Nesta quinta-feira (7.dezembro), o Ministério Público estadual, em parceria com a Polícia Federal e a Receita Federal, deflagrou a Operação El Patron, que teve como alvo o deputado estadual Binho Galinha (Patriota). As investigações apontam que o parlamentar é líder de um grupo miliciano que atua em Feira de Santana, está envolvido em crimes como lavagem de dinheiro, jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada.
Seis pessoas foram presas preventivamente e 35 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, inclusive na casa e nas fazendas do deputado. Foram apreendidos documentos, pasta de cocaína, armas e munições. Binho Galinha e outras 14 pessoas, incluindo policiais militares, foram denunciados pelo MP.
A denúncia foi recebida pela Justiça, que determinou o bloqueio de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 imóveis urbanos e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas. O MP solicitou à Justiça o pagamento de multa superior a R$ 30 milhões por danos morais coletivos.
Durante as investigações, foi constatado que a organização criminosa realizou, em uma década, movimentações bancárias superiores a R$ 100 milhões. Segundo a denúncia, o grupo conta com a participação de policiais militares que tinham atribuições de efetuar cobranças, mediante violência e grave ameaça, de valores oriundos de jogatinas e empréstimos a juros excessivos.
ATUALIZAÇÃO DIA 11 DE DEZEMBRO DE 2024, ÀS 15H30
Por meio das redes sociais, o deputado estadual Binho Galinha (Patriota) emitiu uma nota sobre a Operação El Patron e disse que está à disposição para sanar dúvidas e esclarecer os fatos. O parlamentar disse, também, que não houve alterações em suas atividades e que a assessoria jurídica está tomando as devidas providências.