Inauguração aconteceu na manhã de hoje em Salvador

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A primeira Delegacia Especializada de Combate ao Racismo e Intolerância Religiosa da Bahia foi inaugurada hoje (21.janeiro) em Salvador. A unidade funcionará dentro do Centro Policial de Cidadania e Diversidade (CPCD), investigando e reprimindo crimes de racismo e intolerância religiosa de forma complexa.

A delegacia funcionará 24h, todos os dias da semana, com serviço de investigação, assistência social e psicologia, cartório, sala de reconhecimento e apoio integrado dos Núcleos Especializado de Atendimento à Mulher (Neam), de Combate aos Crimes Cibernéticos (Cyber), de Diversidade e da Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso (Deati), que também atenderão na estrutura de segurança. No local, também terá um posto SAC, com oferta de serviços de cidadania.

De acordo com dados da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), só em 2024, foram registrados 500 casos de racismo e 350 de intolerância religiosa no estado. Os números representam um aumento de 11% e 9%, respectivamente.

📷 Thuane Maria/GOV BA

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Dr. Luiz Leite foi acusado de racismo por enfermeira prestadora de serviço da Sesab

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Na tarde desta quarta-feira (21.fevereiro), o médico obstetra Luiz Leite foi preso em flagrante após uma enfermeira ligada à secretaria estadual de Saúde acusá-lo de racismo. O suposto caso teria acontecido dentro da Maternidade Otaciana Pinto, em Itabuna, enquanto a profissional realizava uma vistoria na unidade.

Segundo a queixa registrada na delegacia de Polícia Civil, a enfermeira alegou que o médico disse que ‘’ela tinha uma pele negra bonita e, por isso, tinha sangue de branco’’. Ainda na denúncia, a enfermeira disse que confrontou o Dr. Luiz sobre o teor do comentário e ele teria afirmado que é racista.

A defesa do médico alega que houve um mal-entendido porque, na verdade, Dr. Luiz fez um elogio sobre a enfermeira para um colega de trabalho, mas ela teria interpretado a declaração de forma equivocada.

A profissional da Sesab acionou a Polícia Militar, que esteve no local e conduziu o médico à delegacia. Ele foi autuado em flagrante, mas não é possível arbitrar fiança nesse caso, então ele será submetido à audiência de custódia.

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68% das profissionais entrevistadas relataram que, em algum momento, já foram confundidas com profissionais da limpeza

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Uma pesquisa feita pela consultoria Trilhas de Impacto aponta que 86% das mulheres negras já sofreram casos de racismo nas empresas em que trabalham. A pesquisa inédita ‘’Mulheres negras no mercado de trabalho’’, realizada por meio da rede social Linkedin, contou com a participação de 155 mulheres na faixa etária de 19 e 55 anos.

Do total das participantes, 50,3% possuem nível superior e pós-graduação ou especialização; 13,5% mestrado e doutorado; e 24,5%, ensino superior completo. Suas áreas de trabalho são educação, recursos humanos, tecnologia da informação (TI) e análise de sistemas, telemarketing, relações-públicas, administração e comércio.

Mais de 70% das mulheres relataram que, durante a jornada profissional, precisavam explicar porque o cabelo estava alisado, era black, ou a razão de terem colocado lace nos cabelos (prótese feita fio a fio em uma tela de microtule). Outro dado que chamou a atenção foi que 68% das profissionais disseram ter sido confundidas, em algum momento, com a faxineira ou moça da limpeza da empresa.

A pesquisa revela que mais de 50% das consultadas disseram que a cor da pele e o lugar onde moravam foi perguntado durante as entrevistas online no recrutamento. Chamou a atenção, também, o fato de, apesar de mais de 70% das respondentes terem pós-graduação, isso não faz com que elas subam na empresa.

Mulheres que estão em cargos de coordenação e gerência afirmaram que, quando descobriam que um colega branco desempenhava a mesma função mas tinha salário maior, e elas pleiteavam aumento, as empresas criavam um cargo para justificar que a outra pessoa, na mesma posição, ganhava mais. Todas, sem exceção, falaram de exaustão no trabalho, tendo que dar provas de competência o tempo todo e, ao mesmo tempo, não ganhar o suficiente para sobreviver.

Goleiro Rodolfo foi chamado de "macaco" no primeiro tempo do jogo

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O goleiro do time do Doce Mel, Rodolfo dos Santos, foi alvo de racismo na noite de ontem (26.janeiro) durante a partida contra a equipe do Vitória. O jogo aconteceu no estádio Barradão, em Salvador, pela quarta rodada do Campeonato Baiano.

Um dos torcedores gritou “Seu macaco!” aos 32 minutos do primeiro tempo. Nesse momento, Rodolfo havia caído no gramado e estava sendo levantado pelo árbitro. O áudio das injúrias chegou a ser capturado pela equipe da TVE Bahia, responsável pela transmissão oficial das partidas.

Por meio de uma publicação nas redes sociais, o Doce Mel demonstrou apoio ao jogador e condenou as atitudes dos torcedores. O Itabuna Esporte Clube também se manifestou pelo Instagram dizendo que não concorda com o ocorrido.

É inaceitável que, em 2023, ainda tenhamos esse tipo de comportamento preconceituoso, principalmente dentro de um estádio de futebol, que é um local democrático e acessível.

RACISMO NÃO!
Por meio de nota, a Federação Bahiana de Futebol (FBF) disse que repudia os atos racistas sofridos pelo goleiro Rodolfo e que a intolerância, o racismo e a discriminação não fazem parte do esporte e devem ser extintas da sociedade. A federação disse, ainda, que espera que os responsáveis sejam identificados e punidos.

Força, Rodolfo! Estamos com você!

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