Concessionárias de energia também enfrentam dificuldades e apontam que o cenário só vai melhorar em 2023

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Dados do Mapa da Inadimplência da Serasa mostram que o Brasil fechou o ano de 2021 com 63,9 milhões de devedores, o que significa um aumento de 2,6 milhões em relação ao ano anterior. Nesse cenário de endividamento, as contas básicas como luz, gás e telefone deixaram de ser pagas e representam 23,9% das dívidas, perdendo apenas para as despesas relacionadas aos bancos e cartões de crédito, que totalizam 27,7%.

As concessionárias de energia, gás e telefone também enfrentam dificuldades e estão recorrendo a programas de renegociação de dívidas com descontos generosos para reduzir as perdas. Além disso, passaram a investir em um arsenal de mecanismos de cobrança para agilizar e estimular a quitação de conta por parte dos trabalhadores.

Entre as empresas, o caso mais grave é o do setor elétrico, um dos vilões da inflação em 2021, que ainda conta com uma sobretaxa de R$ 14,20 na conta a cada cem quilowatts-hora consumidos até abril. Mesmo assim, o orçamento está apertado e é preciso jogo de cintura para equilibrar as perdas e ganhos já que a expectativa é que 2022 também seja um ano difícil.

As distribuidoras avaliam que voltar ao patamar pré-pandemia só será factível em 2023. O percentual de calote médio, segundo as empresas, está em 7% a 7,5%, quase o dobro do registrado antes da pandemia.

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