Os lulominions estão tiriricas da vida com Ciro Gomes. O presidenciável do PDT declarou que o “mito” da esquerda, o “sapo barbudo”, como dizia o saudoso Leonel Brizola, foi o maior corruptor da história da República brasileira.
Ciro mentiu? A resposta é um NÃO com todas as letras maiúsculas. Os governos do PT foram marcados por uma avalanche de escândalos, com destaque para o mensalão e o petrolão.
A roubalheira correu solta. Ciro mentiu? A resposta é um NÃO com todas as letras graúdas. O toma lá, dá cá, nas gestões petistas, com Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff, dificilmente será alcançado. Milhões e milhões de reais foram desviados dos cofres públicos para garantir a tal da governabilidade. Ciro mentiu? A resposta é um NÃO com todas as letras garrafais.
O então presidente Lula foi, no mínimo, conivente com a corrupção. Deixou roubar escancaradamente, o que não deixa de ser um forte argumento de que não pode retornar a comandar o país. Se Lula não roubou, foi um bobo da corte.
A verdade machuca. E quando ela é inquestionável, como o resultado 4 na equação 2+2, passa a ser dilacerante. Se os lulominions estão assim agora, soltando fumaça pelas ventas, imagine quando os escândalos forem relembrados no horário eleitoral.
A maior preocupação de Lula não é Bolsonaro. É enfrentar Ciro nos debates. O petista-mor, toda vez que lembra do inevitável tête-à-tête, é acometido por uma insônia que o faz ficar sem dormir por um bom tempo. Hoje, nos bastidores da cúpula nacional do lulopetismo, a pauta obrigatória é Ciro Gomes. Toda vez que é discutida é uma aflição.
PS – E por falar no saudoso e inesquecível Leonel de Moura Brizola, fundador do Partido Democrático Trabalhista (PDT), veja o que ele diz sobre uma passagem da sua honrosa vida pública em relação a Lula: “Quando cheguei do exílio fui visitar o Lula, que me recebeu como se fosse um imperador. Existe uma incompatibilidade entre nós. Ali vi que Lula é um homem do sistema”. Pois é. Brizola tinha razão. O “sapo barbudo” é do sistema. Que coisa, hein! Naquele tempo, lá em priscas eras, Lula já se achava. Sua soberba continua intacta. Agora acrescentando um ingrediente religioso, já que adora ser chamado de “Deus Lula”.
Marco Wense é Analista Político