Seis meses depois de atender mais de 400 pacientes acometidos por complicações do Covid-19, o Hospital de Campanha de Itabuna será fechado pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. A decisão tem como parâmetro os baixos índices de ocupação de leitos UTI Covid.
A unidade que conta com 40 leitos, sendo 20 clínicos e 20 para Unidades de Terapia Intensiva (UTI), terá seus leitos desmobilizados em razão do progresso da vacinação e da melhora nos casos graves do novo coronavírus no município. Também, pelo fim do contrato com a empresa.
O Hospital de Campanha de Itabuna (HCI) foi inaugurado em 29 de março pelo prefeito Augusto Castro (PSD) quando a cidade vivia uma situação grave com relação ao Covid-19, iniciado com a segunda onda de casos.
Diretor-médico do Hospital de Campanha, Eric Ettinger Junior
Naquele período, as ocupações de leitos UTI variavam de 70% a 100% de ocupação no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (HBLEM) e no Hospital Calixto Midlej Filho (HCMF), acumulando filas de espera por uma vaga de leito. Nestes seis meses, 257 pacientes foram internados na enfermaria e 176 nos leitos de UTI.
Nos últimos 20 dias, o Censo de ocupação dos leitos UTI Covid-19 em Itabuna aponta uma média de 36% a 20% em todas as unidades. Deste percentual, apenas quatro ocupações são no Hospital de Campanha. Além disso, os custos com a manutenção da estrutura chegaram a R$ 400 mil mensais, a locação de equipamentos em torno de R$ 390 mil, enquanto a gestão da unidade demandou investimentos de R$ 1,4 milhão.
Atualmente, Itabuna ainda conta com 28 leitos (8 enfermarias e 20 UTI) no HBLEM, 22 leitos (16 enfermarias e 6 UTI) no HCMF, duas Unidades de Referência para Pacientes com Síndromes Respiratórias Agudas (gripários) em Nova Ferradas e no antigo FSesp no Centro, e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA -24 Horas), no Monte Cristo, com capacidade para atender pacientes com sintomas do Covid-19 ou com síndrome respiratória aguda grave.