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As informações sobre a campanha e doações podem ser obtidas pelo whatsApp (73) 99994 7773 e pelo website amoremmechas.com

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Um dos primeiros compromissos da dona de casa Andréa da Silva Santos na última 3ª feira (20.julho) foi uma “passada” no salão de beleza para arrumar o novo cabelo. Foi uma manhã marcada por fortes emoções para a moradora do bairro Mangabinha, em Itabuna, que há quatro meses iniciou o tratamento para eliminar um tumor maligno, que evoluiu rapidamente. Por causa do processo, ela perdeu o cabelo e passou a usar um lenço na cabeça.

Mas na terça um lindo sorriso reapareceu no rosto de Andréa. Tratando-se de um tumor de mama, ela foi a primeira paciente da Unidade de Quimioterapia da Santa Casa de Itabuna (SCMI) beneficiada pela Campanha Doe Amor em Mechas, realizada pelo Instituto Amor em Mechas. A paciente foi contemplada com uma arrumação no salão de beleza. Além da peruca, ela ganhou produtos de maquiagem, máscaras, lenços, álcool em gel e uma garrafinha para carregar água.

Os produtos foram enviados pelo Instituto Amor em Mechas, criado em São Paulo, em 2017, pela empresária Débora Pieretti, que foi curada de um câncer de mama depois de ser submetida ao tratamento de radioterapia e quimioterapia. As ações do instituto chegaram em Itabuna neste mês de julho, por meio da madrinha da Campanha “Doe Amor em Mechas”, Cheila Almeida.

RETROSPECTIVA
Muito emocionada, dona Andréa da Silva fez uma retrospectiva, desde o dia em que o médico confirmou que ela estava com um tumor em uma das mamas, até esta terça-feira, quando recebeu o kit e foi arrumada por uma profissional do Salão De Luí. “Passei por muitos momentos difíceis, mas decidi que teria de lutar para cuidar da minha família, principalmente da minha mãe e do meu irmão, que é especial. Todos os dias busco superar os desafios e vencer essa doença”, contou.

A paciente relembrou que tomou um grande susto no dia em foi informada que estava com tumor maligno. “Pensei que minha vida tinha acabado e que a qualquer momento iria dormi não mais acordar. Os primeiros dias foram marcados por pensamentos de coisas negativas, mas depois resolvi lutar pela minha vida. As ações como de hoje servem para melhorar a minha autoestima”.

A assistente social da SCMI, Maria Vitória Cunha, observou que ações como a que beneficiou Andréa da Silva, incentivam o tratamento dos pacientes e agradeceu pela parceria recém-firmada com o Instituto Amor em Mechas. “Estamos muito felizes com essa parceria. Esperamos que outras pacientes também possam ser contempladas com esses kits”.

COMO DOAR
De acordo com Cheila Almeida, qualquer pessoa pode colaborar com a campanha. “As doações podem ser feitas em produtos, como colar de pérolas, batom, lápis de sobrancelhas, paletas de sombras e lenços para cabelo. As doações também podem ser em dinheiro (acesse o site do instituto amoremmechas.com). Quem participa dessa corrente ajuda muito no processo de recuperação da saúde autoestima de milhares de mulheres em tratamento nas unidades oncológicas em todo o país”, informou.

A campanha Doe Amor em Mechas já beneficiou 2,5 mil pacientes em tratamento oncológico em diferentes regiões do país. No sul da Bahia, a campanha funcionará em parceria com as unidades de Radioterapia, Quimioterapia da SCMI e Grupo de Apoio ao Paciente Oncológico (GAPO).

Representantes da Santa Casa se reúnem com o secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde, Alessandro Glauco

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A Confederação das Santas Casas de Misericórdia recebeu, na 3ª feira (14.julho), em Brasília, representantes da Santa Casa de Itabuna, uma das entidades que compõem o Conselho Consultivo da CMB. O 1º tesoureiro Peter Deviris Santos Lemos, e o consultor da Provedoria da Santa Casa de Itabuna, André Werman, estiveram com diretor-geral da CMB, Mário César Homsi Bernardes.

Durante o encontro, Mário César agradeceu a participação efetiva da Santa Casa de Itabuna nos exercícios que a CMB tem desenvolvido no levantamento de dados e informações para subsidiar posicionamentos do trabalho da Confederação diante do Ministério da Saúde e outras parcerias. Ainda durante o encontro foi mencionada a adesão da operadora de plano de saúde da Santa Casa de Itabuna à rede de Saúde Suplementar da CMB, projeto da confederação que consiste em uma rede de atendimento de urgência e emergência entre as operadoras filantrópicas.

O diretor-geral Mário César acompanhou os representantes da Santa Casa de Itabuna durante uma visita ao Secretário-Executivo Adjunto do Ministério da Saúde (MS), o médico Alessandro Glauco dos Anjos Vasconcelos. Na oportunidade, foi discutida a pauta sobre a evolução dos projetos da CMB junto ao MS.

Eric Santarém alerta para o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e o tabagismo

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O Brasil registra 41 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço, que causa cerca de 10 mil mortes por ano, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). O consumo de álcool e o tabagismo são os maiores causadores dos tumores. O hábito de beber e fumar pode multiplicar em até 20 vezes a possibilidade de uma pessoa desenvolver a doença, segundo dados da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). De acordo com especialistas, entre as armas para combater o câncer estão a informação correta e diagnóstico precoce da doença.

Para melhor orientar a população sobre as medidas que podem ajudar a evitar os tumores, foi criado o Dia Mundial de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço. A data é celebrada em 27 de julho. No sul da Bahia, a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna abre nesta terça-feira (13), a programação do Julho Verde, que será promovido conjuntamente com o Julho Bordô. Este último para orientar sobre os sintomas e tratamento das mucosites orais, que são inflamações na boca e garganta (feridas).

Promovidas pela Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), as atividades serão realizadas em dias alternados nos hospitais Calixto Midlej Filho (HCMF) e Manoel Novaes (HMN). Nesta terça-feira, a partir das 9h, na sala de espera do Centro de Radioterapia, do HMN, haverá distribuição de laços da campanha e apresentação da equipe multiprofissional, com orientações da assistente social Maria Vitória Cunha, a dentista oncológica Thais Barreto e a enfermeira Erika Mascarenhas. Essas mesmas ações serão realizadas na quarta-feira (14) na unidade de Quimioterapia, do HCMF, às 9h.

CONSUMO EXCESSIVO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS E TABAGISMO
A programação nas unidades de Radioterapia e Quimioterapia prossegue até o final do mês e inclui orientações sobre combate, detecção precoce e prevenção do câncer de cabeça e pescoço e palestras sobre os cuidados bucais e tratamento da mucosite oral, além de uma live mediada pelo provedor da SCMI, Francisco Valdece, com participação do médico Lincoln Ferreira Warley e supervisora do serviço de oncologia da SCMI, a enfermeira Sayara Aragão.

O diretor técnico da Unidade de Radioterapia da SCMI, Eric Santarém, explica que parte dos tumores ocorre por causa do consumo excessivo de bebidas alcoólicas e tabagismo. Entre os sinais do câncer de cabeça e pescoço estão ferida na boca com demora de cicatrização, rouquidão e nódulo no pescoço.

Eric Santarém alerta que 70% dos pacientes com tumores de cabeça e pescoço já iniciam o tratamento tarde, o que dificulta a cura, porque a maior chance de sucesso ocorre quando a doença é descoberta precocemente. Ele observa que, além de tabagismo e bebidas alcoólicas, os tumores de cabeça e pescoço estão relacionados a drogas ilícitas, colocação imperfeita de próteses dentárias e falta de higiene.

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Líder do projeto Silvano Ribeiro // Fotos de Lucas França

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O Banco de Sangue da Santa Casa de Itabuna tem convivido com níveis críticos de bolsas para atender moradores de mais de 120 municípios. Para amenizar o sofrimento de quem precisa dessas doações, jovens, alunos do projeto Bom de Bola, Bom na Escola, estiveram na unidade na última 6ª feira (9.julho).

O estudante João Ricardo Dantas Reis, de 18 anos, que doou sangue pela primeira vez, falou sobre a importância do gesto. “É uma experiência incomparável. Fico feliz por saber que minha doação poderá salvar muitas vidas. Que sirva de estímulo para outros jovens doarem sangue também”.

Wadan Mendes, de 21 anos, também faz parte do projeto itabunense de futebol. Morador de Olivença, um distrito da vizinha cidade de Ilhéus, conta que no Bom de Bola, Bom na Escola, há muitos doadores frequentes. “Para nós, doar sangue é doar vida, além de ser uma demonstração de amor ao próximo”.

Wadan Mendes faz parte do projeto itabunense de futebol

PROCESSO DE FORTALECIMENTO
Silvano Ribeiro Reis, líder do grupo, destacou que a ação integra o processo de fortalecimento da cidadania dos participantes do projeto. “Entendemos as dificuldades de manter os estoques de sangue. Por isso, estamos mobilizados a ajudar. Nas próximas semanas traremos outros grupos”.

Desde 2014, o projeto reúne jovens de comunidades carentes dos bairros Maria Pinheiro, Vila Anália, Sarinha, São Caetano, Ferradas, Nova Ferradas, Maria Matos (Rua de Palha) e Jorge Amado. Segundo Silvano, “a iniciativa visa fazer do esporte e a educação ferramentas para a inclusão social”, completou.

Durante a pandemia do novo coronavírus, houve queda de mais de 50% no número de doações em relação aos anos anteriores ao surgimento da Covid-19. Eram coletadas, em média, 1.200 bolsas mensais, e hoje não passam de 600. Cada bolsa de sangue pode ajudar até quatro pessoas.

QUEM PODE DOAR
Estar bem de saúde e ter entre 18 e 69 anos. Não estar em jejum. Ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas. Pesar mais de 50kg. Quem quiser doar sangue pode dirigir-se ao Banco de Sangue, que funciona no anexo do Hospital Calixto Midlej Filho (HCMF), na Rua Antônio Muniz, no Pontalzinho.

O Banco de Sangue da SCMI funciona de segunda a sexta-feira, das 7 às 17h e, aos sábados, das 7 às 12h. O atendimento pode ser feito ainda por meio de agendamento, pelo telefone 73-3214-9126.

A quantidade de atendimentos realizados na Santa Casa de Itabuna no decorrer de 2020 mostra a importância da instituição para a população no interior da Bahia

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Nesta 2ª feira (5.julho), o provedor da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna (SCMI), Francisco Valdece, fez um balanço do primeiro ano de sua gestão. Entre os destaques neste primeiro ano estão o aumento da oferta de procedimentos cirúrgicos, a retomada de serviços concedidos a terceiros e a aquisição de 52 máquinas para a unidade de hemodiálise.

A SCMI passou a oferecer, neste ano, procedimentos cirúrgicos de cardiologia e neurocirurgia pediátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e para particulares. O provedor destaca que a implantação de serviços inéditos de alta complexidade vem assegurando, com sucesso, cirurgias em crianças em adolescentes não só do sul da Bahia, mas de municípios como Itamaraju, no extremo-sul, Caetité, no sudoeste, e Barra da Estiva, na Chapada Diamantina.

Francisco Valdece 👇 lembra que são procedimentos cirúrgicos que até o ano passado eram feitos em centros como Salvador e Feira de Santana, mas que agora são disponibilizados no hospital materno-infantil Manoel Novaes, em Itabuna. Foi nessa unidade de saúde que o pequeno Lucas Gabriel Pimentel, de 2 anos, foi submetido a uma cirurgia para remodelação e reconstrução de crânio. A família viajou 471 km, de Caetité a Itabuna, para o procedimento cirúrgico.

Quem também recuperou-se bem depois de passar por cirurgia no HMN foi Alice de Souza, submetida a cirurgia de correção de persistência do canal arterial, quando tinha apenas 40 dias de nascida. Prematura de 29 semanas e quatro dias, pesando 1,225 kg, a criança poderia enfrentar uma série de complicações de saúde, caso não fosse submetida ao procedimento cirúrgico cardíaco. A menina já recebeu alta médica e está com os pais em Itamaraju, no extremo-sul da Bahia.

Mas a implantação de novos serviços de alta complexidade não são as únicas marcas deste primeiro ano de gestão de Francisco Valdece. A instituição investiu na melhoria dos serviços de hemodiálise, com a substituição de 52 máquinas antigas por novas e na reforma do espaço onde centenas de pacientes são tratados diariamente.

Esse primeiro ano de gestão de Francisco Valdece foi marcado ainda pela retomada de serviços como hemodinâmica e radiodiagnostico. “Foi um processo iniciado pelo meu antecessor, ex-provedor Eric Júnior, que percebeu a necessidade da SCMI ofertar os serviços. Foi uma decisão acertada dele e, por isso, retomamos o controle desse atendimento”, relata o provedor.

ATENDIMENTOS SUS
A quantidade de atendimentos realizados na Santa Casa de Itabuna no decorrer de 2020 mostra a importância da instituição para a população no interior da Bahia, principalmente para as famílias mais carentes, com percentual maior de pessoas procurando pelos serviços de hemodiálise (82%), radioterapia (92%) e quimioterapia (93%).

Além disso, as pessoas que usam o SUS forma o maior contingente entre os infectados pelo novo coronavírus que precisaram de um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos hospitais Calixto Midlej Filho e Manoel Novaes. Os dados mostram que 73% dos doentes em estado grave foram hospitalizados nas duas unidades pelo sistema público de saúde.

O número de internações pelo SUS na Santa Casa também atingiu um alto percentual. Das 10.561 pessoas que necessitaram de um leito, 6 mil usaram o serviço público, o que representou 80% das internações. Outro dado que comprova a importância da instituição para o interior da Bahia foi o número de partos. Das 3.341 pacientes que tiveram filhos no HMN em 2020, 2.436 foram atendidas pelo SUS. Esse número representa 73% dos atendimentos na unidade hospitalar.

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A psicóloga Kenia D’El-Rei, aniversariante, convidou amigos para doar sangue

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Comemorar o aniversário e pedir de presente aos convidados uma doação de sangue. Foi o que fez a psicóloga Kenia D’El-Rei Galo da Silva, na manhã de 2ª feira (21.junho), no Banco de Sangue da Santa Casa de Itabuna. Doadora há 18 anos, ela conta que este é o seu primeiro aniversário solidário e, por isso, resolveu dá um significado especial a data.

“Quis agradecer e festejar os meus 36 anos de uma maneira diferente. Convidei amigos e familiares para participarem desta ação solidária e a resposta de todos foi positiva. Além deles, compareceram os amigos dos amigos, os colegas de trabalho de meu pai, entre outras pessoas que souberam da iniciativa e decidiram ajudar”.

Para a psicóloga, por mais simples que seja, a doação de sangue tem o poder de salvar pessoas, especialmente neste momento de pandemia do novo coronavírus. “Como vale a pena promover solidariedade e vida, ainda em tempos de Covid-19, quando os estoques nos hemocentros estão baixos”, frisou.

Pode doar sangue qualquer pessoa com boa saúde, acima de 50 quilos e que tenha entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos devem estar acompanhados dos pais ou responsável legal). É necessário portar documento de identidade original e com foto. Não precisa estar em jejum – ao contrário, o doador deve estar bem alimentado.

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Francisco Valdece provedor da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna

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A Santa Casa de Misericórdia de Itabuna (SCMI) foi escolhida, na categoria Terceiro Setor, a empresa com o melhor programa de estágios do país. A instituição conquistou o Prêmio Melhores Programas de Estágio, concedido pelo Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), em parceria com a Associação Brasileira de Recursos Humanos (Seccional São Paulo) e Ibope Inteligência.

A Santa Casa de Itabuna conquistou o primeiro lugar nacional, na 12ª edição do Prêmio Melhores Programas de Estágio, porque atingiu todos os critérios estabelecidos na fase de seleção e credenciamento e, posteriormente, foi escolhida pelos próprios estagiários. Eles fizeram uma avaliação, por meio de questionários, da qualidade e conhecimento prático que estão acrescentando em sua formação profissional. A instituição do sul da Bahia ficou à frente do Instituto de Ciência e Tecnologia de Manaus (2º) e Sabrae de Palmas (3º).

A conquista foi comemorada pelo provedor da SCMI, Francisco Valdece. Ele destacou que cerca de 60% dos estagiários que concluem o seu contrato acabam efetivados. “Ou seja, é uma grande oportunidade para o estagiário e para a nossa instituição, que promove profissionais capacitados, motivados, com iniciativa e dinamismo”.

EVOLUÇÃO PROFISSIONAL
De acordo com a gerente de Recursos Humanos da SCMI, Eneila Cerqueira, muitos funcionários que começaram como estagiários, hoje estão atuando como lideranças, enfermeiros, psicólogos, técnicos de enfermagem, assistentes administrativos e farmacêuticos. “São protagonistas de um plano de carreira de excelência, apresentando-se como inspiração no mercado de trabalho”, relata Eneila.

O prêmio é concedido às organizações públicas, privadas, de economia mista e entidades do Terceiro Setor, que investem na formação e no treinamento de jovens profissionais, colaborando para a sua efetiva inserção no mercado de trabalho.

A gerente explica que para a instituição se inscrever e concorrer ao prêmio foi uma oportunidade de avaliação e feedback sobre a percepção dos estagiários em relação à sua vivência na instituição, a supervisão exercida e sobre o programa de estágio institucional.

A SCMI participa da avaliação do Prêmio de Melhores Empresas de Estágio desde 2018. Logo na primeira edição, obteve classificação de 2º lugar. Na 12ª edição dos Melhores Estágios, além da premiação, a SCMI foi homenageada pelo trabalho de qualidade nesta pandemia de coronavírus e receberá uma placa.

Eneila Cerqueira observa que, em um cenário de pandemia, com impacto no mercado de trabalho e no cotidiano das pessoas, ver jovens talentos se empenharem para superar diariamente os desafios, é certeza de que a solução está nas pessoas que persistem, insistem em dar o seu melhor. “Foi um ano em que os protocolos precisaram ser reformulados e houve construção de novas estratégias. Os estagiários tiveram a oportunidade de aprender e a ensinar além do que estava nos livros, conciliando a teoria com prática”, finaliza.

Para a supervisora da Unidade de CIEE de Itabuna, Gersolita Almeida, a conquista do prêmio foi mais que merecida porque a SCMI mostra que está preocupada com o programa de estágio e com o crescimento profissional dos estagiários. “O programa da Santa Casa é muito importante porque dá oportunidade para os estagiários de fazer a avaliação. A partir daí, pode implementar novos projetos, novas ações e estratégias. Percebemos que o objetivo da instituição é oferecer um programa de qualidade, com foco na aprendizagem do jovem”.

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Lucas Gabriel está se recuperando da cirurgia em um leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e deve receber alta nos próximos dias // Fotos Lucas França

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A manicure Keila Cristina Pimentel não vê a hora de o pequeno Lucas Gabriel Pimentel, de 2 anos, retornar para casa, em Caetité, no sudoeste da Bahia. Uma das alegrias da família Pimentel, o menino nasceu com uma malformação craniana que levou a modificação do formato da cabeça e alteração da região superior do rosto. A criança recupera-se bem depois de ter sido submetida a uma cirurgia de remodelação e reconstrução craniana, custeada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital Manoel Novaes (HMN), em Itabuna.

Lucas Gabriel sofria com uma patologia conhecida como craniossinostose (ou cranioestenose), que se caracteriza pelo fechamento precoce de uma ou mais suturas da calota craniana. Neste caso específico, identificou-se o fechamento precoce da sutura coronária a esquerda e da sutura metópica, levando a uma assimetria importante da face e redução do espaço intracraniano à esquerda.

Sem a cirurgia, o menino corria o risco de não atingir o máximo potencial cognitivo do cérebro, o que poderia causar atraso no seu neurodesenvolvimento. Esse foi o principal motivo da mãe do paciente ter buscado o atendimento especializado. “Foi uma cirurgia grande e complexa, que exigiu conhecimento técnico e coordenação de toda a equipe envolvida para que tudo saísse perfeito”, explica o médico neurocirurgião pediátrico Fernando Schmitz.

O PROCEDIMENTO
Para a reconstrução do crânio, o médico retirou e remodelou as duas áreas ósseas que apresentavam a malformação. A primeira área abordada foi a região frontal esquerda, correspondendo a “testa”, realizando o remodelamento ósseo. Já a segunda área abordada foi a região superior da órbita esquerda, onde foi feito o remodelamento e avanço de estrutura óssea. A cirurgia durou quase 6 horas.

“O médico alertou sobre os riscos de o meu filho perder a visão e ter os movimentos comprometidos. Ele orientou sobre a necessidade de realizar a cirurgia. Era uma das coisas que mais queria em minha vida”, conta dona Keila Cristina. O menino nasceu prematuro com 32 semanas e três dias.

Keila Cristina temeu perder o filho quando soube que a criança precisaria ser submetida a uma cirurgia de reconstrução de crânio. “Os minutos que antecederam a cirurgia do meu filho foram marcados por nervosismo, apreensão e choro. Não vejo a hora de levá-lo para casa. De acontecer o reencontro dele com a prima e com o pai. Ele passa o tempo todo chamando pelo pai”, relata. A mãe conta que, por causa da patologia, a criança já sofreu bullying de coleguinhas.

NOVOS PROCEDIMENTOS
O tipo de reconstrução craniana em criança foi a primeira cirurgia desse tipo no sul da Bahia, segundo a diretora técnica do HMN, a médica pediatra Fabiane Chávez. “O resultado ficou dentro das nossas expectativas e o paciente está evoluindo muito bem. Logo em breve ele retorna para casa, para perto de seus familiares e amigos”.

A médica Fabiane Chávez destaca que esse e outros tipos de procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade, via SUS, em crianças e adolescentes estão sendo feitos desde o mês passado na unidade hospitalar em Itabuna. “São várias especialidades que passamos a oferecer tanto pelo sistema público, quanto pelo convênio e também particular. São procedimentos que só eram disponibilizados em centros como Salvador e Feira de Santana”, finaliza a médica.

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A diretora técnica do Hospital Manoel Novaes, Fabiana Chávez, comemorou o sucesso da primeira cirurgia cardíaca pediátrica no sul da Bahia. “Esse procedimento significa um avanço fantástico na nossa assistência. Pela primeira vez na nossa história realizamos um procedimento desse tipo na nossa região. Essa é uma conquista para ser celebrada por todos, principalmente por ter sido realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”

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Recupera-se bem uma bebê de 40 dias que foi submetida a uma cirurgia de correção de persistência do canal arterial, procedimento inédito no sul da Bahia. Prematura de 29 semanas e quatro dias, Alice está internada, desde o dia 17 de abril, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Manoel Novaes (HMN), em Itabuna, para ganhar peso, pois nasceu com 1,225 kg, e com problema de canal arterial persistente. Por isso, fora submetida a uma cirurgia de emergência.

Conduzido pelos médicos Sidnei Nardeli, coordenador do Serviço de Cirurgia Cardiovascular da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna (SCMI), e Pablo Namorato, cirurgião cardiovascular pediátrico da SCMI, o procedimento foi feito na noite da última 5ª feira (27.maio) no Centro Cirúrgico do HMN. “Inicialmente, tentamos resolver o problema com medicamentos, mas sem o resultado esperado. Por isso, decidimos pela intervenção e o bebê está apresentando uma evolução muito boa”, relata Pablo Namorato.

De acordo com o médico Pablo Namorato, a persistência do canal arterial é necessária para o crescimento do bebê. “Depois do nascimento, esse canal é fechado naturalmente. Quando isso não ocorre, é feito tratamento com medicação. Quando resultado não é satisfatório, fazemos intervenção cirúrgica. Este foi o caso da nossa paciente, que tinha muita dificuldade para respirar e hoje está bem”. Hoje, Alice está com um pouco mais de 1,715kg.

O QUE É PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL?
O cirurgião cardiovascular Sidnei Nardeli explica que o canal arterial é uma estrutura fetal que existe entre as duas artérias que saem do coração (aorta e pulmonar). “Uma estrutura que todas as pessoas têm aberta e com fluxo, quando estão no útero materno. Quando o bebê nasce, o canal deve fechar. No caso dessa criança, não fechou, o que estava possibilitando a passagem de uma grande quantidade de sangue para o pulmão, podendo causar insuficiência respiratória e outras complicações. Caso não seja cuidado, a longo prazo, essa complicação pode até causar danos irreversíveis. O bebê poderia torna-se um adulto com a qualidade de vida muito ruim”, conta.

Sidnei Nardeli detalha que esse tipo de patologia no bebê pode enfrentar uma série de complicações de saúde, porque causa o roubo de fluxo, encharca o pulmão e pode levar comprometimento de outros órgãos. “Durante muito tempo, aqui na Bahia, esse tipo de cirurgia era feita em outros centros distantes, como Salvador, mas há dois anos implantamos em Vitória da Conquista, no Hospital IBR, e agora trouxemos esse serviço para Itabuna”.

LOGÍSTICA COMPLEXA E ALTO CUSTO
O cirurgião cardiovascular destaca que antes esse tipo de cirurgia exigia uma logística complexa. “Para levar essa paciente para Salvador, por exemplo, precisaria de uma UTI área porque é um prematuro extremo, de alto risco. Fazendo esse procedimento na unidade onde ela está internada reduz muito o risco de ter uma complicação no transporte. Além do alto risco no deslocamento, o serviço de transporte é muito caro. São muitas as vantagens com a realização desse tipo de precedimento aqui em Itabuna”.

Quem também comemorou muito o sucesso da cirurgia foram o motoboy André Luís de Souza e a estudante Thalia de Oliveira Ferreira, pais da pequena Alice, moradores do bairro Novo Prado, em Itamaraju, no extremo-sul da Bahia. “A gravidez da minha esposa foi de alto risco e tivemos que esperar o município regular para que ela recebesse o atendimento adequado. Ela ficou uma semana esperando lá. Sofreu muito antes de ser transferida para aqui, onde teve atendimento de excelência”, recordou-se. 

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Milhares brasileiros planejaram o nascimento de seus filhos no momento em que ninguém esperava o surgimento de um vírus capaz de modificar o modo de convivência no mundo. Entre as pessoas que realizaram o sonho da maternidade durante esta pandemia estão Deise Damásio, Isabella Fagundes e Fabiany Nascimento.

Em 2019, Deise Damásio, com apoio do marido, decidiu que tinha chegado a hora de ser mãe pela segunda vez. Ela afirma que tomaria a mesma decisão hoje. “Minha filha é um grande presente de Deus. Era um sonho da nossa família. Temos um desafio a mais porque ela nasceu prematura e precisou ficar internada”, conta.

Deise relata que o grande desafio não foi enfrentar a pandemia, mas acompanhar os primeiros dias de nascimento de Eloá. “Passei boa parte da gravidez trabalhando em home office (em casa) e tomei todos os cuidados, mas não fiquei assustada”, conta a moradora de Itapé, no sul da Bahia.

Eloá nasceu prematura, em julho de 2020, na 27ª semana, pesando 940 gramas (muito abaixo do peso considerado ideal). A bebê precisou ficar internada 53 dias em um leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Manoel Novaes. “Hoje, minha filha está bem, mas ainda fazemos acompanhamento com fisioterapeuta, pediatra e neurocirurgião”.

A PEQUENA LAURA
Quem também veio ao mundo em plena pandemia do novo coronavírus foi a pequena Laura. Ela nasceu quando Isabella Fagundes estava na 28ª semana de gestação. “Era o começo de uma pandemia, não sabíamos como lidar com o vírus ainda. O comércio estava fechado. Eu e meu marido ficávamos em casa imaginando nossa bebê conosco, mal sabíamos que isso ia acontecer o mais rápido possível”.

No dia 1º de maio de 2020, Isabella acordou perdendo muito líquido. “Fomos para o hospital já com dilatação. Não estava na hora ainda, pelo menos para mim. Mas para ela (Laura), era a hora certa. Ficamos quatro dias internadas e fazendo de tudo para certificar que ela estava bem e sendo preparada para vir ao mundo”.

Laura nasceu às 6h do dia 5 de maio, de parto normal, pesando 1,024kg. “Não pude tocá-la, tirar fotos e nem amamentá-la. Rapidamente eu a vi sem reação. Ela foi levada pela equipe para UTI Neonatal e lá intubaram. Quando fiquei naquela sala eu clamei a Deus pela vida da minha filha. Pedi com todo o meu coração e a ouvi chorar, foi ali que me encontrei novamente”.

A pequena Laura ficou 58 dias internada no Hospital Manoel Novaes. “Fui todos os dias visitar meu presente. Passei o Dia das Mães e meu aniversário com ela. Quanto foi difícil vir para casa e não tê-la em meus braços, sem receber visita de minha família. Quanto foi difícil imaginá-la naquela sala com infinitos bebês prematuros que tinham uma mamãe sofrendo e de coração grato como eu. Mas estava tranquila porque sempre confiei na equipe do hospital”, afirma.

Superado os momentos desafiadores, a mãe comemora a companhia da filha. “Passou um ano e hoje estamos aqui, felizes. Ela está com desenvolvimento perfeito e completo para idade. Esse ano passou voando. Quase como um flash, mas lembro de todos os momentos e sorrisos que conquistamos até aqui. Quero aprender e ensinar todos os dias. Obrigada, Laura, por ter me escolhido para ser sua mamãe e não desistir de lutar nenhum segundo pela sua vida. Amo-te!”, derrete-se Isabella.

ANA GABRIELA
Fabiany Nascimento também é mãe de um bebê prematuro, nascido com 32 duas semanas, com 1,3kg. O parto dela estava previsto para dezembro de 2020, mas Ana Gabriela Aguiar nasceu em outubro. Moradora de Camamu, no baixo sul da Bahia, ela teve dificuldade para fazer o pré-natal porque Itabuna já registrava um o número crescente de casos de Covid-19.

Mas, em um determinado momento, Fabiany passou a sofrer com pressão alta e, em setembro, estava no nível muito elevado. “Foi aí que descobriram que minha bebê estava tendo restrição de crescimento, com dificuldade de respiração. Durante uma consulta de acompanhamento, a médica percebeu que a situação tinha se complicado e que o parto deveria ser antecipado”, relata.

Após o nascimento, Ana Gabriela ficou 63 dias internada na UTI Neonatal. “No período em que ela estava hospitalizada, só a vi rapidamente quando nasceu. Foi um período muito difícil e só podia vê-la durante uma hora por dia. Revesava com meu marido, um dia eu, outro, ele. Meu coração ficava muito apertado porque era pouco tempo, mas sabia que minha filha estava sendo muito bem cuidada”, conta emocionada.

Fabiany afirma que, além do número de infectados e óbitos, a tristeza nessa pandemia é o isolamento, principalmente dos familiares. “Não sabemos por onde as pessoas andam. Quando planejávamos ter um bebê, imaginávamos que ele cresceria perto dos avós, bisavós, tios, de todo mundo da família. Mas logo percebemos que isso não seria possível, neste momento, por causa dessa pandemia. Isso vem sendo muito difícil”. Mesmo antes do início da pandemia da Covid-19, o Hospital Manoel Novaes já tinha adotado todos os protocolos para evitar a transmissão cruzada do vírus.

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