Fisioterapeuta Lorenna Alves, mãe de Liz

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Um projeto de humanização tem sido um bom aliado na recuperação de bebês prematuros internados nos leitos das unidades de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e Canguru do Hospital Manoel Novaes (HMN), em Itabuna. Implantado há pouco mais de cinco meses, o “Mãe Acompanhante” possibilita que as mamães fiquem maior tempo mais próximas de seus filhos, amamentando, dando carinho e acompanhando a assistência da equipe multidisciplinar da unidade.

Entre as mães que participam do projeto está a fisioterapeuta Lorenna Alves dos Santos, moradora do bairro da Conquista, em Ilhéus. A mãe de Liz, de 2.380 kg, aprovou a iniciativa do hospital pediátrico. “Não sei como estariam as nossas vidas se eu tivesse que passar o dia inteiro longe dela. Certamente eu ficaria aflita e ansiosa para saber, o tempo todo, informações sobre a minha filha”. A pequena Liz nasceu no dia 30 de abril.

“Mãe de primeira viagem”, Lorenna afirma que a experiência de participar do projeto é enriquecedora e que o desenvolvimento da bebê está sendo espetacular. A fisioterapeuta conta que o resultado está superando a expectativa da família. “Ficamos juntas por mais tempo. Isso tem contribuído para que a revolução dela ocorra de maneira mais rápida”, acredita. Ela se desloca de Ilhéus para Itabuna todos os dias da semana.

Quem também fez questão de ficar mais tempo perto da filha foi Eliana Queiroz da Cruz, moradora do Parque Verde, em Itabuna. Desde o dia 28 de abril que a mãe da pequena Iarley, que pesa 2.772kg, chega à unidade por volta das 8h para passar a maior parte do dia ao lado da pequena. “Deixo a unidade no início da noite, às 18h, com o coração partido. A saudade seria ainda maior se tivesse de passar mais tempo longe da minha bebê”, conta.

Eliana Queiroz da Cruz, moradora do Parque Verde

RESTABELECER VÍNCULO
A diretora técnica do HMN, a médica Fabiane Chávez, explica que o projeto ajuda a restabelecer o vínculo do bebê com a mãe, que foi temporariamente desfeito pelo fato dele ser prematuro ou por outra complicação de saúde que precise de internação na UTI Neo Neonatal. “Quando a mãe pode ficar com o filho em recuperação, o vínculo é refeito e a alta médica acaba sendo muito mais rápida”, observa.

A médica afirma que já foi comprovado cientificamente que os bebês ganham peso mais rápido quando estão juntos das mães, que cuidam da alimentação, dando banho e trocando fralda. “Para os bebês e toda a família é reconfortante que as mães estejam acompanhando o progresso dos filhos. Esse processo é muito gratificante para a nossa equipe também, pois o foco aqui é prestar assistência de qualidade aos pacientes. Toda a vez que melhoramos a assistência para eles, estamos melhorando as nossas condições de trabalho também”, avalia.

Fabiane Chávez explica que não existe restrição para ingresso das mães no projeto de humanização. Elas só precisam ter disponibilidade de tempo para ficar ao lado dos bebês, que necessitam estar estáveis para a inclusão. “Mas o nosso plano é aumentar o número de participantes, com a inclusão de bebês que precisam de cuidados maiores por causa da gravidade no quadro de saúde. Estamos esperando somente que melhore essa situação da pandemia do novo coronavírus. A expectativa é que isso ocorra no próximo ano”.

De acordo com a psicóloga da UTI Neonatal do HMN, Thatyanna Rodrigues, o projeto tem ferramentas que contribuem para o fortalecimento do vínculo afetivo com o recém-nascido, reduzindo o estresse parental e familiar. “Além de preparar os pais para os cuidados com o recém-nascido e buscar neutralizar os efeitos decorrentes da separação”, detalha a profissional. As mães que participam do projeto ficam das 8 às 18h, todos os dias da semana, e têm direito a todas as refeições do dia.

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As mães também estão sendo contempladas com ações realizadas pela SCMI em parceria com O Boticário

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Familiares e pacientes da Unidade de Oncologia Pediátrica do Hospital Manoel Novaes (HMN) e do Centro de Radioterapia da Santa Casa de Itabuna (SCMI) tiveram uma manhã de quinta-feira (6.maio) diferente. Eles foram brindados com uma linda apresentação da Charanga da Alegria, que tocou clássicos da MPB, frevo e samba, dentre outros, na abertura da programação especial do Dia das Mães, que será celebrado no domingo (9.maio). As mães também estão sendo contempladas com ações realizadas pela SCMI em parceria com O Boticário.

Apresentação da banda musical emocionou crianças, mães e pais que acompanhavam seus filhos na consulta ou tratamento na unidade de oncologia pediátrica do HMN. Os grandes clássicos da música popular, frevo e machas carnavalescas foram apresentados também para os pacientes e acompanhantes da unidade de radioterapia da SCMI. Entre os pacientes mais animados estava o agricultor Silvestre dos Santos, morador da Fazenda Boa Vista, no distrito de Taboquinhas, em Itacaré.

Morador da zona rural de Itacaré, ele iniciou há uma semana o tratamento de um tumor de próstata. O paciente diz que fez uma viagem no tempo ao ouvir a apresentação musical. “Vou lembrar-me desse dia todas as vezes que me deslocar de Taboquinhas para fazer o tratamento em Itabuna. Foi muito especial por ter tocado muitas músicas que marcam a minha vida. Estamos precisando de ações desse tipo. Até esquecemos que estamos em tratamento”, conta. Silvestre dos Santos acrescentou ainda que, inicialmente, fará esse trajeto por um período de 35 dias.

A supervisora administrativa da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) da SCMI, Deize Souza, explica que apresentação musical foi com o objetivo de proporcionar um momento de alegria para os pacientes e para mães que passam parte de seu tempo na unidade pediátrica lutando para que a saúde de seus filhos seja restabelecida. “Sempre tentamos oferecer esses momentos de descontração e interatividade com os nossos pacientes. É uma ação voluntária feita com muito amor e carinho. E temos um retorno maravilhoso quando olhamos para o rosto de cada um”, conta.

Os músicos Douglas Araújo de Souza e Aldenir Ramos afirmam que a apresentação é uma forma de retribuição ao carinho que recebem do público. “Esses encontros com pacientes em tratamento não têm preço. Ficamos muito contentes com a receptividade e carinho deles. Esse tipo de reconhecimento é o maior patrimônio para o artista”, comemora Aldenir Ramos.

“É gratificante ajudar a proporcionar um momento de alegria para essas crianças aqui, do ambulatório, e os adultos em tratamento no Centro da Radioterapia. Percebemos o sorriso na expressão facial deles. Para nós, que estamos sem poder fazer o que mais gostamos por causa da pandemia, é confortante essa oportunidade de levar a nossa arte para pessoas que estão precisando tanto de ter a saúde restabelecida”, afirma Douglas Araújo. A Charanga da Alegria existe há 9 anos.  

A ação busca reforçar a importância de se lavar às mãos

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A higienização das mãos é o destaque da mais nova campanha da Santa Casa (SCMI), por meio do projeto “Mãos Limpas Paciente Seguro”, estratégia Multimodal da Organização Mundial da Saúde (OMS) e adaptada para os hospitais Calixto Midlej Filho e Manoel Novaes. Segundo a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), responsável pela iniciativa, a ação busca reforçar a importância de se lavar às mãos.

No período da campanha, serão desenvolvidas atividades lúdicas e recreativas com toda comunidade hospitalar, desde pacientes até colaboradores, reforçando a importância de higienizar as mãos com água e sabonete líquido ou com álcool gel 70%. Durante o lançamento da campanha, o enfermeiro Marcos Abreu, do CCIH do HMN, destacou que “a higienização das mãos é uma medida básica para redução das infecções relacionadas à assistência a saúde, uma ação simples e de grande importância que pode salvar muitas vidas”.

Mãos limpas 1A higienização das mãos é reconhecida, mundialmente, como uma medida primária, mas muito importante no controle de infecções relacionadas à assistência a saúde. Na avaliação do médico infectologista, Fernando Romero, a pandemia da Covid-19 trouxe muitas mudanças para a sociedade e o ato de lavar as mãos foi uma delas. “A higienização das mãos é um dos projetos primordiais para a segurança do paciente e traz uma resposta rápida, resultando na diminuição da taxa de infecção hospitalar”, explica.

Fernando Romero salientou ainda que, embora seja uma ação simples e de baixo custo, “a não adesão a essa prática entre os profissionais de saúde ainda é um problema em todo o mundo. Por este motivo, se faz necessária a conscientização entre estes profissionais”. A adesão ao projeto é voluntária e deverá implantar os componentes propostos nos hospitais Calixto Midlej Filho e Manoel Novaes, tendo como público-alvo todos os serviços hospitalares, independentemente do número de leitos ou complexidade.  

O provedor Francisco Valdece destacou que mais de 70% dos serviços ofertados pela Santa Casa são pelo SUS

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Na manhã desta terça-feira (27.abril), o provedor da Santa Casa de Misericórdia, Francisco Valdece, detalhou para o presidente da Câmara de Itabuna, Erasmo Ávila, e o presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores, Francisco Gomes, os serviços prestados pela instituição para mais de 120 municípios baianos. Valdece esclareceu dúvidas dos parlamentares, principalmente, sobre os contratos para prestação de serviços, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), aos moradores de Itabuna.

Durante o encontro com os vereadores, o provedor destacou que mais de 70% dos serviços ofertados pela Santa Casa são pelo SUS. Ele detalhou o contrato assinado, recentemente, para que a população local tenha acesso, 24 horas, todos os dias, aos serviços ofertados no Hospital Manoel Novaes, que é referência no atendimento de média e alta complexidade nas áreas de pediatria e obstetrícia.

Francisco Valdece falou ainda sobre os investimentos emergenciais que foram feitos pela Santa Casa para atender a nova demanda do contrato que, inicialmente, tem validade de 90 dias. “Contratamos funcionários e fizemos investimentos em mais produtos, insumos e medicamentos para que os pacientes tenham serviços de qualidade”, informou Valdece. Além dos vereadores e do provedor, pela SCMI, participaram do encontro Peter Deviris, (1º tesoureiro), Sílvio Roberto (2º secretário) e André Wermann (consultor).

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Hospital Calixto Midlej Filho

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O Governo da Bahia abriu ontem, sexta-feira (9.abril), mais 10 leitos clínicos no Hospital Calixto Midlej, em Itabuna para o atendimento a pacientes com diagnóstico do novo coronavírus.

“Temos nos empenhado em ampliar a rede de assistência à saúde para atender os pacientes acometidos com Covid-19, mas a população precisa entender que estamos chegando no limite dessa abertura. Não há no estado nem equipes de profissionais para seguirmos nesse ritmo”, comenta o secretário Fábio Vilas-Boas.

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O menino foi submetido a uma embolização de aneurisma cerebral, um tratamento endovascular de aneurisma intracraniano inédito no sul da Bahia

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Os primeiros dias deste mês de abril têm sido de muita festa para a família de Wanderlypio Novais Cardoso, de 10 anos, que teve uma crise de dor cabeça e ficou desacordado por 12 dias até ser internado, na quinta-feira da semana passada, na Santa Casa de Misericórdia de Itabuna. O menino foi submetido a uma embolização de aneurisma cerebral, um tratamento endovascular de aneurisma intracraniano inédito no sul da Bahia. Foi realizado um procedimento sem abertura da cabeça do paciente.

Morador do Povoado Riacho Fundo, na zona rual de Barra da Estiva, na região da Chapada Diamantina, o menino teve o problema grave de saúde diagnosticado pela equipe médica da SCMI. “Ficamos desesperados quando ele passou mal, começou a fazer vômito, reclamar das dores de cabeça e desmaiar. Levamos para um hospital na nossa cidade e o médico disse que o meu sobrinho sofria com diabetes. Por isso, estava naquela situação. Mas os profissionais daqui detectaram qual era realmente o problema”, conta Silene Jardim Novais, tia de Wanderlypio Novais.

De acordo com o chefe do serviço de Neurocirurgia da Santa Casa de Itabuna, Sílvio Porto, o menino foi diagnosticado com hemorragia subaracnóidea espontânea por ruptura de aneurisma cerebral. “E foi um sucesso o procedimento realizado pelos médicos Fernando Schmidt, Antônio Roberto de Campos Júnior e pelo médico anestesista Rafael Cano Ribeiro no setor de hemodinâmica da SCMI”.

Paciente do Sistema Único de Saúde (SUS), o menino deixa o hospital com todas as funções neurológicas funcionando perfeitamente. “A complicação de saúde foi descoberta logo que o paciente chegou ao hospital e os nossos profissionais fizeram um procedimento perfeito. Por isso, acredito que essa criança terá uma vida normal”, afirma a diretora técnica do Hospital Manoel Novaes, Fabiane Chávez.

ESTRUTURA PARA REALIZAR CIRURGIAS
A diretora técnica Fabiane Chávez destaca ainda que a chegada recente de um neurocirurgião pediátrico na Santa Casa de Itabuna representa uma grande conquista para o sul da Bahia. “Sem a estrutura física e humana que montamos, essa criança teria que ser levada para outros centros, como Feira de Santana e Salvador. Isso demostra como estamos preparados para oferecer esses serviços de alta e média complexidade aqui no sul da Bahia”, finaliza.

De acordo com o neurocirurgião pediátrico Fernando Schmidt, que passou a fazer parte da equipe da SCMI recentemente, o método usado com Wanderlypio Novais é um tratamento frequente, mas ainda de pouco acesso no sistema público de saúde, pois é um procedimento de alto custo e requer material especializado. “A cirurgia durou uma hora e a recuperação do paciente foi ótima”, conta.

Muito comunicativo, educado e carinhoso, Wanderlypio Novais, apesar da pouca idade, tem consciência do perigo que correu antes de receber o atendimento médico, pois gostava de subir em árvore para retirar frutas. “Eu poderia ter desmaiado em uma das vezes em que estava em cima de um pé de jaca, por exemplo. Acho que eu não estaria vivo hoje, não é mesmo tio?”, questionou.

Perguntado sobre o que faria quando retornasse para casa, no pequeno povoado do Rio Fundo, o menino disse que primeiro iria abraçar forte a mãe, dona Arlete Jardim Novais. Depois brincar com outras crianças e plantar maracugina para vender na feira livre. Ele gosta de futebol, é torcedor do Flamengo, mas não sonha em ser jogador de futebol, mas, sim, caminhoneiro ou trabalhar como mototaxista.

Com facilidade de fazer novas amizades, a criança diz que só quer retornar ao hospital para reencontrar os novos amigos, que são os médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, psicóloga e pessoal da higienização. Ele sabe os nomes de quase todos os profissionais. “Você vai colocar os nomes deles na reportagem? Porque quero agradecer a todos que cuidaram de mim”, disse. Wanderlypio Novais Cardoso completa 11 anos no próximo dia 13.

Fabiane Chávez ressalta que a situação só tem se agravado

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A diretora técnica do Hospital Manoel Novaes, da Santa Casa de Itabuna, Fabiane Chávez, voltou a alertar sobre o aumento de casos de novo coronavírus em crianças e adolescentes no sul da Bahia. O número de atendimentos a pacientes com suspeita ou positivados não para de crescer. Nos primeiros 15 dias de fevereiro, por exemplo, foram 70 atendimentos. Esse número saltou para 105 no mesmo período de março.

Esse é o pior momento desde o início da pandemia do novo coronavírus, conforme avaliação da médica pediatra. Segundo Fabiane Chávez, as equipes do Hospital Manoel Novaes nunca fizeram tantos atendimentos de pacientes infectados pelo novo coronavírus em um período tão curto de tempo. Na terça-feira (16), por exemplo, todos os 16 leitos Covid-19 estavam ocupados e a unidade não teve como receber novos pacientes naquele dia.

A médica observa que o aumento de casos de Covid-19 em crianças e adolescentes é registrado também na rede básica de saúde em Itabuna, onde também atua. “Dia desses, de 10 crianças que atendi na unidade de saúde, oito testaram positivo para a doença. Há crescimento na quantidade de pacientes graves, que precisam de um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O número de vagas nos hospitais pediátricos no Brasil já era insuficiente antes das internações por Covid e, piorou com esse aumento de casos”, afirma.

A SITUAÇÃO VEM SE AGRAVANDO
Fabiane Chávez ressalta que a situação só tem se agravado. “Atualmente, o plantonista atende pacientes Covid-19 o dia inteiro. Mas não é só isso. Tem chegado cada vez mais pacientes necessitando de internação. Isso ocorria com BEM menos frequência no ano passado, durante a primeira onda da pandemia”. Ela lembra ainda que já há, no sul da Bahia, mortes confirmadas de crianças infectadas pela doença.

De acordo com a diretora técnica, muitos pais ainda não entenderam a crise sanitária que o mundo está atravessando e não têm sido rigorosos nos cuidados com as crianças e adolescentes. “Quase toda a hora temos que convencer os pais de que a doença apresentada pelos seus filhos é indicativo de Covid-19. Quase sempre o resultado é positivo para o vírus. Eles precisam ter mais cuidado e pararem com o negacionismo”.

Aumentou também, nos últimos meses, o percentual de mulheres grávidas infectadas pela Covid-19 e os bebês estão nascendo positivados. “Todos devemos redobrar os cuidados, principalmente, por causa da circulação das variantes de Manaus e do Reino Unido. As pessoas estão morrendo mais. Em muitos casos jovens, sem comorbidades e até crianças”, finaliza. Nesta quarta-feira (17), a taxa de ocupação de leitos do Manoel Novaes de UTI e clínicos é 100%.  

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O provedor Francisco Valdece, afirma que aquisição dos equipamentos era um sonho antigo e que agora se concretizou. “Resultado de muito empenho e negociação, sobretudo porque enfrentamos um momento de poucos recursos financeiros”, conta

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A Santa Casa de Misericórdia de Itabuna acaba de colocar em funcionamento 52 máquinas modernas para assegurar mais conforto para os pacientes do Centro de Diálise, que atende moradores do sul da Bahia. Os equipamentos são de última geração e oferecem, dentre outras vantagens, um sistema que possibilita a sua configuração conforme o perfil e a necessidade de cada usuário.

O coordenador do Serviço de Nefrologia, Rodolfo Silva Nascimento, destaca que, com a troca das máquinas, os pacientes vão esperar menos tempo para entrar no programa de terapia substituição de renal, evitando-se assim internação prolongada ou piora dos sintomas. O médico explica que a redução no tempo de espera ocorrerá também porque haverá um número maior de máquinas em funcionamento.

ESTRUTURA FÍSICA
As substituições das máquinas, informa o provedor, não impactarão somente na qualidade de atendimento para o paciente, mas também possibilitam um aumento na oferta de serviços. “Porque teremos mais máquinas disponíveis e funcionando por mais tempo”, explica.

De acordo com o diretor administrativo da Santa Casa, Wagner Alves, além da aquisição das máquinas novas, foram feitos investimentos na estrutura física do Centro de Diálise, que funciona no anexo do Hospital Calixto Midlej Filho. “Estamos trabalhando para proporcionar ainda mais conforto não somente para os pacientes, mas melhores condições de trabalho para os funcionários”, relata.

A cerimônia de entrega das novas máquinas e revitalização do espaço contou com a participação de funcionários, diretores da SCMI e hospitais Calixto e Manoel Novaes; membros da irmandade; diretora do Núcleo Regional de Saúde, Domilene Borges Costa, que representou o secretário de Saúde, Fábio Vilas-Boas; e a subsecretária de Saúde de Itabuna, Lânia Peixoto.  

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Hospital Calixto Midlej Filho – estão distribuindo otimismo e esperança

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O período de internação de quem precisa de um leito de hospital é uma fase de muitas incertezas, angústia e expectativa para uma pronta melhora no quadro de saúde. Diante desse cenário, dois pacientes do Pavilhão Francisco Ferreira -ala destinada a pacientes do SUS) do Hospital Calixto Midlej Filho – estão distribuindo otimismo e esperança para os colegas na enfermaria, onde deram entrada há mais de três meses.

O taxista Lérybe Dagner do Rosário, de Ibicaraí, e o amigo José Luiz Soares Martins, de Buerarema, decidiram não deixar a doença tirar a esperança de conclusão do tratamento e até a cura de pacientes internados na unidade. Para eles, não existem momentos ruins e todos estão ali apenas como “hóspedes”, que daqui a pouco estarão de volta para a convivência com familiares.

José Luiz está internado desde 26 de dezembro do ano passado e Lérybe chegou na enfermaria no dia 14 de janeiro. Quem chega na unidade depois dessas datas é sempre recepcionado com palavras motivacionais. “Eles recebem os novos pacientes informando-lhes que estão chegando em um SPA e que eles podem frequentar à ‘praia’ em horários estabelecidos pelos médicos”, relata a psicóloga hospitalar Carolina Peixoto Cavalcante.

A “praia” que se referem é o “banho de sol” nas primeiras horas da manhã ou final de tarde em um pequeno jardim na parte interna do hospital. “Lérybe Dagner até óculos escuros usa. É impressionante como eles conseguem transformar os momentos de adversidade em situação positiva. Conseguem contagiar os demais com coisas boas”, observa Cavalcante, que na última sexta-feira (12.mar) entregou “Certificado de Reconhecimento” aos dois pacientes.

Brincalhão e piadista, Lérybe Dagner afirma que não vale a pena passar os dias lamentando e preocupado com as dívidas e mundo lá fora. “Não podemos ficar presos a essas coisas porque, se isso ocorrer, tudo só vai piorar. Por isso, contamos piadas, histórias engraçadas da vida e causos. Assim a vida vai passando e conseguimos nos sentir melhor”.

Para José Luiz, o mais importante é ajudar o próximo, principalmente em um momento difícil da vida. “Os funcionários dizem que somos os mais organizados. Aqui conheci pessoas legais e que espero manter a amizade”, disse. Ele recebeu alta médica nesta sexta-feira (12), mas seguirá fazendo hemodiálise no Centro de Diálise da Santa Casa de Itabuna.

Já Lérybe Dagner tem uma cirurgia na próxima semana para retirada de pedras na vesícula. O procedimento está marcado para próxima terça-feira (16.mar).

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O pedreiro Rosenildo Moura dos Santos

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O pedreiro Rosenildo Moura dos Santos tinha 18 anos de idade quando uma médica informou que ele precisava iniciar, com urgência, sessões de hemodiálise porque os seus rins deixaram de funcionar. No início, Moura imaginou que não sobreviveria mais por tanto tempo, sobretudo porque o processo, na época, era arcaico e muito desgastante. Por isso, a maioria dos pacientes da diálise tinha pouco tempo de vida.

Na flor da juventude, com muito sonhos pela frente, Rosenildo Moura decidiu que tentaria levar uma vida normal. Na maior parte desses 30 anos em que é atendido no Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Itabuna, ele trabalhou duro para garantir o sustento da família. “Tinha uma vida normal. Nunca tive medo de trabalho. Eu mesmo que construir a casa onde moro em Itajuípe. Fiz tudo. Da base a pintura”, conta orgulhoso do feito. O pedreiro ainda pilota moto e faz atividades mais leves.

Rosenildo Moura, hoje com 49 anos de idade, casou-se, mas preferiu não ter filhos. Há dois anos, depois de ser submetido a uma cirurgia em uma das penas e contrair uma bactéria no local do procedimento, o pedreiro não mais conseguiu executar as atividades mais pesadas. Depois disso, ele passou a se locomover com ajuda de moletas. “Antes trabalhava como pedreiro e pintor. Fazia tudo que as pessoas sem complicação de saúde fazem”, relata.

INTERNAMENTO
O pedreiro recorda-se do dia em que a médica nefrologista Célia Kalil decidiu pelo seu internamento porque estava sofrendo uma crise renal. “Ela disse que o risco era grande de me liberar e eu sofrer um infarto no retorno para casa porque minha pressão era muito alta. Ela passou uma bateria de exames e descobriu que eu sofria com complicações renais. Tive de passar por um procedimento que ficava 24 horas de barriga para cima. Era muito desconfortável”, lembra-se.

Rosenildo Moura conta que os 13 primeiros anos de tratamento foi de muito sofrimento para ele porque, na época, não havia tecnologia disponível que tem hoje. “Conheci muita gente que não resistiu ao tratamento que era feito em uma máquina tanque. Salvava muitas vidas, mas matava muito também. Até hoje tenho sequelas causadas pela máquina, que não conseguia o processamento que as novas fazem hoje”.

Rosenildo não é o único da família Moura a ser submetido a sessões de diálise. A irmã dele, Rosimeire Moura dos Santos fez o procedimento durante 12 anos. Até ser submetida ao transplante de rins na Santa Casa de Itabuna, em março de 2013, e segue com a vida normal. “Graças a Deus, ela está bem”.

DOENÇA CRÔNICA
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a doença renal crônica (DRC) se caracteriza por lesão nos rins que se mantém por três meses ou mais, com diversas consequências, porque os rins têm muitas funções, dentre quais regular a pressão arterial, filtrar o sangue, eliminar as toxinas do corpo, controlar a quantidade de sal e água do organismo e produzir hormônios que evitam a anemia e as doenças ósseas.

Esta matéria faz parte de uma série produzida pela Santa Casa de Itabuna para mostrar a importância dos cuidados para evitar-se as doenças renais e lembrar o Dia Mundial do Rim, que é celebrado na quinta-feira (11). Neste ano a campanha nacional tem como tema principal “Vivendo bem a doença”. 

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