Operação Cegueira Deliberada investiga receptação de carga roubada

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A ex-vereadora Carminha Jerominho foi um dos alvos hoje (25) da Operação Cegueira Deliberada, desencadeada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas do Rio de Janeiro para cumprir 26 mandados de busca e apreensão contra receptadores de cargas de objetos eletrônicos, principalmente aparelhos de celular. Até o fim da manhã, 16 pessoas tinham sido presas.

Segundo a Polícia Civil, o material era destinado a áreas controladas pela milícia. Contra a ex-vereadora Carminha Jerominho, há a suspeita de ter adquirido dois dos celulares roubados. Ela é filha de Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, condenado por chefiar a maior milícia do Rio. Em 2008 Carminha estava presa, mas foi eleita vereadora. O mandato foi cassado no ano seguinte.

Um dos locais onde houve buscas foi na casa da ex-vereadora, em um condomínio de luxo em Campo Grande, na zona oeste do Rio, mas os policiais não a encontraram. Pouco tempo depois, a própria Carminha foi até os agentes. Ela disse que estava na casa de uma vizinha e não levou o celular, por isso, não teria sido localizada. A ex-vereadora, que foi levada para a Cidade da Polícia, na zona norte do Rio, para prestar depoimento, disse que comprou os celulares para dar de presente. Segundo Carminha tudo seria esclarecido aos policiais.

De acordo com as investigações, houve participação de milicianos em roubos de cargas de celulares. Um deles foi realizado no terminal de cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim, RioGaleão, em março do ano passado. Na ação, um grupo levou uma quantidade de aparelhos telefônicos avaliada em mais de R$ 3 milhões. Em outro assalto, em Ipanema, os bandidos levaram mais de R$ 120 mil em celulares de uma loja.

Ainda nas apurações, os agentes notaram que parte dos telefones foi destinada a áreas comandadas pela milícia e revendida a moradores de Campo Grande, Sepetiba, Paciência, Curicica, Tanque, Rio das Pedras, na zona oeste, e Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Na ação de hoje, os policiais também foram a lojas que vendiam celulares roubados com notas falsas.

Votação ficou em 364 a 130 pela manutenção da decisão do STF // Michel Jesus/Câmara dos Deputados

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A Câmara dos Deputados manteve, por 364 votos a favor, 130 contra e 3 abstenções, a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). O parlamentar está preso desde terça-feira (16) após divulgar um vídeo com discurso de ódio e ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a Constituição Federal, deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por opiniões, palavras e votos e não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nestas situações, os autos são remetidos à Câmara ou ao Senado para que a maioria absoluta da Casa (no caso 257 deputados) decida, em voto aberto, sobre a prisão.

Daniel Silveira foi preso no inquérito aberto em 2019 para apurar ameaças contra os ministros do STF após ter divulgado um vídeo em que, segundo decisão do ministro Alexandre de Moraes, “ataca frontalmente” os ministros da Corte.

“As manifestações do parlamentar Daniel Silveira, por meio das redes sociais, revelam-se gravíssimas, pois, não só atingem a honorabilidade e constituem ameaça ilegal à segurança dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como se revestem de claro intuito visando a impedir o exercício da judicatura, notadamente a independência do Poder Judiciário e a manutenção do Estado Democrático de Direito”, escreveu Moraes em sua decisão.

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