Estudantes premidos são de Salvador, Itanhém, Ibipitanga, Sítio do Quinto, Gandu, Rio Real e Feira de Santana

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Os estudantes da rede estadual dos municípios de Salvador, Itanhém, Ibipitanga, Sítio do Quinto, Gandu, Rio Real e Feira de Santana alcançaram posições de destaque na segunda edição da Olimpíada de Português (OP), competição nacional que, além de avaliar o nível de conhecimento dos alunos em Língua Portuguesa, é uma forma diferente e lúdica de motivar as crianças e os jovens a exercitarem o bom uso do Português e a refletir sobre as diversas facetas do idioma.

Nesta edição, os alunos conquistaram uma medalha de Destaque Regional, três medalhas de Ouro, duas de Prata, quatro de Bronze e seis Menções Honrosas, reforçando os talentos da Educação Básica baiana.

A Olimpíada de Português é realizada pelo Instituto Philotimia e dividida em duas fases e três categorias, que abrangem desde o Ensino Fundamental até o Ensino Médio. Nas provas, os participantes enfrentam desafios idiomáticos, jogos e reflexões sobre textos clássicos e provérbios populares, sob a curadoria de um comitê científico formado por professores e especialistas renomados.

A primeira prova ocorreu em maio e foi aplicada na própria escola dos estudantes, e a segunda aconteceu em polos de aplicação, somente para os mais bem colocados da primeira fase. As duas etapas também são organizadas em três categorias, conforme a faixa etária: Categoria A — engloba os estudantes do Ensino Médio; Categoria B — para alunos do 8º e 9º ano; e Categoria C — para 6º e 7º ano.

📷 Divulgação SEC

Foco do trabalho é utilizar tecnologias digitais na rotina de aprendizagem

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“Fiz um blog, e daí?”. A pergunta que intitula o nome do projeto de pesquisa da professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Sara Oliveira, poderia ter diversas respostas ou desdobramentos, ao passo que ela prontamente ressalta, que vencer, em terceiro lugar, o Concurso IILP-Itamaraty de Artigos Científicos sobre a Língua Portuguesa não estava, a princípio, em seus planos. O blog, chamado Falando Português, que foi criado pela professora para que estudantes estrangeiros pudessem aprender o idioma através de interações sociais, apresenta uma perspectiva intercultural e crítica, capaz de contribuir para uma formação mais sensível e reflexiva.

Sara, que é natural de Senhor do Bonfim, interior da Bahia, explica que o objetivo principal ao utilizar a plataforma online na aprendizagem de seus alunos é incorporar a tecnologia digital para além do que ela poderia oferecer em termos tecnológicos. “Proporcionamos um ambiente amistoso, repleto de diálogos verdadeiros entre sujeitos e mundos diferentes, e entre línguas-culturas diferentes também. A ideia é proporcionar aos alunos a oportunidade de transitar por uma maior variedade de interações e realidades sociais”. Ela ainda ressalta que o processo de ensino-aprendizagem se torna mais rico e ressignifica o uso do blog nas aulas de línguas, o qual, segundo a professora, tem servido apenas como um repositório de textos e informações descontextualizadas.

O anseio em investigar o uso dessas tecnologias no ensino de línguas surgiu ainda na graduação, quando Sara começou a usar o blog para compartilhar as produções textuais dos alunos estrangeiros. “Através deste estudo, que configura o meu projeto de mestrado na Ufba, conseguimos mostrar a necessidade das ferramentas online no processo de aprendizagem dos idiomas de forma significativa e não apenas como um instrumento de avaliação ou espaço de leitura e produção textual com pouca interação, pois isso minimiza o potencial pedagógico”.

A pesquisadora conquistou o terceiro lugar na categoria Pós-Graduação, com o artigo “Reflexões acerca da implementação de um conjunto de atividades potencialmente intercultural” no 1º Concurso IILP-Itamaraty, que teve a participação de pesquisadores de todos os países no qual a Língua Portuguesa é nativa, entre eles, além do Brasil, estão a Angola, Moçambique e Portugal. “Com a implementação das Unidades Temáticas dentro do blog, verificamos o desencadeamento de um conjunto de ideias e reflexões sobre mundos, crenças e identidades, assim como experiências interculturais, resultantes de um diálogo entre os diferentes e sobre as diferenças. O “Falando Português” evidenciou, ainda mais, a riqueza do que pode ser produzido por estudantes de português como Língua Estrangeira e demonstrou como essas produções podem voltar para sala de aula, por meio da reflexão de estudantes e professores de como é possível repensar a língua e analisá-la com fatores de linguagem que são produzidos na interação”. Concluiu. 

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