Agentes das secretarias municipais se preparam para mobilização no Góes Calmon.

Leia em: 2 minutos

Foi aprovada em AGE (Assembleia Geral Extraordinária), 3ª feira (26.outubro), a mudança a estatuária da Associação dos Catadores que, a partir de agora passa a denominar-se de Associação de Agentes Ambientais e Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis de Itabuna.

A Assembleia Geral teve a participação da representante da Defensoria Pública da Bahia, Aline Müller, e do consultor do projeto André Dantas, além de 80 agentes ambientais. O consultor explicou que as mudanças estatutárias incluem  a coleta seletiva e todas  as  suas etapas, dentre elas, a coleta, transporte, triagem, estocagem e comercialização do material reciclável. “Esse é um dos  poucos projetos na Bahia em que os recursos financeiros foram assumidos pela gestão municipal”, elogia Dantas.

Ele disse ainda que a coleta de resíduos representa um novo momento para Itabuna e para a cultura da reciclagem.

O trabalho de conscientizar a população sobre a reciclagem dos materiais já foi iniciado. Entre as ações, a mobilização de agentes das secretarias municipais de Planejamento, Agricultura e Meio Ambiente, Infraestrutura e Urbanismo e de Promoção Social e Combate à Pobreza que na manhã de hoje visitaram condomínios e residências do Góes Calmon. No bairro, houve a distribui panfletos e orientações

A coleta seletiva em Itabuna começa em novembro e terá o suporte de oito ecopontos instalados em alguns bairros e nas Praças Adami, Camacan, além da Avenida Aziz Maron. Cada ecoponto terá 1,90 metro de altura e capacidade para armazenagem de 2.500 litros de resíduos. “Nossa  proposta é colocar um catador durante o dia para orientar a população sobre o descarte correto”, falou o , consultor do projeto André Dantas e do Programa de Coleta Seletiva, que está boa receptividade dos itabunenses.

O microempresário Ezequiel ladeado por Dielson Mendes e Rosivaldo Pinheiro em sua banca de jornais no Góes Calmon.

Projeto de mineração urbana defende que metais valiosos podem ser obtidos através da reciclagem

Leia em: 2 minutos

“Quais materiais são mais propensos a virarem lixo eletrônico e por que as pessoas realizam o descarte indevido?”. Essas são algumas questões que a pesquisadora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Tatiane Benvenuti, quer entender para criar medidas que possam diminuir esses resíduos na região Sul da Bahia.

A partir dessas informações, Tatiane vai buscar técnicas para a reciclagem e recuperação de materiais valiosos. “Com a necessidade de equipamentos eletrônicos, tanto para trabalho, quanto para conforto, somado ao constante surgimento de novas tecnologias que surgem diariamente, tivemos um aumento enorme de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos, os REEE. Dentro dessa realidade, o Brasil encontra-se entre os países que mais produzem REEE, somente em 2014, foram cerca de 14 milhões de toneladas”, alerta a pesquisadora.

Ao justificar a importância do projeto, realizado em parceria com pesquisadores da Uesc e da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Tatiane explica como funciona a dinâmica de reciclagem de produtos eletrônicos.

“No Brasil, existe a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) de 2010, que, ao ressaltar o perigo para à saúde e o meio ambiente, alerta que tais materiais devem ser reciclados. Entretanto, este tipo de resíduo não pode ser enviado para aterros e lixões, ele deve passar pelo processo chamado logística reversa, que ocorre quando o consumidor devolve o aparelho inutilizado na mesma loja onde o comprou. Nesse sentido, a loja devolve as peças aos fornecedores que reutilizam os materiais ou providenciam a reciclagem. Acontece que, no nosso país, as lojas ficam com muitas peças para descartar e nem sempre recebem o equipamento vendido de volta. Some isso ao fato de no Brasil não existir a reciclagem de todos estes materiais, limitando-se somente à desmontagem, então, a parte mais valiosa do material que não vai parar nas cooperativas de reciclagem e sucateiros, acaba indo para fora do país, onde é melhor aproveitada”.

A pesquisadora afirma que através do anseio de fazer com que esses metais valiosos permaneçam em território brasileiro, ela busca entender como esses resíduos são administrados no Sul da Bahia, a fim de apontar possíveis medidas para realizar a reciclagem adequada localmente. “Com o tempo, ampliando a atuação, poderemos conhecer os dados destes resíduos em todo o estado, na região Nordeste e em todo o país. Em nossa pesquisa, buscamos conhecer o panorama local e fornecer informações, como a cartilha, para educar a população em relação aos perigos e à necessidade de descartar esses resíduos de forma adequada”, disse Tatiane, que destacou os comércios que recebem os resíduos eletrônicos, lojas de consertos, empresas fabricantes de equipamentos como os principais integrantes de seu público-alvo.

A equipe também defende que a composição destes resíduos indica possibilidades de mineração urbana para obter metais, a partir de volumes inferiores de REEE em comparação com o volume de minério na mineração convencional.

“Recursos minerais são finitos e as minas vêm se esgotando cada vez mais rápido, logo, a ideia é que haja menor demanda de matéria-prima virgem, através da recuperação dos metais dos resíduos. O impacto social poderá se refletir na criação de pontos de coleta e triagem de resíduos, além do desenvolvimento de novos empreendimentos de reciclagem, com geração de emprego e renda na região”, concluiu.

O projeto é inédito em Itarantim, mas vem ganhando força e novos parceiros

Leia em: < 1 minuto

A Prefeitura de Itarantim visando o reaproveitamento dos resíduos sólidos recicláveis produzidos no município, começou a apoiar a iniciativa de catadores locais com objetivo de coletar os materiais recicláveis descartados no aterro local.

A ação consiste na coleta de matérias recicláveis: plástico, papel, papelão, garrafas pet, latinhas de alumínio e demais materiais que levariam anos para se decomporem na natureza e que podem ser reaproveitados.

Numa parceria com a Cooperativa de Catadores Itairó, município próximo de Itapetinga, os catadores locais coletaram cerca de duas toneladas de materiais recicláveis nas últimas duas semanas. Os materiais coletados serão reinseridos na cadeia produtiva da reciclagem, gerando matéria prima preciosa para as indústrias recicladoras.

Além do benefício ambiental e comercial, esta ação proporcionou neste curto espaço de tempo, a geração de uma renda média de R$ 400,00 para cada uma das três famílias de catadores envolvidas na ação nesse quinze dias.

Apesar de ter iniciado a pouco tempo, os resultados já são evidenciados de forma muito clara: benefícios ao meio ambiente, à sociedade de Itarantim e principalmente aos catadores e suas famílias.

Inicialmente estão sendo coletados os materiais que já foram descartados no aterro, contudo, é possível que o projeto possa avançar para um programa de coleta seletiva porta a porta envolvendo toda comunidade itarantiense, dando a destinação final ambientalmente adequada aos resíduos e abrindo um grande espaço para geração de trabalho e renda para várias famílias em situação de vulnerabilidade social.

Notícias mais lidas

Outros assuntos