O procurador-geral da República, Paulo Gonet, citou indícios de envolvimento do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), em crimes praticados na compra de respiradores quando ele era governador da Bahia. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, Gonet indicou em um documento que Costa “assinou contrato com previsão de pagamento antecipado integral e sem garantias ao ente público”.
Gonet pediu ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, que envie o inquérito sobre esse caso para a retomada das investigações no STJ (Superior Tribunal de Justiça). O gabinete de Dino informou que a petição ainda será analisada.
A investigação estaria parada desde que foi remetida ao STF, por isso, Gonet solicitou a retomada das apurações. Segundo o jornal, Gonet afirmou ao STF que a nova regra estabelecida para o foro privilegiado indica que o caso deveria voltar a tramitar no STJ porque envolve fatos da época em que Costa era governador da Bahia.
O caso envolve um prejuízo de R$ 48 milhões na compra de respiradores pulmonares pelo Consórcio Nordeste em 2020, no início da pandemia da Covid-19. O ex-governador teria assinado um contrato com uma empresa sem capacidade técnica e teria autorizado o pagamento adiantado, mas os respiradores nunca foram entregues. Na época, Rui negou ter envolvimento com supostas irregularidades na compra dos respiradores.