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Secretários e dirigentes escolares dos municípios associados à Amurc estiveram reunidos de forma online ontem 2ª feira (2.agosto), para tratar do retorno às aulas escolares na Rede Municipal de Ensino. A proposta é que as aulas retornem no formato híbrido, com ações planejadas pelas secretarias de Educação, atendendo a legislação e previstas para os meses de setembro e outubro, de forma escalonada.

O debate vem sendo protagonizado pelo Forsec (Fórum Regional de Secretários de Educação) e pela Câmara Técnica de Educação do CDS-LS, através do Comitê Gestor, junto a Amurc e Uesc. Na oportunidade, foram analisadas as contribuições trazidas pela União dos Conselhos Municipais de Educação na Bahia (Uncme-BA) acerca do tema de acordo com a legislação.

A representante da Uncme, Gilvânia Nascimento, destacou que as secretarias de Educação precisam ter um planejamento estratégico da volta gradativa, escalonada como a legislação determina. “Independente do caminho que os gestores sigam, eles precisam avaliar a legislação. Precisamos discutir quais são as condições para que essa volta possa acontecer”, ressaltou Gilvânia.

Nesse sentido, o comitê regional deliberou sobre uma reunião virtual na próxima 5ª feira (5.agosto), com os secretários de Educação, quando serão apresentadas as orientações e protocolos necessários para o retorno às aulas em segurança. O momento será importante para a definição oficial das datas, visando a transição entre ensino na modalidade remota, para híbrida.

“A Amurc vem trabalhando com o Fórum de Educação (Forsec), Câmara Técnica de Educação e instituições parceiras, uma possibilidade de retorno às aulas da Rede Pública para apresentação aos gestores municipais. Mas, cada município tem a sua autonomia para decidir, tendo em vista que o plano de retomada das aulas é específico em cada localidade”, declarou o presidente da Amurc, Marcone Amaral.

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O que me alegra é a nossa capacidade de resistir. O desabafo é do professor de história Erlon Costa. Membro efetivo do Conselho Municipal de Cultura, Erlon é uma espécie de “formiguinha” no trabalho de difusão da capoeira em Ilhéus. Por onde passa fala do tema. Onde é possível, “joga” sua arte. Com índios ianomâmis, por exemplo, perfilou na roda no topo do Pico da Neblina. Batizado de “Chocolate” pelos mestres, Erlon comemora outro feito, que define como “silencioso e estratégico”: ter dois praticantes da capoeira na formação do Conselho de Cultura.

Mas se a presença da dupla fortalece a representatividade da arte, a ausência de políticas públicas definidas fragiliza o presente e cria um vazio sobre o futuro. “Faltam espaços. Os que tínhamos, foram destruídos. E quem está disposto a reconstruí-los não têm mais onde investir”, lamenta. Ao falar na Audiência Pública que debateu na Câmara Municipal ações afirmativas para o segmento, “Chocolate” lembrou que nos últimos anos muitas crianças deixaram de praticar a capoeira por que encontraram salas fechadas onde, até então, a arte era praticada.

ESPAÇOS
Não bastasse, prédios onde projetos sociais e esportivos poderiam ser implantados, não são liberados para atender à demanda de crianças, especialmente as que se encontram em vulnerabilidade social. Por exemplo, o Colégio da Proa, na zona sul. Fechado, o imóvel se deteriora. Mas poderia estar vivo sediando um complexo de capoeira. “Entrega na mão da gente pra ver”, desafia.

O vazio que “Chocolate” enxerga, Mestre Ramiro, sente na pele. Viu, sem justificativa, fechar espaços onde há anos atendia crianças. O Ginásio de Esportes e uma sala da Biblioteca Pública Municipal, são os dois exemplos mais recentes. “Sequer um ofício fizeram justificando a decisão”, desabafa. Ele compareceu à Câmara vestido de branco (representando a paz) e descalço (representando a liberdade). Disse que a Câmara realiza uma importante iniciativa ao debater o futuro da capoeira de Ilhéus.

AÇÕES PENSADAS
Contrameste, Paulo Magalhães destacou que há 72 ações pensadas para a capoeira na Bahia. Elas só precisam ser colocadas em prática através de políticas públicas de valorização de uma das maiores expressões culturais do povo brasileiro. Ao participar da Audiência Pública, Paulo lamentou que a capoeira esteja, hoje, presente apenas nas escolas particulares da Bahia e afirmou que já há um arcabouço institucional jurídico para que possa, finalmente, ser implementada nas escolas públicas do estado. Há um debate sobre a necessidade ou não da formação acadêmica dos instrutores para ministrar aulas nos estabelecimentos públicos.

Jornalista, mestre em Ciências Sociais e doutor em Cultura e Sociedade, Paulo Magalhães lembrou que a capoeira foi perseguida e chegou a ser considerada uma atividade criminosa entre 1890 e 1940. Mas ela venceu, hoje é praticada em mais de 170 Países. “Os caminhos agora estão abertos e temos muito que ainda avançar”, assegura. Levantamento feito pelo setor aponta que Ilhéus possui 36 grupos de capoeira cadastrados, mas vivendo em verdadeiras ilhas, isolados, sem uma ação política coletiva. Ao justificar a realização da Audiência Pública, o autor da proposta, o vereador Cláudio Magalhães (PCdoB) destacou a importância deste movimento cultural numa cidade de 487 anos de fundação.

RESISTÊNCIA À ESCRAVIDÃO
“É preciso que valorizemos a capoeira como uma atividade física, luta, dança e expressão do povo negro da cidade”, disse Cláudio. Para o vereador Vinícius Alcântara (PV), encontros e iniciativas como esta são fundamentais para puxar a reboque o poder público para ações do interesse coletivo. “Estar aqui é uma oportunidade de entender a capoeira e, através das reivindicações, fazer com que as coisas aconteçam”. O vereador Vinícius lembrou que o produto da capoeira é um produto da resistência à escravidão e um patrimônio cultural do Brasil.

Professor da rede pública com atuação em Salvador, Mestre Duda defendeu que é inevitável que todo cidadão politizado esteja neste momento revoltado com a realidade nacional. “A luta é grande. Agora, sobretudo, é no sentido se organizar enquanto coletivo para pensar na proposição de políticas públicas”. Mas lembrou que é preciso avançar muito. “Quando a gente propõe políticas públicas a gente hoje não sabe nem se a escola quer aceitar a cultura tradicional como ela é”, exemplificou.

SISTEMA TRABALHA PARA O SISTEMA
A capoeira está esquecida, lamenta o professor Artur Gregório, o outro capoeirista que integra o Conselho Municipal de Cultura. “Essa é a cultura do povo, da gente. Mas se o seu filho não consegue ver alguém jogar capoeira na rua, ele não se inspira”, afirmou. Gregório criticou o sistema que, segundo ele, trabalha para amigos e coligados e não pra todo mundo. “O sistema trabalha para o sistema. E quando eles nos querem fora, eles não nos ajudam”, sentenciou. “Só se lembram dos capoeiristas na semana da consciência negra”, completa Bruno Reis, o mestre Zumbi. “É preciso permanência, regularidade, para que possamos ser olhados com outros olhos”, afirma. “Por isso, organizar coletivos é o que faz a gente estar aqui”, completou Erlon, encerrando a Audiência Publica e as comemorações do Dia do Capoeirista, que acontece neste dia 3, terça-feira.

A dupla foi conduzida para a sede da 7ª Coorpin de Ilhéus, onde permanece à disposição do Poder Judiciário

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Vinte e cinco pedras de crack, seis papelotes de cocaína, três porções de maconha, R$ 70 e anotações com a contabilidade do tráfico de drogas foram apreendidos, ontem (2.agosto), no bairro Portelinha, em Itacaré.

O material estava com um homem, de 20 anos, autuado em flagrante por investigadores da 7ª Coorpin de Ilhéus. A ação contou com o apoio de uma equipe de 72ª Companhia Independente da Polícia Militar.

Durante a diligência, os policiais localizaram um homem que estava com um manddao de prisão preventiva em aberto por tráfico. Expedida pela Comarca de Itacaré, a ordem judicial foi cumprida em um bar, no Bairro Novo.

Receba Andrade conquistou duas medalhas, prata na ginástica e ouro no salto

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Nos últimos dias foram conquistadas medalhas na natação, tênis e ginástica artística. Já são 10 medalhas conquistadas. A ginasta Rebeca Andrade é a primeira brasileira a subir duas vezes no pódio na mesma edição dos Jogos Olímpicos e a única campeã olímpica da ginástica artística feminina nacional. No último domingo ela recebeu o ouro na prova do salto. A paulista de 22 anos já havia ganhado a prata na ginástica individual e é uma das seis integrantes da seleção de ginástica artística classificada para Tóquio que recebe a Bolsa Pódio.

Tênis
Pela primeira vez na história, o tênis brasileiro recebeu uma medalha em Jogos Olímpicos. O bronze foi conquistado pelas paulistas Laura Pigossi, de 26 anos, e Luisa Stefani, de 23 anos. As duas derrotaram, de virada as russas Elena Vesnina e Veronika Kudermetova

Medalhistas
🥇 Ítalo Ferreira – surfe, medalha de ouro.

🥇 🥈 Receba Andrade – medalha de prata na ginástica e ouro no salto.

🥉 Luisa Stefani – dupla de tênis, medalha de bronze.

🥉 Laura Pigossi – dupla de tênis, medalha de bronze.

🥈 Rayssa Leal – skate streete, medalha de prata.

🥉 Daniel Cargnin – judô, medalha de bronze.

🥉 Mayra Aguiar – judô, medalha de bronze.

🥈 Kevin Hoefler – skate street, medalha de prata.

🥉 Fernando Scheffer – natação, medalha de bronze.

🥉 Bruno Fratus – natação, medalha de bronze.

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