Investigações apontaram diversas inconsistências na versão apresentada pelo taxista e imagens de câmeras de segurança mostraram que o carro já apresentava danos antes do horário informado

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A Polícia Civil concluiu a investigação sobre um suposto roubo de veículo, que teria ocorrido na região de Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália. O inquérito resultou no indiciamento de um taxista de 41 anos pelos crimes de tentativa de estelionato e falsa comunicação de crime.

A ocorrência foi registrada no dia 13 de abril, quando o taxista alegou ter sido abordado por homens armados, que teriam roubado seu veículo e o incendiado nas proximidades da rodoviária de Porto Seguro. As investigações, no entanto, apontaram diversas inconsistências na versão apresentada. Imagens de câmeras de segurança mostraram que o carro já apresentava danos antes do horário informado e testemunhas relataram que o condutor havia consumido bebidas alcoólicas na madrugada anterior.

Segundo a Polícia Civil, a apuração revelou que o investigado contratou uma proteção veicular cerca de dez dias antes do suposto roubo, com valor segurado de quase R$ 49 mil, tendo pago apenas a taxa de adesão e uma mensalidade. Ainda de acordo com a polícia, outro ponto que chamou atenção foi o fato de a ocorrência ter sido registrada em Belmonte, onde ele mora, mesmo com o suposto roubo em Santa Cruz Cabrália e o incêndio em Porto Seguro.

Durante o inquérito, foi identificado um segundo homem, acusado de furtar e vender o celular do taxista enquanto ele se encontrava alcoolizado. Ambos os indiciados foram ouvidos e respondem ao processo em liberdade.

📷 Divulgação Polícia Civil

Indiciados são acusados de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro

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A Polícia Federal indiciou 23 pessoas por envolvimento em um esquema criminoso de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Maranhão. A investigação aponta para a participação de três desembargadores: Nelma Celeste Souza Silva Sarney Costa, cunhada do ex-presidente José Sarney, além de Antonio Pacheco Guerreiro Junior e Luiz Gonzaga Almeida. Também estão entre os indiciados dois juízes, advogados, servidores e o ex-deputado federal Edilázio Júnior (PSD), genro de Nelma Sarney.

Os indiciados são acusados de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O caso agora será analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A PF também solicitou a quebra de sigilo bancário dos investigados.

De acordo com o inquérito, o esquema envolvia fraudes na liberação de alvarás judiciais, manipulação da distribuição de processos e cálculos indevidos de correções monetárias. Os investigadores apontam que cerca de R$ 17 milhões foram arrecadados em honorários advocatícios, com movimentações financeiras suspeitas e sem origem comprovada. O relatório da PF indica que desembargadores e juízes persuadiam pessoas a ajuizar ações contra empresas, enquanto a distribuição dos processos era manipulada para que a relatoria ficasse sob responsabilidade de um dos magistrados envolvidos.

Além de decidir favoravelmente aos autores das ações, os investigados inflavam valores de correções monetárias de forma irregular. Após as sentenças, os montantes eram sacados e repartidos entre os participantes do esquema.

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