Decreto municipal tem validade de 180 dias

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A prefeitura de Feira de Santana decretou Situação de Emergência nas áreas afetadas pela estiagem, com validade de 180 dias. A medida quer amenizar os impactos das secas severas que afetam o município.

A decisão foi tomada em resposta a um parecer técnico da Coordenação Municipal de Proteção e Defesa Civil, que apontou a ocorrência de baixos índices pluviométricos atribuídos a fatores climáticos, como o fenômeno La Niña. Segundo o documento, a estiagem foi classificada como um desastre de Nível II.

O decreto autoriza ações emergenciais, como a entrada em propriedades para prestar socorro e a possibilidade de desapropriações de áreas em risco. A declaração de Situação de Emergência permitirá que o município receba apoio federal e estadual para a implementação de ações que visem a reabilitação das áreas afetadas e a reconstrução da infraestrutura local.

Os moradores das áreas impactadas estão sendo orientados a relatar quaisquer problemas relacionados à estiagem às autoridades competentes, a fim de que as ações de resposta sejam eficazes e rápidas. A situação permanecerá sob monitoramento constante, com atualização regular das informações e das medidas adotadas.

📷 Foto de Wevelin Monteiro

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Dezembro costuma registrar pouco mais de 200mm de chuvas, mas, até agora, só choveu 31mm

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De acordo com o último levantamento divulgado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia, 77% dos 2 milhões de hectares dedicados à oleaginosa no oeste baiano foram plantados até agora e a falta de chuva é o grande motivo para esse atraso. A média histórica de chuvas para dezembro é de pouco mais de 200 milímetros, mas, até agora, choveu somente 31 mm.

Ainda segundo o relatório, o ritmo da semeadura avança de acordo com as zonas de distribuição de chuvas das microrregiões do oeste e, apesar do retorno das precipitações na última semana, a região ainda enfrenta problemas e o replantio tem sido a realidade de muitos agricultores.

Até o momento, cerca de 1,5 milhão de hectares de soja foram plantados, o que corresponde a 77,5% da área total estimada. O clima continua sendo uma variável decisiva para a evolução e a conclusão dos trabalhos em algumas microrregiões.

É notório que as precipitações irregulares vêm comprometendo o desempenho de muitas lavouras da região oeste. Estima-se que em torno de 14% da área já pontuou a necessidade de replantio.

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Produção leiteira regional já diminuiu 50%

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A Associação dos Agropecuaristas do Sul da Bahia (ADASB) já contabiliza os prejuízos causados pela estiagem nos últimos meses e avalia o cenário como desolador. A estimativa da ADASB é que, até o final do El Niño, haja uma perda estimada de 10 mil cabeças de gado.

Na produção leiteira regional, já houve uma queda de 50%. A falta de chuva regular gera escassez de água e alimento para o gado, o que causa prejuízos, além da elevação dos preços da carne, do leite e derivados.

O presidente da ADASB, Aldrin Veiga Trevisan, disse que é necessário um decreto reconhecendo a gravidade dos reflexos dessa estiagem no campo.

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O objetivo é ampliar a adesão de empresas na compra de créditos de carbono do cacau cabruca

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Fazendas de cacau no Sul da Bahia passaram a contar com um instrumento inédito de proteção a eventuais prejuízos causados por alterações climáticas. Uma parceria entre o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), seguradora Newe Seguros, a Wiz Corporate Partners, o Instituto Arapyaú, Dengo Chocolates e ZCO2/BlockC deu origem à primeira emissão de apólice de seguro rural paramétrico para a cacauicultura no país, que tem como objetivo minimizar os impactos climáticos na lavoura ao longo da safra.

Neste caso, não é necessário que um evento climático gere um dano físico à fazenda para que o segurado tenha direito ao pagamento, como funcionaria numa apólice convencional. O produtor segurado poderá ser ressarcido em caso de volume de chuvas abaixo daquele previamente estabelecido – o que poderia prejudicar a colheita de amêndoas ali produzidas e, por consequência, a comercialização do produto.

Para construir essa ferramenta, as empresas envolvidas na iniciativa se valeram de dados gerados por estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ligado ao Ministério da Agricultura. Além de informações sobre o volume de chuvas, essas estações fornecem dados de intensidade de vento, temperatura, número de dias de sol, ocorrências de geada, granizo e inundações.

CONTRAPARTIDA
O Instituto Arapyaú, por sua vez, auxiliou na definição dos parâmetros de impacto climático na produção, bem como na inserção de contrapartidas ambientais na apólice, relativas à preservação da Mata Atlântica. O seguro paramétrico incorpora indicadores de sustentabilidade para financiar o pagamento do prêmio do seguro com créditos de carbono – de modo que os cacauicultores tenham um incentivo pra a conservação da floresta.

Ricardo Gomes, gerente do programa Desenvolvimento Territorial do Sul da Bahia, do Arapyaú, explica que, para o seguro atingir mais produtores, é preciso que haja ampla divulgação da iniciativa para estimular mais empresas a realizarem a compensação de suas emissões de carbono por meio do projeto. “Entendo que a iniciativa oportuniza conciliar a conservação e valoração do nosso ativo florestal, considerando que o carbono estocado é que financia o seguro para os produtores, e por sua vez as empresas neutralizam suas emissões de CO2”, destaca.

Ricardo informa como o mecanismo contribui para mitigar impactos negativos na renda do produtor: “É uma alternativa para oferecer, minimamente, uma garantia caso a chuva não corresponda em um período-chave para produtividade do cacau, sendo um complemento de renda para o produtor e um reconhecimento do valor da cabruca como meio de produção sustentável”, afirma.

O seguro vai cobrir perdas ocorridas entre agosto e setembro – um dos períodos decisivos para a produtividade do cacau cultivado na região. Entre 2014 e 2016, uma seca severa acabou com a produção de 50 mil hectares de cacau da região nessa época.

Empresas interessadas em adquirir créditos de carbono por meio do projeto, podem entrar em contato com o Instituto Arapyaú no e-mail comunicacao@arapyau.org.br.

SOBRE O INSTITUTO ARAPYAÚ
O Instituto é uma instituição privada, sem fins lucrativos, fundada em 2008 com o objetivo promover o diálogo e a atuação em redes para a construção coletiva e perene de soluções com base na sustentabilidade. Por meio da articulação e mobilização de diferentes atores, busca um modelo de desenvolvimento sustentável em dois territórios principais, que são a Amazônia e o sul da Bahia, duas potências em biodiversidade.

Sobre a ZCO2/BlockC
A ZCO2 é um programa B2C de coalizão de cidadãs, cidadãos e empresas engajadas em iniciativas de desenvolvimento sustentável para combater as causas das mudanças climáticas. A ZCO2 possui parceria com a Logicalis, provedora internacional de soluções e gerenciamento de serviços de TI, para apoiar a iniciativa de desenvolvimento de soluções digitais e a tecnologia blockchain do aplicativo ZCO2.

A BlockC é uma Plataforma B2B de soluções de descarbonização que surgiu da combinação entre o desenvolvimento da tecnologia de ponta e a demanda por serviços de gestão de atividades produtivas em temas ligados à sustentabilidade e, em especial, às mudanças climáticas. A BlockC também possui parceria com a Logicalis. Por intermédio de uma plataforma abrangente, robusta e flexível, utilizando a tecnologia blockchain, a BlockC organiza ecossistemas de empresas que se relacionam de forma dinâmica e colaborativa. A BlockC é uma das pioneiras no mundo na criação e negociação de ativos ambientais digitais, concluindo sua primeira transação em blockchain em abril de 2019.

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