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Acontece amanhã, primeiro dia do mês de fevereiro, o pleito para o comando da Câmara dos Deputados. Na disputa, o cargo mais cobiçado do Poder Legislativo : ser presidente da Casa e, como consequência, o terceiro na linha sucessória do Palácio do Planalto em caso de impedimento do presidente da República de plantão e do vice.

Não vou aqui entrar no pega-pega entre Baleia Rossi (MDB-SP), candidato da oposição, e Arthur Lira (PP-AL), que tem o explícito apoio do presidente Bolsonaro. A vitória do pepista é dada como favas contadas.

O que vem chamando atenção é o confronto entre o discurso de que o governo não tem dinheiro para prorrogar o auxílio emergencial e os milhões e milhões de reais para os senhores parlamentares, obviamente para segurar o voto no candidato do governo.

Segundo o Estadão, a planilha do governo registra um repasse de R$ 3 bilhões a 285 deputados e senadores na véspera das eleições para os novos chefes do Legislativo nacional. A dinheirama surgiu como um passe de mágica, um piscar de olhos.

O senador da Bahia, Angelo Coronel (PSD), que preside a CPMI para investigar notícias falsas, foi agraciado com R$ 40 milhões para a realização de obras nos seus redutos eleitorais, o que deixa bem claro em quem o Coronel vai votar.

É do jogo, do vale tudo pelo poder. Se o presidente Bolsonaro apoiasse Baleia Rossi, o deputado estaria de boca fechada. Rossi é do MDB, antigo PMDB, a legenda mais pragmática da República, a que mais entende de toma lá, dá cá. O telhado do emedebista é também de vidro.

Enquanto defrontamos com um derrame de dinheiro, um estudo da FGV aponta que, neste janeiro, 12,8 % dos brasileiros passaram a viver com menos de R$ 246 ao mês. Isso mesmo: duzentos e quarenta e seis reais. E mais: a projeção da honrosa instituição diz que “27 milhões de pessoas estão nessa condição neste começo de ano”.

E olhe que não estou falando da miséria absoluta, da extrema pobreza, de quem vem morrendo de fome porque não tem nem o dinheiro do pão, os que vivem como se não fossem seres humanos.

O fim do imprescindível auxílio emergencial pode provocar uma revolta incontrolável, com consequências imprevisíveis. Não tenho nenhuma dúvida que os supermercados serão os primeiros alvos dos que vão precisar se alimentar para não se despedir da vida dessa maneira.

A continuação do auxílio emergencial é medida de urgência. Do contrário, o caos social e o “salve-se quem puder”.

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Marco Wense
Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

"A queda da popularidade do presidente e o povo na rua são indispensáveis para oxigenar o impeachment", disse Marco Wense

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A eleição para o cargo mais cobiçado do Poder Legislativo, sem nenhuma dúvida o de presidente da Câmara dos Deputados, se torna mais comentada nos meios de comunicação, principalmente nos grandes jornais, quando se tem pedidos de impeachment contra o chefe do Palácio do Planalto de plantão.

É o que vem ocorrendo nessa disputa entre Baleia Rossi (MDB-SP) e Arthur Lira (PP-AL). O emedebista tem o apoio de partidos que fazem oposição ao governo Bolsonaro. O pepista das legendas que dão sustentação política ao bolsonarismo.

Se não fosse uma enxurrada de pedidos de afastamento do presidente Bolsonaro, o processo eleitoral não chamaria tanta atenção, mesmo sendo o candidato vitorioso o terceiro na linha sucessória da presidência da República em caso de impedimento do titular. O substituto imediato é o vice-presidente.

Tudo caminha para uma derrota de Rossi. O toma lá, dá cá, com a promessa de cargos na administração federal, é um fortíssimo cabo eleitoral de Lira, que já considera sua eleição como favas contadas, em que pese a votação ser secreta, o que significa uma maior possibilidade de traição por parte de deputados insatisfeitos.

A disputa pelo comando do Parlamento costuma deixar sequelas, feridas que podem ficar um bom tempo sem cicatrizar. O DEM, por exemplo, rachou em duas partes : uma apoia Baleia e a outra Lira, o que terminou provocando um inimaginável atrito entre Rodrigo Maia, atual presidente da Casa Legislativa, e o ex-prefeito soteropolitano ACM Neto, que é o comandante nacional do demismo. Eram carne e unha. Agora não são mais pedaços da mesma laranja. Coisas do movediço e traiçoeiro mundo da política, que tem os amargos ingredientes da ingratidão e decepção.

Maia, que apoia Rossi, chegou a insinuar que Neto estaria fazendo corpo mole, que não estava usando seu poder de influência com os deputados da sigla. Disse para o ex-alcaide que o DEM estava se transformando no “partido da boquinha”, recebendo cargos no governo federal em troca de votos.

É evidente que com Baleia Rossi na presidência da Câmara dos Deputados, os pedidos para afastar Bolsonaro seriam desengavetados e analisados. A chance de um deles ir ao plenário seria três vezes mais que com Arthur Lira.

No entanto, dizer que com Arthur Lira se enterra de vez a possibilidade de um impeachment do presidente Bolsonaro, não corresponde com a verdade. O impeachment depende de apoio popular, do “Fora Bolsonaro” forte, dos “caras pintadas” nas ruas. Se o movimento crescer, Arthur Lira vai ser o primeiro a dar um tchau para o bolsonarismo.

Não poderia deixar de concluir esse comentário de hoje dizendo que Rodrigo Maia passou um bom tempo no comando do Legislativo e, somente agora, no apagar das luzes de sua gestão, se mostra favorável à defenestração do presidente Bolsonaro.

A queda da popularidade do presidente e o povo na rua são indispensáveis para oxigenar o impeachment. O afastamento da maior autoridade da República está muito longe.

O “Fora Bolsonaro” continua tímido, sem força. Contra o movimento ainda tem a falta de entendimento entre os partidos de oposição e suas respectivas lideranças. Diria que o “Fora Bolsonaro” está entubado e, pelo andar da carruagem, sem previsão de alta.

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Marco Wense
Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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“Cada sonho que você deixa pra trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir”, disse Antônio Maciel

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Eis 2021! Sejam todos, bem-vindos! Tempo inimaginável para meu avô José. Ele, como muitos de sua época, dizia: “De 2.000 não passará, meu filho!”.  Não sei por que, mas nós, meninos diferentes desses de hoje, com tanta informação, acreditávamos. Mas ainda assim, mesmo atado àquela educação sem muitos questionamentos, indagávamos: Por que vovô?”.  Ele prontamente respondia: “Fim dos tempos, meu filho! Tempo que filho mata pai, pai mata filho…”. Com esse pensamento, seguia rezando seu terço, fazendo as orações antes e depois das refeições. Parava tudo que estivesse realizando às 18 horas, horário sagrado, diante do altar, diante de sua Santinha, rezava. Ele foi da Congregação de Marianos.

Dizem que essa frase é muito antiga, e que a forma correta seria “De mil passará, mas a 2000 não chegará”. E aqui caberia outro texto sobre história.

Quando criança, nós viajávamos no futuro com Os Jetsons, série de animação lançada no  início  dos anos 1960, da dupla Hanna-Barbera, que fora exibida novamente nos anos de 1980. O tema: “Era Espacial”. Carros voadores e cidades suspensas provocavam nossa imaginação. Falando de imaginação, não podemos esquecer-nos das “viagens futurísticas” de Júlio Verne, considerado por muitos como pai da ficção cientifica. Aqui merece uma informação. Estamos iniciando um novo tempo, com sonhos, projetos novos fervilhando na cabeça… E, muitas vezes, não realizar nada do que planeja, deixa um pouco para baixo.  Júlio Verne cursou direito para agradar ao pai. Porém, vivia infeliz com a carreira. Seguindo o conselho de um amigo, editor, passou a escrever e publicou seu primeiro livro, Cinco Semanas em um Balão. Com o sucesso, assinou um contrato de 20 anos, com esse amigo, e escreveu até o último ano de vida. A obra final: O senhor do mundo. É hora de procurar ser o senhor de seus sonhos. Nem sempre é fácil. Mas, vamos prá frente!

Na virada de ano, paramos por um instante, olhamos aquela estrela, cada um com sua crença foi se protegendo. Alguns saltaram sete ondas, outros fizeram uma oração,  pedidos para ter força espiritual, outros projetaram algumas metas, e abriram o sorriso com os amigos, desejando uns aos outros a realização dos sonhos. Com os dias passando (e parece voar) sejamos rápidos para trabalhar na construção desses sonhos. Vamos para rua construí-lo como se fosse o time do coração na final de um grande torneio. Se entregue de corpo e alma para realizá-lo como quem briga e grita como torcedor de futebol. Disse Steve Jobs, que “cada sonho que você deixa pra trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir”.

Essa história do futuro me veio à cabeça, por conta de um papo com um ex-aluno, formado em TI (Tecnologia da Informação). Esse dizia que o futuro é da inteligência artificial. Desde as questões domésticas, como uma porta que esqueceu aberta ser fechada com um toque num aparelho, ou um problema complexo de doença ser diagnosticado. Estamos em um novo tempo. Meu avô José, que considerou o controle remoto um sinal do fim dos tempos  (“Fim dos tempos, meu filho, fim dos tempos!”), o que diria agora? Certo é, vovô, que atravessamos 2.000. Desembarcamos em 2021. Onde cada um deseja chegar?

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Antônio Maciel

Pedagogo, professor, poeta e produtor cultural

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"Você precisa estar bem em família, no casamento, com os filhos, com os pais – se ainda tiverem – os irmãos e os parentes. A boa convivência e harmonia familiar é o pontapé inicial para um ano melhor", enfatizou Arnold Coelho

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Será que é um novo ano mesmo? Que tudo vai mudar e os problemas de 2020 ficarão no passado e 2021 será diferente? Que nossos sonhos não realizados sairão do papel e que esse ano tudo dará certo? Ouço essa ladainha faz algumas décadas e todo ano começa na empolgação e termina na frustração.

Não sou cético ou muito menos pessimista, nem estou aqui no ‘primeiro dia’ desse ‘novo ano’ torcendo contra, mas tenho comigo que para cobrarmos tanto desse ano que iniciou hoje, precisamos primeiro mudar de atitude. A mudança não depende de data ou passagem no ponteiro do relógio, estouro de fogos, frases de efeitos ou fotos produzidas nas mídias sociais. Depende só de você!

O fato é que para termos um ano melhor precisamos melhorar. Se o nosso problema é de ordem financeira – faço parte desse grupo – precisamos rever nossos gastos, eliminando tudo o que for supérfluo. Para termos uma boa vida financeira é simples: nossa despesa precisa ser pelo menos 20% menor que nossa receita. Se você não fizer isso, terá um ‘novo ano’ com dívidas e problemas antigos.

Falamos da saúde financeira e agora vamos falar da saúde física, mental e espiritual. Se você está lendo esse artigo é porque graças a Deus escapou da Pandemia e virou o ano com vida e saúde. A ‘saúde’ é a base para tocar a vida que lhe foi dada por Deus.

Quando digo saúde física é com relação aos hábitos saudáveis. É ter uma atividade física regular. Se não tem, coloque na pauta de mudanças desse ‘novo ano’ alguma prática esportiva: como caminhar, nadar, pedalar ou até mesmo uma academia. Faça exercício! É bom salientar que com a saúde física, a saúde mental vem no ‘pacote’.

A saúde espiritual também conta muito. Eu sou cristão e tenho Cristo como o meu Salvador. Acho importante ter uma crença. Crer em algo. Poder se apoiar e pedir ajuda, direcionamento, amor, paz, sabedoria para viver bem sem fazer o mal a ninguém, e vejo em Cristo esse guia – pastor – que preciso. Como sou cristão, aconselho que tenham Cristo diariamente e terá uma boa saúde espiritual.

Por último eu coloquei a família. Você precisa estar bem em família, no casamento, com os filhos, com os pais – se ainda tiverem – os irmãos e os parentes. A boa convivência e harmonia familiar é o pontapé inicial para um ano melhor. Como posso falar em melhorar o ano, o mundo, o país, o estado e a cidade em que vivo, se não consigo melhorar a minha convivência em casa com a minha família?

Para um ano melhor é necessário que você seja uma pessoa melhor.

Comece melhorando por você e tudo vai conspirar ao seu favor.

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Arnold Coelho
Tentando ser alguém melhor nesse ‘novo ano’

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