Leia em: 3 minutosNo início de 2020 o que parecia ser filme com clichê hollywoodiano caiu de paraquedas em nossos colos e fomos ‘obrigados’ a nos isolar em casa – mantendo distanciamento social – em um processo de quarentena sem data para acabar.
Tudo foi muito rápido e incerto para todos. O mundo parou e máscara e álcool gel viraram itens obrigatórios do nosso dia a dia. Me deparei com barreiras e barricadas nos vários pontos que dão acesso à nossa cidade e por vezes caminhei pela BR-415 sem a presença de veículos e pessoas. Comecei a entender quanta falta faz a presença humana em nossa vida.
Os meses passaram e o mundo aprendeu – ou está aprendendo – a conviver com esse vírus. Milhares de pessoas morreram e a sociedade científica mundial, amparada pelas nações ricas, se dedicaram dia e noite em busca de uma vacina para combater o Covid-19. Acho que nunca, em toda a minha vida, eu repeti tanto duas palavras: Coronavírus e Covid-19.
Passamos por uma onda (o que já era esperado) e quando os números de mortos foram diminuindo as pessoas voltaram às ruas, praias, shoppings e festas particulares. As comemorações de final de ano e os encontros familiares voltaram a acontecer – e o que os especialistas previam com a chegada do Natal aconteceu: a segunda onda veio mais forte.
O ano de 2020 passou sem motivo para comemorar e a chegada do novo ano veio com diversas vacinas. Iniciamos 2021 com ‘uma ou duas doses’ de esperança e agora falta pouco (muito pouco!), mas ainda não acabou. Precisamos nos cuidar, continuar usando máscara, álcool gel e mantendo o distanciamento social, pois o processo de vacinação é lento e ainda não existe vacina pronta para todo mundo.
Outro dia li uma postagem no Facebook onde dizia que o cigarro matou mais que o Covid em 2020 e ninguém falou nada a respeito. Eu particularmente achei uma comparação no mínimo estranha. Não podemos comparar o tabaco, que para muitos é estilo e opção de vida, onde o indivíduo escolhe fumar e tem uma carência de 25 a 30 anos, até adquirir um câncer de pulmão e morrer, com um vírus que você não escolhe pegar e quando pega a sua vida pode ser resumida a 25/30 dias.
As redes sociais têm ‘bombado’ nos últimos meses dizendo o que você deve fazer, tomar, usar ou não usar; e agora, com a chegada das vacinas, qual a melhor e quando tomar.
Vejo nessa ‘guerra de postagens’ muitos doutores formados pela “Universidade do Facebook” com PHD pela “Universidade do Google” que discordam de institutos como o Butantan e a Fundação Osvaldo Cruz. Vale salientar que os dois têm 120 anos de história e credibilidade nacional e internacional.
Acho que o momento agora é de tentar unir em um único propósito: se manter vivo! Para isso é preciso ouvir quem tem autoridade no assunto, nesse caso é bom ouvir Órgãos e profissionais de Saúde, Sociedade Científica Internacional, e quando buscar informação na internet é importante ler artigos científicos publicados em veículos (sites) de informação com credibilidade comprovada. É insano ouvir e concordar com algo dito por alguém que ainda acha que a Terra é plana.
O que precisamos agora é de um pouco mais de paciência, pois a vacinação já iniciou e a cada dia mais vacinas chegam e mais pessoas são imunizadas no Brasil e no mundo. Em breve e com fé em Deus – volto a dizer que sou Cristão – essa pandemia será coisa do passado e aí sim poderemos voltar a dar um grande abraço nas pessoas que amamos. Mas para que isso aconteça, QUE TAL ESPERARMOS UM POUCO MAIS?
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Arnold Coelho
Esperando, sem pressa…