A Petrobras anunciou hoje (17.junho) mais um reajuste nos preços da gasolina e do diesel que é vendido às distribuidoras de todo o país. A partir de amanhã (18.junho), a gasolina passa a custar R$ 4,06 o litro e o diesel R$ 5,61 o litro nas refinarias e, em cima desse valor, ainda incidem impostos e lucros dos revendedores, ou seja, o consumidor vai sentir o aumento no bolso.
Antes de anunciar a decisão, uma reunião foi realizada entre a estatal e alguns conselheiros ligados ao governo federal e houve uma tentativa de frear esse reajuste, mas tudo foi em vão. Na nota divulgada anunciando o aumento, a Petrobras justifica que o mercado global de energia está em uma situação desafiadora por causa da recuperação da economia mundial e da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Nesta semana, o Congresso aprovou o projeto que limita alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis, energia, gás natural, comunicações e transportes coletivos. A medida foi uma tentativa do governo para reduzir os preços dos combustíveis e, agora, depende da sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL) para começar a valer.
Insatisfeito com a política adotada pela Petrobras, Bolsonaro tem criticado a empresa desde o início do ano e chegou a trocar o presidente da estatal várias vezes e tem criticado o atual, que assumiu o cargo em maio. Nas redes sociais, ele declarou que a empresa pode ser responsável por mergulhar o país em um caos e se declarou contra o novo reajuste: “A Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos. Seus presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo. O Governo Federal como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis, não só pelo exagerado lucro da Petrobrás em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais”.