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Celebrando 43 anos hoje (26.janeiro), o pré-candidato a governador ACM Neto (DEM) participou de inaugurações da prefeitura e destacou ações de sua gestão em Salvador. Ao lado do prefeito Bruno Reis (DEM), Neto participou da entrega da obra de contenção da Candinho Fernandes, na Fazenda Grande do Retiro, e da obra de drenagem, recuperação viária e do Complexo Esportivo e de Lazer do Poeirão, na Boa Vista de São Caetano.

“Como é bom saber que posso viver numa cidade que a gente tem um prefeito responsável, que, assim como nós, tem um olhar prioritário para quem mais precisa. Aliás, essa é a marca fundamental do nosso jeito de governar, uma administração que chega nas áreas mais pobres, que transforma a vida das pessoas mais pobres”, ressaltou.

O ex-prefeito lembrou das fortes chuvas de 2015 e ressaltou ações da prefeitura. “A partir dali começamos a escrever uma nova história de como esta cidade encara os riscos e os efeitos das chuvas nas áreas mais pobres. Nós não apenas demos atenção, a assistência, apoio às famílias que foram vítimas das chuvas. Fomos além, nós fizemos mudanças estruturantes e definitivas, organizamos a Defesa Civil, qualificamos com a equipe técnica, fazendo com curso inclusive. Trouxemos para Salvador o que havia de mais moderno à disposição em termos de tecnologia”, disse.

Neste sentido, ele destacou que Salvador teve no ano passado um grande volume de chuvas e a cidade estava protegida. “É assim que a gente muda de verdade a vida das pessoas, tendo respeito a essas pessoas. Não politicagem, não se aproveitando da tragédia dos outros. Ao contrário, tendo uma ação permanente e uma visão definitiva do que é mudar a vida de alguém que sofre o drama de morar numa área de risco”, frisou.

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As articulações para compor a chapa governista caminham a passos largos para manter a base aliada unida em torno da pré-candidatura de Jaques Wagner ao governo do Estado no pleito de 2022.

A reforma administrativa do governador Rui Costa foi programada para evitar uma cisão no arcabouço que dar sustentação política ao governo. A preocupação maior é com o PP e PSD, sem dúvida as duas legendas mais importantes da base aliada.

Os argumentos que consolidam o PSD e PP como as siglas indispensáveis para a pretensão de Wagner de governar a Bahia pela terceira vez são do conhecimento de todos. Não vou citá-los novamente. Basta lembrar dois pontos:
1️⃣ tempo no horário eleitoral.
2️⃣ as duas siglas juntas têm o controle político da quase metade das prefeituras.

O único obstáculo que poderia criar problema para a unidade da base parece que foi removido. Não sei se por pressão de cima para baixo, mais especificamente da cúpula do lulopetismo, ou por decisão do próprio Rui Costa, que resolveu continuar no Palácio de Ondina até o último dia do mandato.

Ora, até as freiras do convento das Carmelitas sabem que a vontade de Rui era disputar o Senado da República. Seria a eleição mais tranquila do Brasil, com uma grande diferença em relação ao segundo colocado.

Com Rui fora da majoritária, tudo volta a se encaixar: Jaques Wagner (governador), um nome indicado pelo PP (vice) e Otto Alencar buscando à reeleição para o Senado, obviamente pelo PSD.

Como não existe almoço de graça na política, a Rui Costa, pela sua compreensão e discernimento, ficaria a promessa de ocupar um ministério em uma eventual vitória de Lula na sucessão de Bolsonaro.

Atrás de toda essa arrumação tem a desconfiança em relação ao vice-governador João Leão, que assumiria o lugar de Rui Costa em caso de desincompatibilização para concorrer ao Senado. Se o vice-governador não tivesse pretensão política, se fosse confiável, um vice técnico, Rui Costa deixaria o cargo. Outro lembrete é que João Leão é do PP, sigla do Centrão, hoje de mãos dadas com o presidente Bolsonaro. O comandante-mor nacional da sigla, senador Ciro Nogueira, integra a tropa de choque em defesa do governo Bolsonaro na CPI da Covid-19.

No tocante a Otto Alencar tem a questão da sucessão do Palácio do Planalto. Deixar Otto de fora da chapa significaria o fim da possibilidade de um entendimento nacional com a legenda em torno da pré-candidatura de Lula. As conversas com Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, seriam interrompidas.

E ACM Neto? A situação do ex-prefeito de Salvador continua cercada por um denso nevoeiro, que precisa ser dissipado urgentemente, sob pena de causar uma queda nas pesquisas de intenções de voto, que no momento colocam o demista em posição confortável em relação ao segundo colocado, o senador Jaques Wagner.

ACM Neto tem que tomar uma posição, decidir o que quer, qual o caminho que pretende seguir, se quer apoiar Ciro Gomes, presidenciável do PDT, ou fazer as pazes com o presidente Bolsonaro. Essa indefinição não é aconselhável. Parcela significativa do eleitorado não perdoa.

Agora é esperar a poeira assentar. Daqui para 2022, mais especificamente perto das convenções partidárias, muita coisa pode acontecer. Repito que o processo sucessório terá dois fortes “cabos eleitorais”. Um do lado de Wagner, que é o ex-presidente Lula. E o outro de ACM Neto, o sentimento de mudança. Afinal, com o fim do governo Rui Costa, são 16 anos do PT no poder.

A continuação da “correria” de Rui Costa versus “chega de PT”. Esse será o inevitável confronto, o discurso do petismo e do netismo. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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