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Vitor Braz tinha 53 anos de idade e era morador da Terra à Vista

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O indígena da etnia pataxó, Vitor Braz, de 53 anos, foi assassinado a tiros durante um ataque contra a comunidade da Terra Indígena Barra Velha do Monte Pascoal, em Prado, no extremo sul da Bahia. Braz era morador da Terra à Vista, localizada em uma área que está em processo de demarcação.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, outro indígena foi ferido por disparos de arma de fogo durante o ataque e teve que passar por cirurgia. Ele permanece internado.

O Conselho de Caciques Pataxó considera que o caso se soma a um histórico de violações e ameaças contra o povo pataxó. Em nota, a entidade reafirmou que exige providências imediatas das autoridades.

A Secretaria da Segurança Pública da Bahia informou que um grupo denominado Força Integrada de Combate a Crimes Comuns Envolvendo Povos e Comunidades Tradicionais reforçou as ações ostensivas e de inteligência na Aldeia Terra Vista após o crime. As Forças da Segurança trabalham no local buscando identificar e capturar os envolvidos no ataque a tiros.

Novo local de votação já vai funcionar nas eleições de outubro

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A partir de agora, os indígenas da etnia Tupinambá, moradores da Aldeia Indígena Itapuã, em Ilhéus, têm um novo local de votação para as Eleições 2024. Os eleitores devem se dirigir à seção 401 da Escola Indígena Amotara, na Comunidade Indígena da Aldeia Itapuã, para registrar os votos.

Até maio deste ano, quando o cadastro eleitoral foi finalizado, 103 eleitores tinham feito a inscrição para votar no novo local. Além da Aldeia Itapuã, outras duas comunidades de Ilhéus possuem seções eleitorais, que são  Acuípe de Baixo (Colégio Estadual Indigena Tupinambá do Acuípe de Baixo) e Tupinambá (Escola Indígena Tupinambá de Olivença).

Bahia tem 229.103 pessoas que se autodeclararam indígenas no Censo de 2022

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Dados do Censo Demográfico de 2022 apontam que o número de pessoas que se autodeclararam indígenas quase quadruplicou na Bahia em comparação ao último levantamento e fazem o estado ter a segunda maior população indígena do país, com um total de 229.103 pessoas. O Censo de 2010 havia contabilizado 60.120 indígenas no estado, o que corresponde a um aumento de 168.983 pessoas se declarando ou se considerando indígenas em 12 anos.

Do total de 1.693.535 indígenas identificados pelo Censo Demográfico de 2022 no Brasil, a Bahia abriga 13,5% dos autodeclarados, abaixo apenas do Amazonas (490.854 pessoas), que possui 29,0% do total recenseado nacionalmente. O estado também ocupa a segunda posição entre aqueles com o maior número de domicílios particulares permanentes ocupados em que ao menos uma pessoa se autodeclara indígena (121.166 domicílios).

Em termos relativos, o Censo de 2022 revela que as pessoas que se autodeclaram indígenas representam 1,62% de toda a população baiana, quase o dobro da proporção verificada no Brasil como um todo (0,83% da população). Dentre as unidades da Federação, a Bahia possui a quinta mais elevada do país, ficando atrás do estado de Roraima (15,29%), que lidera o ranking, seguido do Amazonas (12,45%), Mato Grosso do Sul (4,22%) e Acre (3,82%).

Na Bahia, os três municípios com a maior população indígena estão incluídos entre os 25 maiores do Brasil. Salvador, com 27.740 pessoas indígenas em 2022, apresenta o maior contingente no estado, quarto lugar no ranking nacional de municípios com maior população indígena. Além disso, é a segunda capital com maior número de indígenas no país.

Apesar de contar com a segunda maior população indígena do país, em números absolutos, a Bahia apresentou o quinto menor percentual de população indígena vivendo nas 21 Terras Indígenas que estavam oficialmente delimitadas no estado até 31 de julho de 2022. Do total de indivíduos que se declararam ou consideraram indígenas no estado, 7,51% residiam em Terras Indígenas (17.211).

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