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Geraldinho sofreu derrota acachapante para prefeito Bruno Reis e tomou chá de sumiço

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Após a derrota nas eleições para a prefeitura de Salvador, o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) optou por se afastar da cena política, ou melhor, desaparecer. Ele tinha uma coletiva de imprensa agendada para que comentasse os resultados do útlimo domingo (6.outubro), mas decidiu desmarcar o compromisso, o que levantou questionamentos sobre a própria estratégia pós-eleitoral.

Geraldo Júnior enfrentou o atual prefeito Bruno Reis (UB) e sofreu uma derrota acachapante. Enquanto Reis conquistou impressionantes 1.045.690 votos para consagrar a reeleição, Júnior obteve apenas 137.298, ou seja, uma diferença de 908.392 votos.

Outro dado preocupante para Geraldinho é a comparação com o desempenho da Major Denice (PT) na disputa pelo mesmo cargo em 2020. A criadora da Ronda Maria da Penha recebeu 228.942 votos, superando o vice-governador por 91.644 votos. Denice, que, atualmente, é Superintendente de Prevenção à Violência da Secretaria de Segurança Pública, também traz à tona a discussão sobre o desempenho do petismo na Bahia.

Sob as lideranças do governador Jerônimo Rodrigues, do ministro Rui Costa e do senador Jaques Wagner, o cenário está bastante frágil para 2026. Esse momento precisa ser de reavaliação para os mandachuvas do petismo no estado, que precisam encontrar maneiras de recuperar a força e a influência na Bahia.

O que será do futuro político de Geraldinho e da base aliada do PT? O impacto dessa eleição pode repercutir nas próximas disputas e na estrutura de poder, que, há quase 20 anos, tem a máquina estadual nas mãos.

Major Denice foi candidata a prefeita de Salvador, na última eleição de 2020

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A major Denice, que foi candidata pelo PT na sucessão de ACM Neto, que terminou elegendo Bruno Reis (DEM) logo no primeiro turno, caiu no “conto da promessa”.

A major ocuparia uma secretaria no governo Rui Costa como retribuição por ter disputado o cobiçado comando do Palácio Thomé de Souza. Somente agora, mesmo assim em decorrência de pressões do próprio petismo, é que arrumaram um cargo considerado de terceiro escalão.

A major é a nova superintendente de Prevenção à Violência da Secretaria de Segurança Pública. Nome pomposo, mas muito longe do que foi prometido. Para amenizar o constrangimento, o presidente estadual do PT, Éden Valadares, parabenizou o chefe do Palácio de Ondina e disse que a major “fará um grande trabalho na nova missão”.

A sabedoria popular, nesses casos, de prometer uma coisa e entregar outra, costuma citar dois animais: o gato e o lebre. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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