Uma enfermeira de 53 anos, uma idosa de 83, um médico de 30, todos negros, e uma indígena do povo Tuxá de 31 anos foram as quatro primeiras pessoas a serem vacinadas contra a Covid-19, na Bahia. O governador Rui Costa acompanhou a imunização histórica, que aconteceu na sede das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), em Salvador, na manhã desta terça-feira (19).
O secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, que aplicou as doses da vacina nos quatro primeiros imunizados do estado, reforçou os esforços do Governo da Bahia para ampliar a quantidade de imunizantes. “São mais de 376 mil doses de esperança injetadas no povo baiano. Vamos trabalhar daqui pra frente para ampliar o número de vacinas e convencer o Governo Federal de que é necessário ampliar o leque de vacinas, porque estamos perigosamente na mão de um único país. Qualquer problema de ordem técnica, industrial ou política poderá colocar o povo brasileiro em risco”, afirmou.
A enfermeira Maria Angélica de Carvalho Sobrinha, que atua no Instituto Couto Maia; o médico Uenderson Barbosa, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu); a indígena Deisiane Tuxá, que trabalha na Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais; e dona Lícia Pereira Santos, idosa que mora, desde 2014, no Centro de Geriatria das Osid, foram as pessoas escolhidas para receber doses dos imunizantes desenvolvidos pelo Instituto Butantã, em parceria com a chinesa Sinovac Biotech.
Todos se enquadram no público-alvo que faz parte da fase 1 do plano de vacinação contra a Covid-19: profissionais de saúde que atuam na linha de frente do combate à doença e em unidades de saúde de urgência e emergência, idosos que vivem em instituições de longa permanência, indígenas e comunidades tradicionais.
A bula da Coronavac aponta um intervalo de 14 a 28 dias entre a primeira e a segunda dose, e por isso é imprescindível que o cidadão a ser vacinado leve o cartão de vacinação.