A Justiça e o Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia suspenderam o concurso público que iria preencher vagas e formar cadastro reserva para o município de Poções, no sudoeste baiano. As decisões atenderam a uma recomendação do Ministério Público estadual, que apontou irregularidades no processo do concurso.
De acordo com a ação civil pública movida pelo MP, as irregularidades causaram dano ao patrimônio público no valor de R$ 442.890,00. A ação pediu, então, o ressarcimento dos danos, a condenação ao pagamento de danos morais coletivos, aplicação das sanções previstas na lei anticorrupção e realização de novo concurso público.
As investigações começaram após o Ministério Público receber diversas notícias relatando, entre outras irregularidades, entrada de candidatos portando celulares, deslocamentos dos candidatos para o banheiro portando celulares, falta de cadernos de provas impressos suficientes, fotocópia de provas no momento da aplicação, ausência de participação da OAB no certame de procurador e aprovação de candidatos e parentes que, supostamente, possuem vínculos com a gestão do município.