando a candidatura de Neto ao Palácio de Ondina e o DEM fazendo o mesmo com Ciro Gomes na disputa presidencial.

Não sei o que passa pela cabeça de Carlos Lupi e, muito menos, pela de Félix Júnior. É um assunto que merece muita reflexão. O PDT não pode mais errar.

Uma coisa é certa: mais cedo ou mais tarde, o PDT vai ter que tomar uma posição em relação à sucessão do governador Rui Costa. A dubiedade, a incerteza e o vai-não-vai são ingredientes que podem provocar desânimo na militância, que merece todo respeito do mundo. Sem ela, adeus PDT.

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Marco Wense
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Josias Gomes, deputado federal licenciado, hoje secretário estadual de Desenvolvimento Agrário, deixou nas entrelinhas, na sua entrevista ao site soteropolitano Política Livre, que o governador Rui Costa dificilmente será o candidato do PT na sucessão presidencial de 2022.

Josias, que já foi dirigente-mor estadual do Partido dos Trabalhadores, disse que a legenda “não deve descartar a possibilidade do governador Rui Costa se lançar candidato à presidência da República”. Essa declaração é a prova inconteste de que o chefe do Palácio de Ondina vem sendo preterido pela cúpula do lulopetismo.

Ora, se vem sendo isolado, escanteado pelo alto comando do PT, sob a batuta de Gleisi Hofmann, é sinal de que o ex-presidente Lula não quer Rui Costa como candidato na sucessão de Bolsonaro, que continua apostando em Fernando Haddad. Quem manda no PT é Lula e ponto final.

Josias também cita Camilo Santana e Wellington Dias, os outros dois governadores do PT, respectivamente do Ceará e Piauí, como opções da sigla para a disputa do maior e mais cobiçado cargo do Poder Executivo.

Josias lembra de Santana e Dias só por uma questão de companheirismo e educação política. Ora, até as freiras do convento das Carmelitas sabem que os governadores do Ceará e do Piauí são cartas que não se encontram mais no baralho do lulopetismo, já excluídas do jogo pelo poder. A chance de um deles ser o candidato é zero.

Santana é ligado a Ciro Gomes, que é presidenciável pelo PDT. Só esse bom relacionamento político entre ele e Ciro já é motivo para o lulopetismo defenestrá-lo. Wellington Dias é de um Estado pequeno, que não tem força política suficiente para enfrentar adversários de outros entes federativos mais poderosos.

Outro ponto é que Josias, ao defender o nome do governador Rui Costa, faz referência a sua boa gestão. O que nos leva a uma pertinente pergunta: Por que Fernando Haddad é o queridinho de Lula? E aí não tem como deixar de lembrar que o preferido de Lula foi considerado o pior prefeito da cidade de São Paulo. Politicamente falando, sequer passou para o segundo turno na tentativa de se reeleger. E mais: perdeu em todas as urnas para o tucano João Doria.

Só tem um argumento para justificar esse chega pra lá do ex-presidente no governador Rui Costa: Lula não esqueceu da opinião de Rui de que o PT não poderia condicionar as alianças partidárias à defesa do então movimento “Lula Livre”. A polêmica declaração, que provocou muito alvoroço nas hostes do petismo, foi dada assim que Lula deixou a prisão, sua “moradia” por longos 580 dias.

Josias sabe que se depender da cúpula do lulopetismo, obviamente sob às ordens de Lula, Rui Costa não será candidato ao Palácio do Planalto. Com efeito, tem até gente graúda na legenda defendendo sua permanência no governo até o último dia do mandato.

Concluo dizendo que Fernando Haddad tem um invejável cabo eleitoral, que torce efusivamente para que seja o nome do PT no pleito de 2022 : Jair Messias Bolsonaro.

PS – O melhor caminho para o governador Rui Costa é, sem nenhuma dúvida, disputar o Senado da República. Qualquer outro rumo, até mesmo ser o candidato do PT na sucessão de Bolsonaro, é desaconselhável. A certeza de uma eleição para o Congresso Nacional não pode ser trocada por uma aventura que nem Tarzan toparia.

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Marco Wense
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Confesso que não achei um título que encaixasse perfeitamente no comentário de hoje envolvendo o presidente Jair Messias Bolsonaro e ACM Neto, ex-prefeito de Salvador.

Mesmo não ficando satisfeito, o intitulei de “Coisas da Política”. São dois assuntos. O primeiro diz respeito ao comportamento do chefe do Palácio do Planalto na pandemia do novo coronavírus. O segundo trata da indecisão do ex-gestor soteropolitano, que é o comandante-mor do DEM nacional, em relação a seu futuro político.

Começando pelo pré-candidato a governador da Bahia, volto a repetir que o democrata precisa de uma bússola para orientar seu rumo político: o que quer, o que pretende fazer, com que forças e grupos políticos pretende se juntar, enfim, buscar um caminho. Disse ontem que esse vai e vem de Neto, essa sua indefinição diante do cenário político, pode prejudicar sua pretensão de ser o morador mais ilustre do Palácio de Ondina, que seu “hibridismo político” vai terminar fazendo com que perca o favoritismo na sucessão estadual decorrente de uma natural fadiga do eleitorado com o petismo, que com o fim do mandato de Rui Costa completará 16 anos de poder na Boa Terra.

ACM Neto tem que tomar uma decisão sobre sua posição diante do governo Bolsonaro. Ficar nessa de cativar os dois lados – bolsonarismo e oposição – é desaconselhável. Vai terminar desagradando a gregos e troianos. Vale lembrar que muitos bolsominions, principalmente os radicais, já chamam Neto de “comunista”.

No outro dia, que é hoje, sexta (12), me deparo com a seguinte declaração do ex-alcaide: “Não teria nenhuma dificuldade de estar ao lado do PSB, PCdoB e PT”. Fica parecendo que Neto está ameaçando debandar para o outro lado para ser melhor tratado pelo presidente Bolsonaro. Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que o tiro termina saindo pela culatra quando se agrada, simultaneamente, dois diferentes campos ideológicos.

A conclusão sobre ACM Neto é que precisa conversar com seus próprios botões sobre essa insegurança, esse vai-não-vai, sob pena de ficar desacreditado pelos dois lados e, como consequência, o sonho de ser governador virar um pesadelo. Essa sua dubiedade já provoca uma queda nas intenções de voto.

E o presidente Jair Messias Bolsonaro? Continua o mesmo. Quem apostou que mudaria com o aumento do número de óbitos em decorrência da pandemia do cruel e devastador novo coronavírus se deu mal, perdeu dindin. É incrível como o chefe de uma Nação teima em dar declarações desastrosas diante de tantas perdas de vidas humanas.

Tivemos ontem o maior índice de mortes registrado em 24 horas neste ano de 2021. Cerca de 1452 pessoas deram adeus ao planeta terra, totalizando quase 237 mil óbitos pela covid 19.

O presidente Jair Messias Bolsonaro em vez de emitir uma nota ou dar uma declaração para confortar as famílias que tiveram seus entes queridos levados pelo perverso vírus, lança mão de mais uma frieza: “Não adianta ficar em casa chorando, não vai chegar a lugar nenhum”. Para Bolsonaro, morreu, morreu, esqueça os mortos, eles não levantam mais.

Portanto, na Coluna Wense de hoje, um erro político que pode custar muito caro e uma imperdoável insensibilidade com a vida do ser humano.

PS – O dilema de ACM Neto tende a crescer quando as pesquisas apontarem que a rejeição do presidente Bolsonaro segue crescendo no eleitorado baiano.

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Marco Wense
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O ex-alcaide de Salvador, ACM Neto, presidente nacional do Partido do Democratas (DEM), vai ter que tomar uma decisão sobre seu futuro político: o que quer, o que pretende fazer, com que forças e grupos políticos pretende se juntar, enfim, buscar um caminho.
Esse vai-não-vai em torno do bolsonarismo pode prejudicar sua legítima pretensão de comandar o cobiçado Palácio de Ondina.

O ex-gestor soteropolitano não vai conseguir levar seu, digamos, hibridismo político por muito tempo.

O dilema de se aproximar mais ainda do presidente Bolsonaro ou não, mantendo só o diálogo institucional, é cada vez mais angustiante.

E o motivo principal dessa dúvida é o forte antibolsonarismo apontado nas pesquisas, cada vez mais intenso no eleitorado baiano.

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Marco Wense
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O ex-alcaide de Salvador, ACM Neto, presidente nacional do DEM, resolveu só pensar nele. Com um piscar de olhos, sem se preocupar com os que estão ao seu redor, virou adepto fervoroso do primeiro eu, depois também eu. É o ACM Neto, digamos, “murici”, defensor de que cada um cuide de si e os outros que se danem.

ACM Neto deixou, pelo menos de fato, nas suas atitudes, de ser o representante dos democratas para defender seus próprios interesses políticos, sempre de olho no que é melhor para ele em detrimento de outras lideranças da sigla que já procuram outro abrigo partidário.

Está ficando politicamente isolado não só em termos de companhia física como em relação aos partidos. Cito o MDB e PSDB como exemplos de que ACM Neto vai caminhando para ficar sozinho.

A Executiva nacional do emedebismo, presidida por Baleia Rossi, que foi derrotado na eleição da Câmara dos Deputados, não anda nada satisfeita com o ex-gestor soteropolitano, que trabalhou intensamente pela vitória de Arthur Lira (PP), o candidato do presidente Jair Messias Bolsonaro. Esse apoio não explícito, mas bem escancarado nos bastidores, levou Rodrigo Maia, amigo de mais de 20 anos, chamar Neto de “traidor”, que faltou “caráter” ao agora ex-correligionário. “Mesmo a gente tendo feito o movimento que interessava ao candidato dele no Senado, ele entregou a nossa cabeça numa bandeja ao Palácio do Planalto”, desabafou Maia.

Como não bastasse o MDB, com toda razão tiririca da vida com ACM Neto, tem o PSDB do ex-presidente FHC e de João Doria, governador de São Paulo. O tucanato já mandou avisar que não quer conversa com Bolsonaro, dando assim um recado bem direto para o netismo.

Como não tem mais diálogo com o comando nacional do MDB, legenda importante em qualquer sucessão estadual, ACM Neto tenta amenizar na planície, na Boa Terra, longe de Brasília, o imbróglio que ele mesmo criou. Seu último encontro foi com o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, que mesmo com tantos problemas na Justiça, continua tendo forte influência no emedebismo baiano.

A sabedoria popular costuma dizer que a esperteza, quando é demais, costuma engolir o esperto. ACM Neto quer ser bolsonarista nos bastidores e, de público, ficar dizendo que não tem nenhum compromisso com o presidente Bolsonaro. Ora, até as freiras do convento das Carmelitas sabem que o plano B de ACM Neto é ser vice de Bolsonaro no pleito de 2022. Para que isso ocorra, só precisa que as pesquisas de intenções de voto apontem que o segundo mandato consecutivo do chefe do Executivo, via instituto da reeleição, tem boas chances.

Venho dizendo que ACM Neto só vai disputar o governo da Bahia se houver uma cisão na base aliada do governador Rui Costa (PT), um racha que venha provocar uma mudança significativa no cenário eleitoral. Se PT, PSD e PP se entenderem em torno da composição da chapa majoritária, ACM Neto desiste da candidatura. Vale lembrar que essa união na base aliada, com um por todos, todos por um, depende do senador Jaques Wagner, que terá que abrir mão da sua pretensão de governar a Bahia pela terceira vez. Uma chapa encabeçada por Otto Alencar (PSD), Rui Costa senador (PT) e o vice-governador sendo indicado por João Leão, que passaria a ser o governador da Bahia, é tida como imbatível.

O problema da desistência de Wagner não é ele, que pode muito bem continuar por mais um bom tempo como senador. A exigência, seguida por uma contínua pressão, vem do ex-presidente Lula, que parece não perdoar e nem esquecer a então declaração de Rui Costa. Assim que o líder-mor do lulopetismo deixou a cadeia, o chefe do Palácio de Ondina disse que as conversas com outros partidos não poderiam ficar condicionadas à defesa do “Lula Livre”, o que deixou Lula irritado.

Concluo dizendo que ACM Neto, que tinha tudo para ter um futuro político sem nevoeiro pela frente, assentado nos dois bons governos na prefeitura de Salvador, considerado como um dos melhores gestores do país, pegou o caminho errado.

Resta a ACM Neto torcer para que PT, PSD e PP não se entendam na formação da majoritária e, quem sabe, pegar a “sobra” do desentendimento. Do contrário, vai correr para ser o vice de Bolsonaro, obviamente com a ajuda dos dois presidentes do Congresso Nacional, Arthur Lira (PP) na Câmara dos Deputados e Rodrigo Pacheco (DEM) no Senado da República.

PS (1) – A desistência de ACM Neto em concorrer ao governo da Bahia, como aconteceu na sucessão de 2018, vai provocar uma revolta incontrolável no netismo, principalmente em quem pretende disputar uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado e na Câmara dos Deputados, mais especificamente nos candidatos à reeleição. Vale lembrar que no pleito passado vários deputados não conseguiram se reeleger em decorrência do recuo de ACM Neto, que acionou José Ronaldo (DEM), ex-prefeito de Feira de Santana, como seu substituto no processo sucessório. Cito como exemplo, bem simbólico, a não-reeleição do ex-tucano Augusto Castro para o Parlamento estadual. Castro, hoje prefeito de Itabuna, assim que terminou o pleito se filiou ao PSD do senador Otto Alencar, presidente estadual da sigla. Pré-candidatos a deputado estadual e federal pretendem ter uma conversa definitiva com o ex-alcaide de Salvador sobre à sucessão de Rui Costa. Caso percebam que o Neto está na dúvida em relação à disputa pelo comando do Palácio de Ondina, alguns deles podem ir para a base aliada do governador Rui Costa. Volto a repetir que se ACM Neto não fizer uma reflexão sobre seu futuro político, corre o risco de ficar a ver navios.

PS (2) – Se ACM Neto for o vice de Bolsonaro, que é o mais ilustre representante do MSP (Movimento dos Sem Partidos), deixa de ser “comunista”. Quem sabe até passe a ser chamado pelo bolsonarismo de raiz de “suplente de mito”.

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Marco Wense
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O caro e atento leitor, principalmente o que gosta e acompanha o processo político, deduz logo que o título acima diz respeito aos postulantes à Assembleia Legislativa do Estado e a Câmara dos Deputados. Não perdoaria se fosse sobre o pleito municipal de 2024, analisando os prováveis adversários do prefeito Augusto Castro (PSD).

O assunto, que de agora em diante passa a ser pauta obrigatória nas reuniões partidárias, já vem sendo discutido nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus.

Quem seriam os pré-candidatos a deputado estadual e federal? Certo mesmo é que o governo Augusto Castro terá seus nomes, de preferência do seu partido e com o aval do senador Otto Alencar, presidente estadual da legenda e pré-candidato ao governo da Bahia na sucessão de 2022.

Pelo PDT, o médico Antônio Mangabeira, presidente do diretório municipal, ainda não tomou uma decisão sobre seu futuro político. Vale lembrar que o pedetista é suplente de deputado federal. Sua primeira reunião para tomar uma posição, se disputa ou não o Parlamento federal, será com os integrantes da Executiva.

Outro indeciso é o Capitão Azevedo, ex-alcaide de Itabuna e filiado ao PL. Se resolver ser candidato, é para deputado estadual. Comenta-se sobre o seu retorno ao DEM de ACM Neto, cuja candidatura ao comando do cobiçado Palácio de Ondina é tida como certa pelo netismo.

Não acho a candidatura do ex-gestor de Salvador como irreversível. Percentualmente, deixaria uma margem de 20% de possibilidade de ACM Neto, dependendo do cenário político, buscar outro caminho, até mesmo ser vice do presidente Bolsonaro. Se houver um entendimento na base aliada do governador Rui Costa entre o PT, PSD e PP, com Jaques Wagner abrindo mão de encabeçar a majoritária, Neto pode desistir de sua legítima pretensão de governar a Boa Terra.

E a ex-prefeiturável e ex-vereadora Charliane Sousa vai sair candidata pelo MDB? E o médico Edson Dantas? Além do edil Erasmo Ávila, presidente da Casa Legislativa, tem outro vereador querendo ser candidato?

Tem Isaac Nery, que também é médico e obteve uma boa e surpreendente votação para prefeito. O ex-candidato ao centro administrativo Firmino Alves já decidiu que vai disputar. A dúvida é se para estadual ou federal.

A candidatura do vice-prefeito Enderson Guinho, do Cidadania, para o Parlamento estadual, é dada como favas contadas. Com efeito, o nome de Erasmo Ávila, da mesma sigla do chefe do Executivo, foi ventilado para não deixar que o vice faça o discurso de que é o candidato do governo AC.

É evidente que a eleição para governador pode mudar muita coisa em relação ao apoio do, digamos, augustianismo à candidatura de fulano, beltrano ou sicrano, principalmente se o senador Otto Alencar disputar à sucessão de Rui Costa. Vale lembrar que o Cidadania, do vice Enderson Guinho, é da base de ACM Neto. O presidente estadual da legenda, Jocival Rodrigues, é netista e pré-candidato a deputado federal.

Em 2021, tudo muito calmo e sem significativos atritos políticos. Em 2022, ano eleitoral, tudo muito agitado. Os interesses políticos se afloram, é ano da “farinha pouca, meu pirão primeiro”.

Concluo dizendo que o prefeito Augusto Castro pode até ser enganado na parte administrativa. Mas no campo da política vai ser muito difícil fazê-lo de bobo.

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Marco Wense
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O ex-prefeito soteropolitano ACM Neto, comandante-mor do DEM nacional, anda meio perdido, sem saber para que lado vai.

Disse que não descarta nenhuma opção na sucessão do Palácio do Planalto no pleito de 2022, nem mesmo o presidente Jair Bolsonaro. O que chamou atenção foi o “nem mesmo”, o que terminou deixando o bolsonarismo irritado.

Para muitos bolsonaristas, o ex-alcaide tratou o segundo mandato consecutivo do chefe do Poder Executivo com indiferença, com desdém. Quem melhor definiu esse vai e vem de Neto, essa inconstância, foi Flávio Barreto, ex-presidente do diretório do PT de Itabuna: “Virou biruta de aeroporto”.

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Tido como um invejável articulador político, o senador Jaques Wagner (PT) tem pela frente uma missão considerada muito difícil: convencer o governador Rui Costa, companheiro de legenda, a ficar no Palácio de Ondina até o fim do mandato.

Se Rui atender o desejo de Wagner, fica dois anos sem função parlamentar outorgada pelo cidadão-eleitor-contribuinte, o que significa deixar de lado uma eleição garantida para o Senado da República, dada como favas contadas até pelo grupo de ACM Neto, pré-candidato do DEM ao governo da Bahia no pleito de 2022.

Se Wagner conseguir demover Rui Costa de sua postulação ao Senado, juntar o PSD de Otto Alencar e o PP de João Leão em torno de sua candidatura, passa a ser um “monstro” dos bastidores da política brasileira. Vale lembrar que o PSB de Lídice da Mata é certo e, obviamente, o PT. É evidente que outras siglas, essas de menor expressão, vão também aderir ao projeto político de Wagner de governar a Boa Terra pela terceira vez.

E o PDT do deputado federal Félix Júnior? Confesso que não sei como a sigla brizolista vai caminhar na sucessão de Rui Costa, já que não existe uma definição clara sobre o rumo que a sigla deve tomar na sucessão estadual. Mais cedo ou mais tarde, o PDT vai ter que tomar uma posição. A dubiedade, a dúvida e a incerteza são pontos que não podem permanecer por muito tempo, sob pena do eleitor começar a achar que o PDT está perdido.

Esse Wagner é danado. Sabe que agradar os filhos dos políticos é o melhor atalho para ter o apoio dos pais. O senador quer o deputado Otto Filho (PSD) e Cacá Leão (PP) na chapa majoritária, respectivamente filhos do senador Otto Alencar, presidente estadual do PSD, e do vice-governador João Leão, dirigente-mor do pepismo baiano.

Como o PSD e PP têm uma boa quantidade de prefeitos, Wagner quer Otto Filho como candidato a vice-governador e Cacá Leão como senador, deixando a opção para o papai Leão em indicar outro nome se o filho não aceitar o convite de Wagner, que pretende usar o ex-presidente Lula na missão de deixar Rui Costa a ver navios em 2022, salvo se o lulopetismo indicá-lo para disputar a sucessão de Bolsonaro, ainda integrante do Movimento dos Sem Partido (MSP), sem dúvida o mais ilustre.

Rui Costa estaria sabendo dessas articulações de bastidores de Jaques Wagner? Até quando pretende ficar em silêncio diante de um Wagner cada vez mais convencido de que Rui Costa deve ficar até o último dia do mandato? Rui Costa vai deixar uma vitória certa para o Senado para satisfazer o desejo do companheiro?

Correligionários mais próximos de Rui são da opinião de que o governador não vai abrir mão de disputar o Senado, assim como Wagner em relação ao comando do cobiçado Palácio de Ondina. A chapa do governismo seria quase que puro-sangue, só restando a vaga de vice-governador para negociar com os partidos da base, o que provocaria uma debandada dos insatisfeitos para o lado de ACM Neto (DEM), sendo o PP o primeiro a pular do barco. Vale lembrar que o pepismo é controlado pelo Centrão, hoje aliado de carteirinha do presidente Bolsonaro, que parece ter feito as pazes com o ex-alcaide de Salvador, o “comunista” ACM Neto.

Outro ponto, não menos importante, é que a desincompatibilização de Rui para concorrer em 2022, deixa o vice João Leão na titularidade do cargo, o que faz o PP se tornar mais forte e imprevisível.

O que vem se comentando, em conversas reservadas entre os petistas mais ligados a Rui Costa, é que o governador pode procurar outro abrigo partidário caso perceba que a intenção do lulopetismo é deixá-lo de fora da eleição de 2022. PSD, PDT e PSB seriam as opções mais viáveis para Rui. Eleitoralmente falando, o PSD é o melhor caminho. Para manter a coerência ideológica, o PDT ou PSB. O PSD é tão bolsonarista como o DEM e o PP.

Agora é esperar pela reação do governador Rui Costa diante das manobras do senador Jaques Wagner. Nesses casos, sempre digo que assim como no direito, ficando sempre atento aos prazos, o processo político não costuma socorrer os que dormem.

Que situação, hein! Wagner querendo ser novamente governador da Bahia, sabendo que sem o PSD e PP não ganha para ACM Neto, e Rui Costa ciente de que ficar dois anos sem mandato pode atrapalhar seus legítimos projetos políticos.

PS – ACM Neto tem também seus dilemas. Se ficar muito bolsonarista, corre o risco de perder os votos do antibolsonarismo que existe em uma parcela significativa do seu eleitorado. Se ficar contra Bolsonaro, vai ser novamente taxado de “comunista” e, como consequência, um chega pra lá dos bolsominions. Neto, que enganou a todos na eleição da Câmara dos Deputados, com destaque para Rodrigo Maia, seu amigo de partido, considerado como o mais próximo, vai ficar sempre de olho nas pesquisas de intenções de voto para à presidência da República, principalmente no quesito rejeição e, mais especificamente, na Bahia. Se vai conseguir ser “híbrido”, agradar lá e cá, é uma outra questão.

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