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Os municípios de Itamaraju, Guaratinga, Itanhém, Ibicuí e Potiraguá têm as maiores áreas viáveis

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Existem mais de 20 mil quilômetros quadrados de pastagens com potencial para implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) com cacau no Sul da Bahia. É o que aponta um levantamento coordenado pelo Instituto Arapyaú e CocoaAction Brasil em parceria com a Promotoria Ambiental do Ministério Público da Bahia. O número representa 84% das pastagens no território analisado, que incluiu 83 municípios da região.

As cidades com as maiores áreas de pasto viáveis para o estabelecimento de SAFs com cacau encontram-se principalmente na porção sul e centro-oeste do território estudado, como Itamaraju, Guaratinga, Itanhém, Ibicuí e Potiraguá. O objetivo do levantamento é orientar políticas públicas, investimentos e pesquisas para a recuperação de áreas degradadas. “Esse mapeamento evidencia o potencial que existe para fomentar a restauração produtiva com SAFs e revitalizar a Mata Atlântica”, aponta Ricardo Gomes, gerente do Programa de Desenvolvimento Territorial do Sul da Bahia, do Instituto Arapyaú.

Para chegar aos resultados, o levantamento utilizou como base o mapeamento de qualidade das pastagens em 2020 produzido pelo Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás no âmbito da iniciativa MapBiomas Brasil.

Foram então consideradas características como declividade, solos, balanço hídrico, áreas protegidas, entre outras. “Esse estudo é fruto de um trabalho multidisciplinar de um grupo de pesquisadores e profissionais de instituições com longo histórico de atuação na região, tais como UESC, CIC, UFSB e CEPLAC, que trazem o conhecimento sobre a viabilidade, sobre as condições adequadas para o cultivo”, pontua Marisa Gesteira Fonseca, coordenadora do levantamento sistematizado em um documento intitulado “Pastagens com viabilidade para sistemas agroflorestais com cacau no sul da Bahia”, disponível para download gratuito nos websites do Arapyaú e do CocoaAction.

O mapeamento é uma das ações do Projeto Cacau 2030, coordenado pelo CocoaAction Brasil e que conta com a parceria do MapBiomas e do Instituto Arapyaú, entre outras 25 organizações apoiadoras.

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Onze amostras de cacau especial do Pará, sete da Bahia, uma do Espírito Santo e uma de Rondônia são finalistas do IV Concurso Nacional de Qualidade e Sustentabilidade do Cacau Especial do Brasil, que seleciona as melhores amêndoas produzidas no país. Esta edição irá distribuir R$50 mil em prêmios para os três primeiros colocados em cada uma das duas categorias: varietal (variedade única de cacau) e blend (mistura de variedades) e a cerimônia que vai revelar os vencedores vai ser realizada no próximo dia 25, em Belém do Pará.

A estratégia dos organizadores, representados pelo Comitê Nacional de Qualidade de Cacau Especial (CNQCE), é que o concurso seja realizado no Pará e na Bahia, alternando entre os dois principais produtores de amêndoas de cacau do país. Neste ano, o Pará tem uma maior representatividade entre os finalistas, reflexo do apoio do governo do estado nas ações voltadas para a cacauicultura e da ação de ONGs que desenvolvem trabalhos de assistência técnica voltada para a melhoria da qualidade.

Ao todo, foram 94 amostras inscritas em ambas as categorias. Dessas, 20 seguiram para a etapa final da disputa pelo título de melhor cacau do país. Além de uma minuciosa avaliação dos aspectos físico-químicos das amêndoas, os finalistas passam também por análises sensoriais, como a prova do cacau em forma de líquor e ainda uma avaliação às cegas do sabor do cacau na forma de chocolate 70%. Os chocolates são codificados e enviados para um júri técnico de convidados especiais.

A etapa final desta quarta edição do Concurso Nacional de Qualidade e Sustentabilidade do Cacau Especial do Brasil vai funcionar, também, como classificatória para o Cocoa of Excellence (CoEx), premiação internacional realizada anualmente em Paris, França. Para isso, as amostras devem estar entre as oito com as maiores notas na avaliação sensorial. Confira a lista dos finalistas do prêmio:

FINALISTAS – CATEGORIA VARIETAL
Agrícola Cantagalo LTDA. (BA)
Agropecuária Sempre Firme (BA)
Ana Cláudia Milanez Rigoni (ES)
Deoclides Pires da Silva (RO)
Gilmar Batista de Souza (PA)
José Maltez Filho (BA)
Lídia Rosa dos Santos Souza (PA)
Luciano Ramos Lima (BA)
Mirian Aparecida Federicci Vieira (PA)
Rubens Dario Froes Costa de Jesus (BA)

FINALISTAS – CATEGORIA MISTURA
Agrícola Cantagalo (BA)
Belmiro Faes (PA)
Francisco Pereira Cruz (PA)
Gilmar Batista de Souza (PA)
João Rios (PA)
Lídia Rosa dos Santos Souza (PA)
Robson Brogni (PA)
Rogério Galvão Kamei (BA)
Valdemiro Broechl (PA)
Willian Paulo Broechl (PA)

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Pesquisa aponta importância do sistema cabruca para manutenção dos cacaueiros com mudanças climáticas

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O cacau, principal produto agrícola do sul da Bahia, é uma planta bastante sensível a limiares de temperatura e precipitação. Essa exigência climática explica em parte o sucesso da lavoura nesta região que, por quase dois séculos, tem sido a principal produtora de cacau no Brasil.

Uma modelagem feita pela equipe do Laboratório de Ecologia Aplicada à Conservação (Leac) da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) mostra que vai haver uma grande mudança no regime de precipitação e de temperaturas extremas que devem comprometer a adequabilidade climática da região ao cultivo do cacau. Isso ocorre porque os cacaueiros são particularmente sensíveis à deficiência hídrica e temperaturas extremas e, portanto, exceder estes limites de tolerância leva à mortalidade de árvores jovens e à perda de rendimento.

O estudo analisa que o impacto destas mudanças climáticas seria alterado a depender do tipo de sistema de cultivo, especificamente, o cacau produzido em agroflorestas tradicionais, as chamadas cabrucas, ou através do sistema de monocultivo a pleno sol, uma tendência em outras regiões devido à maior produtividade em curto prazo. Segundo a pesquisa, independentemente do sistema de cultivo, haverá uma perda da área climaticamente adequada para a produção de cacau nos dois cenários climáticos, mas essa perda será muito maior caso o cacau a pleno sol predomine.

Apenas 26% da área atual vai ser climaticamente viável para produzir cacau a pleno sol. Por outro lado, se as plantações se mantiverem no sistema cabruca, 63% da área ainda terá adequabilidade climática para o cacau, ou seja, existe um importante papel do sombreamento para manter a estabilidade climática da plantação para esse fruto.

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Missão vai ajudar a avaliar resultados do projeto Renova Cacau na região de Ilhéus

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Um grupo de 35 especialistas, consultores, técnicos e representantes da cadeia cacaueira do Brasil vai se reunir em Ilhéus, entre os dias 5 e 7 de abril, para uma missão técnica coordenada pelo CocoaAction Brasil, iniciativa da Fundação Mundial do Cacau (WCF) que visa fomentar a sustentabilidade da cadeia, em parceria com o Projeto Renova Cacau. Na agenda, estão previstas palestras, reuniões e visitas a fazendas de cacau para acompanhar os resultados da renovação de lavouras.

Iniciado em 2014, o Projeto Renova Cacau é realizado pela Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz) em conjunto com a empresa Mondelēz International, o Centro de Inovação do Cacau (CIC) e produtores. A iniciativa instalou, no sul da Bahia, 32 áreas experimentais em lavouras com cacaueiros antigos e pouco produtivos, provando que é possível renovar lavouras e torná-las economicamente rentáveis. Nos últimos dois anos, o projeto vem apresentando excelentes rendimentos. Algumas áreas chegaram a alcançar produtividade acima de 3000kg/ha para alguns clones no ano de 2020, enquanto a média da produtividade na Bahia é de 217 kg/ha. Muitos agricultores já estão replicando os métodos adotados no experimento para renovar suas lavouras.

“Nesses dias de imersão no Renova Cacau, esperamos que o grupo técnico consiga perceber e sentir os resultados do projeto, que são bastante favoráveis. A opinião desses especialistas é muito importante para nós, pois tratam-se de técnicos que conhecem a fundo o cacau e podem nos ajudar nas discussões científicas. Por último, a missão também abre a possibilidade de ampliar o projeto aqui mesmo e para outras partes do Brasil”, destaca o agrônomo e professor Dário Ahnert, coordenador geral do Projeto Renova Cacau.

SOBRE O COCOAACTION BRASIL
O CocoaAction Brasil é uma iniciativa da Fundação Mundial do Cacau (WCF) que visa fomentar a sustentabilidade, com foco no produtor. Iniciada no Brasil em 2018, é única no setor e colabora para o alinhamento e desenvolvimento da cadeia de cacau no país, promovendo intercâmbio de conhecimentos e sinergias com trabalhos já existentes, de modo a melhorar a produtividade e rentabilidade dos produtores, com atenção especial para a sustentabilidade.

SOBRE O CENTRO DE INOVAÇÃO DO CACAU
O Centro de Inovação do Cacau (CIC) – iniciativa do Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia e patrocinado pelo Instituto Arapyaú – realiza, desde 2017, análises variadas em amêndoas de cacau para ajudar no desenvolvimento do mercado, aproximando compradores de produtores de cacau de qualidade.

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Projeto vai ser analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

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O projeto de Lei 3472/21 quer reduzir para zero as alíquotas do PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) que incidem sobre a venda de cacau de categoria superior (bruto ou torrado) e derivados (manteiga, gordura e óleo). Para ter direito ao benefício, o produtor tem que ter o Selo Verde Cacau que, assim como o PL, foi criado pelo deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT).

O órgão ambiental federal é responsável por conceder o Selo Verde, que atesta a conformidade da produção com as leis ambientais e a exploração de forma sustentável. A criação desse Selo também está em tramitação na Câmara Federal.

A legislação considera de categoria superior o cacau classificado como de alto padrão de qualidade pelas características físicas, químicas e sensoriais, de acordo com processos de análise e certificação reconhecidos pelo poder público. Essa proposta de redução das alíquotas vai ser analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

De acordo com Félix Mendonça Júnior, o projeto vai estimular a produção do cacau de qualidade: “Trata-se de uma medida de estímulo à produção do cacau de qualidade superior e dos produtos derivados, sem esquecer-se da necessidade de conservação da diversidade ecológica e dos valores associados, mantendo-se o máximo possível as funções ecológicas da floresta”.

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Dados da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) mostram que, em 2021, a Bahia respondeu por 71,30% do cacau recebido pelo setor; o Pará, segundo colocado, 25,21% // 📷 Foto de Pedro Moraes/GOVBA

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A AIPC (Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau) divulgou, agora em janeiro, dados consolidados sobre o recebimento de amêndoas de todo o Brasil. Seus números mostram que a Bahia, em 2021, bateu um recorde histórico, com entrega de 140.928 toneladas de amêndoas de cacau, um aumento de 39,72% em relação ao ano anterior, quando o estado produziu 100.864 toneladas, quantidade que já o situava, com folga, como o maior produtor de cacau do Brasil. Os números de 2021 consolidam a liderança e ainda representam o melhor resultado da Bahia desde 2017.

Os números da AIPC mostram que a Bahia entregou, em 2021, 71,30% do total de amêndoas recebidas pelas indústrias produtoras. O estado segundo colocado, o Pará, entregou, em 2021, 25,21% do total da amêndoa processada, apresentando uma produção total de 49.821 toneladas. Enquanto de 2020 para 2021 a produção baiana de cacau cresceu 39,72%, a do Pará decresceu 24,67% (foram 66.133 toneladas em 2020).

A cadeia produtiva do cacau vive um momento de incremento na Bahia. Além da ótima performance de produção e do agigantamento do número de marcas de chocolate no estado, há também um reconhecimento internacional à qualidade dessa amêndoa.

No último mês de dezembro, as amêndoas de cacau da Bahia foram destaque no Cocoa Of Excellence – COEX2021. O produtor João Tavares, da cidade de Uruçuca, recebeu a Medalha de Ouro no concurso realizado em Paris, na França. E a produtora Angélica Maria Tavares, também de Uruçuca, ganhou a Medalha de Prata no renomado evento internacional, considerado o mais importante no mundo para o setor. Um mês antes, em novembro, durante a III Edição do Concurso Nacional do Cacau, a produtora Cláudia Calmon de Sá, de Itabuna, havia levado o primeiro lugar na categoria Varietal; o segundo lugar também ficou na Bahia, premiando a produção da Fazenda Vale do Juliana Fruticultura, localizada no município de Igrapiúna.

AIPC
A Associação das Indústrias Processadoras de Cacau atua no mercado desde 2014. Seu Conselho Diretor é composto pelas empresas Barry Callebaut, Cargill e Olam, que, juntas, respondem por aproximadamente 95% da compra e moagem do cacau no Brasil.

O setor do cacau responde por mais de 4 mil empregos diretos e indiretos, sendo um dos elos de uma cadeia de mais de 250 mil pessoas, na qual estão incluídos desde produtores rurais até trabalhadores das indústrias de chocolate. Estima-se que esse setor represente cerca de R$ 23 bilhões anuais de valor gerado ao país.

Atualmente, a produção de cacau no Brasil está concentrada nos estados da Bahia, Pará, Espírito Santo e Rondônia. Dados da AIPC mostram que cerca de 93 mil produtores rurais se dedicam ao cacau em terras brasileiras, sendo a maior parte pequenos produtores que praticam a agricultura familiar em áreas entre 5 e 10 hectares .

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Bahia é o maior produtor de diamantes do país

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A produção do estado lidera a mistura de variedades no país

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O que o melhor chocolate artesanal produzido no Brasil em 2021 nos conta? A resposta é simples: que o Brasil produz cacau de qualidade. E não foi só a premiação nacional que demonstrou isso. Três brasileiros estiveram entre os 50 melhores do mundo no Cocoa of Excellence Awards (Salão do Chocolate de Paris), tendo recebido uma condecoração na categoria ouro e duas pratas dentre os selecionados da América do Sul.

A produção do estado do Pará domina os blends (mistura de variedades). É do assentamento Tuerê, em Novo Repartimento, a amêndoa de cacau utilizada na receita da chocolateira vencedora do prêmio CNA Brasil Artesanal.

O produtor do cacau que se distingue ao paladar é Francisco Cruz. Apesar de não ter participado diretamente da premiação, o jovem agricultor se declara honrado da conquista por ter processado uma amêndoa de tanta qualidade. Cruz ainda esteve em 2019 no salão de Paris.

Produtor de cacau, Francisco Cruz // Foto de Matheus Costa/Sedap

Na edição deste ano da maior premiação de chocolate do mundo, o Pará também marcou presença. O produtor João Evangelista Lima recebeu o prêmio na categoria prata e teve o trabalho de 18 anos com cacau internacionalmente reconhecido. Já no país, o cacaueiro foi homenageado pelo feito no III Concurso Nacional de Qualidade de Cacau Especial do Brasil.

“Me sinto privilegiado! Como pequeno produtor, eu comecei do começo, a plantar e a colher. Mas eu não consegui isso sozinho, temos toda a equipe, técnicos. Agora eu tenho um objetivo na minha vida… eu gosto tanto de preservar a natureza, de plantar árvore. Hoje, poucos produtores podem dizer que mantém espécies como o mogno. Na minha pequena propriedade tenho de 25 a 30 variedades preservadas ao meu redor”, disse orgulhoso no evento.

João Evangelista Lima, produtor de cacau

Os cacaueiros de João Evangelista preservam o meio ambiente enquanto produzem. A árvore de cacau cresce em consórcio com espécies nativas, pés de cupuaçu e banana num sistema de agroflorestal, no qual o componente florestal sequestra e fixa o carbono no solo. O sistema, inclusive, é uma das tecnologias implementadas pelo Plano ABC+ e deve ser implementado em 100 mil hectares até 2030, conforme cronograma das ações.

“A cacauicultura é totalmente aderente à preservação do ambiente e à fixação de carbono. A gente quer atuar para a captação de recursos e para desenvolver projetos para a remuneração por conservação ambiental e créditos de carbono. Já na questão da qualidade, o cacau brasileiro é fruto de trabalho descente e fruto de produção sustentável, o que já se exige no mundo de hoje, principalmente após a COP26”, acrescenta o Diretor da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Waldeck Pinto.

CACAU FINO DE QUALIDADE
Para o diretor da Ceplac, o futuro do Brasil está na produção de cacau de qualidade seja para o consumo interno quanto para exportação. Apesar de não ser mais o maior exportador de cacau do mundo (atualmente o país reveza entre a sexta e a sétima posição), os produtores em parceria com órgãos técnicos empregam novas tecnologias e buscam o melhoramento genético das espécies.

Isso alterou o cenário de recuperação da crise na lavoura cacaueira e demostra um investimento na qualidade do produto. Por isso, além de ter estabelecido como meta a autossuficiência em 2025 com uma previsão de produção de 270 mil toneladas, a Ceplac buscar trabalhar com o aumento da qualidade da amêndoa do cacau, de 3% para 5%.

O que, na prática, somente pode ser aferido com a participação dos produtores em concursos e premiações. Pelas análises de especialistas, o cacau fino tem potencial aromático e zero conteúdo de off-flavor, retirando defeitos ou notas estranhas e não agradáveis que acabam trazendo ao chocolate traços metálicos, de borracha ou até fumaça – que a depender do nível é bem desagradável. Essas notas estranhas podem ocorrer em erros de processamento dos grãos ou de armazenamento.

Em sua terceira edição, o Concurso Nacional de Qualidade do Cacau Especial do Brasil mostra que, neste momento, o cenário é de investir na qualidade do produto para diferenciação e agregação de valor ao cacau, estimulando e promovendo a excelência da produção de cacau no Brasil, em todas as suas etapas. 

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O secretário estadual de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura, João Carlos Oliveira Silva, visitou a fazenda de cacauicultora Cláudia Calmon de Sá, em  Itabuna, 6ª feira (17.dezembro). A visita foi acompanhada pelo seu assessor Tiago Guedes, pelo diretor de Agricultura da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Rodrigo Haun, e pelo engenheiro agrônomo da Prefeitura de Itabuna, Pedro Jerônimo.

O objetivo da visita à propriedade rural foi conhecer a produção de cacau, o manejo nas áreas de cabruca, além dos processos de fermentação das amêndoas de cacau, que se tornaram exemplo para todo o país, depois que Cláudia Calmon de Sá  foi a  ganhadora do Concurso Nacional de Qualidade do Cacau Especial do Brasil, que ocorreu  em Salvador no dia 22 de novembro.

Durante a visita, o secretário conversou com a cacauicultora sobre os desafios na agenda do segmento, que inclui  a exportação do cacau fino e  sobre os avanços para o chocolate, que é o produto final.

A cacauicultora Cláudia Calmon de Sá conquistou a  primeira colocação  na categoria varietal, com a variedade BN 34. Ao todo, foram 94 amostras inscritas, número bem superior às 53 do primeiro ano do evento.

A intenção da premiação estadual é estimular e promover a excelência da produção de cacau especial, que requer cuidados específicos do plantio à colheita, elegendo não apenas as amêndoas de maior qualidade, mas também aquelas resultantes de um processo de produção mais sustentável.

Por isso, além de serem avaliados quanto à qualidade sensorial dos produtos, das amêndoas e do licor, os produtores também precisam demonstrar que utilizam práticas mais integradas ao meio ambiente em suas produções, primeiro por meio de um questionário e, uma vez classificados, passam por auditoria nas propriedades.

O Concurso Nacional é promovido pelo Centro de Inovação do Cacau (CIC) em conjunto com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

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