Leia em: 3 minutosEste Pauta Blog conversou com o ex-deputado federal e presidente de honra do MDB na Bahia, Lúcio Vieira Lima. O experiente político falou sobre as movimentações políticas para o pleito de 2024 e sobre o anúncio do partido de que pretende apoiar a pré-candidatura de Geraldo Simões (PT) a prefeito de Itabuna.
Lúcio enfatizou a decisão do MDB baiano, mas salientou que a legenda depende do posicionamento do PT itabunense: 📌“O MDB tem o desejo de apoiar, mas Geraldo precisa resolver o imbróglio dele com o PT. O apoio do MDB depende do PT de Itabuna porque ele tem que dizer, internamente, se vai oficializar Geraldo como candidato ou não. A militância tem que dizer se quer o candidato ou não”.
Questionado sobre as declarações dadas pelo presidente do PSD de Itabuna, Alcântara Pellegrini, sobre a possibilidade de Simões desistir do pleito para apoiar o prefeito Augusto Castro (PSD), Lúcio provocou: 📌“Antes, diziam que Geraldo estava morto! Acho que a situação por lá está ficando complicada porque até apoio de morto querem, mas isso aconteceu depois das conversas do MDB com Geraldo. Essa entrevista de Alcântara mostra que eles mudaram de opinião porque estão querendo o apoio do morto. Eu nunca vi querer apoio de morto! Esse é um reconhecimento de que o morto está vivo!”.
Irreverente, Vieira Lima disse que, caso Augusto decida se aliar a Geraldo para compor a chapa, será bem recebido: 📌“Se Augusto quiser ser vice de Geraldo, não tem problema, não! Se ele for vice, com certeza, Geraldo não vai fazer o que ele fez com Guinho. Vai ter gabinete, funcionário e tudo!”.
O ex-deputado federal comentou, também, que apoiar a tentativa de reeleição de Augusto não significa, necessariamente, apoiar a base aliada, pois, segundo ele, não existe unidade no atual cenário: 📌“Se tem alguém que não está unindo a base ou que está fora da base, é o prefeito [Augusto Castro]. O vice dele é do União Brasil e já anunciou que vai ter o apoio do PSDB. Está cada vez mais difícil os aliados do prefeito sustentarem um discurso de que Geraldo não terá legenda no PT. O primeiro obstáculo é que teriam que se unir ao prefeito por causa da base, mas, com o tempo, mostrou-se que, se tem alguém que não une a base, é o prefeito. O secretariado dele votou [em 2022] em Neto”.
Ao comentar sobre a provável pré-candidatura do deputado estadual Fabrício Pancadinha (Solidariedade), Lúcio disse que o mérito não é do político, mas do desejo de mudança da população: 📌“Pancadinha está segurando na pesquisa pelo histórico de oposição dele a Augusto. Não é porque ele é bom! Com o descaso de Augusto, ele sobe na pesquisa. Geraldo precisa ser oposição a Augusto e ser competente pra dar jeito em Itabuna. A situação dele se parece com a de Lula. Lula estava mal, foi preso e tudo, mas, como o povo estava interessado em recuperar a credibilidade internacional que é fundamental para recuperar o Brasil, Lula era melhor”.
Ao defender o nome de Geraldo para prefeito de Itabuna, o presidente de honra do MDB da Bahia alegou que o motivo ultrapassa a política: 📌“Geraldo quer mostrar que tem compromisso com o povo, com a cidade e com a sua gente. Ele quer encerrar a sua carreira política, mas não como alguém que foi derrotado porque diziam que ele fez isso ou aquilo. A motivação da pré-campanha dele é mais nobre. Nesse momento, precisa do apoio estadual ou federal e Geraldo é compadre de Lula. Não estou dizendo que, se Geraldo não for candidato, Lula vai perseguir Itabuna, mas estou dizendo que, havendo proximidade, você facilita”.
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