Na sessão de hoje (8.junho) da Câmara de Vereadores de Itabuna, estava prevista a votação do relatório enviado pelo Poder Executivo para solicitar autorização para contrair um empréstimo de até 30 milhões de dólares. A sessão contou com o pronunciamento inicial do relator Sivaldo Reis (PL), que pediu aos colegas que o acompanhassem na decisão de aprovar o relatório: “Peço aos meus nobres companheiros que acompanhem o parecer dessa relatoria. É hora da gente pensar no desenvolvimento social da população da cidade”.
Mesmo com o discurso empolgado de Sivaldo, os vereadores Danilo da Nova Itabuna (União Brasil) e Dando Leone (PDT) não se convenceram da ideia e solicitaram vista do projeto, ou seja, ele vai voltar para votação daqui a 48 horas. Além disso, a vereadora Wilmaci Oliveira (PCdoB) disse que pretende apresentar uma emenda ao projeto apresentado pela prefeitura municipal enquanto Manoel Porfírio (PT) e Cosme Resolve (Cidadania) não estavam presentes na Casa.
Vereadores Danilo da Nova Itabuna e Dando Leone pediram vista; Wilmaci Oliveira quer apresentar emenda ao projeto
A novela parece estar longe de acabar! Desde que o relatório foi enviado à Câmara, membros da sociedade civil organizada se manifestaram de forma contrária à solicitação alegando que não há, na prática, nenhum projeto de desenvolvimento para Itabuna. Sendo assim, de lá para cá, a Câmara que é conhecida por sempre dizer “amém” aos pedidos do prefeito Augusto Castro (PSD), viu-se obrigada a refletir sobre a situação e, no mínimo, cobrar respostas.
Ao citar o sucesso de cidades como Feira de Santana, Salvador, Vitória da Conquista e Camaçari, os secretários de Itabuna esquecem que precisam explicar a proposta à população estilo “preto no branco”. Não adianta utilizar termos técnicos e discursos ensaiados se o povo, que é a parte mais interessada, não consegue vislumbrar as melhorias prometidas.
ENQUETE
Em enquete realizada pelo Pauta Blog, os leitores se posicionaram contra a aprovação da solicitação de empréstimo. Para 68% do público votante, a Câmara não deve aprovar a solicitação enquanto apenas 32% dos seguidores foram favoráveis ao pedido.
A dúvida é: Sem projeto concreto, onde vão ser aplicados os recursos solicitados? Por que a prefeitura não apresenta os projetos em 3D e arquitetônicos onde os 30 milhões podem ser investidos? Cadê o planejamento financeiro do Executivo? Entre os principais questionamentos da população, estão o prazo de pagamento da dívida, a carência para iniciar essa quitação e, principalmente, em qual banco essa solicitação vai ser feita.