Uesb registra patente de composição alimentícia com mel de cacau

“Mel de Cacau”: uma composição nutricionalmente enriquecida e com redução de sacarose

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“Composição Alimentícia com ‘Mel de cacau’” é o título da invenção que concedeu à Uesb sua terceira carta patente, emitida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), em fevereiro deste ano. O estudo é referente a composições alimentícias de chocolate e de gelado comestível a partir do chamado “mel de cacau”, uma composição nutricionalmente enriquecida e com redução de sacarose, contendo um produto obtido a partir da polpa de cacau in natura, não fermentado.

A pesquisa foi feita no contexto da crise do agronegócio do cacau no Brasil, muito relevante no Sul da Bahia, provocada, principalmente, pela devastação da doença vassoura-de-bruxa. Nesse sentido, observada a necessidade de buscar alternativas de aproveitamento integral do cacau e de seus derivados, o professor Marcordes Viana da Silva, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Alimentos da Uesb, iniciou o desenvolvimento da pesquisa de análises de caracterização do “mel de cacau” e dos ensaios de processamento quanto ao enriquecimento do chocolate com “mel de cacau” e redução de sacarose, no laboratório do Núcleo de Estudos em Ciência de Alimentos (Necal), campus de Itapetinga.

Para o pesquisador, a “aplicação tecnológica do ‘mel de cacau’, em composições alimentícias, vem agregar valor nutricional aos produtos formulados, bem como impor o conceito de sustentabilidade à produção de cacau com o aproveitamento deste subproduto, permitindo-se, assim, a competitividade no mercado, exclusividade na exploração, possibilidade de sua comercialização, valorização do esforço despendido, proteção legal contra exploração por terceiros e contribuição para a sociedade”.

INOVAÇÃO NA UESB
Coordenador do Sistema de Gestão Tecnológica e Inovação e o Núcleo de Inovação Tecnológica (Gestec-NIT) da Uesb, Luciano Brito Rodrigues afirma que a concessão da terceira carta patente demonstra a qualidade e o potencial inovador das pesquisas desenvolvidas na Universidade. “A patente é mais um indicador de nossa qualidade e que precisa ser intensificada entre os pesquisadores de nossa Instituição”, pontuou.

Rodrigues também acrescentou que a proteção das invenções deve ser um caminho natural a ser trilhado na carreira do pesquisador e que precisa ocorrer segundo as regras e procedimentos estabelecidos pelo órgão avaliador, no caso do Brasil, o Inpi. “Para isso, a Uesb dispõe do Gestec-NIT, que, juntamente com a Coordenação de Inovação, atuam na orientação aos pesquisadores quanto à melhor forma de proceder com a proteção da invenção desenvolvida, conforme estabelecido em sua Política Institucional. Sei que ainda é o começo da caminhada, mas estamos fazendo-a de maneira firme e consistente, o que se materializa a cada pedido depositado, e muito nos alegra quando o mesmo é concedido”, esclareceu Rodrigues.

A pesquisa foi depositada em 2013, em parceria com a professora Suzana Caetano da Silva Lannes, do Departamento de Tecnologia Bioquímico-Farmacêutica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), onde dispõe de equipamentos indispensáveis à caracterização tecnologia do chocolate e seus derivados. O estudo contou ainda com a colaboração de dois alunos da Iniciação Científica (IC) da Uesb, Elias Nascimento da Silva e Danilo da Cruz Ramos.

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