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As entidades da: ACI (Associação Comercial e Empresarial) de Itabuna, juntamente com representantes do Sindicom (Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista), da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Sindicontasul, CRC, OAB, Mesb e ABIH Nacional estiveram reunidos para alinhar as ações em defesa da sociedade civil e que precisam ser debatidas com o Poder Público Municipal.

Entre os assuntos, o aumento da carga tributária do município, que foi sancionada recentemente pelo prefeito Augusto Castro (PSD).

Os representantes estiveram planejando os próximos passos ontem, 4ª feira (13.outubro).

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O prefeito Augusto Castro pode mexer no seu time de secretários, ou seja: "Chegou a hora da onça beber água", como diz o ditado popular do ano de 2022.

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Matéria de ontem, 13, do conceituado e sempre bem informado blog Pimenta, comenta sobre a reforma administrativa que está em curso no governo Augusto Castro (PSD).

Reforma é sinônimo de insatisfação, de que alguma coisa não anda a contento, que é preciso mudar. No mundo da política tem duas vertentes: administrativa e política.

Quando se elege em uma coligação de partidos, como foi o caso do prefeito de Itabuna, se tem um compromisso pós-eleição, que é a nomeação, mais especificamente para o primeiro escalão, dos indicados pelas legendas que apoiaram o então candidato.

A contrapartida pelo apoio é a participação no governo do prefeito eleito, que termina aceitando quem não é do seu agrado, evitando assim um atrito logo no começo da gestão.

Segundo o Pimenta, “salvo algum grande deslize, as mudanças não ocorrerão de imediato. Virão com uma reforma administrativa a ser apreciada pela Câmara de Vereadores até o início de janeiro. Na reforma, pelo menos três dos atuais secretários devem cair”.

O que chamou mais atenção, foi a informação de que “para as mudanças, o prefeito levará em conta, além do desempenho dos secretários em suas respectivas pastas, o comprometimento de cada um com o projeto político do governo”.

O blog diz também que o prefeito Augusto Castro quer eliminar os que “ciscam para fora ou fazem corpo mole”, obviamente se referindo ao campo da política, principalmente em relação às pré-candidaturas da primeira-dama Andrea Castro e Paulo Magalhães, respectivamente para os Parlamentos estadual e federal.

E quem seriam os “ciscadores” ? É a pergunta que já começa a tomar conta das conversas políticas. Correligionários mais próximos do alcaide são da opinião de que é melhor agir logo, que não é aconselhável ter gente no governo ocupando funções importantes sem ter compromisso com o projeto político do alcaide.

Toda vez que essa discussão vem à tona, sobre o projeto político do governo AC, o nome do vice-prefeito Enderson Guinho, secretário de Esportes e presidente municipal do DEM, é o primeiro a ser citado como o que mais “cisca para fora”.

Quando sou questionado sobre os “ciscadores”, digo que nada vai acontecer, que não interessa a nenhuma das partes desavenças políticas neste momento. Mas não deixo de alertar que o rompimento do prefeito com o vice é inevitável.

O relacionamento político do chefe do Executivo com seu substituto imediato vai ficar insustentável. A exoneração de Enderson Guinho da secretaria de Esportes é só uma questão de tempo. E ela pode até acontecer por pressão da base aliada do governador Rui Costa com o aval do senador Otto Alencar, comandante-mor estadual do PSD.

O caro, atento e curioso leitor pergunta: Quando é que o pega-pega do prefeito com o vice vai se agravar, se tornando irreversível? A resposta, sem pestanejar, e de uma obviedade ululante, é que vai ocorrer quando o vice começar a pedir votos para prefeito de Itabuna na sucessão de Augusto Castro, cuja missão é quebrar o tabu da reeleição, já que nenhum gestor conseguiu o segundo mandato consecutivo.

É evidente que faço aqui um exercício do futuro assentado não só na minha intuição política como nos fatos que já acontecem. Mas tudo dentro de uma certa lógica e sem nenhuma invencionice.

Especular com responsabilidade faz parte do jornalismo político. Do contrário, teria que esperar acontecer o fato para depois comentar. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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