A saída do Dr. Mangabeira do processo eleitoral vai fortalecer os chamados “profissionais” do mundo da política, afastando assim os que as velhas raposas chamam de “amadores”.
Ser amador é não seguir os ensinamentos do maquiavelismo, do vale tudo para conquistar o poder. É não rezar na cartilha de que os fins justificam os meios. É não fazer o toma lá, dá cá. É não ser demagogo e mentiroso. É dizer não aos acordos espúrios.
Mangabeira, que foi duas vezes candidato a prefeito de Itabuna pelo PDT, hoje suplente de deputado federal, sempre fez campanha assentado na ética, sem mentir, sem enganar o eleitor. Bancou seu caminho político com dinheiro do próprio bolso.
Com Mangabeira fora do processo político, quem ganha são os velhos conhecidos de sempre. Quem perde é a sociedade. O tchau de Mangabeira para a política vai fazer com que os “amadores” se afastem dela como o diabo da cruz, deixando os “profissionais” do jeito que eles querem, sem adversários de mãos limpas.
Os “profissionais” da política, com a maioria esmagadora aumentando suas contas bancárias a cada mandato, fazem festa, comemoram efusivamente quando os “amadores” recuam.
A saída de Mangabeira da política partidária inibe o surgimento de novas lideranças.
Os mesmos de sempre vão continuar dando as cartas, o que é lamentável.
Marco Wense é Analista Político