Eduardo Cunha não pode se candidatar nas eleições deste ano

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, suspendeu a decisão do Tribunal Regional Federal da 1º Região que transformava o ex-deputado federal, Eduardo Cunha, elegível. Com essa decisão, Cunha não pode se candidatar no pleito deste ano.

Cunha foi cassado pela Câmara dos Deputados em 2016 por quebra de decoro parlamentar depois de algumas denúncias que davam conta de que ele ocultou contas bancárias no exterior. Além disso, o ex-deputado mentiu sobre a existências dessas contas durante um depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a Petrobras.

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Depois de apoiar a candidatura de Bruno Reis na sucessão do Palácio Thomé de Souza, indicando a advogada Ana Paula Matos para ser vice do demista, tudo ficou previsível.

O rompimento político do PDT com o governador Rui Costa (PT) era só uma questão de tempo. Portanto, nenhuma surpresa com a iminente saída do partido da base aliada.

Outro detalhe é que o PDT, deixando o PT de fora, é a única sigla da base de sustentação política do chefe do Palácio de Ondina que tem pré-candidato à presidência da República: o ex-prefeito de Fortaleza e ex-governador do Ceará Ciro Gomes, que foi considerado o melhor do Brasil nos dois cargos.

O fato do PDT ter presidenciável também contribuiu para a ruptura, já que o lulopetismo, que continua soberbo, tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como postulante a um terceiro mandato.

Agora é cada um cuidando do seu próprio quintal.

Vale lembrar que ao deixar a cadeia, onde passou 580 dias, o “mito” da esquerda disse que o PT era partido de receber apoio e não de apoiar.

Estranho seria, e até muito infantil, se o PDT apoiasse Jaques Wagner para o governo do Estado com o senador pedindo voto para Lula.

Sem dúvida, uma inominável e imperdoável ingenuidade política.

 

Eduardo Cunha: de volta ao jogo político

Eduardo Cunha, ex-aliado do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diz o óbvio ululante sobre a sucessão do Palácio do Planalto no pleito de 2022: “Bolsonaro só ganha a eleição se enfrentar o Lula e o Lula só ganha a eleição se enfrentar Bolsonaro”.

A obviedade continua: “Se Bolsonaro enfrentar qualquer outro perde, se Lula enfrentar qualquer outro vai perder”. Ora, ora, até as freiras do convento das Carmelitas sabem disso. E por falar no ex-todo poderoso presidente da Câmara dos Deputados, “exemplo” de homem público, de político “honrado”, o lulopetismo, que vem se reaproximando de todos que protagonizaram o impeachment da coitada da Dilma Rousseff, como o cearense Eunício Oliveira e o alagoano Renan Calheiros, quer seu apoio para o “mito” da esquerda.

A campanha de Lula caminha para ter o maquiavelismo como arcabouço, a viga principal da estratégia de conquistar o terceiro mandato presidencial do petista-mor. Deixando de fora Palocci, braço direito e esquerdo do companheiro de vários verões, o “dedo duro” dos escândalos da era Lula no poder maior da República, todos, sem exceção, independente de se encontrarem presos ou não, são bem-vindos.

Se o lulopetismo voltar a comandar o país, a versão 2 do mensalão é dada como favas contadas. O toma lá, dá cá, só vai mudar de cor: o verde e amarelo será substituído pelo vermelho. Vale lembrar que não se tem notícia de uma única crítica do lulopetismo aos que hoje estão na cadeia ou escandalosamente em liberdade.

Com efeito, Ciro Gomes, presidenciável do PDT, por denunciar essa corja de larápios dos cofres públicos, responde a vários processos por danos morais. Pois é. Danos morais. É mole ou quer mais, costuma dizer a sabedoria popular. No frigir dos ovos, tudo como dantes no quartel de Abrantes.

A impunidade mostrando o ar da graça, debochando da Justiça e dando uma banana para o “dura lex, sed lex”. 


Marco Wense é Analista Político

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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